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Capítulo 20

"Outro dia foi feito para desperdiçar

Em minha desgraça

Martelando na minha cabeça novamente

Parece que nunca vou sair desse lugar

Não há escapatória

Eu sou meu próprio pior inimigo

Eu desisti.

Eu estou farto de sentir

Não há nada que você possa dizer?

Leve tudo isso embora,

Eu estou sufocando

Me diga que há de errado comigo

Não sei o que fazer

Pensei que estava concentrado,

Mas estou com medo.

Não estou preparado.

Estou ofegante.

Procurando ajuda, de algum modo,

e de algum lugar."

Given up- Linkin Park

Catarina

Quando meu namorado me contou que minha amiga estava sendo alvo de cyberbullying não pude acreditar, meu coração ficou apertado e tudo que eu queria era consolá-la por que naquela altura do campeonato com certeza ela já sabia do que estava acontecendo e se eu bem a conhecia estaria devastada e se esconderia de tudo e de todos o máximo que pudesse.

Estela nunca soube lidar bem com coisas assim, desde que a conheço ela não sabia o que fazer quando todo mundo esperava ela falar na sala, ficava tão tímida, algumas vezes saia correndo da sala e ia para o banheiro e eu ia procurá-la, ela só melhorou um pouco seu pânico de público há pouco tempo, ela sabia que nossa escola tem um ritmo puxado e são muitas atividades, inclusive muitos seminários, então procurou terapia para seu problemas com ansiedade para que conseguisse falar melhor em público sem travar como antes.

Depois de ter olhado para a cara do culpado de toda a desgraça na vida da minha amiga, vulgo Caio, saí a procura dela pelo colégio, mas não a encontrei. Decidi ir para minha casa para preparar uma mochila com meus pertences para passar a noite na casa dela como a gente tinha combinado há alguns dias, e esperava que a minha companhia a ajudasse a se sentir um pouco mais confortada no meio de todo esse caos.

Estela não respondia nenhuma das minhas mensagens e muito menos as inúmeras ligações que eu fazia, e isso me era muito estranho, alguma coisa me dizia que ela precisava urgente de mim.

Sabe quando você tem uma conexão tão forte com a sua melhor amiga que meio que sente que ela precisa de você? É meio louco isso, mas era algo no meu coração, algo como um instinto, eu não sei explicar, então segui isso e me apressei para a casa dela após arrumar minhas coisas na maior velocidade que eu podia.

Eu só pensava em encontrá-la e deixar que ela se apoiasse em mim para enfrentar tudo isso, não seria nada fácil.

Meus pais já sabiam que eu iria dormir fora então não precisei deixar um bilhete na geladeira como costumava fazer. Quando já tinha tomado banho, comido algumas bolachas traquinas que encontrei no pote dentro do armário da cozinha, tomado banho, me arrumado e a mochila estava pronta corri para pegar o ônibus para a casa dela.

A tensão me dominava ao ponto de que comecei a roer as unhas de tanta ansiedade, já tinha mandado umas trinta mensagens e nenhuma ela foi visualizada, isso nunca aconteceu mesmo quando Estela estava ocupada ou simplesmente no mundo dela quando preferia se isolar para ler um livro ou ver uma série que ela gostava muito.

O trajeto até a casa dela pareceu uma eternidade, meu coração batia cada vez mais acelerado de tanta preocupação, e quando enfim cheguei lá e abri o portão com a cópia da chave que ela me deu, desci as escadas depressa e fui para seu quarto, o pavor tomou conta de mim.

Estela estava no chão desmaiada, e uma cartela de remédios estava dentro da lixeira do seu quarto assim como uma garrafa de vinho. O desespero, o medo de perdê-la era mais forte do que tudo. Eu toquei nela para ver se estava respirando e percebi que seu corpo estava gelado.

— Estela! O que você fez, amiga? — comecei a chorar compulsivamente abraçando seu corpo. Notei que haviam duas cartas ali, uma delas dedicada a mim, e quando eu a li chorei ainda mais, não podia acreditar que a minha melhor amiga tentou tirar a própria vida por não ter aguentado o sofrimento que o bullying causou nela por causa daquela foto infeliz.

Acho que nunca tinha chorado tanto na minha vida como naquele fim de tarde, eu senti que ela precisava de mim e por isso não quis ir para sua casa apenas a noite como ela tinha me dito antes.

Eu percebi que a respiração dela estava bastante fraca, mas ainda estava desacordada provavelmente por causa da overdose que ela teve, então liguei para o Samu, e para sua mãe, e em seguida para Noah, eu não podia enfrentar essa barra sozinha, não ia conseguir sem ele.

Noah veio praticamente voando para a casa da Estela me encontrar, e ficou esperando a ambulância chegar para levar ela ao meu lado. Eu que nunca fui religiosa naquele momento apelei para os céus ajudarem ela, era muito injusto que ela morresse assim.

Algum tempo depois finalmente a ambulância chegou e fizeram massagem cardíaca nela e todos os atendimentos necessários para tentar salvá-la. Colocaram ela no respirador na ambulância e eu e Noah a acompanhamos até o hospital.

Segurei sua mão e implorei que ela não nos deixasse. Que lutasse para sair disso e voltasse para nós.

— Você acha que ela vai ficar bem, amor? — perguntei a Noah enquanto ele me amparava em seus ombros.

— Ela é forte e temos que acreditar que ela vai sair dessa, minha linda. Ela é guerreira.

— Moço, quais serão os procedimentos agora? — questionei ao paramédico que estava conosco.

— Farão a lavagem estomacal nela para tirar os remédios, esperamos que ainda seja possível salvá-la por que não sabemos a quanto tempo ela os tomou, ela ficará tomando alguns soros também, mas vai precisar ser amarrada na cama para não tentar outro ato contra sua vida outra vez, sinto muito, mas é para a segurança dela, está bem? — assenti sentindo um bolo se formar na minha garganta.

— Já viu outros casos assim, não é? — Noah perguntou curioso.

— Infelizmente é bem comum tentativas de suicídios com adolescentes e jovens, sabem o que a motivou? O psiquiatra de plantão vai querer saber.

— Ela já tinha quadro de ansiedade e desconfio que depressão também, embora o segundo ela nunca tenha me falado abertamente talvez por vergonha, ela ainda se sente muito revoltada por ter sido deixada pelo pai quando era pequena, e agora está passando por bullying virtual, então foi demais para ela. — respondi com a voz embargada.

— Entendi, obrigada por me contar isso, vamos colocar no prontuário dela com o psiquiatra. Ela vai ficar internada sob observação por um tempo. Vamos torcer que essa menina linda se recupere.

No hospital levaram Estela para fazer a lavagem estomacal e uma equipe de profissionais a acompanhou. A mãe dela chegou algumas horas depois em que já estávamos na sala de esperas.

Quando ela me viu correu até mim e me abraçou apertado aos prantos, completamente desolada.

— Por que ela fez isso, Cat? O que houve com a minha menina? Onde foi que eu errei? Fui muito ausente pra ela não me contar as coisas que passa ? Eu tô tentando entender por que ela quis desistir de viver, e não consigo explicação.

— Eu entendo a senhora, também me senti igual quando cheguei na sua casa e a encontrei desmaiada no chão e li a carta que escreveu para mim. Elã não faria isso se não se sentisse acuada, sabe o quanto ela ficava desesperada na frente de muitas pessoas e corria para o banheiro. Essa foi mais uma fuga. Ela não aguentou os olhares das pessoas, o julgamento, os comentários pesados na internet, foi muito para ela. Só queria que ela tivesse se aberto comigo também, a gente sempre foi como irmãs uma para a outra. Também me dói muito ver ela assim.

— Obrigada por você ter encontrado minha filha, talvez ainda haja uma chance. Vou orar por isso. Não posso perdê-la. Não sei o que faria sem ela. — assenti e a abracei mais uma vez.

— Quer um chá ou café? Eu busco para a senhora. — disse Noah.

— Pode ser um chá, meu querido. Traga de erva-doce, por favor. Obrigada. — ele meneou a cabeça concordando com ela e saiu do hospital em direção a lanchonete para trazer o que ela pediu.

—Ainda não consigo acreditar que minha filha esteja passando por isso, Cat. Ela não merecia algo assim. — a mãe de Estela me mostrou um print de alguns comentários ofensivos sobre a foto dela vazada na internet.

— É culpa daquele Caio, ele deve ter feito isso para se vingar por ela ter meio que dado o fora nele, sabe?

— Eles terminaram, então?

— Ele nunca assumiu ela no colégio, então ela se cansou e deu uma prensada nele para ver se fazia alguma coisa, foi o que ela me disse. Só que ele não fez nada nas últimas semanas, e agora aconteceu isso. Pobre da minha amiga, ela era boa demais para aquele canalha.

— Eu sabia que aquele garoto tinha alguma coisa estranha, senti isso desde que ela me apresentou, mas não quis ser contra o namoro deles por medo que ela fugisse de casa para ficar com ele. Se bem conhecia a Estela, e ela seria impulsiva o suficiente para fazer uma coisa dessas, radical mesmo por que era a primeira paixão dela. Então dei corda para ver até onde ia essa relação acreditando que era fogo de palha de adolescente, sabe?

— Entendo a senhora, não tiro a sua razão de não enfrentar a Estela por que ela nunca foi super rebelde, mas talvez isso ativasse esse lado dela que não seria fácil de ser controlado.

— Tem alguma notícia do estado dela?

— Está em observação, e pelo que sei a levaram para lavar seu estômago e iniciar a medicação que a manterá estável. Vamos ter fé, não tem mais o que possamos fazer além disso. — ela assentiu e apertou minha mão. Noah chegou com alguns salgados que trouxe para nós, refrigerantes e o chá que ela pediu.

Ficamos ali os três juntos esperando ansiosamente uma nova notícia animadora sobre o estado da nossa Estela. 

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