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O diabo dos Campos

4. O Diabo dos Campos

Amanheceu.

Os viajantes sentiam um peso descomunal em seus ombros, George não conseguia se levantar. Os olhos confusos buscavam uma razão nos campos. Nada. Um frio agudo se estendeu em seu corpo ao sentir um vento repentino. Sua roupa estava enxarcada, como se tivesse chovido absurdamente, mas o barulho das gotas o acordaria, por isso achava estranho.

A sensação de ser observado arrepiou, parecia uma brincadeira sem cabimento, não havia falta de nenhum objeto, apenas a sensação do arfar dos arbustos que estavam ao lado. Buscou focar no lugar que estava se mexendo. Ao observar por um tempo, viu chifres pontiagudos e vermelhos. O vento gelado veio novamente, os pelos do peito arrepiaram.

— Amigo, temos uma companhia. — disse o ancião, receoso, desgostoso e tentando se levantar e tirar a roupa molhada. — Parece ser o diabo.

— O diabo? Mas por que justo aqui? — indagou o pequeno, irritadiço.

— Ele deve ter nos visto dormindo e decidiu brincar conosco. — o ancião paria um tanto confuso, mas nitidamente suas mãos espasmódicas entregavam o seu medo.

Segurou firme a bolsa e seu gibão, tocou e sentiu as pedras tremerem, achou estranho. Parecia que queriam dizer algo, mas ele não estava apto a ouvir.

O ancião se posicionou, abraçando desajeitadamente os objetos. George estava com medo, Piter em um pico de fúria.

Os chifres estavam se movimentando mais uma vez, até que entre os saltos, uma visão brotou. Um pequeno diabo, vermelho com um rosto qualquer, de olhos pequenos e nariz aparente, dentes pequenos e uma cauda longa. Não parecia ser poderoso, mas ainda assim não era algo que se poderia medir pela aparência. Na perna esquerda havia o resto daquilo que poderia ter sido uma armadura.

— Quem é? Quem é? Que caminha pelos meus campos e se deita entre as minhas folhas? — a voz era fina e estridente.

— Sou George, um simples camponês. —falou o senhor com as mãos firmes. O suor escorria pelo sua testa.

— Um velho camponês! — vociferou o ser, o atrevimento não despertou raiva no senhor, apenas um súbito susto.

— E o que houve com a sua perna. — Piter falou. — há restos de uma armadura.

— Não interessa a quem pergunta. — a língua saltou de sua boca e o dedo do meio foi objetivo.

— Todos temos alguma armadura, pequenino. — ele parecia menos tenso. — algumas são externas, outras estão dentro de nós.

O diabo cuspiu, ignorando as palavras do ancião.

George não entendia muito sobre seres sobrenaturais e suas questões, mas aquele diabo parecia mais assustado com eles do que um cervo ao ver um leão. O pequeno individuo de menos de um metro.

O senhor, entendendo o que acontecia, tirou um pedaço de pão e apontou para a criatura, que estava de boca aberta, lambendo os lábios. Tinha fisgado a atenção do ser.

— Nos conte porque fez isso conosco. — apontou para as roupas molhadas. — e o porquê dessa armadura em frangalhos na sua perna.

Um grito tortuoso foi escutado. O diabo não parecia muito complacente com a proposta.

— Nos diga e lhe darei pão e água e se quiser, tirarei esse pedaço de metal da sua perna.

O diabo ficou em silencio, aquilo era atrativo e se olhasse com atenção para o ancião não sentiria maldade alguma.

— Está bem, está bem. — falou a criatura.

— Ele me irrita. — suspirou Piter.

— Ele irrita á todos nós, mas esse ser ignorante também é filho dos deuses. — refletiu. — assim como eu e você.

— Não sou irmão disso aí, nem com toda a sabedoria você me convenceria disso. — fechou o semblante. É assim mesmo.

— Nos conte a sua história.

— Não me lembro de muita coisa, apenas de ontem, um caçador veio das terras dos saxões e correu até mim, gritando tolices, me assustei e fugi. Encontrei uma armadura enferrujada entre os umbrais no caminho e escapei do homem entrando nela. Mas a armadura não me deixou, como vocês podem ver. — disse erguendo a mão, queria o pão prometido.

— Você se esqueceu do seu passado? — George interrompeu a investida do diabo.

— Sim, uma velha senhora disse que os deuses se esqueceram e nós seguimos o ritmo dos soberanos. — disse, agora com uma voz semelhante à humana.

— Muitas senhoras estão desbravando os caminhos dos viajantes. — disse Piter, ainda emburrado.

— Você levou para o pessoal, não é mesmo? — sussurrou o ancião.

Nenhuma resposta veio.

— Posso comer o pão? — o ser perguntou, ansioso, parecia estar faminto.

— Pode sim. — o senhor entregou o alimento.

O diabo comeu de um jeito desajeitado, parecia não ter comido nada há tempos.

Por que ele não roubou de nós?

E realmente aquilo não fazia sentido algum para George, nas histórias que se lembrava, os diabos eram travessos, mentirosos e malignos, deixavam o rastro de maldade por onde caminhavam. Do leste ao oeste, norte e sul, ninguém havia conhecido um diabo bom.

Novas vertigens, meu bom senhor.

O diabo observou o ancião tropeçando, e enquanto lambia os dedos saltou para impedir a queda daquele homem. Com os dedos molhados, a criatura se compadeceu do ancião que o havia alimentado.

— Está tudo bem, pequeninos. — disse em voz solene. — Apenas os restos das memorias de um velho.

As pedras vibravam.

As pedras vibravam.

O dia estava correndo, como uma corsa, os três indivíduos ficaram em silencio, enquanto o ancião tirava o cantil sua trouxa, que até então estava organizada.

— Beba.

A criatura bebeu e as pedras vibraram. George sentia isso, não sabia ao certo sobre o que seria tudo aquilo, algo que havia aprendido no pouco tempo de estrada era que não sabia sobre nada, que apenas poderia dar as respostas que conhecia em um universo repleto de verdades. Isso não o deixava triste. O deixava confortável.

— Ele é uma criatura má, não é mesmo, Piter. — sibilou para o pequenino que estava em seu ombro.

— Se acalme, não o julgue, deixei meus sentimentos tomarem conta de mim, essa corrente do julgamento pode te afogar, George. — ao terminar, saltou para o ombro da pequena criatura e voltou.

Os pensamento do velho nem pensavam mais na arvore de Carmeon, como poderia dizer sobre algo maravilhoso para um diabo?

— Ele é bom. Apenas tomou um chá de ervas proibidas, é tão brincalhão quanto eu, nunca fez mal a nenhuma alma vivente. — suspirou. — pode contar sobre a arvore de Carmeon. Você estava ansioso por esse momento.

O ancião sorriu.

— Meu pequeno, ao pôr do sol existe uma jornada, há doze dias daqui, há uma vila e atras dela jaz uma arvore, ela tem o poder de lhe passar um pouco daquilo que perdeste nesse tempo. —completou o senhor. — a arvore de Carmeon pode lhe ajudar, mas tome cuidado com a bruxa, ela é má, tão má quanto o caçador que assombrou o seu dia.

O diabo sorriu.

O pequeno compreendia as orientações do mais velho e agradeceu pelos presentes, água e pão.

— O homem bom dá água a quem tem sede e pão a quem tem fome. — e a criatura saltitou para o caminho que George o havia mostrado.

Um aperto no peito fez com que o velho chamasse pela criatura que já estava distante. Nada.

Algo mostrava a George o quanto ele odiava despedidas. É assim mesmo.

— É hora de irmos também, pequenino. — disse, retomando a compostura. — estamos nos aproximando do nosso destino.

As pedras pararam de vibrar.

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