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Capítulo 4° - Guerra é uma bobagem


Antares Olins - Imperium ignis



As negociações com a família de Xizih, criaturas quadrangulares compostas de pura energia, falharam. Não há nada no reino dos de carne que pudesse-os convencer a tomar partido. E eles odeiam o rei de Marte que acolhera Xizih como cônjuge. Me veem na posição de colaborador da rebeldia de um dos membros de seu povo. Acham que me casei com ela por interesse.

Eles não estão totalmente errados ou certos.

— Quantos confirmaram presença? — a palavras eram delineadas pela estática, pelo som dos fios de energia subindo e descendo pela superfície de Xizih.

— Trinta e três. O único digno de nota na lista é Adão, o que é bom e ruim.

— Não pode fazer nada contra ele, mas por outro lado sem sua presença o Éden pode ser atacado com menor dificuldade — ela.

Assentiu. Antares estava sentado em uma poltrona flutuante que pairava a três metros do piso do quarto, um amplo cômodo com uma enorme cama ao centro, estantes repletas de livros, tablets e jogos antiquíssimos de tabuleiro às bordas e uma abertura para uma larga varanda na parede esquerda. Haviam odorizadores artificiais emitindo o cheiro de hortelã. Xizih estava a baixo, conectada, sem necessidade de aparelhos, a internet. Ela era capaz de acompanhar trezentas e trinta e três canais de informação com a mesma precisão que uma pessoa o faria a um.

O evento funerário terminaria na praça de Júpiter, percorrendo a capital Arestival de leste a oeste enquanto uma canção era tocada para cada uma das conquistas de Ars, então culminaria em uma continência feita por militares e três disparos aos céus antes de levar o caixão para ser enterrado. O transporte seria uma limusine voadora com teto retrátil, mantido aberto para dar vista ao local de descanso dos supostos restos mortais de Ars Olins, e escoltada por meia centena de motos e carros também aéreos. Na vanguarda estaria o veículo dos músicos e nos céus mais acima, naves de guerra deixando um rastro de fumaça vermelha.

Se fosse realmente o funeral dela, uma batalha com armas de paintball(embora Ars argumentasse para serem usadas as de verdade no caso de sua morte) como último evento seria seu desejo.

— Talvez devêssemos pôr leões. Se me recordo bem, sua irmã demonstrou interesse em felinos de grande porte.

— Isso foi quando tinha quinze anos, antes de descobrir que não eram tão mortais como a maioria dos monstros.

— Entendo.

Não, não entende. Ela passou dias enchendo o saco para que eu lhe desse um leão e quando finalmente o fiz, Ars o estrangulou. ''Não era forte. Por que não era forte?'' foi o que falou com uma honesta e melancólica expressão de surpresa.

— Já preparou os anúncios de que será um feriado nacional?

— Sim — Xizih.

Na caixa postal oficial de Marte havia milhares de e-mails perguntando sobre diversos tópicos relacionados a morte de Ars. Antares desligara a IA responsável por responder essas questões. A imagem do luto deve ser favorecida por silêncio.

Fechou os olhos, apertou o botão que desligou a tela holográfica e deitou. Eram três da manhã.

— Vou dormir agora — avisou.

Teve seu velho pesadelo. Estava caminhando sobre e sob terra, poeira impregnava o ar e as paredes brilhavam vermelhas. Fitava as costas da camisa rósea de um garoto, e tinha outras crianças atrás de si. Era quente. Derreteria a pele de uma pessoa comum. Seguiram até a saída do túnel. Havia mais da matéria escura no buraco do grande salão subterrâneo, um enorme vazio esférico embaixo da terra ligado a quatro diferentes saídas. No centro ficava uma cratera onde, pela entrada leste, haviam sido despejadas toneladas do material negro. As crianças pararam de avançar acima da passarela de pedra rodeando aquela pilha. Do túnel norte vinha o fedor de alho. Comida. Gosto horrível. Mas faz a barriga parar de doer. Ergueu as mãos na direção do metal em uníssono com os outros. E parou de tentar manter as partículas de EM quietas. A temperatura aumentou absurdamente, suor começou a evaporar dos corpos das crianças e o metal para o qual fazia as partículas de mana irem borbulhou. Quando a matéria escura estivesse líquida ela escorreria por uma estrutura feita desse mesmo material no fundo da cratera que leva ao edifício de modelagem. A pele de Antares queimava loucamente, ao seu redor podia ver seus companheiros ficando de um tom rubro incandescente.

Um deles irrompeu em chamas e desmanchou-se em uma poça vermelha antes que o grito e a expressão de horror fossem feitos pelos demais.

Todos ganharam roupas novas e porções generosas de sopa de alho com pedaços de cenoura dentro.

Antares acordou suado e pálido, as mãos enterradas com força no acolchoado do sofá. Odeio esse sonho.

— Xizih.

— Sim? — ela, formando a palavra através do ruído do movimento de energia.

— Esqueça o monitoramento de informações. As ia's podem fazer isso. A nova versão do reator de fusão está a que pé? — ele, forçando-se a respirar apenas pelo nariz e em um ritmo devagar.

— Ainda não produz o calor necessário pelo tempo que é preciso. No momento estamos criando a variante cento e doze. Acredito que nessa terá sido corrigido os problemas anteriores.

Ou pode não funcionar pela centésima décima segunda vez. Fitou as horas na tela instalada no apoio às costas do sofá. Sete e trinta e três. Possuía vinte e sete minutos antes do começo dos ritos funerários. O semblante tensiona e os punhos fecham. Tudo que meu corpo quer é afundar na maciez desse móvel flutuante.

Mas era irmão de uma criatura indiferente a seus desejos por paz. Pior, de uma da qual aceitar os caprichos é um hábito perfeitamente enraizado e movido por um pesado sentimento de culpa.

Uma fraqueza que pode custar a vida não só dela, como de toda nossa família.

Como um rei, Antares Olins é um fracasso... exatamente como papai previu.

Pôs-se de pé, pulou até o chão causando um tênue ruído, as pernas dobrando, então se ergueu e seguiu ao banheiro. Tirou as roupas e parou na frente do espelho, metade do rosto e do tronco eram uma abominação de superfícies irregulares rosadas e carmesins. Podia consertar isso com a medicina contemporânea em uma cirurgia de no máximo meia hora. Mas não. É um lembrete do que minha irmã e aquelas crianças são.

Embora pareça ser inútil já que deixo-a fazer o que bem entende. Um breve riso o escapou e a mão atirou os fios negros para fora da testa.

— ➤ —

O problema da matéria escura, além do elevadíssimo ponto de fusão, era o fator indefinido de suas propriedades. Elas podiam ser excelentes, medianos ou péssimos condutores de energia. Podiam ter propriedade magnética ou serem impossíveis de magnetizar. Algumas porções não tornavam a ficar sólidas. Antares tinha os melhores físicos de Marte e Xizih para estudar isso, mas nenhuma das descobertas deles ou dos milhares de seus antecessores, trouxe um método de definitivamente padronizar as características do super metal.

Então precisamos fundir e fundir para, através do acaso, conseguir as porções com as propriedades desejadas e assim abastecer a demanda da crescente frota de veículos indestrutíveis, reatores de energia e supercomputadores.

Mas não posso esperar para continuar a explorar o sistema solar antes que Xizih consiga terminar o reator de fusão... e eu possa dar um fim ao grande salão subterrâneo.

As ruas pairavam apinhadas de gente para esquerda e direita, vestidas com um cosplay da armadura militar, cabelo, chapéu e íris de Ars, outros com camisetas contendo a foto dela e mais uma turba cujas blusas traziam uma frase que disse. ''O país está melhor sem eles'', ''Isso foi uma operação militar, não um tapinha nas costas'' e ''He'' apareciam em maior quantidade. Estavam no gramado do palácio da família real, dois enormes quadrados de grama rubra divididos por um calçamento de pedra que estendiam-se por um quilômetro e trezentos metros. Haviam sido colocadas correntes de não ultrapasse entre a multidão e a trilha além de guardas armados.

E assim o dia começa.

Caminhou seguido por Xizih, Nars e uma dúzia de parentes dos militares que acompanhavam Ars. Quando Nars recebera a informação sobre o fim da irmã, ela gritara com Antares. Dissera que isso foi culpa dele. Que a tinha matado e a Alfred tanto quanto quem quer que tenha os explodido. ''Depois do enterro, eu vou embora desse país e nunca mais quero olhar na sua cara'' suas palavras finais e, diferente do cheio de raiva resto, em um tom frio.

Havia um ditado no solo dos treze estados que dizia ''o calor é mutável, mas o frio é quieto e sólido''. Normalmente compreendido como ''palavras ditas com grande ódio ou amor em suas entonações tendem a trazer verdades que mudam para algo mais morno com o passar do tempo. Mas as ditas com frieza costumam se enraizar no coração de seu proferidor''.

Ao chegarem no veículo, uma longuíssima limousine, sentaram em cantos opostos. Houve o escape de soluços chorosos dos demais integrantes daquela comitiva, os familiares deles seriam enterrados no mesmo lugar e dia, embora não fossem participar da volta pela capital. O motorista deu partida e o carro deixou o solo.

Foi barulhento, com tentativas de iniciar conversas que rapidamente morriam e ocasionais paradas sob o pôr-se à frente da comitiva feito por um fã de Ars, dizendo o quanto sentia a perda, ou um hater, reclamando da liberdade que fora dada a defunta quando viva.

Desceram na praça Júpiter e, um pé veículo afora, as íris rubras de Antares encontraram as negras de Adão. Ele continua um garoto, baixo, magro, com a bochecha esquerda marcada por uma estrela e usando uma camisa branca, gravata azul, calças e sapatos. Do mesmo modo que fotos de séculos atrás e pinturas de ainda mais no passado o representavam. ''Comparado a vocês, deixe-me ver... hmmm... pode-se dizer que eu sou um deus'' o moleque havia declarado em uma entrevista. E se procurado na internet veria outras citações onde ele se coloca na posição divina.

Adão sorriu e acenou. A praça fora mantida apenas para o grupo do rei e os convidados. Seguiram pela plataforma norte da cruz de calçamento que separa quatro quadrados enormes de curta grama azulada que fedia a hortelã e eram marcadas pela presença de pau-brasis modificados para terem folhagem branca. Em duas das áreas revestidas de vegetação pairavam aparatos arcaicos como balanços, gangorras e escorregadores, no terceiro haviam séries de mesas equipadas para jogar xadrez, damas e o popular batalha. No quarto havia uma arena para esportes combativos e duas arenas para futebol, basquete e vôlei.

A comitiva fúnebre do rei foi encorpada pelos soldados que traziam o caixão de Ars, as figuras políticas com seus acompanhantes e os militares que já estavam em Júpiter com os demais defuntos.

O caminho foi silencioso. Os ritos manchados por choramingos exclusivos por parte dos parentes dos demais mortos. Discursos foram feitos acima de um curto palanque a frente do edifício central da praça Júpiter, um planetário e museu científico onde as descobertas não bélicas são apresentadas à população de forma lúdica. As únicas palavras em honra a falecida que Antares escutara com atenção foram: ''Embora cheia de raiva mal direcionada, Ars Olins é uma pessoa interessante e com umas ideias curiosas. Eu diria que para alguém tão zangada pensa de forma bastante fria, me soa como um contraste hilário, Kaka kakaka kaka'' de Adão.

Quando o caixão foi depositado no solo e coberto de terra, o sol pairava alaranjado no horizonte, os ventos encontravam-se gélidos e carregados pelo aroma de café que mandara ser arranjado. Em Marte a crença majoritária, no círculo de pessoas das regiões que eram Marte a mais de meio milênio, sobre a morte é que ela é como dormir. A única pergunta é se no sono final há sonhos ou não.

Trocou palavras com os demais líderes de estado, um após o outro, até encontrar o moleque imortal com um e cinquenta de altura.

— Esse seu sorriso é desconcertante — o rei.

Adão riu.

— Foi mal, foi mal. Olha, vou direto ao assunto, ok?

Antares assentiu. Tinham ficado à frente do túmulo de Ars que estava à direita do enorme prédio em formato de dois retângulos azuis postos a sete metros um do outro e rodeados diagonalmente por um anel branco.

— Eu realmente amo a época atual. Não é a minha favorita, não com o que vem por aí, mas ainda me deixa muito animado. Estamos expandindo para fora desse planeta — virou o rosto para o céu, sorriu mais largamente e inspirou o ar. — Em breve isso se tornará mais e mais comum e eficiente. Mal consigo conter no meu peito a euforia, entende? — ele esticou os braços as laterais por três segundos, então encarou Antares. Sem sorriso. — Não acha que seria melhor sua irmã parar?

O rei prendeu a respiração e fincou-se imóvel.

Espera, o que ele acabou de dizer...?

Os olhos rumaram ao moleque. Ele tinha o rosto tomado por seriedade. Uma gota de suor frio desceu as costas do pescoço de Antares.

Devo mandar prendê-lo? Matá-lo...? Ou...

— Não, não perca seu tempo com ideias bobas. Não tenho intenção de soprar para longe sua cortina de fumaça.

Então...

Adão suspirou.

— É só um conselho de um homem velho. Guerra é uma bobagem, uma perda de tempo e recursos — ele deu de ombros e baixou as pálpebras. — Me deixa triste ver pessoas se engajando nelas.

Antares tornou a respirar e pôs as mãos nos bolsos.

— O que você quer?

O moleque milenar riu.

— Me faz parecer um tipo de vilão mentiroso falando assim. — deu dois tapinhas no ombro do rei. — Mas a verdade é que não posso controlar todas as variáveis, sabe? Algumas vezes deixar as pessoas fazerem algo é o caminho menos calamitoso. Só estou te dizendo que pode tornar o desastre desse século mais ameno. Já perdemos cerca de treze bilhões de formas de vida complexas, em termos de baixas essa foi a pior de que me lembro.

Ele girou sobre os calcanhares e começou a se afastar.

— Pense a respeito, rei de Marte — Adão enquanto acenava um tchau com as costas das mãos.

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