Capítulo 1
Olá, meu amores!
Antes que vocês fiquem confusos
sobre as flexões de substantivos
e pronomes de Mark Tomlinson,
sugiro que releia o tópico 1 da Intro.
Prometo que fará mais sentido
ao longo da fanfic.
Muito obrigada pela chance
Boa leitura! ♡
2019 (Atualmente) ────══
Proibido animais é a primeira coisa que Louis lê enquanto atravessa o hall do segundo prédio de dormitórios da Universidade de Amsterdam. Também, a primeira coisa que decide fazer assim que se instalar adequadamente é adotar um gato.
Primeiramente, porque gatos são subestimados. Eles são sim bichinhos amáveis e também são sinceros e livres. Louis admira tudo o que é amável, sincero, livre e subestimado.
Geralmente, coisas subestimadas surpreendem.
Em segundo lugar, Louis não odeia nada nesse mundo, além do próprio ódio - essa palavra pesada e ao mesmo tempo vazia de significados - no entanto, porém, há coisas que Louis não consegue suportar.
Regras ditatoriais são uma delas.
Ainda que seja filho de uma reitora rígida, Louis Tomlinson é um subversivo incontrolável. Sua rebeldia não é ofensiva, jamais, ela geralmente é em prol de uma causa com princípios e razões consideráveis.
O princípio de se adotar um gato quando a regra do dormitório claramente diz que ele não pode, por exemplo, é que Louis tem a sorte de estar na cidade onde foi criado por seu pai com o carinho e apoio do lar, além de voluntariamente ter frequentado a vida toda essa universidade graças aos 20 anos de Mark regindo. Quando sentir a pressão e a saudade apertar, Louis pode e sabe para onde correr.
Acontece que os outros alunos não. Muitos deles vem de outras cidades ou outros países e não tem o aconchego de casa. Precisam se familiarizar com livros e criar laços frágeis com colegas de aula. Louis nem consegue imaginar a sua vida longe de casa, longe de Mark, sem o amor da sua família.
Aliás, seu pai foi a única família que Louis teve a vida toda, desde que sua mãe faleceu durante o parto. O consolo mais idiota que já ouvira sobre essa perda, é que sua mãe era designada a um propósito e assim que cumprido ela se foi. Como Louis poderia ser um propósito a ponto de tirar a vida de alguém tão amável?
Ele não entende.
Mas se tem uma coisa que ele entende é de amor. E Mark lhe deu amor suficiente, ou até mesmo amor além da conta, para Louis valorizar esse sentimento de forma super protetora.
E ele não vai deixar seu pai proibir gatinhos em dormitórios, gatinhos que podem se transformar em família de um aluno triste por estar sozinho e longe de casa, longe do amor. É bom e incentivador ter um rosto familiar quando voltarem das aulas para seus quartos, não é?
Assim, pensando no protesto que usará para convencer aquela mulher de cabeça dura e difícil, que por acaso é seu pai e Louis sabe que teve a quem puxar o gene teimoso, ele entra em seu quarto com um sorriso mirabolante. Para isso precisou equilibrar a caixa de papelão com alguns de seus pertences mais fúteis de que é apegado e mirar a chave na fechadura com muita dificuldade.
Tudo bem, não é apenas um quarto e ele deveria imaginar que Mark faria uma coisa dessas. Ela sempre dá o melhor dela para o filho único.
Quando foi aceito na Universidade de Amsterdã, depois de anos sonhando com o ingresso e se dedicando a estudar, a única coisa que Louis pediu a Mark, foi que pudesse viver a experiência universitária por completo mesmo que a casa luxuosa dos Tomlinson fique a menos de meia hora do campus, ele não acha que teria graça viver esse momento sem passar pela parte em que divide uma vida ajustada com outros caras em plena vida universitária. É uma experiência única!
Mas é óbvio que Mark cederia apenas com um toque de luxo.
Esse dormitório é o da cobertura e também o maior. É Praticamente um apartamento! Tem cozinha, sala, os três quartos e banheiro, além de bem arejado e iluminado. Ele reclamará por Mark o mimar quando Louis só quer fazer as coisas como um aluno normal, depois de agradecer, porque simplesmente amou esse lugar.
Até já imagina pintando uma das paredes e se pergunta se seus colegas de quarto serão legais o suficiente, para não se importarem com essa mania dele de pintar tudo que contenha uma boa superfície.
Louis é tão acostumado com tinta debaixo das unhas e o cheiro dela fresca que tem certeza que pode transformar seu quarto num ateliê para trabalhar nos projetos das aulas e apenas usar espaço suficiente para dormir e guardar suas roupas, sem se incomodar. Louis deixa as coisas em seu quarto - o último do corredor estreito - admirando o tamanho justo, as paredes ainda brancas e a grande janela que dá vista para a rua principal do campus.
Quanto ao restante do apartamento, o primeiro quarto está com a porta encostada e o do meio vazio. Louis está ansioso para ajustar tudo, mas ainda mais para conhecer seus colegas. Mesmo ansioso, Louis não será invasivo e incomodar o hospede que já está no primeiro quarto fechado e decide esperar para conhecê-lo quando esse sair. Ele arrumará as roupas mais tarde, porque precisa fazer compras para o almoço. Quem sabe, o cheiro de comida atraia seu novo colega. Não que a comida de Louis seja propensa a atração, mas bem, ele pode tentar.
O elevador está vazio até atingir o segundo andar, quando outros quatro estudantes - provavelmente veteranos - barulhentos e animados entram falando alto sobre alguma das festas durante o verão. Eles ficam em silêncio quando notam a presença de Louis e ele se sente levemente incomodado. Louis se ama e honestamente, sabe que é bonito, mas não gosta de estar preso num cubículo com quatro caras grandões o encarando como quem encara um pedaço de carne fresca.
Será que todos já sabem que o filho da reitora ocupa a cobertura paga do prédio de dormitórios? Louis tem orgulho e não tem vergonha alguma de ser filho de Mark, mas ele também não quer que as pessoas pensem que ele só está ali por privilégio. Assim como a maioria, Louis estudou muito e se esforçou para conseguir essa vaga no curso de Artes.
Ele praticamente corre para fora do elevador no térreo, conferindo se a carteira e a chave do carro estão no seu bolso traseiro.
Quando volta para o apartamento com os braços abarrotados de compras, há um cara arrastando um sofá para próximo da TV e o volume dela está praticamente no último, na programação de música da MTV.
- Oi? - Louis tenta ser ouvido sobre o som. Ele deixa as embalagens no balcão de mármore divisório entre a sala e a cozinha. O garoto magro abaixa o som da televisão, pula sobre o sofá e se apressa em estender a mão para Louis.
- Olá, companheiro. Você é Louis Tomlinson, sugiro pela semelhança de seu pai.
- Olá - Louis retribui o aperto mantendo o sorriso - esse sou eu e você é?
- Niall Horan.
- Você já conheceu meu pai?
- Ela fez uma entrevista para escolher seus colegas, o que achei fofo pela preocupação. - Niall encosta contra o balcão.
- Me desculpa, ela exagera às vezes.
Louis lava as mãos e separa o que precisa para fazer o almoço. Internamente está satisfeito por Niall usar o pronome correto e decide que gosta dele.
- Quer ajuda aí? - ele aceita e Niall vai direto para o corte de batatas - então, o que está cursando?
- Artes Plásticas - Louis responde com a cabeça enfiada na geladeira, guardando o que comprou e encontrando uma caixa de comida chinesa pela metade. Evidências de que o morador ainda preso em seu quarto chegou antes de Niall e Louis - E você?
- Teatro.
- Temos um ator em casa, que incrível. - Louis pisca um olho para Niall e acende o fogão.
- E um escultor?
- Pintor 80% do tempo.
- Isso sim é incrível.
- Obrigado, cara. Você sabe quem é ali? - Apontou para o quarto com a porta ainda fechada.
- Eu acabei de chegar, sei tanto quanto você.
Louis deu de ombros ao mesmo tempo que Niall e eles continuam conversando, principalmente sobre seus interesses nos cursos. Niall contou estar animado para o musical no fim do semestre e que além de atuar, também sabe tocar qualquer instrumento de corda, mas ama mesmo a bateria. Ele gosta do barulho, Louis concluiu e ficou impressionado com a menção de tantas habilidades. O único instrumento que Louis sabe é piano e não tão bem quanto pode pintar.
- Se você gosta tanto de música, por que optou por teatro?
Niall demorou para responder e Louis virou o rosto esperando a resposta. Ele encontra Niall sorrindo e encarando o molho que mexia na panela e responde de forma intrigante, quase para si mesmo e ainda sem olhar para Louis.
- Sinto que devo essa ao William Shakespeare.
Louis estava prestes a questionar sobre o quanto Shakespeare seria influência para Niall, mas foi interrompido por um fungar satisfeito e ele se vira, encontrando na porta da cozinha um homem alto e descalço, de olhos claros e brilhantes, vestido apenas com uma bermuda de futebol e o cabelo bagunçado. Parece que o truque de atrair pelo cheiro de comida funcionou graças a Niall.
- Limpe a baba, pintor - Horan cochichou e o cutucou, fazendo Louis corar.
Ele disfarça secando as mãos no pano de prato e estende para o terceiro garoto daquela casa, ou primeiro, considerando ter chego antes de Niall e Louis.
- Oi, eu sou Louis Tomlinson.
- Eu sei - ele fala naturalmente baixo e cora. Por Deus! Um homem desse tamanho e parece um bebê tímido, Louis não pode acreditar - Seu pai fez uma ficha ou algo do tipo, para ter certeza de que não sou um assassino.
- Oh - Louis riu ainda mais e tapou a boca com o antebraço para isso - me desculpe, sério! Ela é super protetora, mas não faz por mal.
- Está tudo bem - o garoto tímido olha para qualquer lugar, menos diretamente para Niall ou Louis. Ele parece extremamente envergonhado por estar ali sem camisa, mas Louis jura internamente que não tem problema nenhum com isso. Nenhum!
- E aí cara, eu sou Niall Horan - eles se cumprimentam com toques nas costas um do outro - E você?
- Samuel Fender, mas pode me chamar de Sam.
- O goleiro do time de futebol da universidade? Que honra! - Louis lembra de onde viu o nome dele - Você é veterano, então.
- Sim e do curso de Música.
- Junte-se a nós, Sam. Vamos almoçar agora. - Niall convida e eles preparam a mesa, falam sobre o campeonato de futebol e decidem arrumar a casa e montar os móveis juntos depois do almoço, mas não acontece quando o telefone de Niall toca e ele cai fora às pressas e Sam se oferece para a organização sozinho, incentivando que Louis vá fazer o que tem que fazer fora.
Louis aceita porque ainda precisa sair para encontrar sua melhor amiga, Bebe. Eles combinaram de fazerem compras para suas novas moradias. Bebe está no curso de música e dividindo o dormitório com outra estudante. Eles estariam juntos se não fosse contra as regras da universidade dividir quarto com alunos do sexo oposto, salvo os direitos das pessoas trans e não-binárias. É a vantagem de se ter a primeira reitora mulher trans do mundo.
E Louis quebraria essa regra tranquilamente se a própria Bebe quisesse, mas ela preferiu a privacidade feminina e ele realmente concorda.
- Panelas antiaderente para o seu apartamento - Bebe ergue uma frigideira e uma panela pequena mais simples para mostrar a Louis. Ele está com um carrinho coberto de utensílios domésticos - só assim para você não acabar com elas, mas essas não fazem milagres com a comida, sinto muito.
Louis faz biquinho e revira os olhos
- Ainda bem que Niall sabe cozinhar, ele nos salvou hoje. Enchi os armários, mas completamente perdido sobre como fazer um refogado. Você acha que vou sobreviver sem você?
- Esse Niall vai te ensinar a ser um adulto?
- Cala a boca! - Louis empurra o ombro dela em direção ao caixa e eles gargalham - mas de qualquer forma, acho que Niall não vai salvar aquela casa. Ele parece bem bagunceiro e desinteressado com obrigações domésticas. Eu não sei nem lavar a louça direito, então viveremos de fast food e embaixo de escombros de sujeira.
- Quase nada dramático - Bebe saca o cartão de crédito da carteira e entrega para a atendente, depois de cumprimentá-la com esse sorriso perfeito que sempre mata e ressuscita Louis num único segundo - e o outro colega será a salvação de vocês dois, palermas?
- Bebe! - Louis se lembra e puxa o braço dela para fora da loja, sorrindo animado com a fofoca. Eles caminham em direção ao estacionamento, mas o plano é ir para a lanchonete do campus jantar algo rápido antes de irem para casa - O cara é um gato, você precisa ver.
Bebe riu debochando da animação de Louis, porque nunca passa disso. Ele acha as pessoas lindas, ele vê o melhor delas, ele é amável e carinhoso, possui uma dezena de crushes eternos, mas nunca se envolve romanticamente com ninguém.
Louis é decididamente gay. Ele é seguro disso, mas também não tem problema em ser virgem. O cara de 19 anos que é rebelde, afrontoso, lindo e metido a culpido, mas um romântico incurável que se guarda como uma peça preciosa. Ele quer a pessoa certa. Aquela pessoa que vai despertar a chama de seu corpo sem ser por curiosidade ou por natureza hormonal. Tem que ser por amor.
Bebe acha único em Louis essa certeza e controle sobre si mesmo, mas também a preocupa. E se ele criar expectativa demais sobre uma espera de amor da vida que nem existe, para então se ferir? Ela não acredita nisso, em amor. Ainda mais esses tais de amores memoráveis e únicos. Bebe está na merda que está por ter acreditado demais, afinal.
- E você está finalmente interessado no gato ou é o pobre coitado centésimo iludido crush de escanteio?
- Eu não falei em interesse - Louis joga as chaves sobre o capô do carro para ela dirigir e se joga no banco do passageiro. Ela dá a partida no carro e Louis continua justificando - só estou te contando como ele é um gato. Quer dizer, Niall também é se eu estiver sendo honesto, mas ele cheira a hétero e nem faz o meu tipo.
- E você tem um tipo, Louis? - Ela riu abertamente e ele aumentou o volume do rádio mostrando o dedo do meio - Corta essa, tampinha!
Eles passam o curto trajeto falando sobre Gemma, a colega de quarto de Bebe e também sobre a ansiedade para começar as aulas no dia seguinte. Não estão surpresos com a lanchonete lotada. Sendo um frequentador do campus por influência do pai, Louis sabe que toda época de semestre é a temporada de bares universitários cheios.
Bebe pede o seu milk shake de morango de sempre, Louis uma Heineken e batatas fritas com bacon para os dois. Eles dividem e falam sobre o namoro de Mark com o professor de fotografia, Gregori. Mark nunca esteve tão feliz e Louis está muito orgulhoso dela e de toda a luta para manter o cargo na reitoria, mesmo diante tantos julgamentos e a transfobia.
- Se você tiver uma crise essa noite, promete que vai me ligar? Eu atravesso esse campus todo só para dormir com você se for necessário ou você pode correr lá para o apartamento, melhor ainda para a privacidade de Gemma.
- É contra as regras, Lou. - Ela sorriu e suspirou. Não é como se Louis respeitasse regras.
- Eu não ligo, ainda mais se for para proteger alguém que amo. Você vai me prometer ou eu vou ter que te vigiar?
- Prometo. - Bebe apoia o queixo na mão não engordurada e olha para um ponto além dos ombros de Louis - Não olhe agora, mas tem um garoto quente pra caralho nos encarando feito um psicopata. Não sei se pisco para ele ou se devemos correr.
Obviamente, Louis olha imediatamente e nada sutil. Bebe resmunga seu nome e lhe chama de idiota, mas ela já deveria esperar isso vindo dele.
Apesar do tanto de mesas ocupadas e ainda um grupo de pé, não é difícil para Louis encontrar o cara no deck aberto. Um moreno recostado contra a barreira. Tornozelos cruzados, cigarro entre os lábios, queixo erguido e ele não tem vergonha nenhuma, nem hesita, ao encarar e segurar o olhar no de Louis. O garoto solta a fumaça da boca e sorri arado, quase como um olá íntimo e Louis se arrepia. Ele acredita na estranheza de já tê-lo conhecido de algum lugar. Esse cara não lhe é estranho.
Louis quebra o contato e sopra um assobio voltando para Bebe.
- Eu achei bizarro.
- Sério? Você sabe que eu raramente me importo com homem ou perco tempo apreciando um, mas esse aí é louvável.
- Seu gosto para badboys meio góticos é bem peculiar, eu não julgo.
- Vai se ferrar! - Ela mostra a língua para Louis e mais tarde os dois decidem que já é hora de ir.
Quando atravessa o deck para chegar ao estacionamento, o garoto não está mais lá. Dessa vez, Louis dirige e deixa Bebe em frente ao prédio do dormitório dela, depois vai para o seu apartamento e não tem certeza se deve ficar bravo quando encontra a bagunça caótica de roupas, louça suja e Niall roncando no sofá vestido apenas de cueca e um óculos de sol. Ele decide ignorar e preparar sua cama. O dia foi cansativo e no próximo haverão as primeiras aulas.
Louis envia uma mensagem para seu pai avisando que está tudo bem e Mark demora para responder, pedindo para Louis avisar caso precisasse de qualquer coisa. Provavelmente está ocupada com Greg e então Louis decide não puxar assunto, para deixar os pombinhos aproveitarem o namoro.
Ele envia outra para Bebe e se segura pra não cair no sono, antes de ter certeza que sua amiga está bem. Assim que a tela do celular pisca com uma mensagem curta e cheia de emojis de coração e um carinhoso "Estou bem, por favor, descanse. Eu te amo!" ele adormece sem nem trocar de roupas e com o celular em mãos.
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O celular não despertou e seu relógio biológico não funciona, então Louis está atrasado, deslizando pelos corredores com o cabelo entrando em seu campo de visão, a bolsa escorregando do ombro e o café derramando do copo mesmo fechado com a tampa que deveria ter alguma serventia.
Sua sorte é saber muito bem o caminho. Desde os onze anos, quando descobriu amar a pintura, esteve nesse mesmo corredor centenas de vezes para espiar as salas e os aspirantes a artistas de Amsterdam.
A primeira aula é introdução a gravura e ainda antes do almoço terá aula de corpo e movimento. Ele só precisa passar na secretaria para pegar a relação de aulas do outro período, que não foram definidas ainda e Louis não faz ideia de quais sejam.
Louis entra na sala oito minutos atrasado. Pede licença e desculpas a professora e procura um lugar para se sentar.
Ah, mas é óbvio e ele quer revirar os olhos pela ironia. Ao invés disso, se contém e apenas aceita como o destino gosta de fazer gracinhas.
O único lugar vago é ao lado do badboy gótico, aquele que encarou Bebe e Louis feito um psicopata na noite anterior.
Apesar da atitude estranha daquele primeiro contato, o garoto dessa vez nem olhou para Louis ou o cumprimentou, embora tenha mantido um sorriso ladino e estampado de ego.
Infelizmente, serviu para atiçar a curiosidade de Louis. Ele não consegue se conter e depois de vinte minutos ouvindo sobre traços perfeitos e materiais de qualidade, Louis olha para o lado para perguntar num cochicho.
- O que foi aquilo ontem?
- Oi, pra você também - o garoto responde ainda sem olhar para Louis, focado na professora - Bom te ver de novo.
- Oi - Louis morde o interior das bochechas, sentindo-se idiota pela abordagem grosseira - Designer de Games? - Ele tenta chutar pelas tatuagens coloridas amostra no antebraço do rapaz, mas também para retalhar o clima constrangedor que criou.
- Artista Plástico, amor.
Louis toca as bochechas quentes com a ponta dos dedos e tenta focar na professora agora. Que cara...
Familiar? Ele estava querendo dizer a si mesmo que é estranho, mas na verdade ele tem algo que magnetiza Louis com uma curiosidade perturbadora. Ele não gosta dessa sensação, mas não consegue evitar de olhar e se aproximar.
- Como você se chama? - O garoto pergunta ainda cochichando por causa da aula, mas Louis tem quase certeza que ele sabe e só está perguntando para manter uma conversa.
- Louis Tomlinson.
- O filho do reitor.
- Da reitora - Louis corrige o pronome sem se irritar, porque é natural que as pessoas errem no começo.
A humanidade está em constante aprendizado, é o que Mark sempre diz confortavelmente. Cabe a nós ensinar uns aos outros, antes de sentenciar.
- E você, quem é?
O garoto bate os dedos coberto de anéis contra a mesa, dá outro daquele sorriso ladino e finalmente olha para Louis. Há um castanho brilhante, mas também há escuridão. Louis se sente preso na íris e a mutação bonita que ela sofre. Ele se arrepia de novo, mas não tem medo.
- Zayn Malik, amor.
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Olá, bem vindos!
Espero de coração que gostem e por favor, comentem bastante. Vocês sabem o quão incentivador seria.
Obrigada, x
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