Capítulo 7
O trabalho da witchfearless é impecável e Aruna não existiria sem ela. Por favor, visitem o perfil para ler as fics de uma das melhores escritoras desse fandom!
Amo vocês ♡
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- Ora, ora, Aruna W. Styles - o seu tom é de descontentamento e ele cruza os braços buscando satisfações - aproveitando a noite com o seu namorado?
- Achei que eu já tivesse dito que não é mais da sua conta. - Niall bufou uma risada e Louis arregalou os olhos surpreso tanto pela troca de farpas quanto a revelação.
- É da minha conta quando envolve o bem-estar dela - Ele ajusta o óculos de grau na ponta do nariz - mas não é o tipo de assunto que teremos aqui na frente dos seus amigos.
- Não vejo problema algum se você vai ficar no nosso pé de qualquer forma e eu adoro mesmo um barulho.
O modo como Niall disse levemente sorrindo, com as palavras brincantes, não parece que eles estão discutindo e deixando Louis nervoso, tanto quanto Aruna. O que os denunciam é a pose irritada de Harry com as sobrancelhas arqueadas, o maxilar rijo e os olhos atirando sua energia paternal.
- Niall, já chega - Aruna pega a mão do namorado com os olhos pedintes para Harry - e o senhor pode deixar os sermões para mim, sem platéia.
Louis se sente por fora e é inevitável querer explicações para o clima tenso.
- O que está acontecendo?
- Aquilo que eu te disse sobre o pai dela implicar com o nosso casamento que vai acontecer - Niall responde por eles - todo mundo sabe que o amor não se controla.
Harry levanta fazendo menção de ir embora, dando a última palavra sem titubear.
- Você só gosta de causar confusão e cismar para provar um ponto.
Ele deixa dinheiro suficiente na mesa para pagar a conta deles, se levanta alisando a própria camisa e vai embora mais controlado que segundos atrás, como se não tivesse causado a cena toda.
- Eu sinto muito - Louis diz ao casal antes de ir atrás.
Ele se lembra de Niall explicar que o pai de Aruna é contra o casamento deles, mas o que Harry tem a ver com aquilo além do sobrenome?
Usando da lógica semelhança física, faz sentido o parentesco. Se Louis achava antes que Harry lhe era familiar, agora tem certeza ser em comparação com a garota que viu primeiro na apresentação do estacionamento. Eles dois possuem o mesmo tom marfim de pele, os mesmos traços faciais, a sobrancelha perfeita, os cachos, o corpo esguio e até mesmo a postura e trejeitos. O que muda são as cores dos olhos, cabelo e o nariz delicado dela. Ainda assim, ambos são de uma beleza exótica estonteante e similar.
Antes de sair do estabelecimento, Louis chama por Harry e pergunta afoito.
- O que aconteceu?
- Briga de família que eu não posso te explicar.
- Não tenho intenção de ser invasivo, mas é curioso pelo grau de sua relação com meu padrasto, ele nunca mencionar sobre Aruna ser da família.
- Ela é, mas está agindo como se não fosse.
- Então Aruna é sua irmã ou algo do tipo?
Harry paralisa na porta e Louis achou que fosse por irritação, mas é a chuva torrencial que os impedem de sair. Eles se protegem na soleira estreita do pub, mas é insuficiente e aparentemente também não é uma possibilidade voltar para dentro depois daquela briga.
- Eu disse que choveria!
Eles falam alto para ouvirem-se através do desaguar sobre a calha, na cerâmica da calçada e na lataria do hidrante. Do outro lado da rua os ciclistas também buscam qualquer cobertura para abrigarem-se.
- Eu te levo para casa.
- Não precisa, eu posso ir de táxi.
- Por que você está sempre fugindo de mim?
O vento trás os pingos gelados. Começa molhando suas pernas, depois Louis já pode ver uma gota escorrer do cabelo para a bochecha de Harry. Logo estarão ensopados, mas ele não se importa. Quer uma resposta para calar essa confusão da sua cabeça e lhe devolver as noites de sono normais, um sonho maluco que seja apenas maluco e não tão envolvente e significativo.
Louis está prestes a perguntar de novo o porquê de Harry fugir tanto, quando foi surpreendido pelo movimento rápido. As grandes mãos do professor foram parar nos bíceps dele e o tórax choca contra o seu.
Foi apenas instintivo, mas a cabeça fodida de Louis secretamente sempre inventou esse cenário atrativo com mais romance do que a intenção real. Harry só fez para o proteger parcialmente da enxurrada de água da lama, que o carro jogou quando passou.
Agora suas costas estão encharcadas e Louis duvida muito que seja a razão para Harry tremer tanto em seus braços. Se fosse mesmo só o frio, por que o coração dos dois correm no mesmo ritmo?
Louis consegue sentir em sua mão espalmada no peito de Harry sob a fina camada da camisa molhada, o tuntum desesperado feito a respiração lhe entregando.
E também, se fosse unilateral, por que Harry continuaria o segurando ali entre os braços, com o queixo quase tocando sua bochecha quando Louis está claramente tonto?
As borboletas não mais brincavam em seu ventre, elas também se empilham e fazem acrobacias até a garganta de Louis. Ele ergue a cabeça devagar e prende a respiração ao que os olhos de Harry encontram os seus, aqueles longos cílios com respingos da chuva cercando o verde tão lindo com manchas azuis.
Chuva essa que poderia continuar caindo, aliás. Ela torna-se poética com Harry Styles entre ela.
- Obrigado - agradeceu suspirando mesmo que o fenômeno da natureza o impeça de ser ouvido. Tudo bem. Harry está olhando para a sua boca e ele deve ter lido tanto em seus lábios quanto no derretimento de suas pálpebras se fechando pouco a pouco.
Quando abre os olhos de volta o professor afasta-se relutante, percebendo o efeito que causou. Louis acredita que Harry também sentiu, está estampado no rosto preocupado e pasmo dele.
E depois de conseguir fisgar a íris esverdeada novamente e por mais tempo o garoto tem certeza.
As suspeitas de que o que vem tendo não são meros sonhos, confirmam com aquele contato mínimo de pele tão íntimo e familiar. Eles já estiveram assim antes, naquela bolha. E a vida parece até fazer mais sentido dessa forma, com a aura dele misturada a sua.
- Eu o conheci e não foi nessas duas semanas de aula, muito menos entre nossas famílias.
Nem mesmo dos sonhos, mas Louis ainda não consegue mencionar essa parte sem soar ridículo.
- O quê? - Harry se afastou e o modo como reage é uma acusação de que Louis está louco, mas o que transparece é ter sido pego em flagrante - Do que você está falando?
- Que nós já nos conhecemos antes.
- Nós não nos conhecemos.
- Eu não acredito em você - Louis insistiu - Olhe-me nos olhos e diga que estou errado. Que nunca na minha vida eu te vi antes dessas duas semanas.
Seu coração disparou enquanto Harry voltou um passo na direção dele, colocando ambas as mãos em seus ombros. Seus dedões cabiam perfeitamente nas ranhuras de sua clavícula, e ele queria fechar seus olhos ao calor do toque - mas Louis não fechou. Ele observou enquanto Harry curvava sua cabeça para que seu nariz quase tocasse o dele. Louis conseguia sentir o hálito quente em seu rosto de novo e desejou ficar nesse encaixe para sempre. Ele conseguia sentir um toque de doçura na pele, o que foi desfeito em seguida.
Harry fez o que lhe fora pedido. Olhou em seus olhos e disse muito vagarosamente, muito claramente, para que suas palavras não pudessem possivelmente serem mal-interpretadas de forma arrogante, como na primeira aula.
- Você nunca, nessa vida, me viu antes.
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A cama é muito menor do que a de Bleta na casa de seus pais, em Betondorp. Nas paredes não há daqueles pôsteres da Amy Winehouse ou Tove Lo, como na adolescência deles houvera, mas sim a tintura clara e sem graça do dormitório que dá vontade em Louis de pintar e fazer todo tipo de arte que sua melhor amiga desejar ou o que bem lhe inspirar.
Os dois estão abraçados para não cair dessa cama minúscula. Ela o ouve atentamente, contando sobre passear com Harry no labirinto e como eles foram parar no pub de Leidseplein para um plano de despedida de solteiro do seu padrasto, que veio a se tornar uma conversa mais aprofundada sobre o passado de Mark e de repente a confusão com Niall e Aruna.
- Você está me dizendo que ele está cheio de mistérios sobre a vida dele, quando você contou todos os detalhes da sua?
- Não foram todos os detalhes e além disso, Harry tem o direito de não se expor para um intrometido.
- Conta outra, você é a pessoa mais curiosa que eu conheço! - a cabeça dela está em seu peito e ele não pode enxergar, mas tem certeza que a melhor amiga revirou os olhos.
- Eu não entendo o que tem demais em me dizer. Se ele é praticamente irmão de Gregori e são estrangeiros, se Aruna é parente de Harry que faz parte desse laço com meu padrasto, então eu tenho que saber quem está se relacionando com Mark, certo? Essas pessoas irão conviver dentro da nossa casa!
- Fica mais fácil se você admitir que está curioso por estar afim do professor - ela cantarola rindo, mas ele não devolve a graça.
Louis está sério, olhando para o teto e querendo chorar de vergonha. Por que ele falou aquilo para Harry? Agora ele deve ter dado a impressão errada de ser um louco, embora Louis não tenha mudado de idéia. Se tudo soa como um drama do caralho, não importa. Ele até que vem sendo bem controlado em manter essas suspeitas de que Harry e ele já se conheciam, apenas para si. Só não dá para esconder tantas coisas dentro dele, porque vem sendo muitas delas. A ponto de transbordar e o fazer óbvio.
- Não foi a discussão com o casal dez que te fez voltar para dentro daquele pub de cara amarrada, nem a razão de ter me arrastado aqui para o dormitório.
A chuva já está mais calma e silenciosa, o contrário da cabeça de Louis.
- Não foi.
- O que aconteceu lá fora, Lou?
- Acho que o conheço, mas não consigo saber de onde.
- Já perguntou a Mark sobre Harry?
- Ela sabe tanto quanto eu.
Bleta se desvencilhou de Louis e sentou de frente para o computador que divide com Gemma. A colega de quarto dela ainda não está ali - ela tem uma namorada e passa quase todas as noites fora - o que foi justificativa suficiente para os dois fugirem do pub para o prédio feminino com mais privacidade e o colo da melhor amiga, o plano inicial de socorro desde o fim da tarde daquele longo dia.
Louis senta na cama e une as sobrancelhas sem entender o que Bleta pretende ligando o computador no meio de uma conversa importante. Ela prende o cabelo no alto, rodopia sentada na cadeira giratória e quando para, Louis riu da idiota que além de linda é extremamente útil e inteligente.
- Vamos investigar sobre Harry Styles!
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