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Глава двадцать пятая (Glava dvadtsat' pyataya) - Capítulo Vinte e Cinco

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Pássaros voando alto
Você sabe como me sinto
Sol no céu
Você sabe como me sinto
Brisa passando
Você sabe como me sinto

É um novo amanhecer
É um novo dia
É uma nova vida
Para mim
E estou me sentindo bem

Feeling Good - Michael Bublé
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A ESTRADA que serpenteava entre Moscou e Sergiev Posad parecia se estender para sempre, um caminho tortuoso que refletia a confusão em meu peito. O ronco constante da minha Harley, como um rugido que vinha das profundezas da terra, tentava abafar o turbilhão de emoções que me assolava. Cada quilômetro percorrido era como um peso a mais, um fardo que se aninhava em meu peito, roubando a respiração e tornando cada movimento mais lento, mais pesado.

A imagem de Andrey estava gravada em minha mente, uma presença vívida que me assombrava. Seu sorriso, a suavidade de seu toque, o calor de seus braços que me envolviam nas noites mais frias - tudo isso parecia distante, como se fosse um sonho do qual eu tinha sido brutalmente despertado. O cheiro do seu cabelo, o som da sua voz chamando meu nome, tudo estava tão presente em minha memória que era como se ainda estivesse ao seu lado, e, ao mesmo tempo, como se já tivesse ficado para trás.

A decisão de deixá-lo em Moscou, de mergulhar novamente neste mundo sombrio, me corroía por dentro. Havia prometido a ele que as coisas seriam diferentes, que poderia construir um futuro melhor para nós dois, mas cada quilômetro me afastava mais dessa promessa. As palavras que tinha dito a Andrey, cheias de esperança, pareciam agora ecoar vazias, perdidas na imensidão da estrada. Prometi que voltaria, mas a distância, como um oceano imenso, fazia essa promessa parecer cada vez mais irreal.

A cada curva, uma onda de apreensão me tomava. O vento gelado que cortava meu rosto, as árvores que passavam com rapidez, como sombras que não podiam me alcançar, tudo parecia gritar que eu estava entrando em um território hostil. O Palácio do Czar, o hotel abrigava a sede das operações da Kuznetsov, se aproximava à distância, como uma monstruosidade adormecida, esperando o momento de despertar. A lembrança de tudo o que havia acontecido ali, das batalhas travadas e das alianças quebradas, me fazia tremer.

Quando o edifício apareceu finalmente à minha frente, foi como se o ar tivesse se tornado denso, quase impossível de respirar. O imponente hotel, que antes parecia uma fortaleza, me transmitia uma sensação de decadência, como se tudo ali tivesse apodrecido lentamente, sem que ninguém percebesse. As janelas, que antes refletiam a luz do poder e da riqueza, estavam opacas, como olhos vazios, testemunhas de um passado que não podia ser apagado.

A Harley parou em frente ao Palácio com um estrondo abafado, e a lembrança do confronto com Anatoly Kuznetsov me invadiu, como um raio de eletricidade que percorreu minhas veias. O cheiro de pólvora ainda estava no ar, e o som dos tiros ecoava em minha mente. Aquela adrenalina, a sensação de estar no limite, parecia recente, como se o tempo não tivesse realmente passado. Mas, o edifício diante de mim era um túmulo, uma relíquia de um mundo que não pertencia mais a mim.

Observei o prédio, e a linha entre o presente e o passado se desfazia. O ambiente que antes estava repleto de vida e ambição parecia sombrio e vazio, como se tudo tivesse sido consumido por uma força invisível. O hotel não era mais um palco de poder, mas uma prisão, com suas paredes rachadas pelo tempo e pelo sangue que ali foi derramado.

Dentro de mim, o medo e a saudade se entrelaçavam, formando um coquetel de emoções que me deixava à beira da exaustão. Estava de volta ao inferno, ao mundo da máfia, um mundo que eu pensava ter deixado para trás. Mas, ao mesmo tempo, sabia que não havia outra escolha. Tinha uma missão, uma promessa a cumprir.

Andrey, nossa vida, o futuro que eu queria construir com ele... tudo isso dependia dessa viagem, dessa luta que eu teria que travar.

O medo se transformava em raiva, e a raiva em determinação. Eu tinha que enfrentar esse passado, porque o que estava em jogo era muito maior do que poderia imaginar. Eu tinha que ser forte e corajoso. Eu precisava ser o Pakhan.

Desci da moto e ajeitei o casaco pesado, tentando afastar o frio cortante que parecia vir tanto do clima quanto do próprio prédio à minha frente. A porta principal, com seus detalhes enferrujados, rangeu ao ser aberta por dois homens que me aguardavam, suas expressões impenetráveis. Não era medo que eu sentia, mas uma apreensão que se enroscava no meu peito, como uma cobra pronta para atacar.

Dentro do hotel, a atmosfera era sufocante. O saguão estava mergulhado em uma penumbra que mal era rompida pela luz fraca de lustres quebrados. As paredes escuras, marcadas pelo descaso, pareciam engolir o ambiente. Os sofás rasgados e o cheiro de tabaco e álcool completavam o cenário de decadência.

O som das botas contra o chão ecoava no espaço vazio, mas meus passos eram uma declaração de que eu estava ali, pronto para assumir o que era meu por direito ━ obrigação. No centro do saguão, um grupo de homens esperava, suas posturas rígidas e olhares duros me avaliando.

Entre eles, um rosto conhecido se destacou: Belov. Ele estava parado à frente dos outros, sua postura firme e semblante sério, com uma fagulha de algo que só poderia descrever como lealdade inabalável. O homem que antes fora meu mentor seria meu Sovietnik, meu conselheiro.

━━ Pakhan. ━ Ele disse, inclinando levemente a cabeça em uma saudação formal, mas seus olhos mostravam algo além do protocolo.

━━ Sovietnik. ━ Respondi, mantendo o tom neutro, mas permitindo que um leve aceno de respeito cruzasse minha postura.

Ele se aproximou, os passos ritmados, e estendeu a mão. Apertei-a firmemente, sentindo o peso de sua força e a promessa de que ele estaria ao meu lado, acontecesse o que fosse.

━━ É bom vê-lo novamente, Pakhan. A Kuznetsov precisa de liderança. ━ Sua voz era grave, mas havia um calor contido nela, um lembrete de que eu não estava sozinho, apesar de tudo.

━━ Liderança não falta, Sovietnik. ━ Respondi, olhando para os outros homens no saguão. ━ Mas aqueles que duvidam terão suas respostas.

Belov sorriu de lado, apenas o suficiente para mostrar que compreendia. Ele se virou para o grupo e fez um gesto para que me seguissem.

━━ A sala de reuniões já está preparada, Pakhan. ━ Disse, conduzindo-me para o corredor que levava ao coração do hotel.

O caminho era tão sombrio quanto o saguão, com paredes que pareciam mais próximas a cada passo. Os outros homens caminharam atrás de mim em silêncio, mas seus olhares eram inconfundíveis. Alguns eram de respeito; outros, de desconfiança.

Quando a porta foi aberta, um novo peso caiu sobre mim. A longa mesa de madeira ocupava o centro, rodeada por cadeiras que abrigavam os principais membros da organização. Cada um deles carregava uma expressão que ia de neutralidade forçada a uma clara hostilidade velada.

Sentei-me na cadeira principal, o lugar que me pertencia. Belov tomou posição ao meu lado, enquanto os outros ajustavam suas posturas. Foi quando um homem se levantou. Ele era robusto, cabelos platinados com olhos penetrantes e uma fina cicatriz que cruzava o lado esquerdo do rosto.

━━ Evgeny Ivanovich, Brigadier. ━ Apresentou-se, inclinando a cabeça com respeito. ━ Estou aqui para servir e apoiar o Pakhan.

Seus olhos encontraram os meus, e eu soube que ele não estava mentindo. Apertei sua mão com firmeza, permitindo que um traço de aprovação cruzasse meu semblante.

━━ Seu apoio será testado, Ivanovich. Mas acredito que você saberá provar seu valor.

Ele assentiu e voltou ao seu lugar.

A cabeceira da mesa, meus olhos percorreram os rostos dos homens que dependiam de minha liderança ━ ou estavam prontos para contestá-la.

Ao meu lado, Belov mantinha sua postura firme, seu semblante inabalável como uma fortaleza. Do outro lado da mesa, Pavel Makarov, o Avtoritet que eu já sabia ser uma pedra em meu caminho, encostou-se na cadeira com uma calma calculada. Seus olhos brilhavam com algo entre desafio e desprezo.

Foi ele quem interrompeu o silêncio:
━━ Então, Petrov. ━ A voz carregava um tom de sarcasmo velado. ━━ Parece que voltamos no tempo. O que exatamente te faz acreditar que você pode sentar nesta cadeira?

A tensão na sala aumentou imediatamente. Alguns dos presentes trocaram olhares, enquanto outros se remexiam desconfortáveis em seus lugares.

Belov foi quem respondeu primeiro, sua voz grave cortando o ar
━━ Nikolai Petrov é o herdeiro legítimo da Kuznetsov. Não há discussões sobre isso, Makarov. ━ Ele abriu uma pasta que havia trazido consigo e colocou documentos sobre a mesa. ━━ Aqui estão os documentos assinados por Anatoly Kuznetsov. Eles deixam claro que Nikolai foi nomeado sucessor.

Pavel inclinou-se para frente, pegando os papéis com um sorriso forçado. Seus olhos correram pelas linhas, mas ele manteve o ar de dúvida enquanto os devolvia com um gesto quase desdenhoso.

━━ Claro, documentos. Tão fáceis de serem forjados quanto uma boa desculpa. ━ Ele riu suavemente, como se estivesse se divertindo com a situação. ━━ Mas vamos supor que eles sejam reais. Isso prova apenas que Anatoly perdeu o juízo antes de morrer.

Meu sangue ferveu, mas mantive minha expressão neutra. Era exatamente isso que ele queria: me desestabilizar.

━━ Você tem algo mais para acrescentar, Makarov, além de sua insinuação de que o último Pakhan era incompetente? ━ Minha voz saiu firme, cortante.

Ele sorriu de canto, os olhos brilhando com malícia.
━━ Não o chamei de incompetente, apenas questiono se ele estava... lúcido. Afinal, colocar um jovem como você no comando? Isso parece mais um gesto de desespero do que de confiança.

Senti o calor subindo por minhas veias, a raiva borbulhando, mas forcei-me a manter a calma. Meu corpo estava tenso, os músculos quase congelados em controle, e minhas mãos, antes relaxadas sobre os braços da cadeira, apertavam-na com tal força que os nós dos dedos ficar brancos. Respirei fundo, sentindo o ar gelado entrando nos pulmões, e forcei o controle sobre o furor que começava a me consumir.

Ele sorria de canto, os olhos brilhando com malícia, como se soubesse exatamente como me provocar, como se tivesse me colocado em uma armadilha. Mas não me permiti cair em suas provocações.

━━ Então, Petrov, parece que o menino que ficava nos computadores resolveu brincar de Pakhan. Não acha que esse assento é grande demais para você? ━ ele continuou.

Inclinei-me para frente, fazendo questão de manter meu olhar fixo no de Pavel, com a intensidade de quem não tinha mais paciência para jogos idiotas. Meus cotovelos descansaram sobre a mesa de madeira escura, e entrelacei os dedos lentamente, um movimento que exalava a calma de quem ainda segurava o poder da situação.

━━ Talvez, mas ao menos é meu por direito. Já você, Pavel... Parece mais confortável na posição de coadjuvante.

A verdade ecoou em minha mente enquanto falava. Não importava o quanto ele tentasse me desafiar, minha ascensão não era sobre a confiança que colocaram em mim, era sobre algo mais profundo. E ele nunca entenderia.

Pavel me avaliou. Um sorriso irônico dançou em seus lábios. ━━ Cuidado com o que diz, garoto. Quem subestima seus inimigos geralmente não vive para vê-los rastejar.

Antes que pudesse responder, Ivanovich levantou-se, sua presença imponente dominando a sala.
━━ Chega de insinuações. ━ Sua voz era como um trovão, abafando qualquer tentativa de interrupção. ━ O Pakhan está aqui, e quem não aceitar isso é livre para sair. Mas saibam que quem sair não terá um retorno seguro.

Os olhos de Pavel estreitaram-se, mas ele não respondeu imediatamente. Ao invés disso, recostou-se novamente na cadeira, cruzando os braços.
━━ Impressionante. Já tem um cão de guarda para latir por você, Petrov. Isso é reconfortante.

Minha paciência estava no limite, mas respirei fundo antes de falar:
━━ Você está certo em uma coisa, Makarov. A liderança da Kuznetsov exige mais do que documentos. Requer força, estratégia e lealdade. E provarei que tenho tudo isso. ━ Fiz uma pausa, deixando que meus olhos encontrassem os dele. ━ Mas se você acha que pode fazer melhor, por que não toma a cadeira à força?

Um silêncio pesado caiu sobre a sala. O desafio estava feito, e todos os olhos estavam sobre nós. Pavel não se moveu, mas o sorriso sarcástico desapareceu por um instante.

━━ Força nem sempre é sobre quem ataca primeiro, Pakhan. ━ Ele finalmente respondeu, sua voz mais baixa, mas ainda cheia de veneno. ━━ Às vezes, é sobre quem sobrevive ao último golpe.

Belov inclinou-se ligeiramente para frente, como um cão pronto para atacar, mas levantei a mão, pedindo calma.
━━ Palavras bonitas, Makarov. Mas palavras não vencem guerras. Lembre-se disso.

Pavel permaneceu em silêncio, mas o brilho em seus olhos prometia que essa luta estava longe de terminar.

A reunião enfim começou com relatórios e discussões, cada palavra impregnada de tensão. Belov observava tudo atentamente, intercalando seus conselhos com comentários incisivos. A presença dele era um lembrete constante de que, mesmo em meio ao caos, eu tinha uma apoio.

━━ A partir de agora, a Kuznetsov seguirá um novo rumo. Eu não vim aqui para manter tradições falhas ou tolerar traições. Vim para liderar. Quem não estiver comigo, já sabe onde fica a porta.

Os murmúrios começaram assim que terminei, mas não precisava ouvi-los. O destino estava sendo escrito, e eu estava no controle da caneta.

Quando a reunião finalmente terminou, os soldados fora da sala estavam em posição, claramente leais à minha liderança. Ivanovich e Belov ficaram ao meu lado enquanto os outros membros se dispersaram, mas a tensão ainda preenchia o ambiente.

Antes de sair, Pavel se levantou, colocando a mão aberta sobre o peito, como se estivesse prestando uma reverência, mas com um ar de desdém, inclinou a cabeça levemente e olhou-me com um sorriso irônico nos lábios.

━━ С уважением к вам, Пахан. (S uvazheniyem k vam, Pakhan.)- (Com respeito a você, Pakhan.) ━ As palavras soavam como uma zombaria, uma provocação velada. Em seguida, ele se afastou com um andar firme e um olhar de desafio, deixando a sala em silêncio.

━━ Ele vai ser um problema, Pakhan. ━ Disse Ivanovich, com um tom grave.

Assenti, meus olhos ainda fixos na porta por onde Pavel havia saído.
━━ Que ele venha. Estou preparado. ━ as palavras soavam vazias, um eco de bravata em meio à crescente apreensão.

No fundo, sabia que o verdadeiro teste estava apenas começando.

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