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Firdous, a criação.

A primeira cor que viu quando nasceu foi verde.

A segunda, foi o amarelo, cercado pelo verde.

Quando ainda era um broto, não sabia a dimensão da vida ou exatamente o que tudo aquilo significava, mas sabia quem ele mesmo era. Ele era o Amor. Antes mesmo de abrir seus olhos pela primeira vez, sentiu-se amado e entendeu o peso do que amar significava.

Ainda naquele período longo em que foi formado, informações chegavam a si dentro do broto em que era formado, sobre quem era e sobre o que era a luz, mas principalmente sobre quem eram os deuses.

Quando a última pétala do botão de onde surgiu caiu e o seu cordão umbilical, como uma caule, foi cortada do umbigo dos deuses, ele já era amado.

Sentiu que era amado por aqueles quatro criadores que lhe deram o nome de Louis William, o Amor.

Mas a primeira coisa que o Amor aprendeu a amar foi o verde.

Um pouco maior do que o seu tamanho, havia esse Ser encantador esperando pacientemente, mas muito perto.

Com duas esferas brilhando em verde.

Parecia sério, embora intrigado com a adição, quando o Amor surgiu iluminando tudo à sua volta, porque os primeiros raios de Sol nasceram junto a ele, trazendo a luz.

- Você levou 10519228 minutos para nascer - disse aquele que o esperava, mas Louis não entendia o que ele queria dizer, então logo o portador do verde tratou de explicar: - decidi organizar minha existência em períodos porque sou complicado e extenso, é melhor para me entender.

- Período?

- É como chamarei essas divisões, vou ensinar porque sou o mais velho - explicou de novo, agora tentando ser sucinto e didático: - eu sou o Tempo. Significa que eu sou onde tudo percorre, ocorre e se transforma. Eu nasci primeiro para que tudo pudesse nascer e se transformar através de mim - o Amor ouviu atento, se encantando com as palavras, com esse primeiro som que ouviu da voz do Tempo e o verde, principalmente o verde, cercado por respingos amarelos - antes tudo era nada, agora tudo pode ser nada e também pode ser tudo com a minha existência.

- Eu ainda não entendo.

- Não sou bom explicando de uma única vez, você precisa esperar e ter paciência. Aprender e se transformar com o tempo. Os deuses me disseram que sou escuridão porque não se pode prever ou enxergar com exatidão, mas não se preocupe, com o tempo você se adapta e me entende - sorriu e o Amor o copiou - a propósito, me chamo Harry Styles.

- Me chamo Louis William, o Amor - apontou para os deuses adormecidos atrás de si - eles disseram que eu sou essencial e raro.

- Eu sei, estou aqui te esperando há 10519228 minutos. Fiquei observando sua criação enquanto planejava um modo de me organizar e te orientar. Sabia que 10519228 minutos equivale a 20 anos e 28 minutos?

- Hum - Louis ainda estava concentrado na cor verde, confuso.

- É bastante tempo, mas não tanto quanto ainda está por vir - ele sorriu de novo e mostrou duas pequenas cavidades bonitas em seu rosto, Louis inclinou a cabeça e se sentiu iluminando cada vez mais - você brilha, é interessante, eu não conseguia ver de fato e agora posso ver.

- Os deuses me disseram que se chama luz do Sol.

- Sol? - agora é Harry quem parece confuso.

- Sol - repetiu - o Deus do Fogo disse que me representa, que eu vim para trazer luz.

- Você trouxe o Sol - Harry não parava de sorrir - sou grato, Senhor do Sol, me sinto aquecido. Então é essa a função do Amor? Aquecer e iluminar? - perguntou, curioso.

- Ainda não tenho certeza, mas acho que com você, com o tempo, nós vamos entender.

Harry bateu as asas douradas sem sair do lugar, só sentindo o estremecer. Louis o imitou com as suas brancas.

- Pelo jeito, você também tem muito a me ensinar.

Então, após os dois primeiros nascidos originais, vieram outros vinte e dois Designados, nascendo a cada vinte anos enquanto, em outro plano, também nascia a humanidade.

Esse longo e milagroso processo de criação dos Designados durou quase meio milênio. Foi durante esse tempo que, cada vez mais, Louis e Harry tornaram-se grandes amigos. Era uma das vertentes do Amor, a formação do significado de amizade, parceria e cumplicidade mesmo com tantas diferenças, sendo criada com a ajuda do Tempo.

E outros dos Designados também se juntaram aos dois. Zayn Malik veio ao universo logo depois de Louis e se apresentou como a Morte, ou a representação de um fim para se pôr limites nas infinidades. Apesar de ser sombrio, ele era contagiado pelo poder que o Amor exalava, então, acabou tornando-se um amigo.

Liam Payne, a Paz, com certeza contribuiu muito para a união do grupo. Ele estava sempre pleno de uma maneira tão linda e brilhante com o Amor que era impossível não se sentir sereno ao lado deles também. Todos pareciam contagiados por sua presença e havia um consenso, partindo de Liam, de que mesmo sendo de lados opostos os Designados poderiam viver em paz.

O Caos trouxe um pouco de agito desde o momento em que eclodiu do broto sugerindo uma celebração a cada nascimento. Ele queria acabar com aquele silêncio agoniante, queria ser ouvido e que todos falassem mais.

Não estava mais sendo o suficiente para aguardar os vinte e quatro em Firdous, quando Ashton, o Libido, nasceu. Muito menos quando Gregori, o Propósito, chegou. Foi fácil decidir explorar o nascimento do universo a partir deles. Descer à Terra e deixar suas contribuições na criação enquanto os Deuses geram os Designados. Eles criaram ramificações dos sentimentos e significados baseados no que eles mesmos eram e se entenderam cada vez mais.

Iam para a Terra assistir a evolução dos Seres Vivos e conviver entre eles, às vezes iam juntos, às vezes dispersos.

Harry, Louis, Zayn, Liam e Niall preferiam andar em grupo. Às vezes acompanhados de Ashton, Taylor, Luke, Gemma e Gregori.

Quando Ashton estava lá, o desejo carnal também estava. E apesar de ser um Designado do lado bom da Balança, Ashton sempre influenciou mais os Designados do mal a seguí-lo. Zayn, Harry e Niall costumavam a aproveitar cada oportunidade da novidade que era o sexo por prazer físico além da procriação.

O resto dessa perdição, é uma história longa e milenar que não mudou muito até os dias atuais. Designados e humanos continuam com esse mesmo hábito, seja ele por um bom ou por um mau motivo - é aí que se prova que mesmo um Designado do bem poderia criar algo que agiria pelos dois lados da balança.

Nem todo mal é só mal e nem todo bem faz tão bem, afinal de contas.

Louis quem o diga!

Ele descobriu isso vendo algo lindo e bom nascer com o Tempo. Se o seu primeiro amigo e literalmente primeiro amor deveria ser, supostamente, algo ruim, então por que a vida ia se desdobrando através dele de forma tão magnífica?

Louis só conseguia ver beleza nesse mal. Tão lindo, tão sábio e preocupado em fazer o seu papel na natureza.

- Temos que voltar para Firdous agora - Harry disse, em uma das vezes em que Louis e ele vieram sozinhos para a Terra rapidamente, só para matar a saudade da humanidade.

- Vamos ficar por aqui um pouco mais.

- A ordem dos Deuses é para voltarmos na primavera de nascimento, até que o último Designado nasça. O próximo pode nascer nesta. Devemos respeitar o tempo proposto.

- Nós dois sabemos que o último Designado só nascerá daqui a dois anos - Louis disse rindo - Você ainda conta os minutos de cada um deles e sempre nascem a cada vinte anos, nenhum veio prematuro - Harry corou - são os seus períodos.

- Mas nós temos que ir para verificar, depois podemos voltar. Devemos ser obedientes às ordens dos Deuses.

- É verdade, mas também estamos aqui apenas apreciando e sendo devotos da natureza criada por Eles. Não estamos fazendo nada de errado.

- Desobedecer uma ordem é errado.

- Será? - Louis o puxou pela mão e Harry se deixou levar até estar sentado ao seu lado, na beira rochosa de um vale coberto por neblina, cercado de flores e mato, com uma queda d'água no lado oposto - Eu sou um Designado do Bem e não estou tão preocupado quanto você, sendo do Mal, está.

Ele queria dizer, será mesmo errado ser quem era? Porque se ele supostamente estaria do lado bom da balança, então não seria contraditório dizer que o sentimento novo que criou com o Tempo seria errado?

Nessa época, Louis ainda não sabia, como se sabe nos tempos modernos, que a divisão da balança era mera formalidade, porque nem todo mal é só mal e nem todo bem faz tão bem.

Ele não sabia, mas não fazia diferença em sua decisão de alimentar aquele sentimento, porque era inevitável. Toda vez que Harry lhe segue para protegê-lo ou para adorar o Amor como se fosse um dos humanos mais devotos da Terra, Louis acaba moldando um pouco mais dessa novidade criada por si mesmo, o que ele chama de "se apaixonar".

Eles viram o Sol nascer naquele dia, do jeito que olharam quando Louis criou sua existência quando nascido. Lindo, com várias cores quentes como o Amor também era. Harry olhava para o Sol e para Louis com a mesma admiração.

Ele sabia, no seu mais íntimo, que o Amor era a coisa mais linda já feita.

O Tempo entendia de muita coisa conforme o seu passar. Ele só demorou para compreender o que era a paixão.

Zayn foi mais rápido a aprender, no entanto.

- Você está me dizendo que esse sentimento é sinônimo de Amor - concluiu - se parece.

- Não, Zayn, não é a mesma coisa.

- Então me explica de novo, você é muito complexo.

Os dois estavam deitados em um gramado em alguma parte do mundo, enquanto Niall brincava em volta de um lago com Harry e Liam, os três voando sobre a água límpida, aproveitando estarem isolados e longe da vista de humanos. O Caos gostava de irritar o Tempo e a Paz não se incomodava, apenas se mantinha bem entre eles, apreciando o dia tranquilo.

- Paixão arde como se queimar no Sol. Tem um pouco de tudo em sentir ela, mas primeiro se sente amor e depois de me sentir você muda isso, com o tempo, se transforma em algo... - Louis franziu os lábios e o cenho, tentando encontrar algo para comparar.

- Em algo complexo, você quer dizer.

Zayn riu e Louis riu junto.

- Tem razão, é complexo.

- Mas deve ser bonito, se foi você que fez - Louis olhou para Zayn com cautela e atenção. Os olhos da Morte tinham aquele brilho diferente, as bochechas coradas e um sorriso doce direcionado apenas para si - O que foi, Amor?

- Desculpa, estou aqui mostrando esse sentimento novo, mas... acho que você já entendeu o que é paixão.

Paixão era o que Zayn aprendeu seu significado e absorveu do sentimento, enquanto Louis ainda o criava, vendo Harry viver e aproveitar da sua existência, se deleitar de forma bonita (e também feia) da vida mundana.

O Amor era lindo, mas a Paixão era bonita e feia. Ardia e iluminava como o Sol, mas também queimava. Era um imã protetor, que vinha e ia, crescia e diminuía assim como a Lua, e como o Tempo, que tinham um lado claro e outro escuro.

Harry só foi entender o que aquilo significava, quatrocentos e sessenta e um anos depois, na primeira celebração da primavera em Firdous. Um marco para comemorar o nascimento dos vinte e quatro na presença dos Deuses.

Em todo esse tempo de vida, ele já tinha se relacionado sem significado de amor e paixão, apenas sexualmente, com quase todos os Designados e muitos humanos. Mas com o Amor, foram apenas duas vezes.

Duas vezes que ele classificava como as melhores de todas.

Nesse dia em especial da celebração da primavera em Firdous, Harry queria o Amor, apenas ele, ninguém mais.

Louis estava tão belo, tão brilhante, com o cabelo liso e claro, um castanho que quase chegava ao loiro, na altura dos ombros e os cílios longos sobre os olhos azuis mais intensos do que nunca.

E Harry não conseguia parar de olhar para o Amor.

Eles dançaram juntos com seus irmãos de criação, se divertiram contagiados por Gemma, mas principalmente um pelo outro.

- Você está diferente hoje - Harry comentou, de mãos dadas com Louis, enquanto dançavam juntos - ou talvez, eu esteja me sentindo diferente.

- Como assim?

- Não sei explicar.

- É uma coisa nova?

- Sim, mas parece ser especial, único, e vindo só de você.

Harry sorriu tímido, sentindo calor no rosto e na barriga.

- E como é?

- É lindo - Harry errou um passo da dança, sentindo as pernas bambas, sempre estabanado. Mas Louis o puxou para tão mais perto, colados, com o rosto rente ao seu e aqueles olhos intensos e sinceros, que foi fácil se sentir seguro para admitir: - é diferente, acho que você fez isso para mim, não foi?

- Eu fiz - Louis sorriu e continuou olhando de um jeito que faz a sensação nova e quente borbulhar dentro de Harry - Você tem razão. É algo especial. Levei quase meio milênio para elaborar, usei todo o tempo necessário, tudo de você para me inspirar e fazer crescer, algo tão grande que vai mudar tudo para sempre.

- Não existe para sempre, sempre é infinito - Harry disse didático - eu ainda sou jovem demais para criar algo do tipo, talvez... - ele franze o cenho quando se perde no que ia dizer, porque os olhos azuis e a boca bonita de Louis o distraem - o que você fez?

- Paixão, é o nome.

- O que é paixão? - Harry pergunta, ainda distraído com os detalhes do rosto do Amor. Ele nunca tinha reparado que os cílios de Louis parecem como a cor do Sol. E que a pele dele era tão quente. Ele desliza os dedos na lombar do outro, sentindo essa temperatura, e tremendo por tocá-lo tão suavemente, como se fosse um privilégio.

- Sabe quando eu fiz sexo com você e te dei uma sensação diferente do que só o Libido te deu? - Harry não respondeu, mas estava atento, Louis girou ele na dança, passando por baixo de seus braços e depois o trazendo de volta ao peito com impacto - Não finge que não sabe o que eu estou falando, você é sábio, sabe muito bem que foi diferente do que foi com qualquer outro Ser com quem se deitou. Se eu senti tudo aquilo, você também deve ter sentido.

- Não estou negando.

- Então me diz, você gostou?

- Eu... - Harry entreabriu os lábios e suspirou quando Louis passou a mão em seu pescoço e depois bíceps, nunca parando de dançar e ignorados por todos os outros que se divertiam longe deles - eu gostei.

- Só gostou, ou amou? - Louis incentivou com um olhar mais afiado, fazendo aquela sensação queimar em Harry de novo, aquela que ele não sabe explicar o significado, mas que no fundo sabe de onde vem - Vamos lá, Styles, você e eu sabemos que foi bem extraordinário para me resumir a um gostei.

- Nunca senti nada parecido, só com você - Harry se rendeu - Isso é paixão?

- Você vai ter que descobrir - Louis riu e se afastou, provocativo - mas eu posso te ajudar, se deixar.

E lá estavam os dois, a sós, nos aposentos do Tempo. Um lugar que antes era pouco iluminado, mas na presença de Louis se enchia de luz e calor.

Calor que expandia o que não era matéria.

O calor do corpo de Harry, enquanto não parava de subir e descer no colo de Louis, sentindo mais daquela sensação nova que teve mais cedo enquanto dançavam, agora mais intenso, quase explodindo seu corpo material, mas principalmente sua forma etérea de Designado. O ardor em suas coxas enquanto as flexiona, tão quente. Tão intenso, tão gostoso e tão magnífico que desejava se ajoelhar para Louis como se ajoelhava aos seus Deuses. Mas quem se ajoelhou à sua frente e o tomou pela boca foi o Amor. Não era errado? Ele não conseguia pensar o que era certo e errado, o que era o bem e o que era o mal, o que era belo e o que era feio. Parecia um caminho sem volta, sem fim... de repente ele se sente mais maduro, mais maduro em apenas uma noite do que levou quase um milênio para se tornar, preparado para criar o infinito. Só pra ter esse momento eternizado.

O momento em que ele compreende o que é o Amor em sua forma mais pura e verdadeira. O momento em que prova de que era feito a paixão.

Foi assim, preservando esse sentimento e a descoberta apenas para os dois, que viveram juntos por mais centenas de anos. No começo, Harry ficou tão eufórico que queria contar para todo o universo como era bom sentir a tal paixão. Ele era tão ingênuo a respeito disso, que tentou sentir o mesmo por outro Ser, só para testar a novidade, mas com o tempo compreendeu que só Louis podia proporcionar esse sentimento para ele e não era porque ele era o Amor personificado, até porque, desde que Louis nasceu havia um pouco de amor em tudo na vida.

Mas era porque Louis era extremamente lindo, sincero, espetacular, a melhor criatura que existia.

O Tempo vivia na escuridão algumas vezes, mas daí, Louis aparecia com aquele sorriso perfeito e se fazia luz em seu coração.

Harry se achava tão sábio, mas às vezes só de ter um pouco da atenção de Louis ele se sentia bobo, tentando ser bom quando sua natureza era o oposto.

Louis fazia Harry se sentir diferente.

Harry era um Ser importante para o universo, mas ele só queria ser importante para Louis.

Depois, com o passar dos anos, foi assistindo a paixão ser dividida entre os humanos, parecia até mesmo ser compartilhada entre os animais, e tomava forma e consistência até ser reconhecida como um sentimento real. E também perigoso, na visão dos Deuses. Porque a paixão foi feita como uma sementinha invisível, mas potente. Brotava no coração, crescia enquanto alimentava e dava frutos.

Perfeita para a humanidade.

Um desastre para os Designados.

428 anos depois os dois tornaram essa paixão um compromisso. Algo que Harry prometeu tornar infinito, mesmo que lhe digam que o para sempre não funciona e não existe.

Por eles, para estarem juntos, ele tornaria algo possível.

Os outros Designados não entendiam muito bem porque ainda não tiveram o privilégio que Louis e Harry estavam tendo de sentir algo tão verdadeiro.

Em especial a Inveja, que envenena sempre que havia oportunidade, incomodada ao ver os dois agirem como dois tolos mundanos um com o outro. Harry e Louis não davam a mínima. Gastavam a energia de suas existências para aprender muito um com o outro e principalmente, para se apoiarem.

Louis estava caminhando distraído, pensando na noite anterior, quando Harry beijou seu corpo todo. Pensava no cheiro doce em todo o ambiente e em como ele estava lindo nu por cima de si. Em como Harry praticamente derreteu em seu colo enquanto mordia seus lábios...

Estava tão distraído com suas lembranças calorosas de amor, que nem percebeu alguém se aproximar e puxá-lo contra o tronco de uma árvore.

A cabeça de Louis tomba apoiada para trás e lá estava, o verde nas copas e o verde brilhante e encantador refletindo nos olhos do seu amado.

- Eu estava te esperando.

- Por que estava me esperando?

- Eu sempre tô te esperando - Harry sussurrou contra seus lábios, apaixonado - te esperei nascer, agora fico te esperando chegar, te esperando voltar, esperando sua companhia, o seu beijo... - roubou um selinho breve e sorriu - pelo jeito, o meu maior prazer como Tempo é esperar pelo seu Amor.

Louis deu o que o outro pediu, fisgando seus lábios.

Muito amor, mais paixão e um tempo de qualidade.

Louis também descobriu que poderia amar ações. Todas essas ações de Harry tentando ser bom. E as ações dele próprio, quebrando regras, desobedecendo os Deuses que não se alegravam com a relação perigosa deles, sendo rebelde só para ficar mais tempo com Harry.

E ele também passou a amar as ações humanas. Foi descoberta a arte logo no início de tudo, e ele estava adorando a evolução daquilo cada vez mais. A arte era tão bonita, expressava ideias e sentimentos. O fazia se lembrar disso que ele mesmo sentia. Parecia que os humanos estavam reproduzindo resultados da sua existência e de todos os seus irmãos de criação. Louis se sentia cultivado, sentia-se glorificado.

Sua arte preferida era a pintura, mas também gostava da música. Às vezes Harry cantava para ele coisas que vinham à sua cabeça, geralmente eram canções sobre os dois. Sincronizado aos seus corações, tal como o Tempo. Às vezes Louis pintava no corpo dele formas abstratas, tateando a pele doce e macia, só para depois borrar tudo com as próprias mãos e boca, para ouvir Harry gemer, um som bonito como suas melodias. Seu doce encanto.

- Você acha que a paixão só pode existir se for entregue de dois lados, como duas pontas de fios soltos que formam um laço? - Harry perguntou para Louis enquanto sentia o carinho dele em seu cabelo - Ou pode vir de um lado só?

Os dois já estavam juntos, romanticamente, havia pelo menos uns setecentos anos e ainda falam de paixão como se fosse uma novidade. Niall adora zombar só para irritar Harry, dizendo que eles ficam bobos e mais parecidos com os humanos, mas apoia porque são amigos e também porque ele acredita que disso possa surgir uma rebelião. Niall adora barulho e a paixão era um sentimento gritante. Liam diz que é bonito, diferente, mas interessante. Zayn se afastou, mas quando está perto dos amigos só diz que Louis mudou.

Louis acha que é um dos sinais da paixão é essa tal mudança. Harry e ele se uniram tanto que já tinham um pouco um do outro. Louis se sente cada vez mais parecido com o seu amado. Quando eles riem e jogam a cabeça para trás em sincronia, quando caminham de um jeito parecido, quando os dois têm ideias iguais ao mesmo tempo.

Uma coisa que também mudou foram suas asas. Quando nasceram, as de Louis eram brancas e as de Harry douradas. Agora as penas dos dois estão mesclando com as duas cores e chegando num tom amarelado.

Nenhum outro Designado mudou a cor das asas até então, apenas os dois e coincidentemente a mistura delas era como uma mistura das suas duas juntas.

- Por que a pergunta?

- Você me conhece melhor do que qualquer um, sabe que eu sou observador.

- É verdade, eu acho isso em você uma graça.

- Então, eu estava observando. Porque a paixão é sua obra de arte mais linda, a melhor e mais grandiosa já feita, impossível ela se limitar a nós dois, não é mesmo? Outros devem sentir também.

- Certamente.

- Mas assim, retribuida como fazemos, eu ainda não vi nada igual entre os Designados. No entanto - Harry se ajeita entre as pernas de Louis e vira o rosto em sua direção, tendo toda a atenção dos olhos azuis - eu acho que vi algo parecido de forma unilateral em um deles. Seria um problema?

- Talvez, hum, eu acho que não tem como tudo ser perfeito - ele dá o seu palpite vendo Harry refletir com a resposta - É por isso que existimos, doce encanto - Louis beijou a bochecha de Harry, sorrindo triste por pensar que seus irmãos de criação não tinham a mesma sorte que eles - Quem foi que você observou?

- Acho que o Zayn está apaixonado, mas não vejo o outro lado, a outra ponta para esse laço.

- Oh - Louis desviou o olhar e sentiu o rosto esquentar. Ele sabia muito bem disso, sabia com pesar - ele está, faz tempo que está.

- Você já sabia? - Harry analisou sua reação e viu Louis dar de ombros em resposta - Ele está apaixonado por você.

- Sim.

- Não sei se gosto disso. Não quero ser egoísta, mas, somos nós dois, você e eu.

- Não se preocupe, para mim também é só você - Louis disse, vendo Harry pensar, deixou um beijo em seu ombro nu - Mas não podemos controlar o que os outros sentem, mesmo eu sendo a fonte desse sentimento, entendeu?

- Quando ia me contar?

- É íntimo, um sentimento que pertence apenas a ele, mas não interfere no que eu sinto por você. Zayn é nosso amigo, isso não pode mudar e eu sinto muito por ele, porque também o amo, mas não como eu amo você.

Louis o puxou para beijá-lo, dessa vez em seus lábios, mas Harry recuou apenas um pouco para dizer, antes de retribuir:

- Para sempre?

- Prometo pela existência do Sol que você me tem para sempre.

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um presente de aniversário atrasado para uma amiga e leitora fiel sparkelctricity

e também porque, apesar de eu ter dito que não faria mais extras, vocês pediram muito por esse e tudo o que vocês me pedem, se estiver ao meu alcance, eu faço de coração, por prazer e gratidão

leiam também cotton candy,
vocês vão amar!

saudades, tt: @_shakesqueer

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