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Não havia mais lágrima para cair. O frio lhe atingiu em cheio, pois a água em seus olhos congelaram no mar profundo. Era impossível descongelar, pelo menos é isso que Chaeryeong pensa.
Sua cabeça doía sem parar, por noites em claro apenas chorando. Passaram-se dias, e ela não saiu nenhuma vez do quarto, não tinha vontade para isso. Mas, enfim, Chaery resolveu se levantar e comer algo no café da manhã, junto de Chaeyeon.
Caminhou devagar até a porta, abriu e desceu as escadas lentamente, para receber uma cara surpresa de Chayeon quando se sentou ao seu lado. Percebeu que Eunbi também estava ali. Deu de ombros, ignorando as duas.
— Como está Chaeryeong?. — Eunbi perguntou. Ela e Chaeyeon são melhores amigas e a Kwon vinha sempre na casa das Lee, por isso está acostumada com a preocupação da mais velha.
— Nada bem, como pode ver. — respondeu secamente, recebendo olhares surpresos. Chaeryeong era um doce, nunca havia tratado ninguém com indiferença. Mas algo nela mudou. — Agora podem parar de falar comigo? Finjam que eu nem estou aqui. — pegou um pão puro e colocou de pedaços até sua boca. Sentiu os olhares delas a queimando por inteiro. A vontade de chorar ainda estava presente, mas não tinha lágrimas para isso. Suas olheiras fundas, muito fundas, a denunciavam dizendo que não havia dormido bem, de novo.
— Mas...— não deu tempo nem de sua irmã terminar a frase, que Chaeryeong ignorou e subiu novamente para seu quarto. Olhou em volta do seu quarto, a cama bagunçada e com o travesseiro molhado, suas janelas não iluminavam mais como antes e o local estava escuro.
Sem pensar mais, foi até o banheiro do quarto e trancou a porta. Observou seu próprio reflexo no espelho. Seus cabelos totalmente bagunçados e seus olhos sem vida olhando para si própria. A raiva que sentia por aquele piloto incompetente rugia seu cérebro.
Chaeryeong não queria ter feito isso. Ela não queria que os outros se preocupassem com ela. Não queria dar mais trabalho. Mas não conseguiu ao ver suas mãos ensanguentadas pelo baque que ela fez ao quebrar o espelho com suas mãos. Os estilhaços de vidro foram por todos os lados.
Imediatamente quis chorar. Botar tudo para fora, mas, novamente, foi incapaz de fazer isso. Havia pessoas lá embaixo no qual estavam horrorizados por suas ações. Apenas caiu de joelhos no chão e e abraçou suas pernas, as rodeando em seus braços. Apertou a própria mão como se estivesse tentando se controlar para não fazer nada, mas parou ao sentir a dor de suas unhas cravadas contra a pele.
— Chaeryeong, está tudo 'ok? — a voz embriagada de sua irmã se fez presente do outro lado da porta. Ignorou. — Chaery? — ela estava chorando, deu para perceber, mas não disse nada. Não queria. Se sentia culpada, extremamente culpada por ser um peso, agora, para todos. Como se já não bastasse o luto de Taehyun na vida deles, teriam que aguentar a imaturidade da mesma. Todos estavam sofrendo, então porque só ela age assim?. — Lee Chaeryeong, abre essa merda! — gritou desesperada. Tentou resistir, mas era sua irmã, sua unnie.
Levantou pisando fundo e Girou a chave, a destrancando. Viu Chaeyeon com diversas lágrimas envolta de seu rosto. Logo depois ela abraçou a Lee mais nova.
— Você está bem? — repetiu aquela fatídica pergunta. Porra, pareço bem? As palavras travaram um nó em sua garganta. Sua vontade era de falar isso para todos.
— Qual a parte de "finjam que eu nem estou aqui" vocês não entenderam? — com a voz rouca e um futuro arrependimento, falou firme.
— Chaeryeong, você é minha irmã, caralho. Da para parar de agir feito criança? — gritou angustiada. Os olhos da Lee mais nova se encheram de lágrimas. De onde sai tudo isso de água? Se perguntou assim que sentiu seus olhos arderem.
— Eu tenho que agir como uma adulta madura assim que recebo a notícia que meu marido morreu?! — exclamou de volta exasperada. Chaeyeon se calou. As últimas lágrimas que haviam nos olhos de Chaery, caíram como uma chuva.
— Me desculpa se eu pareço insensível, mas ver minha irmã desse jeito não é legal, okay?! — disse sarcasticamente. Os olhos da Lee mais velha se reviraram.
— É só você dar meia-volta, sair daqui que não precisará ver. — rebateu ironicamente.
— Eu garanto que se Taehyun estivesse aqui, ele odiaria ver você assim. — foi como um choque elétrico. Chaeyeon saiu do quarto rápida e a mais nova paralisou.
Ela estava certa.
O problema é:
Taehyun nunca mais estaria aqui.
Esse capítulo é um gatilho para mim, meu deus. Demorei alguns dias para atualizar de novo, então me desculpem.
Originalmente, essa fanfic teria o plot de que Taehyun estaria vivo no final das contas, mas não fiz assim pra vocês perceberem que nem sempre existe finais felizes.
É isso, bebem bastante água e se alimentem bem:)
Bjos.
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