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ꕥ Capítulo 8 ꕥ

Annabelle Narrando

Tentei segurar Scarlet mas ela rapidamente me empurrou para o lado e eu cai com a bunda no chão. Vi a mesma avançar em cima de Alice e foi então que soube, ela perdeu o controle e isso é o que acontece quando ela perde o controle.

Vi minha amiga começar a desferir socos no rosto de Alice, sem dó e nem piedade. Meu Deus! Desse jeito a garota irá parar no hospital e Scarlet poderá ser expulsa da escola, e ela mal chegou.

— E o placar está como? Alice zero, Scarlet um. Vamos ver se Scarlet será misericordiosa e deixará sua adversária viva para contar história. — Escutei a voz de Trovão na minha cabeça e me preocupei.

Me levantei do chão e alguns alunos ainda gritavam "briga, briga" sem parar. Mas eu não irei deixar mais Scarlet bater na Alice, por mais que ela mereça essas bofetadas, quem vai sair prejudicada é Scarlet no final das contas.

Mais uma vez segurei Scarlet pelos braços, tentando puxá-la para ela sair de cima da garota mas estava difícil já que Scarlet pareceu reunir suas forças e agora suas mãos seguravam os cabelos de Alice e não era devagar não, era com força, dava para perceber e a cara de dor de Alice era notável e ela pedia para Scarlet parar.

— ALGUÉM ME AJUDA AQUI! — Gritei chamando a atenção de alguns mas ninguém se atreveu a se aproximar de mim para me ajudar com Scarlet.

Quando pensei que teria que me virar sozinha, pude sentir um braço encostar no meu braço direito e quando olho para o lado, vejo os braços de Raquel Blunk envolvendo a cintura de Scarlet, e juntas conseguimos tirá-la de cima de Alice.
Scarlet ainda se debatia em nossos braços enquanto a pobre Alice continuava no chão, com o rosto sangrando e aposto que um nariz quebrado. As amigas de Alice estavam paradas e assustadas com o que havia acontecido e só agora se aproximaram de sua amiga machucada no chão.

— ME SOLTEM! ME SOLTEM! EU NÃO TERMINEI DE ACABAR COM ELA! — Scarlet gritava ainda se debatendo.

— É oficial, cancelo agora o apelido cosplay da Ariel. Scarlet agora acaba de assumir a sua verdadeira personalidade, ela não é calma, ela é a própria tempestade.

— Trovão, por favor.

Vi as amigas de Alice ajudarem a mesma a se levantar e Scarlet havia parado de se debater, afastei minhas mãos dos seus pulsos e notei que as mãos da minha amiga estavam um pouco roxas e com um pouco do sangue de Alice.

— O que deu em você sua louca? — Perguntou Abigail encarando minha amiga com raiva.

— Eu louca? — Scarlet perguntou irônica mas eu sabia que ela ainda estava irritada — Você ainda não me viu louca, sua vadia. — E ela voltou a se debater querendo se soltar dos braços da professora Blunk mas não conseguiu. — ME SOLTE! ME SOLTE SE NÃO

— SE NÃO NADA. Já chega! O que vai ganhar batendo nela senhorita Murray? Não vai ganhar nada, quem sairá prejudicada é você. — Dessa vez quem falou foi a professora Blunk e foi nesse momento que todos se calaram e apenas observavam tudo, ainda atentos.

Olhei em volta notando que tinha alguns funcionários no círculo de alunos e até mesmo professores, todos haviam visto o que Scarlet fez. E naquele silêncio, só ouviu-se um pigarro e uma voz masculina e grave, era Dominic Murray.
E o círculo/multidão de alunos foram se desfazendo, cada um voltando para suas mesas que estavam sentados no refeitório, mas eu não sai de perto de Scarlet.

Dominic logo encarou a filha com reprovação e eu vi que Scarlet soltou um suspiro pesado. Ele direcionou seu olhar para Alice e logo mandou levarem ela para a enfermaria, depois da enfermaria, ele a queria na sala dele.

— Quer por favor me soltar? Eu não vou mais avançar em cima de ninguém. — Escutei ela dizer em um tom de voz baixo para a professora Blunk, e como estou perto das duas, acabei escutando.

— Eu não vou soltar você, pelo menos não agora. — Disse Raquel no mesmo tom de voz que o de Scarlet, só que Raquel foi mais séria.

— Quem diria que eu iria presenciar isso tudo hoje, conflito, treta, briga, agora o que eu não esperava ver mesmo era a furacão agarrando a tempestade. — Percebi o tom malicioso na voz de Trovão e passei as mãos no rosto.

— Trovão ela só está segurando ela, deixe de loucura. Se eu e Dominic nos envolvêssemos, o que é impossível mas se acontecesse seria loucura demais, imagina Scarlet e Raquel? Isso é que é loucura mesmo.

Olhei para o Dominic que olhou para a professora Blunk, ele fez um meneio de cabeça e a professora assentiu tirando os braços da cintura de Scarlet.

— Senhorita Murray, acompanhe-me por favor. — Ele disse sério e se virou, ficando de costas. Caminhou na direção da saída do refeitório e eu olhei para Scarlet que pareceu respirar fundo. Ela me olhou e eu soube que ela poderia ser expulsa ou algo do tipo, ela poderia até mesmo ser suspensa.

Me aproximei dela e apoiei minha mão no seu ombro.

— Não consegui me controlar. E-eu... ah quem eu queria enganar? Eu não sou o tipo de pessoa calma que aguenta levar desaforo, eu... — Ela desabafou e eu a abracei de lado.

— Tudo bem, tudo bem. Calma, vamos ter tempo para conversa sobre isso mais tarde, mas estou feliz por um lado sabe? Alice mereceu aquelas bofetadas. — Sussurro no ouvido dela e a mesma rir baixinho. — Mas as bofetadas vão te custar caro. — Me afastei dela e a mesma riu de canto.

— Que custe caro, mexeu com você mexeu comigo também. — Ela disse debochada e eu fiz um sinal de negação com a cabeça, ela saiu do refeitório e foi então que percebi que as pessoas que ainda estavam no refeitório, agora estavam me olhando.

Me aproximei de onde meu livro estava e o peguei do chão, quando eu iria me sentar em uma mesa, me assustei ao sentir alguém cutucando o meu ombro. Olhei para trás vendo uma das faxineiras da escola, ela se aproximou de mim como se fosse me confessar um segredo.

— Você é Annabelle Vandervoort? — Ela perguntou baixinho perto do meu ouvido e eu confirmei com um aceno de cabeça. — O senhor Murray deseja falar com você na sala dele.

Na sala dele? Meu Deus que eu não seja expulsa agora, eu não me meti na briga, só tentei tirar Scarlet da briga.

— Ele quer saber melhor o que aconteceu, boa sorte.

Respirei fundo antes de ir para a diretoria. Sai do refeitório pensando no que poderia contar para Dominic.

— A verdade, ele sabe como a filha dele é.

— E se ele estiver pensando em expulsá-la? — Pergunto pensando demais nessa possibilidade.

— Faça-o mudar de ideia. — Trovão disse e eu pensei um pouco sobre isso.

Fui caminhando pelos corredores e subir algumas escadas, quando cheguei no terceiro andar que é o da diretoria e o da secretária, vi a porta de cor marrom e caminhei na direção da mesma, bati duas vezes e escutei um "entre".

— Por que está nervosa?

Trovão pare.

Girei a maçaneta da porta e logo entrei dentro da diretoria, fechei a porta atrás de mim e percebi que a poltrona de couro preta estava vazia, observei a mesa de mármore e em cima da mesma havia um notebook no meio, alguns papéis organizados do lado esquerdo, dois grampeadores do lado direito e... acho que são três ou são quatro canetas perto dos grampeadores.

— E olhe que você está usando os óculos.

Esse cachorro...

— Senhorita Vandervoort. — Ao escutar aquela voz grave dou um pequeno pulo para trás e apoio minha mão no peito.

Olho para o meu lado esquerdo e vejo o Dominic perto da janela, ele agora estava me olhando e de braços cruzados.

— Te assustei?

— Assustar? Ora, que isso! Imagina. — Digo me recompondo e solto um suspiro. — Eu só... esquece. Me chamou aqui para saber o que realmente rolou no refeitório, não é isso? — Pergunto vendo o mesmo confirma com um aceno de cabeça.

— Sim. Pode se sentar, se quiser.

Me aproximei de uma das cadeiras confortáveis em frente a grande mesa de mármore, e me sentei em uma dessas cadeiras.

— O que exatamente aconteceu no refeitório senhorita Vandervoort?

— Por que me chamou aqui para falar sobre isso? Eu não era a única que estava naquele refeitório. — Digo pensando se caso ele quisesse colocar a culpa em mim, o livro que estava no chão era meu e graças a esse livro ter ido ao chão, a confusão começou.

— Ele não vai colocar a culpa em você. Pelo amor de Deus! Acalme-se! Quanto nervosismo perto desse homem. E olhe que você nem está tão perto dele assim. — Trovão disse irônico me fazendo coçar a nuca.

E Deus me livre ficar tão perto dele de novo.

— Você vai achar isso estranho Annabelle, posso te chamar assim? — Ele perguntou se afastando da janela e eu apenas assenti. — Sinto que posso confiar em você, diferente de muitas amigas que minha filha já teve, você não me parece ser má influência. E diferente de todos os outros alunos dessa escola que adoram uma fofoca e de acrescentar sempre algo que não aconteceu, você também me parece ser sincera então, por isso te chamei aqui para me contar o que realmente aconteceu. — Ele disse caminhando pela diretoria e eu continuei olhando para a janela.

— A verdade senh... Dominic — Me corrigi. — É que eu estava no refeitório a espera de Scarlet, e ela chegou no refeitório um pouco alterada. O senhor conhece a sua filha e sabe como ela é, a irritaram e não foi pouco, não pense que estou querendo defender ela ou algo do tipo, eu só estou falando a verdade. Eu a conheço há mais de dez anos, éramos crianças e mesmo assim... parece que não mudamos tanto assim em relação a nossas personalidades. E quando Scarlet chegou no refeitório alterada, a garota que foi para a enfermaria, a Alice, ela derrubou o meu livro no chão e segundo ela foi sem querer.

— Alice... derrubou o seu livro no chão? Por quê? — Ele perguntou confuso e eu mexi na haste do meu óculos.

— Porque ela tem demência.

Bom, o porquê eu não sei. Mas não é de agora que ela não gosta de mim, na verdade, muita gente não gosta de mim nessa escola... mas o assunto aqui não sou eu e sim Scarlet. Scarlet vendo que Alice fez isso, pediu para que a garota pegasse o meu livro, a garota se recusou a pegar o meu livro e começou a falar palavras não muito legais para Scarlet, isso com certeza deve ter a magoado, e Scarlet não se segurou e... rolou o que rolou. — Dou de ombros e sinto uma mão em cima da minha cabeça, estranho quando sinto que algo havia sido tirado do meu cabelo e me surpreendo ao ver que Dominic estava atrás de mim e o mesmo segurava uma pequena folha verde entre o dedo indicador e o polegar.

— Estava no seu cabelo. — Ele disse se afastando de mim e colocando a pequena folha em cima da sua mesa.

— Ele ficou te observando enquanto você explicava tudo. Ele gosta de te observar...

— Trovão fique quieto.

Então, a senhorita Giordano provocou Scarlet? — Perguntou Dominic.

— Sim.

— Ela mesma, essa cara de mosquito.

Prendi o riso e fingi um tosse.

— E Scarlet avançou nela certo?

— Sim. Era só isso mesmo que o senhor queria saber? — Pergunto e vejo o mesmo caminhar na direção da janela de novo.

— Sim, era só isso e por favor, já pedi para que não me chamasse de senhor. — Ele disse parecendo olhar a vista da rua lá fora.

Meu Deus! Chamei ele de "senhor" que nem percebi.

— Me desculpe, senh... Dominic, me desculpe. Eu posso ir agora? — Pergunto já me levantando da cadeira.

— Pode.

Quando eu iria me afastar da cadeira, senti que deveria falar algo sobre Scarlet, e eu vou falar.

— Dominic, antes de me ir eu gostaria de te dizer que, com todo respeito, não seja tão severo com Scarlet. Ela já passou por muita coisa e ainda está passando, ela é sua filha então, creio que você irá conversar com ela ou ao menos tentar, ela não queria ter arrumado nenhuma confusão e se ela arrumou foi por minha causa. — Explico vendo o mesmo se virar agora para me olhar com seus olhos azuis. — Ela estava tentando ser uma pessoa mais calma, mas acontece que ser calma não é a natureza dela. Nós a conhecemos e sabemos como ela é então, eu peço que por favor, converse com ela antes de tomar qualquer decisão.

Ele me olhava ainda com sua expressão séria no rosto, parecia pensar sobre o que eu havia dito. Vi o mesmo assenti com um aceno de cabeça e pude soltar um suspiro aliviada.

— Ele vai tentar falar com ela a sós. Ele mandou ela ir para a enfermaria também.

Escutei a voz de Trovão na minha cabeça e quando eu iria sair da diretoria, fui impedida pela voz de Dominic. Parei perto da porta e com a mão na maçaneta.

— Antes de você ir, quero saber, como você está? — Ele perguntou e eu por um momento fiquei calada apenas admirando aquele homem perto da janela.

— É hoje ou amanhã que você responde a pergunta dele?

Confesso que as vezes Trovão me salva de mim mesma.

— Eu? Ah eu estou bem. — Respondo a pergunta de Dominic.

— Tem certeza? — Ele perguntou caminhando na minha direção em passos lentos e eu afastei minha mão da maçaneta da porta.

— Sim, sim. Mais uma vez obrigado Dominic, se não fosse você ontem provavelmente eu teria morrido. — Rir de canto e ele se aproximou de mim, esse perfume... é perfeito, assim como ele.

— Seus óculos estão embassados, não? — Ele perguntou me olhando nos olhos e eu rapidamente desviei o olhar dele.

Meus óculos embassados? E eu sou dormente ou o quê que não percebi isso?
Tirei os óculos do meu rosto e olhei bem para a lente do mesmo, mas não está embassado, eu limpei antes de sair da sala.

— Ele mentiu. Disse isso para que você tirasse os óculos e ele pudesse admirar seus olhos nem que fosse por alguns segundos. Ele te admira demais em... e não falo tanto assim da aparência, ele te acha estranha, mas ele admira demais a sua personalidade. Enquanto uns te julgam, outros te admiram assim como Dominic... quer saber? Se rolar algo entre vocês, que role. Estou começando a shippar vocês dois.

Provavelmente estou corada após ter escutado o que Trovão me disse, pensei em até sorrir de canto por saber que Dominic admira minha personalidade... mas ele me acha estranha. É claro, o que eu queria? Não sou bonita mesmo.

— Depois eu limpo. — Digo já colocando os óculos rapidamente no rosto e saíndo da diretoria sem deixar o diretor falar mais nada.

— Não fique assim Belle, em relação a sua aparência ele admira algo muito importante, os seus olhos.

— Grande coisa. Muitas mulheres tem olhos azuis na face da terra.

— Mas cada olhar é diferente, você sabe muito bem disso. — Trovão disse e eu cruzei os braços enquanto caminhava.

— É você está certo. Mas eu não quero me iludir, eu já sofro calada e saber que ele admira minha personalidade já mexe um pouco comigo...

— Quer que eu me afaste de você quando você estiver com ele? Só assim não poderei ler os pensamentos dele e você não saberá de nada. As vezes o que é dito na mente são só verdades, e algumas realmente podem chegar a machucar.

— Não, não quero que se afaste de mim quando eu estiver com ele, só se você quiser.

Desço as escadas e entro em um corredor onde tinha alguns alunos conversando.

— Estou vendo que terei que ir atrás dela... não sei controlar isso muito bem. — Escutei a voz de Trovão na minha cabeça novamente e fiquei confusa.

— Trovão, do que está falando?

— De minha irmã, ela... tem poderes também e um deles é ler os pensamentos das pessoas, e ela consegue guardar para ela mesma. Ela decide se conta ou não, já eu não sei fazer isso e acabo te contando, mesmo quando não deveria contar.

Fiquei surpresa e desci mais algumas escadas, minhas pernas até doem.

— Sua irmã tem poderes também? Quando iria me contar isso?

— Podemos deixar essa conversa para outro dia? Infelizmente vou atrás dela agora, nos vemos quando você largar.

Quatro horas depois...

Scarlet Narrando

Duas semanas em casa. Eu irei ficar duas semanas em casa... por que Deus? Eu até diria que a pior coisa é levar suspensão, mas então lembro de expulsão que chega a ser bem pior. Mas os dois são terríveis, mancham meu histórico que já não tá tão legal.

Nesse momento estou no lado de fora da escola aguardando Belle sair pelos portões, já imagino a cara dela quando eu disser que fui suspensa. Meu pai conversou comigo, o que eu não esperava pois ele costuma ser sério e rígido demais as vezes, eu pensava que ele iria me dar muita bronca e muito sermão, mas não foi bem o que aconteceu.

Na verdade aconteceu mas não da maneira que eu esperava, não sei o que deu nele mas dei graças a Deus por ele não ter me expulsado. Antes eu queria sair da droga dessa escola, mas com a Belle estudando aqui, eu não quero mais sair. Meus punhos estão um pouco doloridos mas não é uma dor tão insuportável, dá para aguentar.

Me desencostei da parede em que eu estava encostada e quando virei meu rosto para o lado direito vi as duas amigas de Alice caminhando na minha direção. Se vinherem brigar, elas vão sair pior que a amiga delas.

Elas logo se aproximaram de mim e pareciam nervosas.

— Scarlet, eu e Abigail vamos no hospital agora para fazer companhia a nossa amiga.

— E o que eu tenho a ver com isso? — Pergunto e vejo Abigail colocar as mãos nos bolsos da calça e me olhar.

— Olha, não viemos aqui para discutir. Alice nos mandou falar com você e se você puder passar o recado para a Annabelle está ótimo.

— Olha só, aprenderam a falar o nome da minha amiga, isso é bom. — Digo irônica e vejo a tal da Abigail revirar os olhos.

— Scarlet, Alice disse que quando se recuperar irá conversar com você. Mas o que ela nos mandou te dizer, é que nós três não vamos mais incomodar Annabelle, estávamos sendo muito infantis para falar a verdade.

— Samara? Não estávamos sendo infantis. — Disse Abigail irritada e Samara olhou incrédula para a amiga.

— Estávamos sim, pelo amor de Deus! Principalmente Alice, eu só dizia aquelas coisas para Annabelle porque Alice que me mandava falar, e você também falava tudo que Alice mandava falar. — Ela disse fazendo com que Abigail ficasse quieta. Samara voltou a me olhar e soltou um suspiro. — Avise a Annabelle que não iremos mais incomodá-la, eu só não digo isso a ela pessoalmente porque estamos com pressa para ir visitar Alice então por favor, fale para ela Scarlet.

— Pode deixar, eu irei dar o recado. — Dei um sorriso fechado e vi a expressão no rosto de Samara suavizar.

— Obrigada, vamos Abigail.

As duas foram embora e eu observei elas entrando dentro de um carro da cor cinza.
Assim eu espero, que não incomodem mais Annabelle.

Escutei um pigarro atrás de mim e rapidamente me virei para ver quem era, nossos narizes quase se tocaram e tanto ela como eu demos um grande passo para trás.
Passei a mão nos meus cabelos, os colocando para trás dos meus ombros, credo ficamos próximas demais.

— Você foi suspensa mesmo?

— Por que você quer saber? — Perguntei encarando ela que deu de ombros.

— Eu não vim aqui te perguntar porque eu quero saber, estou perguntando em nome de algumas professoras suas que querem saber se você foi expulsa. — Ela disse ajustando a alça da bolsa preta no seu ombro.

— E por que elas não vinheram me pergunta elas mesmas? Por que mandaram logo você?

— Como é que eu vou saber? Vai ver elas estão com medo de que você possa avançar em cima delas assim como avançou na garota no refeitório. — Ela disse irônica e eu tive que concordar um pouco com ela. — Fui paga para te fazer essa simples pergunta, então por favor, me responda.

Soltei um suspiro frustrada e cruzei os braços.

— Fui suspensa. — Olhei para o chão. — Duas semanas, está feliz agora professora Blunk? — Pergunto voltando a olhar para ela. — Você realmente foi paga para me fazer essa pergunta?

— Feliz por que você foi suspensa? É... talvez eu esteja. E sim, fui paga para te fazer essa pergunta, acredite. — Ela olhou para o lado esquerdo dela e eu também olhei.

O professor de história? Sério?
Tratei de olhar para as mãos da furacão para ver se ela tinha algum anel de compromisso e não, ela não tem.

— Mais alguma pergunta? — Pergunto chamando a atenção dela que logo me olhou.

— Não. Mas antes de me ir, eu gostaria de te dar um conselho. — Ela disse se aproximando de mim e eu dessa vez não dei um passo para trás. — Aproveite essas duas semanas em casa e estude para a minha matéria.

— Grande conselho. — Digo olhando nos olhos dela e a mesma dá um sorriso falso. Ela se afasta de mim para ir embora. — Vai sentir minha falta? — Pergunto antes que ela se afastasse demais, vejo a mesma se virar para me olhar, a mesma mantinha uma expressão séria no rosto.

— Por que eu sentiria falta de uma aluna que eu não gosto? — Ela disse me fazendo rir, caminhei na direção dela e me aproximei.

— É verdade, a gente se odeia. — Digo e ela arquea uma sobrancelha.

— Você é ousada demais Scarlet, o que faria se ficássemos sozinhas dentro de uma sala?

Fazia picadinho de Raquel Blunk, só de raiva.

— Nada. — Dou de ombros vendo a mesma me encarar, a gente iria se matar se ficássemos sozinhas dentro de uma sala.

— Raquel, tudo certo para hoje a noite? — Nós duas olhamos para o dono da voz e era o meu professor de história, o qual a professora Blunk estava olhando alguns minutos atrás.

— Phillip — Ela deu um sorriso fechado para ele. — Sim, tudo certo.

— Ótimo, irei passar na sua casa às oito. — Ele sorriu para ela e antes dele ir embora, notei que ele olhou para a professora Blunk de cima a baixo.

Professor descarado.

— Não sabia que você ia a encontros. — Digo quando o professor de história já estava longe de nós.

De verdade, não imaginava mesmo. A furacão indo a um encontro? Essa mulher parece que nem coração tem.

— Senhorita Murray eu sou professora, não freira. — Ela disse irônica. — Tchau e tenha uma boa tarde.

— Iiih doeu até em mim. — Escutei a voz do cachorro de Belle na minha cabeça e respirei fundo.

A professora Blunk foi embora e o meu desejo era que esse encontrozinho dela com o professor de história desse tudo errado.

— Isso tudo é por que você está sem seu namorado?

— Não, esse é outro desgraçado também. Mas a furacão anulou meu teste e mesmo eu fazendo a outra prova, não irei passar, irei para a recuperação... essa merda. — Digo nos meus pensamentos e avisto Belle saíndo pelos portões da escola.

Ela me viu e logo caminhou na minha direção.

— E então?

— Suspensa. — Respondo e vejo a mesma rir de canto. — Aliviada por eu não ter sido expulsa?

— Demais. — Ela respondeu. — Vamos? Trovão já está aqui e a história dele é um pouco longa.

— Exagerada.

Rir do modo como o cachorro a chamou e vi minha amiga revirar os olhos.

— Tá vendo como ele é?

— Eu só queria entender porque ele ainda está invisível. — Digo começando a caminhar ao lado de Belle.

— Porque eu quero. Agora fale para Belle sobre você e a Raquel.

— O que tem você e a Raquel? Discutiram de novo? — Perguntou Belle curiosa. — Meu Deus! Vocês ainda vão se matar.

— Ou elas vão se matar ou vão se apaixonar.

Fiz cara de nojo e Annabelle riu enquanto negava com a cabeça, atravessamos uma rua e eu cruzei os braços.

Deus que me livre de uma coisa dessas, aquela mulher é terrível, suporto ela como professora porque tenho que suportar infelizmente. Mas eu e ela? Pelo amor, apesar de eu ser bissexual... com aquela mulher eu não ficava, nem que me pagassem. Seria estranho demais, ela deve ter uns 40 anos.

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Espero que tenham gostado, votem e comentem...

Me desculpem pela demora, demorei a postar o capítulo porque minha tia precisou fazer uma cirurgia e foi urgente. E quando ela fez essa cirurgia, ela veio para a minha casa e quem ficou cuidando dela foi eu e mainha então, eu não tava/tive tempo de escrever nada. Mas graças a Deus minha tia já se recuperou da cirurgia dela e eu vou começar a postar os capítulos com mais frequência. 🍎✨

Bjooooooooooos ✨

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