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Confronto: 10:30h.


Pel Amana sentia na boca um gosto azedo, o gosto da derrota e da desgraça, já muito familiar para ela. Haviam oferecido a ela uma bela taça de vinho, mas ela saboreou cicuta. Alguém com a ardilosidade de Éris havia traçado um plano sombrio, um teatro de fantoches, do qual ela havia se tornado a marionete principal; e embora tentasse duvidar, no fundo sabia quem era o titereiro daquele espetáculo de horrores.

Mas o jinn disse que se não o matasse isso traria uma consequência avassaladora para o mundo, e o ritual revelou sua essência como a de uma cobra. Ah, qual é? Tem algo amortecendo meu juízo, cadê o Hermes quando se precisa dele?

O pé da detetive estava pressionando o acelerador, o motor rugia como uma fera açoitada e o veículo rompia as barreiras geográficas como um cavalo alado, as ruas estreitas pagaram o preço pelo erro de julgamento daquela mulher: bancas foram despedaçadas, toldos arrancados, arandelas entortadas e até espirrou água empoçada sobre algumas pessoas, ela planejava se desculpar por tudo aquilo, mas tinha pressa e não podia parar.

Uma dupla de vidraceiros caminhavam cuidadosamente pela rua levando uma enorme chapa vítrea que seria colocada na vitrine de uma loja, Pel Amana pisou fundo no freio e girou o volante até o limite. O carro deslizou de lado e derrubou uma cesta de maçãs que estava sobre uma pequena pilastra, mas salvou o vidro, acelerou em direção ao novo acesso encontrado. O beco era ainda mais estreito que as ruas e com solo ainda mais desigual, o veículo chacoalhava e a dupla dentro dele saltitavam como pipocas dentro de uma panela.

— Quer me matar de qualquer jeito, não é? — berrou Hassan segurando a alça na parte de cima da porta.

— Eu sei que tem algo de errado com você e vou descobrir, mas esse plano de te matar não é meu.

Ao chegar na parte baixa da ilha ela enveredou-se pela estrada de paralelepípedo acelerando tanto quanto podia. O vento que entrava pelas janelas do veículo sacudia os cabelos dela e faziam-na sentir uma pseudoliberdade, já que estava correndo sobre a estrada que alguém definiu para ela, já Hassan tentava a todo custo proteger os cabelos colocando a mão sobre eles.

Uma coluna de fumaça subia no horizonte, ainda tímida, mas já premonizava o caos que encontrariam adiante. Vozes e grupos, disparos, estrondos e tremores, a confusão estava instaurada e a detetive não conseguia fazer com que o velocímetro se duplicasse. Seus braços estavam rígidos e os dentes cortavam os lábios, os quais ela pressionava com força na tentativa de se manter focada. O coração de Pel Amana batia como uma britadeira fazendo sua caixa torácica vibrar e seu sangue fluir tão rápido pelo corpo que mal tinha tempo de aquecer-se. Estava quase dormente da existência, tamanha era a adrenalina.

Quando por fim alcançou a área central da ilha, encontrou uma multidão fugindo desesperada, alguns se atropelavam e pisoteavam adultos, crianças e animais sem nenhum pingo de compaixão, o instinto de preservação falava mais alto fazendo-os agir como animais assustados.

Hassan abriu a porta e ergueu o braço gritando e acenando na tentativa de que alguém o visse e o reconhecesse. Pel Amana deixou o automóvel com uma arma nas mãos, disparou para o alto, mas seu tiro foi encoberto pelo som de explosão que deu fim ao posto alfandegário, mesmo prédio onde vários membros representando distintos países compunham uma embaixada internacional de pequeno porte.

— Mas que merda! — praguejou ela antes de atirar em um soldado e derrubá-lo.

Hassan correu até ela e agarrou-lhe o braço empurrando-o para baixo, com o olhar furioso e a voz alterada ele berrou:

— Para! Está piorando as coisas.

A detetive viu no fundo dos olhos daquele homem surgiu um ponto luminoso amarelado e expandir gradativamente pela extensão ocular, logo o olho humano transformou-se num olho ofídico revelando a verdadeira natureza espiritual de Hassan. Pel Amana engoliu em seco e sentiu o suor frio lhe escorrer pelas mãos e testa, afastou-se alguns passos e guardou a arma.

Hassan manteve o braço erguido e caminhou no contra fluxo em direção à tropa paramilitar. A detetive sentindo-se zonza por conta do choque mental, apoiou-se no carro e respirou fundo enquanto lutava para se recompor.

Eu novamente agi com preconceitos. A serpente é o símbolo da renovação, da astúcia, força e adaptabilidade, também simboliza o equilíbrio selvagem e a ciência. Como pude deixar isso passar? Mas que droga, ela me envolveu em sua teia.

Hassan chegou perto da tropa mesmo sob os gritos histéricos que o ordenavam a se afastar, quando o reconheceram, suspenderam o tiroteio e informaram via rádio que estavam com ele. O local esvaziou-se rapidamente, o fogo se alastrava pelas árvores, a fumaça se intensificava e subia aos céus como uma gigantesca coluna preta que se retorcia criando padrões felpudos.

Um helicóptero surgiu no céu e desceu vagarosamente até a praça central, do qual desembarcou um homem na casa dos cinquenta anos, vestindo uma túnica branca com um colete kevlar por cima e usando um capacete militar ao invés de um turbante. O homem caminhou apressado acompanhado por mais dois, estes armados com fuzis, enquanto o helicóptero se distanciava dali.

Hassan abraçou o pai e encaixou o queixo no ombro dele. O outro Mubarak apertou o filho contra seu corpo e proferiu agradecimentos à sua divindade em sua língua nativa.

Sem perceber o que acontecia ao redor, Pel Amana foi cercada pelos paramilitares e estava com dezenas de armas apontadas para ela. Hassan aproximou-se do grupo que a continha, conversando com o pai e explicando o que havia acontecido, no entanto, Hakim se mostrava inflexível e praguejava com um olhar duro e repleto de ódio.

O rapaz abriu caminho entre os soldados e aproximou-se da mulher, que mirava o capô do carro com o olhar perdido e alheia ao que ocorria em volta, tocou-lhe o ombro a trazendo de volta à realidade.

— Escuta, meu pai suspendeu todo o ataque à ilha, mas ainda se mostra irredutível a deixar você ir. Ele diz que você causou vergonha à nossa família e nos afrontou de modo irreparável, exceto se seu sangue for derramado. Eu sei, eu sei — declarou o rapaz gesticulando com a mão. — É um fanatismo religioso retrógrado, mas entenda que é difícil fazê-lo pensar de outra forma. Peço que não faça ou diga nada impensado, vou conversar com ele e acalmar os ânimos, tudo bem?

Pel Amana ouviu as palavras daquele homem como doces preces direcionadas aos deuses e novamente sentiu-se diante do pomo dourado que dera início à grande guerra. Meneou com a cabeça e sentou-se sobre o capô unindo as mãos entre as coxas. Ela não costumava se submeter aquele tipo de situação, nunca se colocou no papel de donzela que precisava ser salva, mas em seu âmago, ela sentia uma sensação corrosiva inenarrável, era como se toda sua essência colapsasse para dentro de seu orgulho e de seus pecados, não conseguia erguer o rosto e encarar o cenário caótico que ajudara a construir, lamentava as vidas perdidas nesse processo e se culpava por tê-las tirado, mesmo que indiretamente.

— Pai, amado pai, já disse que foi um mal-entendido. Armaram para nós. — Hassan começou a colocar em prática um dos seus grandes talentos: a comunicação. Sua voz e seu corpo serviam ao propósito da expressão, mas de uma maneira sobrenatural.

— Isso é o que ELA diz. Por conta disso, meus investidores recuaram, perdi milhões e ainda fiquei mal visto. Como assim, se metem com meu filho e eu não faço nada? — Hakim esbravejava e gesticulava, sentindo a dor mais no bolso do que no coração.

— Pare e pense, amado pai... se matá-la, estará matando uma pessoa inocente.

— Ninguém é inocente, Hassan, ninguém. Todo mundo tem sangue nas mãos. Ou você acha que os telefones modernos não custaram vidas para serem produzidos?

— Essa não é a questão, amado pai. Ela é uma boa pessoa, eu sei disso e aqueles documentos eram falsos. Sabe do tipo de coisa que a máfia é capaz quando quer incriminar ou eliminar alguém.

— E então por que ELA veio atrás de você? Por que atirou em você?

— É que disseram que eu estava envenenando crianças com remédios vencidos, foi uma confusão enorme, mas está tudo bem. A gente indeniza as famílias, a ilha e vai embora em paz.

O homem coçou o queixo e olhou para a mulher sentada sobre o capô do veículo todo amassado e perfurado por projéteis, observou atentamente a prótese que usava na perna e sentiu o coração desacelerar e amolecer.

— Ela usa uma prótese igual a da sua mãe... — comentou o homem unido as mãos atrás do corpo.

— Sabe que eu nem tinha reparado!? — mentiu o filho apoiando a mão no ombro do pai.

Os dois homens caminharam lentamente à medida que o mais velho ia dispensando os soldados, depois de andarem por uma centena de metros pararam diante da moça, que molhava as mãos, unidas entre as coxas, com suas lágrimas que vertiam copiosamente.

— Pel Amana... — chamou Hassan.

Ela ergueu o rosto vagarosamente e enxugou os olhos com os dorsos das mãos, fungou desviando o olhar e quando se sentiu pronta e recomposta, encarou-os. Assim que teve contato com os olhos lilases da moça, Hakim surpreendeu-se e ficou boquiaberto, balbuciou algumas palavras incompreensíveis e retomou o semblante introspectivo.

— Amado pai, essa é Pel Amana.

— É um prazer, senhor Mubarak — disse ela estendendo-lhe a mão.

— Não é assim que cumprimentamos no meu país — resmungou ele sem mover as mãos. — Conheci uma jovem com olhos lilases, por acaso é herança de família?

Pel Amana observou o formato do queixo daquele homem, o nariz adunco e as grossas sobrancelhas e deduziu que já o tinha visto antes, fez um esforço mental para rejuvenescer aquele rosto e encontrou em suas memórias um jovem perspicaz e bastante peculiar, sorriu e meneou com a cabeça.

— Pode se dizer que sim.

— Huum — resmungou o homem e virou-lhe as costas. — Sua mãe me fez um favor uma vez, então considere que estamos quites, mas não cruze mais o caminho de minha família ou de meus negócios.

— Pai... isso são modos de falar?

— Minha estadia aqui acabou. Hassan, pague pelo estrago e me ligue depois.

O homem caminhou cabisbaixo e uniu-se aos dois soldados que o escoltavam no helicóptero, continuaram caminhando até desaparecerem na fumaça escura.

Pel Amana e Hassan ligaram para contatos importantes e pediram auxílio para combater o incêndio e oferecer cuidados médicos às pessoas vitimadas por aquela contenda.

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Olá pessoas, como estão?

Estamos chegando ao fim, o que estão achando desse arco, quais as expectativas para o final?

Não esqueçam de comentar e votar para nos ajudar.

Beijos.

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