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Capítulo 29

ATENÇÃO!
Esse capítulo é um oferecimento de
Rainberry, Ícarus Falls,
e contém cenas de violência.

Sejam bem vindes de volta
Comentem bastante pois estou
com saudades de vocês!

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(Samuel / Louis)

O amor tem muitas vertentes.

Não é só sobre paixão.

O amor abrange também aquele objeto de apego, a música preferida que desperta sua emoção e paralelo à isso o ídolo artístico que o fã nunca viu e provavelmente nem o verá, mas o ama de todo seu coração.

Também é sobre as amizades e a família.

O amor pode nascer consigo, pode crescer com a convivência ou acontecer num átimo de segundo, vai depender da circunstância e a sua magia.

Porque o amor é um mistério.

E Sam ama sua mãe como qualquer outro filho com uma mãe amorosa a amaria. Ele tem boas lembranças de sua infância com ela, quando não podia entender o que a ausência do pai significava. A casa cheirava a bolinhos de canela e chá do fim de tarde. Eles assistiam os programas de talentos ingleses na televisão de caixota e depois da aula Sam treinava futebol porque Elliot Fender - o ex padrasto que esteve junto desde seu nascimento - amava futebol e amava tratar Samuel como se fosse seu filho biológico. Ele era só um garotinho de dez anos que mandava bem agarrando bolas no time mirim da cidadezinha de North Shields. O orgulho do pai postiço.

Foi orgulho até Sam cometer a bizarrice de dividir o rio Tyne em duas partes aos onze anos, durante a feira de pescas.

Foi assustador para todos, para a criança e os adultos principalmente.

Sam não entendeu como apenas se sentir estressado por querer sair do barco e voltar para a terra firme para jogar futebol com seus amiguinhos causou um estrago tão grande.

Imagina só, dividir o rio feito Moisés que dividiu o mar vermelho - talvez o cara tenha tido a mesma merda de problema em relação ao sangue Nefilim. E pelos próximos meses Elliot lutou contra os moradores locais até a morte, defendendo que seu filho não era uma aberração, não era um possuído pelos demônios ou qualquer besteira do tipo que uma cidade pequena julgaria.

Ainda que lutando pela sobrevivência do filho, era difícil para a sanidade do próprio Elliot suportar tal anomalia. A essa altura ele mesmo já estava estressado a ponto de adoecer vendo tudo o que Sam fazia na água de casa.

Aos doze anos do garoto, a viúva Dayse Fender decidiu ser o momento certo para enviar o filho para longe, para Shoreline.

Obviamente ela sabia do poder que o pai biológico de Sam possuia e também conhecia Liam das propostas que ele sempre fazia de levar um dos filhos do Designado do Medo para a escola especial pelo próprio bem dele, para que pudesse aprender a lidar consigo mesmo e saber sobre quem é.

Para o pequeno Samuel foi um inferno na Terra, se inferno existisse.

A escola em si era incrível, mas os ocupantes terríveis. Liam e Raykeea não conseguiram lidar com todos os alunos da mesma forma. Alguns deles eram ressentidos e amargurados demais. Faziam piadas cruéis sobre os pais e perseguiam os mais sensíveis.

Sam era o alvo ideal.

O caçula do Medo sofria bullying por ser o filho de quem é com piadas construídas em pré julgamentos de que ele seria um covarde junior.

A princípio e tentando entender a si mesmo, a criança achou a biblioteca um bom lugar para se esconder e lá foi onde lia sobre contos e lendas. Foi também onde descobriu sobre a história do Amor que se sacrificou para salvar a humanidade e a lenda do Tempo que vive num infinito esperando a maldição se quebrar e o amor dele voltar.

Aquele livro Sam pegou escondido e carregou consigo para todo lado. Ele lia e relia pelos cantos imaginando um dia ter alguém que o ame por ele ser quem é e não o mande para longe com medo. Um amor corajoso que resista. Ele odeia o Medo. E havia algo de melhor do que ficar se escondendo e provando ser como o seu pai de merda que nunca viu pessoalmente, algo melhor que é ter coragem para fazer o futebol que sempre amou.

Ler tanto sobre amor o fez sonhar e se encorajar, mas foi a Ira que o moveu.

Por isso Sam não se escondeu mais em seus últimos meses na Shoreline.

Ele era o cara que ria junto quando faziam piada sobre a amaldiçoada paternidade, ele era o cara que fazia flexões e pulava corda no seu alojamento da Shoreline durante a puberdade para ser mais forte do que os outros e se proteger. Ele jogava futebol com os mesmos caras que bateram e zombaram dele mais cedo e se jogava na frente das bolas chutadas para defender e provar que não tinha medo de enfrentar. Ele não seria como aquele cara que diziam ser seu pai, ele seria corajoso como o padrasto que mesmo com as bizarrices com a água que era coisa demais para um homem comum de meia idade entender, mesmo que o filho nem fosse biologicamente seu, Elliot lutou e amou o Nefilim com toda a sua força.

E foi o que Sam fez por sua mãe e por Louis.

Ele lutou e arriscou a própria vida para os defender.

Até chegar o ponto em que tivera de escolher um ou outro.

Daí para frente ele pensou que talvez se morresse antes, não seria mais necessário escolher um ou outro.

Sam está amarrado pelos pés no chão imundo feito um animal explorado. Os braços foram dobrados e enlaçado para trás e ele está sentado sobre as coxas com as costas doendo de quanto tentou resistir, agora extremamente cansado para fazer mais do que assistir Louis encolhido quietinho amarrado assim como ele, a diferença é que ele não foi machucado e só está inerte em seus próprios pensamentos.

Assim que Samuel entregou Louis aos párias e devolveu a seta estelar que eles o fizeram usar para ameaçar no sequestro, o goleiro foi preso junto. Essas criaturas traiçoeiras sabem que ele é esperto e tentaria uma fuga com Louis assim que tivesse certeza da liberdade e segurança de sua mãe.

Pelo menos eles cumpriram com a parte do acordo. Dayse Fender está em segurança e sendo cuidada por uma velha amiga Nefilim de Sam.

- Você está machucado?

É estranho ver Louis tão quieto e pensativo, exausto e petrificado. Ele só gesticula positivamente ao invés de verbalizar o que sente.

- Você me odeia agora? - Samuel perguntou para confirmar.

Mal dá para enxergar no escuro além da silhueta sombreada e o único foco de luz vem de uma janela pequena no alto da parede bruta. O cheiro do lugar é uma mistura de gasolina, óleo e mofo. Samuel tem quase certeza haver sarna nas cordas que os amarram.

- Eu não odeio ninguém.

- Eu sei disso, mas se você me odiasse eu entenderia.

- Tenho certeza que você tem um motivo.

- Por que confia tanto em mim?

- Porque você é o meu melhor amigo.

Samuel tremeu pela coceira das amarras apertadas e evitou encarar a figura de Louis nas sombras desse casebre.

- Sam, diga para mim que você-

- Eles estavam ameaçando a minha mãe.

- O que ela tem haver com isso?

- O amor é um ponto forte e fraco, sabia?

- Acho que não.

- Meu professor na Shoreline sempre dizia que sim, de que o amor fortalece na mesma medida que nos passa a perna. É uma caixinha de surpresas porque deixou de ser algo bom ou algo ruim há muito tempo.

- O que isso quer dizer?

- Meu amor por ela é meu ponto fraco.

- Eu não posso concordar, não - Louis bufou uma risada e tentou tirar o cabelo cheio de glitter amarelo dos olhos - o amor é para fortalecer e não enfraquecer.

- Na teoria, eu concordo.

- Ok... mas se você fez por amar sua mãe, então quer dizer que eles ameaçaram ela?

- Ou eu te pegava ou eles pegavam ela, mas eu me enrolei por semanas e não o entreguei porque tanto você quanto ela são importantes pra mim, só que...

- Eles pegaram ela porque você não quis me sequestrar.

Samuel se sente nauseado, prestes a desmaiar de cansaço.

- Pois é e agora eles soltaram ela porque você foi pego, mas eles me prometeram que não te fariam mal.

- E você realmente acreditou nisso?

- Eu estava desesperado.

- Não acredito que você seja mal, por que eles te escolheram para fazer esse serviço sujo?

- Foi a merda do acaso os párias descobrirem que éramos colegas de apartamento e enfim, essa era a chance perfeita deles que me conheciam desde a Shoreline e também sabiam que por trás dessa minha máscara de coragem eu só queria ser diferente do Medo.

Louis não respondeu.

- Eu tentei deixar de ser útil para eles naquele vez, porque se eu estivesse morto os párias não iam precisar matar minha mãe e nem eu seria obrigado a entregar a sua cabeça.

- O que eles querem de alguém como eu?

- Poder.

- Isso é ridículo, o que um estudante de artes tem de poder para oferecer?

Samuel o responderia se a porta de ferro do casebre não tivesse sido aberta com brutalidade. Louis se encolheu assustado com o barulho e a aparição repentina de quatro párias. Uma garota encorpada e maior do que os outros três homens carrega uma lanterna de luz alaranjada. Um deles é Jacob, que não esconde o sorriso satisfeito em ver Sam preso ali.

- Ora, ora - Jacob se aproximou dele e chutou sua perna como quem tira um pedaço de pedra do caminho - vejam só se não é o meu irmãozinho mais novo.

- Cala a boca.

- Ou você vai fazer o quê? - O pária se inclina com o rosto praticamente colado ao seu - Você tá amarrado aí Samuel e mesmo solto não faria nada além de rosnar porque é isso o que você sabe fazer de melhor: fingir.

Jacob é um dos filhos do Designado do Medo, como tantas outras crianças que ele abandonou a cada vez que se divertia com uma mulher humana na Terra. O azar de Jacob é ter herdado a imortalidade ao invés do domínio elemental.

Jacob se tornou um pária quando se uniu ao bando que luta por espaço na Balança, um grupo que quer relevância e poder ao invés de vagar ano após ano sem nada de especial além do fato de não envelhecer, de viver para sempre trocando de nome e mudando de cidade feito nômades para não serem estranhados por cidadãos locais.

- Você finge ser corajoso, finge ser um humano comum, finge ser amigo das pessoas e vai vivendo essa vidinha de mentira - o irmão pária provoca para irritar.

- Eu não tenho culpa se eu nasci mortal e você condenado a viver para sempre. Se quer descontar em alguém que seja em seu pai.

- Nosso pai - Jacob segura e aperta o rosto de Samuel para machucá-lo e cospe em seu rosto - Eu queria que tivéssemos pego aquele verme, seria um prazer enorme tomar a posição dele na Balança para representar os Nefilins. Já pensou que mundo melhor seria sem o Medo? Mas graças a você nós pegamos algo mais fácil de se livrar.

- Vocês estão cegos pela Inveja, esse plano é ridículo!

- Veremos, e quando o chefe pegar uma posição para nos representar estaremos acima de Nefilins como você, daí eu quero ouvir você me dizer quem estará com inveja Sammy.

- Já chega - o pária mais sério entre os quatro acaba com o momento de diversão de Jacob - Se concentre na missão!

Com o rosto livre, Samuel tenta se livrar do cuspe nojento do irmão com o ombro dolorido. Ele nota Louis lhe encarar como quem busca segurança e tudo o que queria era arrebentar as próprias mãos para conseguir escapar e tirar ele dali. Ele deveria ter usado a opção de deixar de ser útil para os párias quando pôde, ele deveria ter tido coragem de se livrar de si mesmo para salvá-lo, mas Sam é um covarde e até onde se sabe o tempo não volta atrás.

- Ai - O pária maior ergue a cabeça de Tomlinson pelos cabelos e vira o rosto dele de um lado para o outro, para ter a atenção de seus olhos azuis assustados - Por favor me solte, eu não tenho nada do que vocês precisam.

- Ah tem sim, amor.

- Não me chame de amor!

Dois dos párias se entreolham e riem deliberadamente, mas o mais sério deles e também o mais magro, com as bochechas chupadas e olheiras fundas, é quem parece liderar o grupo. Com um resmungo ele faz os outros ficarem calados.

- Nos diga o que quebrou a maldição.

- Eu não sei- Louis leva um soco em seu rosto antes mesmo de terminar a resposta e Samuel grita para eles pararem, mas é ignorado e há outro soco mais forte.

- É claro que sabe. Agora nós só precisamos do motivo ou teremos que matar o seu amiguinho ali para fazê-lo falar?

Jacob se aproveita para dar outro chute mais forte no irmão, que se debruça sobre o próprio estômago e cai de costas.

- Ele não sabe - Samuel resmunga com dor e cospe sangue no chão.

- Você tá muito corajoso hoje.

Ele leva outro chute e a julgar pelo seu silêncio, está desmaiado. Louis prende a respiração e não tem certeza se está sentado num local úmido ou se urinou nas calças. Ele treme incessante e a mandíbula dói por isso, não apenas pelos dois socos que recebeu. Ele não faz ideia de como a maldição foi quebrada e acha que provavelmente nem mesmo Harry saberia, mas tem quase certeza que com ou sem maldição, ele morrerá nesse cativeiro sob o olhar frio dos quatro párias.

- É tão cruel ver quem você ama sofrendo, não é mesmo?

- Por favor - Louis se agita e tenta se mover inutilmente - Deixem ele em paz!

- Se quer mesmo livrá-lo eu acho bom você começar a falar - a garota advertiu.

- É a mim que vocês querem, deixe ele ir!

- Você é só uma isca lindinho, mas por enquanto serve pra falar e esclarecer em que pé estamos nessa corrida pela posição na Balança.

- Isca?

- Sim, isca. É só uma questão de tempo (e você entende bem de Tempo) até alguém da sua gloriosa e lendária família de Designados aparecer pra gente enfiar a seta estelar no umbigo de um deles.

- Será bem divertido presenciar o fim do primeiro daqueles pais negligentes de merda que vier bancar de herói para resgatar o mortal inútil que você vem sendo há milênios - Jacob provocou.

- E enquanto eles não aparecem e você não serve pra nada, além de ser bem gostoso nesse corpo de humano, daremos um prazo para decidir se quer nos contar o que quebrou a maldição ou se quer assistir eu enfiar uma bala na cabeça do seu melhor amigo. Bem fácil se decidir, não é mesmo amor?

Louis engoliu em seco e paralisou de olhos arregalados. Seu rosto mal iluminado pela lanterna da garota que está rindo, adorando o medo dele, umedece de lágrimas e se mistura a sujeira e ao suor. Ele não consegue pensar no que fazer se não tem uma resposta e se tudo o que quer e pretende fazer no momento é qualquer coisa que salve a vida dele e de Sam.

- Tá vendo aquela luz se aproximando cada vez mais através da janela? - ele aponta para o foco no chão com cerca de trinta centímetros de distância de seu pé - Quando a luz chegar em você nós voltaremos aqui e acredite, teremos menos paciência para fazê-lo falar.

- Vamos ver se dessa vez você vai gostar tanto do tempo assim - Jacob foi o último do quarteto a deixar o cativeiro zombando com um "tic-tac tic-tac" irritante.

Depois disso o silêncio não foi absoluto porque Louis se deixou chorar alto, soluçar e murmurar para qualquer força do universo uma sequência de por favor nos ajude, por favor. Sua cabeça está explodindo de dor, ele sente frio e é muito incômodo de maneira geral o modo precário em que está amarrado e caído sobre uma poça de sujeira. Não dá para se importar no entanto, não quando ele tem tão pouco tempo para arranjar uma solução daquela enrascada.

A luz está se aproximando imperceptivelmente e ele recua os pés para fugir dela, como se assim fosse possível escapar do momento em que eles irão voltar.

É no instante que o tilintar das fechaduras da porta do casebre indicam estarem sendo abertas, que o seu sangue praticamente parou junto com o coração. Louis grunhiu e instintivamente tentou se mover em fuga enquanto seu cérebro formulava mentiras que pudesse usar para fazê-los acreditar ser a resposta da quebra da maldição.

Talvez ele pudesse ganhar mais tempo e só de pensar em Tempo ele quer chorar ainda mais, torcendo para que Harry não caia nessa armadilha se for mesmo o que os párias planejam.

No escuro é muito difícil ver quem se aproxima a passos pesados, até que a figura se coloque na frente da luz e a sombra tome o lugar de novo. Louis não sabe se suspira de alívio por seus pés estarem longe da iluminação ou se fica preocupado quando reconhece o garoto que vai diretamente livrá-lo das cordas com um facão.

- O que você está fazendo aqui?

- Nós precisamos sair rápido.

- Você desapareceu e eu passei semanas preocupado, tem noção disso?

- Eu estava tentando salvar o mundo enquanto o seu namorado brincava de casinha, um obrigado seria legal.

- Você está debochando porque não sabe o quanto eu fiquei preocupado - as pernas já foram soltas e ele continua a ralhar enquanto as cordas nas mãos são serradas - e agora aparece do nada nessa situação, eu nem sei se posso confiar, o que tá acontecendo?

- Agora não Lou, guarde os sermões para quando nossa bunda estiver salva fora desse lugar.

- Se eu for teremos que levar o Sam também!

- De jeito nenhum, eu mato as pessoas e não salvo elas.

- Então por que está me salvando?

- Porque tem coisas mais importantes para nos preocupar agora do que a morte.

- Eu não vou a lugar algum com você, não confio.

- Seu senso de confiabilidade não é muito eficaz, ou eu preciso lembrar que o seu suposto melhor amigo acabou de te sequestrar?

- Se você não levar ele eu também não vou.

- Pare de brincadeira, eu posso te arrastar daqui se-

- Mas eles querem matar o Samuel!

- Muita coincidência - Zayn disse rindo enquanto puxa os braços de Louis para levantá-lo e o pegar no colo - porque eu também quero.

No momento em que Louis protesta, Samuel acorda resmungando confuso e cinco párias aparecem de uma só vez na sala escura. Zayn o deixa de volta no chão e pragueja pelo erro de cálculo no seu plano de fuga.

- Espere aqui sem fazer besteira, vamos nos atrasar um minuto que é o tempo que eu levo para me livrar deles.

Zayn estala os dedos para se aquecer e avança, mesmo numa suposta desvantagem numérica.

Ao invés de obedecer, Louis aproveita sua liberdade e corre para onde estivera preso antes.

Ele pega o mesmo facão que Zayn usou para soltá-lo, volta correndo para onde Samuel está e usa toda a força que tem para tentar cortar as amarras de cordas grossas. É difícil e mesmo que tente serrar afinco, parece levar uma eternidade para conseguir cortar um centímetro da corda. Louis tem o coração dele e de Samuel acelerado em suas mãos. O suor brilha no buço e a sensação é de surdez pela adrenalina.

Apesar disso é impossível ignorar o massacre em volta.

Um único movimento foi necessário para Malik derrubar o menor dos párias. Ele não tem armas e nem parece se esforçar mais do que apertar aquelas criaturas nas mãos e pronto, duas delas já estão no chão. Louis não sabe que diabo Zayn Malik é ou o que faz para conseguir segurar um homem com o dobro de seu tamanho pelo pescoço. Ele sussurra algo que Louis é incapaz de ouvir e joga o corpo sem vida no chão. Zayn repete com outro pária e em seguida mais um e outro.

É bizarro, mas é o que está salvando eles, então Louis não se permite surtar com aquilo porque precisa se concentrar e desamarrar Samuel depressa.

De repente, há tantos párias surgindo pela porta que Samuel e Louis arfam e temem que nem mesmo a agilidade de Zayn seja o suficiente para lidar. No desespero, Sam puxa com força a corda serrada pela metade e ela se rompe fazendo Louis bradar uma comemoração ligeira.

Quando escuta o som de tecido rasgando e vê o cabelo sujo de Samuel esvoaçante, Louis encara embasbacado a cena ao lado de fora da porta sem poder acreditar.

- Que porra ele é?

Há asas douradas em Zayn com o dobro de seu tamanho. Elas brilham e é meio impossível tirar os olhos daquilo. Samuel não está diferente mesmo com seus olhos inchados da surra que levou presos na figura extraordinária lá fora.

Zayn está concentraso de frente para Louis e batendo as asas propositalmente forte para derrubar todos os párias de uma só vez com a força e a velocidade do vento que elas produzem.

Foram segundos suficientes para derrubar todos lá fora. Ele recolhe as asas quando entra porta a dentro e passa as mãos nos braços tatuados para se livrar dos ciscos das penas, como se não tivesse acabado de matar uma dúzia de pessoas com facilidade.

- Porra eu comprei essa camisa ontem - ele resmunga da roupa rasgada nas costas e tem uma careta de desgosto - e nem terminei de pagar.

- Você é um anjo?

Louis perguntou e se aproximou de boca aberta. Ele dá a volta em torno de Zayn para procurar nas omoplatas nuas algum indício de asas ou o que quer que seja daquelas coisas brilhantes, mas não há sequer cicatrizes.

É impossível uma coisa tão grande e barulhenta ter desaparecido assim do nada.

- Se é assim que você quer me chamar agora amor, tudo bem - Zayn piscou maroto e as bochechas de Tomlinson ruborizou pela insinuação, ou por de repente se sentir pequeno demais depois do espetáculo que acabou de assistir.

- Licença - Samuel chama atenção - Não acham melhor irmos antes que apareçam mais deles?

- Qual a parte do não faça besteiras você não entendeu? - Zayn reclamou.

Louis cruzou os braços e ele arqueou as sobrancelhas como quem diz "você viu o que eu acabei de fazer e ainda me afronta" mas o garoto não desmonta a postura desafiadora.

- Se ele não for eu também não vou.

Sam está no meio dos dois sem jeito e sem decidir entre ter medo de ir ou medo de ficar ali.

- Tanto faz teimoso - Zayn se rende e pula sobre um corpo no chão em direção a saída - vamos embora daqui porque eu preciso de um hambúrguer urgentemente... lutar me dá fome.

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