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Глава Восьмая (Glava Vos'maya) - Capítulo Oito

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"E então eu tenho que dizer antes de ir;
Que eu só quero que você saiba;
Eu encontrei uma razão para mim;
Para mudar quem eu costumava ser;
Uma razão para começar de novo;
E a razão é você!"

Hoobastank- The Reasons
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𝐎 𝐒𝐈𝐋𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐎 que envolvia o quarto era denso, carregado de emoções e expectativas. A luz fraca do entardecer filtrava-se pelas persianas, criando um halo suave sobre o rosto de Andy, que observava Nikolai com uma mistura de apreensão e amor.

As mãos deles estavam unidas, os dedos entrelaçados, como se buscassem refúgio um no outro. A respiração de ambos acelerada, um ritmo frenético que espelhava a agitação em seus corações.

Nikolai suspirou profundamente, um som que ecoou no silêncio do cômodo, como se estivesse se preparando para enfrentar um fardo demasiadamente pesado.

Seus dedos deslizaram suavemente pelo rosto de Andrey, acariciando a pele macia, com um toque gentil e cheio de cuidado. Os olhos azuis de Nikolai encontraram os do outro, transmitindo uma súplica silenciosa.

"Andy, preciso que você preste muita atenção no que vou dizer." A voz de Nikolai estava rouca, transparecendo uma emoção que ele tentava contornar. "Eu... eu recebi uma ligação do meu ex-chefe." A preocupação e urgência em sua fala eram nítidas.

O corpo de Andrey se contraiu, como se ele já intuísse a seriedade da situação, encarando os olhos de Niko, que brilhavam com apreensão.

"O que ele deseja? Você corre perigo?" A voz de Andrey soou quase como um sussurro, carregada de temor.

Nikolai hesitou, desviando o olhar por um instante. "Ele... ele me pediu para realizar um último serviço. É algo que somente eu consigo fazer."

"Um último serviço? Que tipo de coisa é essa, Niko?" Um mal pressentimento começou a invadir o peito de Andy, como se uma sombra se aproximasse.

"É... é uma situação complicada. Ele afirmou que é essencial e... a vida de várias pessoas está em jogo." Titubeava o mais velho.

Enquanto Nikolai falava, Andrey sentia um pânico crescente em seu interior, como se houvesse uma tempestade aproximando-se. Queria gritar, implorar, mas estava paralisado pelo medo de perdê-lo.

"Niko, não vá. Por favor!" rogou, com a voz trêmula. "Acabamos de nos reencontrar."

"Eu entendo, Andy. Mas... não tenho escolha," murmurou Nikolai, com um tom carregado de tristeza. "Fui ameaçado. Se não seguir o que ele deseja, muitas vidas estarão em perigo. E... a sua também."

"A minha? Mas como assim?" O loiro se encolheu, dominado pela confusão e pelo medo.

"Ele... ele conhece meus passos," confessou Nikolai, quase inaudível.

"Não, Niko! Por favor, não vá! Não podemos permitir que ele nos separe," choramingou, segurando Nikolai com força. "Por favor, encontre uma solução, pense em algo para nos livrar dessa situação."

Nikolai estava devastado. Ele nutria um amor profundo por Andy, mas a ameaça era concreta. Não poderia colocar a vida de seu anjinho e de outras pessoas em risco.

"Eu sei que você está assustado, meu anjo. Mas preciso fazer isso," desabafou Petrov, com a voz pesada de sofrimento.

"Podemos fugir, nos esconder," implorou Andrey, enquanto as lágrimas escorriam por suas bochechas. "Eu não quero ficar sem você. Não quero te perder novamente." Negava-se a aceitar tal atitude.

Sentindo-se completamente impotente, Niko desejava poder abraçar Andy e afirmar que tudo ficaria bem, mas a realidade, é que não tinha certeza do que o amanhã traria. Era necessário tomar a difícil decisão de se afastar do único amor que havia encontrado.

"Eu voltarei. Eu prometo. Mas preciso fazer isso. É a única maneira de te proteger." Tentou soar firme, mas a voz falha denunciava seu temor.

Andrey agarrou a Nikolai com mais força, seus soluços abafados ecoaram no silêncio do quarto. Não queria acreditar que estava prestes a perder a primeira pessoa que o havia feito sentir-se tão cuidado, tão amado. Ele queria lutar, encontrar uma solução, mas a sensação de impotência o oprimia.

"Por favor, Niko. Não me deixe." implorou choramingando, sua voz fraca e cheia de desespero.

Nikolai se inclinou para frente, com seus olhos cheios de amor e dor. beijou-lhe a testa em um gesto de carinho que transmitia toda a sua tristeza e a promessa silenciosa de que ele voltaria.

"Eu vou voltar, meu anjo. Eu prometo." afagava os fios loiros em um carinho singelo.

Petrov sentia o peso das emoções à medida que abraçava Andy com firmeza, puxando-o para seu colo. Com gestos lentos e cuidadosos, começou a ninar o rapaz como faria com uma criança assustada, murmurando palavras suaves em seu ouvido.

Andy, ainda abalado pela recente descoberta, começou a soluçar, o que rapidamente se transformou em uma crise de ansiedade. Seu pranto ficou mais profundo e seus músculos tensos enquanto tentava, sem sucesso, controlar a respiração.

Niko sentiu o coração apertar ao ver Andy daquela maneira, mas manteve a calma. Ele conhecia os sinais e indagou se o jovem já havia tomado sua medicação antes de sair de casa. Foi respondido com um assentir em um murmúrio abafado.

Andrey havia se medicado, mas o impacto emocional fora forte demais. Com a mão em seus cabelos e o tom de voz grave, mas suave, o alaranjado o guiou lentamente através da crise, lembrando-o de respirar fundo, de sentir o calor e a segurança em seus braços.

Após minutos que pareceram eternos, Andy finalmente começou a se acalmar. Sua respiração ficou mais regular, e os tremores começaram a cessar. Nikolai não se afastou até ter certeza de que o rapaz estava seguro, e então, com o máximo de cuidado, levou-o até o banheiro.

O banho foi uma sequência de movimentos delicados, Nikolai tratando Andy com a gentileza de alguém que cuidava de uma joia rara e frágil. Depois de vesti-lo com roupas limpas, ele o colocou na cama, aconchegando-o entre os lençóis macios.

Ao tentar sair do quarto, sentiu a mão de Andy segurá-lo com força. Seus olhos se encontraram, e Nikolai percebeu o medo e a necessidade de segurança no olhar do mais novo. Ele se inclinou, beijando-lhe a testa com carinho e prometendo que voltaria logo.

"Vou só preparar algo para comermos, ok? Já volto."

Na cozinha, enquanto preparava uma refeição simples, o mais velho observava o céu escurecer pelas grandes janelas de vidro. O dia havia sido longo e cheio de revelações. A sensação de responsabilidade por Andy pesava sobre seus ombros. Ele sabia que precisava protegê-lo, mas também sabia que o jovem precisava de muito mais do que apenas segurança física. Pensava em como gostaria de viver aquele momento, de estar ali com Andy, em outras circunstâncias - sem o medo, sem o peso do passado, apenas com a leveza de um futuro compartilhado.

Quando voltou ao quarto, viu Andrey já meio adormecido, enrolado em seus lençóis, vestindo apenas a camisa de moletom que lhe dera. A visão o fez sorrir com ternura e tristeza ao mesmo tempo. Ele se aproximou, sentando-se na beira da cama e acariciando suavemente o rosto do rapaz.

"Anjo... hora de comer um pouco," ele sussurrou, com sua voz baixa e calma.

Andrey, meio adormecido, abriu os olhos devagar, respondendo ao toque e à voz de Nikolai. Ele se deixou guiar, aceitando a comida que lhe era oferecida, cada gesto carregado de uma intimidade silenciosa e profunda.

Depois de alimentá-lo e deixar tudo limpo e organizado, Nikolai voltou ao quarto e deitou-se ao lado de Andrey, que imediatamente buscou o calor de seu corpo.

Ao sentir o peso e o calor do rapaz aninhado em si, Niko passou os braços ao redor dele, puxando-o para mais perto, como se pudesse protegê-lo de todo o mal do mundo. Enquanto Andy adormecia, o hacker permaneceu acordado, pensando em como fazer para que essa sensação de segurança e proteção nunca acabasse.

Na manhã seguinte, os primeiros raios de sol começaram a invadir o quarto, iluminando suavemente o espaço, Andrey foi o primeiro a acordar, piscando lentamente ao ajustar seus olhos ao brilho suave que filtrava pelas cortinas. Ele virou-se para o lado, onde Nikolai ainda dormia profundamente, os fios alaranjados de seu cabelo brilhando sob a luz do sol.

Por um momento, apenas o observou, fascinado pela tranquilidade que emanava de seu amado. Com os olhos, seguiu as linhas do rosto de Niko, traçou suavemente caminhos imaginários ao longo de suas feições marcantes. Cada detalhe parecia perfeito aos olhos de Andrey, e ele se perdeu na beleza simples, mas imponente, do homem ao seu lado. Era difícil acreditar que alguém tão forte e resiliente, que sobreviveu a tantas dificuldades, ainda pudesse conservar tamanha bondade e amor em seu coração.

Mais calmo do que na noite anterior, Andy se permitiu refletir sobre tudo o que o jovem Niko enfrentou para sobreviver. Pensou nos medos que teve de encarar, nas escolhas difíceis que fez, nos riscos que correu ao lado dos homens cruéis da máfia. Mas, acima de tudo, se admirava de como, apesar de toda a maldade à sua volta, Nikolai nunca perdeu sua essência amável e protetora. Era essa dualidade que fazia com que Andrey o amasse ainda mais.

Decidido a retribuir um pouco do cuidado que recebeu, se levantou com cuidado para não acordar o alaranjado. Tomou um banho quente, sentindo a água relaxar seus músculos e clarear seus pensamentos. Em seguida, se dirigiu à cozinha, determinado a preparar o café da manhã. Esta era apenas a segunda vez que estava no apartamento de Niko, mas queria fazer algo especial para ele, algo que mostrasse sua gratidão e carinho.

Enquanto o mais novo estava ocupado na cozinha, Nikolai começou a despertar, sentindo a ausência do calor ao seu lado. O medo e a preocupação imediatamente se instalaram em seu peito ao perceber que Andy não estava na cama. Com o coração acelerado, ele se levantou rapidamente, seguindo pelo corredor em direção à sala.

Ao chegar à cozinha, a visão de Andrey aliviou instantaneamente seus temores. Lá estava ele, loiro e sereno, vestido em um moletom alaranjado que Niko guardava há muito tempo, mas nunca tinha usado. A cena era tão simples, mas ao mesmo tempo tão cheia de significado, que ele não pôde evitar sorrir.

Apressando-se, se aproximou por trás de Andrey, envolvendo-o em um abraço apertado, como se pudesse, com aquele abraço, proteger o amor de ambos de qualquer ameaça externa. Sentindo o corpo quente do rapaz contra o seu, inclinou-se para sussurrar um "bom dia" rouco e abafado em seu pescoço.

Andy sorriu ao ouvir a voz de Nikolai, seu coração aqueceu-se com a familiaridade e o carinho que sentia. Virando-se de frente para ele, retribuiu com um beijinho de esquimó, esfregando levemente o nariz contra o do amado.

"Bom dia," respondeu com doçura, sendo ainda mais apertado em resposta.

Acariciava os fios do alaranjado, quando, com um sorriso travesso, pediu que Niko fosse tomar um banho enquanto ele terminaria de preparar o café da manhã. Recebeu em resposta uma careta e um bufar do mais alto, que se distanciou a contragosto.

"Dormiu bem?" Andrey indagou o acariciando.

"Como a anos não dormia", confessou o mais alto.

"E você?" Indagou abafado enquanto aspirava o perfume de seu sabonete na pele exposta do loiro.

"O suficiente para me sentir melhor" respondeu sorrindo pelas cócegas que sentia em seu pescoço. "Pare Niko! Faz cócegas" pediu entre risos.

"Quem mandou você ser cheiroso?" Retrucou ele continuando a cheira-lo.

"É porque já tomei banho seu porquinho" , disse divertido."Vai lá tomar o seu, deixe que cuido de tudo aqui."

Nikolai arqueou uma sobrancelha, brincando: "Está dizendo que estou fedendo anjinho?"

Andrey riu, respondendo à provocação com um leve tapa no peitoral desnudo de Niko. "Não, seu bobo. Só quero que esteja bem relaxado para aproveitar o café que estou fazendo."

Nikolai riu junto, acariciando o rosto de Andy antes de se afastar. "Tudo bem, vou tomar meu banho. Mas não demore, estou morrendo de fome."

Andrey o puxou dando-lhe um selinho e virou-se para o fogão, envergonhado e rubro pela atitude espontânea. Nikolai sorriu ao sentir o toque de Andy. 'Você é meu anjo,' ele pensou, antes de se afastar para o banho, deixando a promessa de que, pelo menos naquele momento, tudo ficaria bem.

Com um olhar intenso, se dirigiu ao banheiro, sentindo-se mais leve do que em muito tempo, enquanto Andrey voltava à tarefa de preparar o café da manhã, sentindo uma alegria tranquila no peito.

Depois de Niko ter tomado seu banho e enfim sentaram-se à mesa, aproveitaram o ambiente imerso em uma sensação de tranquilidade, embora ambos soubessem que essa paz era temporária.

A mesa estava repleta de pratos tradicionais, um banquete simples, mas delicioso: 𝐆𝐫𝐞́𝐧𝐤𝐢, 𝐒𝐢𝐫𝐧𝐢𝐤𝐢, 𝐠𝐥𝐚𝐳𝐮́𝐧𝐢𝐚, e um Samovar cheio de chá preto com limão siciliano. Entre uma mordida e outra, Andrey finalmente decidiu que era hora de abordar o assunto que tanto o incomodava.

Olhando para Nikolai, seus olhos transmitiam a preocupação que sentia, mas também a convicção em ficar ao lado do amado.

"Niko," começou, suave, mas firme, "sei que você precisa ir... quero que saiba que estarei te apoiando ... mas você terá que seguir minhas condições."

Nikolai colocou seu pedaço de Sirniki no prato, dando toda a sua atenção a Andrey. "Quais são essas condições, anjinho?"

"Quero que você mantenha contato comigo o máximo que puder," Andrey proferiu com seriedade. "Nada de se machucar, e principalmente, nada de machucar inocentes. E a mais importante de todas: você tem que voltar para mim o mais rápido possível."

Nikolai sorriu, um sorriso cheio de carinho que continha no fundo uma ponta de tristeza. Ele sabia o que Andrey estava pedindo e os riscos envolvidos, mas estava decidido a cumprir cada uma dessas promessas.

"Eu prometo seguir todas as suas ordens, meu anjinho." Pegando a mão de Andrey, ele a levou até seus lábios, beijando a palma suavemente. "Vou voltar para você, Andy. E quando eu voltar, serei eternamente seu."

Depois do café da manhã, os dois começaram a arrumar as malas de Niko, trabalhando em silêncio, mas com uma conexão profunda em cada gesto. Guardaram também os pertences que o mais velho havia encaixotado antes de Andy chegar no dia anterior, preparando tudo para sua partida.

Enquanto dobrava uma camisa, Niko recebeu uma ligação. Ele reconheceu o número de imediato, e ao atender, ouviu a voz fria e implacável de seu ex-chefe do outro lado da linha.

A conversa foi breve e tensa. O homem, com seu tom ameaçador, exigia uma confirmação de que ele seguiria com a missão. Sem hesitar, e com confiança na voz, o alaranjado confirmou que estaria em Sergiev Posad naquela tarde.

O mafioso, satisfeito com a resposta, deixou escapar um sorriso sarcástico, que Nikolai pôde sentir mesmo sem vê-lo. Antes de desligar, ele fez questão de avisar que sabia de todos os passos do hacker e, mais perturbador ainda, que tinha conhecimento sobre Andy.

Niko manteve a expressão firme enquanto desligava o telefone, mas Andy, que percebeu a mudança na atmosfera, sentiu um arrepio de preocupação. Mesmo assim, ele se recusou a deixar o medo tomar conta. Aproximou-se dele, envolvendo-o em um abraço forte. "Estarei esperando por você," sussurrou contra o peito do amado.

O mais alto retribuiu o abraço, segurando Andrey como se pudesse protegê-lo de todo o mal do mundo. "Essa será a última vez, Andy. Eu prometo. Vou dar um jeito de te manter seguro."

Com as malas prontas, Niko entregou a chave de seu apartamento a Andrey. "Quero que você fique aqui até eu voltar. Este lugar é tão seu quanto meu."

Antes de sair, olhou ao redor e seus olhos caíram sobre a pequena miniatura da Harley que Andy havia lhe dado na infância. Pegou o objeto e entregou ao loiro, um gesto carregado de significado. "Quero que fique com isso, até eu voltar."

Andy, visivelmente emocionado, tocou o presente com carinho antes de levar a mão ao próprio pescoço, retirando a medalha de São Sérgio de Radonej, que Niko lhe dera muitos anos antes. Com as mãos trêmulas, colocou a corrente em volta do pescoço de Nikolai. "Assim como ele me protegeu, ele vai proteger você. Volte para mim mais uma vez, Laranjinha."

Nikolai sorriu, seus olhos brilhavam com uma mistura de amor e determinação. "Eu voltarei, meu anjinho..." Ele fez uma pausa, querendo prolongar aquele momento por mais alguns segundos, antes de completar: "... essa é a minha promessa."

A atmosfera na sala tornou-se opressiva, carregada por um silêncio pesado que só a iminência da despedida conseguia criar. Nikolai e Andrey estavam frente afrente, as malas feitas, ambos sustentando as fraturas invisíveis de um coração partido.

Niko inspirou profundamente, lutando contra as lágrimas que ameaçavam romper. Andy, com o olhar perdido no chão, parecia imerso em um mar de pensamentos que o distanciava do momento presente.

"Vou sentir tanto a sua falta,"murmurou o mais velho, a voz embargada pelo peso das emoções que ele tentava conter.

Andy ergueu o olhar, encontrando as orbes de Niko. A saudade e a angústia da separação se entrelaçavam em um turbilhão de sentimentos que os dominava por completo.

"Eu também," ele respondeu com a voz rouca, quase inaudível.

Dando um passo hesitante em direção a Andrey, Nikolai abriu os braços em um gesto que pedia por um último abraço. Um abraço que talvez pudesse amenizar a dor que os rasgava por dentro.

O loiro se deixou envolver, apertando Niko com força, como se quisesse gravar cada detalhe daquele momento, cada curva, cada contorno, na memória.

O abraço se intensificou, as mãos de Niko deslizaram suavemente pelas costas de Andy, enquanto este se agarrava à cintura de Niko, como se o ato de soltar fosse impensável.

A saudade e a dor se metamorfosearam em um desejo urgente, uma necessidade quase primal de sentir a proximidade, o calor, a vida pulsando no outro.

Os lábios se aproximaram em um movimento lento, um beijo que começou hesitante, um toque leve como um sussurro.

Ambos responderam com a mesma intensidade, a mesma urgência.

O ósculo era uma mistura avassaladora de saudade, dor e paixão, um adeus que se transmutava em um grito silencioso de desespero.

Quando os lábios finalmente se separaram, ofegantes, com os olhos marejados, a sala parecia ainda mais vazia, o silêncio mais profundo, como se o eco de suas emoções fosse tragado pelo abismo da separação iminente.

Com um último beijo na testa de Andrey, Petrov se afastou, saindo do apartamento com a convicção de que aquela seria a última vez que deixaria seu anjinho para trás.

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Durante a viagem, no silêncio da estrada, quando os sons do mundo exterior se dissiparam e, na solidão de um apartamento olhando detalhes da vida de seu amor, o verdadeiro caos revela-se dentro de cada um deles.

Era como se o peso das ações passadas e das palavras não ditas tivesse finalmente pousado sobre seus ombros. O que eles haviam escondido com tanta maestria durante o dia, nas interações que poderiam ser rotineiras, agora emergia com uma intensidade quase esmagadora.

Nikolai se sentia preso em um turbilhão de emoções conflitantes. A raiva que havia se alojado em seu peito, queimando silenciosamente, agora se misturava com uma onda inesperada de arrependimento. Ele pensava nas ligações, nas ameaças, nas decisões que havia tomado em um impulso. Será que havia ido longe demais? Ele se perguntava se o caminho que havia escolhido era realmente o melhor.

Enquanto isso, Andrey estava imerso em um sentimento de vulnerabilidade que lhe era estranho. Sempre tão controlado, tão seguro de suas escolhas, agora se via diante de uma barreira emocional que não sabia como transpor.

As palavras que recebera o haviam atingido profundamente, abalando a confiança que tinha em si mesmo e nos outros. Ele tentava racionalizar o que estava sentindo, mas as emoções eram mais fortes do que qualquer lógica que pudesse aplicar.

A dor da ausência estava presente em ambos. Cada um lidava com ela à sua maneira, mas no fundo, compartilhavam o mesmo medo: o medo de que a união entre eles fosse irremediavelmente quebrada.

As promessas de proteção e lealdade, tão firmes, agora pareciam frágeis diante da realidade. Eles sabiam que as ameaças não eram apenas palavras jogadas ao vento; elas eram reais e tinham o poder de destruir tudo o que buscavam construir.

E, no entanto, em meio ao caos, havia uma centelha de esperança. Era pequena, quase imperceptível, mas estava lá. Talvez fosse o reconhecimento de que, apesar de tudo, ainda havia algo de valioso entre eles. Um vínculo que, apesar das adversidades, resistia. Essa esperança, embora tênue, era o que os impedia de sucumbir completamente ao desespero.

A tensão entre eles era tênue, como uma corda esticada ao máximo, prestes a se romper. Mas havia uma força invisível que os mantinha unidos, mesmo que fosse apenas pelo fio mais fino de todos: a necessidade mútua de não estarem sozinhos em meio ao caos.

No final das contas, era essa necessidade, esse desejo profundo de conexão, que definiria o que viria a seguir. Eles estavam à beira de um precipício emocional, e a queda poderia ser devastadora. Mas, se encontrassem uma maneira de superar, de transpor os problemas, talvez houvesse uma chance de se erguerem mais fortes do que antes.

ᵍʳᵉⁿᵏⁱ, ˢⁱʳⁿⁱᵏⁱ ᵉ ᵍˡᵃᶻᵘⁿⁱᵃ ˢᵃᵒ ᵖʳᵃᵗᵒˢ ᵖᵒᵖᵘˡᵃʳᵉˢ ᵈᵃ ᶜᵘˡⁱⁿᵃʳⁱᵃ ʳᵘˢˢᵃ:
♡¹. ᵍʳᵉⁿᵏⁱ: ˢᵃᵒ ᵗᵒʳʳᵃᵈᵃˢ ᶠʳⁱᵗᵃˢ, ᵍᵉʳᵃˡᵐᵉⁿᵗᵉ ᶠᵉⁱᵗᵃˢ ᵈᵉ ᵖᵃᵒ ᵈᵉ ᶜᵉⁿᵗᵉⁱᵒ, ˤᵘᵉ ᵖᵒᵈᵉᵐ ˢᵉʳ ᵗᵉᵐᵖᵉʳᵃᵈᵃˢ ᶜᵒᵐ ᵃˡʰᵒ ᵉ ˢᵉʳᵛⁱᵈᵃˢ ᶜᵒᵐ ˤᵘᵉⁱʲᵒ ʳᵃˡᵃᵈᵒ ᵒᵘ ᵃᶜᵒᵐᵖᵃⁿʰᵃᵐᵉⁿᵗᵒˢ ᶜᵒᵐᵒ ᵐᵒˡʰᵒˢ ᵉ ᶜᵃʳⁿᵉˢ. ᵉ ᵘᵐ ᵖᵉᵗⁱˢᶜᵒ ᶜᵒᵐᵘᵐ ᵖᵃʳᵃ ᵃᶜᵒᵐᵖᵃⁿʰᵃʳ ᵇᵉᵇⁱᵈᵃˢ, ᵉˢᵖᵉᶜⁱᵃˡᵐᵉⁿᵗᵉ ᶜᵉʳᵛᵉʲᵃ.
♡². ˢⁱʳⁿⁱᵏⁱ: ˢᵃᵒ ᵖᵃⁿˤᵘᵉᶜᵃˢ ᶠᵉⁱᵗᵃˢ ᵈᵉ ˤᵘᵉⁱʲᵒ ᶜᵒᵗᵗᵃᵍᵉ ⁽ᵗᵛᵒʳᵒᵍ⁾, ᵐⁱˢᵗᵘʳᵃᵈᵒ ᶜᵒᵐ ᵒᵛᵒˢ, ᵃᶜᵘᶜᵃʳ ᵉ ᶠᵃʳⁱⁿʰᵃ. ᵉˡᵃˢ ˢᵃᵒ ᶠʳⁱᵗᵃˢ ᵃᵗᵉ ᵈᵒᵘʳᵃʳᵉᵐ ᵉ ᵍᵉʳᵃˡᵐᵉⁿᵗᵉ ˢᵉʳᵛⁱᵈᵃˢ ᶜᵒᵐ ᶜʳᵉᵐᵉ ᵈᵉ ˡᵉⁱᵗᵉ, ᵍᵉˡᵉⁱᵃ ᵒᵘ ᵐᵉˡ. ˢⁱʳⁿⁱᵏⁱ ˢᵃᵒ ᵖᵒᵖᵘˡᵃʳᵉˢ ⁿᵒ ᶜᵃᶠᵉ ᵈᵃ ᵐᵃⁿʰᵃ ᵒᵘ ᶜᵒᵐᵒ ˢᵒᵇʳᵉᵐᵉˢᵃ.
♡³. ᵍˡᵃᶻᵘⁿⁱᵃ: ᵉ ᵒ ᵗᵉʳᵐᵒ ʳᵘˢˢᵒ ᵖᵃʳᵃ ᵒᵛᵒˢ ᶠʳⁱᵗᵒˢ ᶜᵒᵐ ᵃ ᵍᵉᵐᵃ ⁱⁿᵗᵃᶜᵗᵃ, ˢᵉᵐᵉˡʰᵃⁿᵗᵉ ᵃᵒ "ᵒᵛᵒ ᵉˢᵗʳᵉˡᵃᵈᵒ". ᵖᵒᵈᵉᵐ ˢᵉʳ ˢᵉʳᵛⁱᵈᵒˢ ˢᵒᶻⁱⁿʰᵒˢ ᵒᵘ ᵃᶜᵒᵐᵖᵃⁿʰᵃᵈᵒˢ ᵈᵉ ᵇᵃᶜᵒⁿ, ˢᵃˡˢⁱᶜʰᵃˢ, ᵒᵘ ᵛᵉᵍᵉᵗᵃⁱˢ.

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