Querido E.,

À sombra da preocupação, te observo, amada criança.

De todos os dilemas dessa vida, o coração da mãe mais se perturba é com este.

Mistério no horizonte.

A menina da morte, surge.

E com receio, ela a vê.

Ah, criança tola, tenha cautela.

Na trilha do afeto, o desconcerto a menina traz.

As sombras espreitam, e desorientação é tudo o que vejo.

Isso que a aproximação dela trará.

Mãe da criança, do filho e do deus, preocupados os olhos estão.

Ecoa na oração o temor profundo.

A tormenta que amada trás, na sua presença, apenas perigo é visto.

Seu coração é rebelde, a criança escuta o conselho, mas não o seguirá.

A vida traz o desejo de explorar, de provar.

O sabor dela, do beijo, do corpo.

O enigma cativante daquele ser, que toma toda a sua atenção.

Hesitante? Nunca será com a emoção que anseia desvendar.

Com ela, a incerteza do que virá, a trama da vida.

O temor de Afrodite nunca será maior que o risco que a tola criança está.

A jornada pode levar a lição ou aprendizado.

Mas que haja cuidado, no cruzar dos destinos.

Com preocupação, A.