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Pertos do Fim

7. Pertos do Fim

George e Piter saíram da vila e foram em direção de sua jornada, George conseguia agora se lembrar da sensação de passar as mãos pelos urzes, dos ventos batendo nos galhos e a presença da jovem mulher, sempre sorridente ao seu lado. A vertigens cobravam equilíbrio, mas sempre traziam consigo lembranças que extraiam um sorriso verdadeiro do ancião.

A vila já tinha se perdido no horizonte, caminhavam observando a vista. Pássaros, esquilos, outros roedores que ele não sabia ao certo como definir. Fadas apareciam pelo caminho, cumprimentavam o senhor, que sorridente fazia uma mesura.

Uma ponte se estendia, a altura não era das mais atrativas e a feição de Piter enobreceu, o sorriso sendo substituído pelo ar grave e cauteloso. O senhor deu um leve tapa nas costas do brincalhão que finalmente relaxou.

— Tem medo de altura, pequenino? — questionou o ancião com um sorriso confortante.

— Digamos que eu não seja um apreciador de pontes. — Piter falou.

O ancião estava enternecido, ansioso e cauteloso. Sentia que estava próximo do seu objetivo. Memórias brotavam de sua mente com uma constância, isso lhe deixara empolgado, se lembrava de seus antigos amigos, do sabor das tortas de maças e do pomar de sua tia. Pequenos fragmentos que exibiam vivencias.

— Tenho muito a te agradecer, meu bom amigo. — George começou. — sou um ancião de muitos dias, possivelmente quando nascestes eu já era velho. — respirou, conduzindo a mão no tórax. — porém você veio comigo até aqui, me deu inúmeros conselhos e tem sido uma grande companhia, embora pequenino.

— Foi uma honra, senhor George, estar ao lado do bom senhor da rabeca. — Piter se empolgou, não admirando mais o abismo que estava embaixo. — O senhor não se lembra, mas foi o responsável por inúmeros sorrisos e... — oscilou, mas continuou. — salvou a minha mãe.

— Como assim? — o sobressalto do senhor veio com a cenho confuso.

— Há tempos, minha mãe sofreu de uma doença que a fez ficar debilitada, não comia, nem bebia, muito menos havia sombra de um sorriso, estávamos desesperados, somos brincalhões, não estamos acostumados com isso, seus olhos ficaram escamosos. Todas as noites ela balbuciava algo e ficava sem ar. Parecia ser sombra de uma maldição. Até que um dia ela escutou a rabeca. Parecia que os deuses haviam nos dado um presente, as escamas dos olhos de minha mãe caíram. A voz gentil do ancião, com pedras no bolso que brilhavam aos olhos do bom observador, fez com que ela se levantasse e exibisse um sorriso poético. Por isso vim nessa jornada, retribuir com o pouco que tenho, o muito que o senhor me deu. Perdi minha mãe há poucos anos, mas não houve um dia sequer que ela não falasse da canção que a salvou.

George sentiu escorrer pelos seus olhos lagrimas, o ancião não esperava por aquilo e assim que a ponte havia se tornado apenas uma sombra distante ele parou, exibiu um sorriso caloroso e os olhos úmidos. As lembranças daquele dia o atingiram, mas agora sem vertigens, sem dores nas juntas e têmporas gritando. Apenas um gentil abraço de memória.

— Me lembro desse dia, foi um grande dia, você não faz ideia do quanto fico feliz com isso, pequenino. — George fez um carinho no cocuruto do pequeno rapaz em seu ombro. — O amor que sente por sua mãe pode mudar o mundo.

Piter sorriu orgulhoso.

Ambos continuaram o trajeto em silencio.

A areia cobriu as sandálias de George, que se assustou, estava na enseada. Cheia de casebres de madeira, o cheiro da maresia. Conhecia o lugar, mas não sabia ao certo em que circunstâncias. Viu um homem jovem mexendo em um barco, observando cada detalhe da embarcação. Parecia cauteloso na medida certa, não estava consternado e nem relaxado, os ombros largos e os braços cheios de músculos condenavam a sua experiencia.

Você não precisa ir até lá.

Uma voz veio em seu ouvido, deu de ombros em pensamento e continuou seguindo.

Não deixe os vizinhos nas mãos da bruxa má.

A voz o admoestava enquanto o senhor continuava caminhando em direção ao barqueiro.

Não deixe o pobre diabo nas mãos da sorte.

George apenas continuava, havia passado por muito para ter agora a opção de desistir, ele não desistiria.

Não deixe o caçador matar mais, o demônio se transformar no que os humanos sempre julgaram que fosse.

— Os deuses cuidarão de seus filhos. — murmurou.

Fez um sinal para o barqueiro, que rapidamente correspondeu o aceno.

— O que traz o bom senhor à esses mares. — o barqueiro tinha um sotaque cantado.

— O amor, algo me diz que preciso ir até a ilha que está há quilômetros dessa enseada. — disse o ancião.

O barqueiro reparou no ancião, as rugas, os olhos marcantes, havia consternação, medo, preocupação, mas havia caridade, bondade e mansidão. O homem virou e puxou o barco para si, o ancião queria ajudar, mas foi impedido pelo barqueiro que apenas disse "Não há necessidade de tanta preocupação".

— O senhor sabe que a ilha que tanto deseja não é comum? Que nesses anos de trabalho, tenho levado inúmeras pessoas para passear em seus bosques. Elas não voltam, não sentem vontade disso. O fardo do continente não as atinge.

— Eu sei que preciso ir para lá. — disse o senhor.

— Há almas felizes lá, mas elas não se veem, quem está lá, está sozinho.

— Eu tenho uma mulher para ver, ela está bem a minha frente passando por essas águas. — George estava aflito e ansioso. Sua postura mudara, suas pernas doíam e sua cabeça estava cansada.

— Já levei casais para lá, e os vi se separando, o vínculo que os juntava era fraco, o elo foi rompido. — o barqueiro arrumava os detalhes para a viagem.

— Eu quero ver aquele sorriso, senhor barqueiro, por todos os deuses. Me pergunte, interrogue tudo que sentir necessidade. — disse alterando o tom de voz, havia consternação ali.

— Temos um trabalho muito sério aqui, posso permitir que veja a mulher que ama; se bem entendi, ela está na ilha, me conte. Qual a lembrança que mais se orgulha em ter com ela?

George não sabia o que dizer. Ele simplesmente não sabia, não se lembrava. Todos os momentos eram únicos, o simples reflexo daquela mulher ao seu lado lhe enchia de prazer. Foi quando uma das pedras caiu de seu bolso, não percebido, mas ao entregar uma pedra ao demônio, havia colocado a azul em seu bolso da frente.

A pedra vibrou freneticamente.

Memorias vieram, intensas, poderosas. George desmaiou.

Viu em sua mente um dia chuvoso, a cadeira "dançante" à sua frente, um cheiro de bolo de chocolate e café. Pousou a destra em sua testa e deu um tapa, nada. Foi para a cozinha e os cabelos ruivos estavam ali, uma criança ao seu lado, um garoto na casa dos quatro anos de idade, sorridente. O sorriso era marcante. O pequeno tinha os cabelos escuros, olhos castanhos e o rosto fino. Sorria apenas ao olhar para a mulher. a beldade estava ali, com as cenouras nas mãos, descascando e dizendo coisas que George não conseguia decifrar até que ele viu um homem se aproximando. O bigode não era gentil com o restante da face do homem, a barriga de cerveja e os olhos completamente apaixonados pela ruiva. Raquel. Ele a chamava.

O toque sincero nos cabelos longos, e o sorriso em direção ao pequeno, foram adoráveis para George que apenas admirava.

O homem barrigudo pegou o garoto no colo e convidou à jovem a ir juntamente com eles. Caminharam até a área, cheia de hortênsias em seu caminho, era belo. A chuva molhava a todos. Digníssima.

Aos poucos, George ficava enciumado do homem barrigudo. A facilidade com que ele tirava o sorriso da mulher, e que, brincava com a criança. Ele realmente começou a pensar de quem seriam aquelas lembranças. Era um sinal? Nunca havia sido o amor da vida de ninguém? Tudo o confundia e nas suas inúmeras perguntas a sua atenção retornara para a cena. Eles com os pés descalços, na chuva, observando o pequeno rio que estava na frente da casa. A casa não era luxuosa, não tinha tapeçarias majestosas, nem ouro e prata. Era de madeira. Feita com muito esmero, mas nada que fosse cobiçável.

Os olhos do casal, juntamente com o que George julgou ser o filho deles.

Eu nunca fui o amor da vida alguém.

Um peixe dourado pulou, exibindo uma beleza, ambos ficaram impressionados. Até mesmo George, que estava se lamentando.

— Dê um nome para ele, filho. — suas suspeitas faziam sentido e estavam certas.

— Carmeon, papai. — parecia que o garoto esperava por aquilo.

— Carmeon, que nome adorável! — o bigode balnçava com cada exclamação.

—O que acha de chamarmos esse rio de lar de Carmeon? — a mulher sugeriu.

— Não, mamãe. Águas de Carmeon. — o garoto enfatizou. — estamos vendo as águas de Carmeon.

— O que acha, George?

Como assim? George? eles estão me vendo?

— Eu apoio. As águas de Carmeon. É adorável.

Foi quando as escamas caíram dos olhos de George, aquela eram lembranças dele. Ele era o homem de bigode engraçado. Aquela era a família dele. O momento solene de sua vida, com um tempo chuvoso, em uma casa simples. George compreendeu o quanto amava tudo aquilo. Não era uma alegoria de amor, era a história do amor em sua vida.

George despertou.

— As águas de Carmeon! — disse em voz alta. — Barqueiro, a lembrança mais preciosa que tenho com essa mulher é... — ele parou. E observou o sorriso dos dois seres em sua frente. De Piter e o barqueiro.

— Ela disse a mesma coisa. Águas de Carmeon. Vou levar o senhor para a sua nova casa. — disse o barqueiro.

Piter observava ambos se unirem e irem em direção ao barco. O pequenino estava com os pequenos pés na areia. Apenas vendo a figura de George diminuir.

— Qual o seu nome, barqueiro? Preciso saber a graça daquele o qual deixo meu amigo sob os cuidados. — Piter gritou em direção aos dois.

— Meu nome é Caronte, meu adorável brincalhão.

E Piter compreendeu tudo...

Fim 

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