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ꕥ Capítulo 46 - Quem é você? ꕥ

Annabelle Narrando

Não, não, não, não isso não era para estar acontecendo. Não era desse jeito que eu queria que ela soubesse...

— De todas as pessoas que eu imaginei que estivesse se envolvendo com o meu pai... jamais se passou pela minha cabeça, que essa pessoa era a minha melhor amiga. — Scarlet disse e eu vi nos seus olhos que ela não estava nada bem por ter me visto beijando o Dominic.

— Scarlet eu — Dominic iria começar a falar quando Scarlet o interrompeu.

— Pai, se não quiser que eu lhe falte com respeito é melhor o senhor ficar em silêncio. Pelo menos por enquanto — Ela terminou de descer as escadas e veio até mim, olhando nos meus olhos eu vi o quanto ela estava angustiada... eu a conhecia, ela não era a única angustiada ali naquele momento. — Eu confiei em você Annabelle, eu confiei, eu te considerei e eu te amei COMO UMA IRMÃ ANNABELLE! — Ela disse alterando a voz e eu senti os meus olhos marejarem. — E o que você faz? Se envolve com o meu pai, pelas minhas costas. Eu não duvido de nada que tudo que eu disse a você, você contou para ele.

— Scarlet eu iria te contar e — Parei de falar ao receber um tapa forte dela na minha bochecha. — Eu iria contar para você... — Sussurro massageando a minha bochecha e Scarlet iria avançar em mim quando Dominic se colocou na minha frente e segurou os pulsos dela.

— MAS NÃO CONTOU, VOCÊ ME OUVIU VÁRIAS VEZES ANNABELLE DIZENDO QUE ODIARIA A MULHER COM QUEM MEU PAI ESTIVESSE SE ENVOLVENDO. E EU OTÁRIA DESABAFANDO COM VOCÊ SEM SABER QUE ERA VOCÊ, A MULHER QUE ESTAVA SE ENVOLVENDO COM O MEU PAI É VOCÊ! — Ela dizia as palavras com raiva e eu olhei para ela que tentava se soltar dos braços do Dominic. — VOCÊ PODIA TER SE ENVOLVIDO COM QUALQUER HOMEM, MAS RESOLVEU SE ENVOLVER LOGO COM O MEU PAI. POR QUÊ ANNABELLE? POR QUÊ?

— SCARLET PARE COM ISSO! — Foi a vez do Dominic alterar a voz e Scarlet o olhou com fúria, ela estava furiosa.

E eu no fundo, no fundo eu sabia que ela não teria uma reação diferente dessas.

— Parar? PARAR POR QUÊ? O senhor esse tempo todo estava se envolvendo com ela. Com tantas mulheres ao redor do mundo o senhor foi se envolver logo com a minha melhor amiga... amiga — Ela riu irônica e voltou seu olhar para mim, me encarando. — Amiga não, porque se fosse realmente minha amiga jamais teria se envolvido com você. — Ela olhou tanto para mim como para o pai dela. — Me solte!

Dominic a soltou e ela cambaleou um pouco para trás mas em nenhum momento desviou seus olhos de mim ou de Dominic.

— Devem ter rido muito de mim pelas minhas costas, não é mesmo? Ah a Scarlet é uma idiota, jamais vai desconfiar que estamos tendo alguma coisa. — Ela dizia com desdém.

— Não, isso não! — Digo e ela me encara. — Em nenhum momento rimos de você ou achamos que você era uma idiota. Pelo amor de Deus Scarlet... a idiota aqui sou eu por ter mentido para você enquanto você estava confiando em mim cegamente.

— Não leve a culpa só para sí Annabelle, eu também tenho culpa nisso tudo. Eu temia filha que quando você descobrisse tudo, reagiria como está reagindo agora e também temia que isso pudesse afetar a sua amizade e a dela. — Dominic disse ainda ao meu lado e Scarlet riu irônica.

— Amizade? Que amizade? Entre mim e ela não existe mais nada... olha — Ela soltou um suspiro e passou as mãos nos cabelos antes de me encarar. — Eu não quero nunca mais te ver na minha vida, eu pensei que você seria a única amiga minha que não iria se sentir atraída pelo meu pai e olha só o que eu acabo descobrindo. Eu não deveria ter confiado em você!

Senti meus olhos marejarem e fiz de tudo para não chorar ali, eu sabia que isso iria acontecer mas não imaginei que escutar essas palavras vindo da boca de Scarlet iriam doer tanto...

— Scarlet...

— Há quanto tempo? — Ela perguntou e eu e Dominic nos olhamos. — Há quanto tempo estão se envolvendo?

— Há alguns meses. — Dominic respondeu.

Meses? Mas além de idiota, eu ainda fui cega por não ter percebido ou desconfiado de nada — Scarlet disse cruzando os braços e nos olhando. — Esses meses todos ambos mentindo para mim — Ela me olhou e eu aguardei o que ela iria dizer. — Você só vinha aqui nas esperanças de poder se encontrar com ele, assim que ele chegasse da MHS, estou certa?

— O quê? Não!

— Ah sim, sim você vinha com esperanças de poder encontrar o meu pai. Eu não acredito mais em você Annabelle, mentiu durante todos esses meses, porque estaria me dizendo a verdade agora?

— Porque você me conhece Scarlet! — Ousei em dar dois passos a frente e a mesma deu dois passos para trás.

— Não se aproxime de mim.

— Você me conhece, eu te disse que tinha um segredo que você não sabia e que eu queria te contar. Mas eu não conseguia... tive medo da sua reação, mas eu iria te contar mesmo assim e só não contei porque a minha mãe chegou na hora. — Digo e Scarlet semicerra os olhos.

— O seu segredo era o seu envolvimento com o meu pai? Isso só prova o quanto eu fui uma idiota e uma cega mesmo por não ter percebido. Eu sempre pensei que fosse outra coisa mas não... ERA ISSO!

— Scarlet por favor...

— Para! Para! Eu não quero mais te ouvir! — Ela disse impaciente. — E se não sair daqui agora, eu mesma irei colocar você para fora daqui.

— Scarlet escute, nós sabemos que você não está nada contente com isso tudo. Mas precisa nos ouvir e

— Ouvir vocês? Eu não vou ouvir, eu não quero ouvir mais mentiras. Para mim já deu, eu não quero mais ver você Annabelle e esqueça que já me teve como amiga — Ela disse me encarando e logo encarou o seu pai. — E enquanto a você pai, esqueça que me tem como filha.

Ela subiu as escadas rapidamente e eu fechei os olhos, sentindo as lágrimas descerem pelas minhas bochechas.

— No fundo, sabíamos que ela teria essa reação — Dominic disse soltando um suspiro e eu senti ele apoiar sua mão no meu ombro, abri os olhos para olhar para ele e ele me puxou para um abraço. — Não chore Annabelle, Scarlet está de cabeça quente agora mas eu sei que ela irá se acalmar... ela terá que se acalmar.

— E-ela tá na razão dela — Digo com a voz embargada e com um lado do rosto apoiado no peito do Dominic. — Isso não vai dar certo Dominic.

— Não pense assim Annabelle — Dominic passou a mão nos meus cabelos e eu me afastei um pouco para olhar para ele. — Eu sei que isso vai ser difícil, na verdade já está sendo. Mas eu não vou desisti de você porque minha filha não nos aceita.

— Mas ela não quer mais me ver, eu perdi a amizade dela — Digo enxugando as lágrimas que ameçavam escorrer pelo meu rosto. — Acho que por enquanto Dominic, nós devemos... nos manter afastados.

— Eu te disse que ela está de cabeça quente agora, uma hora ou outra vocês duas terão que conversar de novo.

— Conversar? — Pergunto. — Ela deixou bem claro que não quer mais me ver e me mandou esquecer que eu já a tive como amiga. Eu aceitei até mesmo o tapa que ela deu no meu rosto porque eu mereci isso, mereci por ter mentindo durante todo esse tempo para ela e o máximo que posso fazer agora é respeitar o pedido dela, se ela não quer mais me ver... então ela não verá. Por mais que isso doa em mim por dentro.

Eu queria conversa com a Scarlet, dizer como tudo aconteceu mas ela não iria querer me ouvir.

Eu só queria resolver as coisas numa boa, mas vejo que isso não vai ser possível.

— Tem certeza? — Dominic perguntou e tocou no meu rosto.

— Tenho... é melhor eu ir agora.

— Eu não sei se conseguirei respeitar o pedido da minha filha, mas irei tentar. Irei dar tempo ao tempo... quando ela quiser conversar civilizadamente comigo, eu estarei aguardando. — Ele disse olhando na direção das escadas e eu me aproximei dele, precisando ficar um pouco na ponta dos pés para beijar a sua bochecha.

— É melhor assim, qualquer coisa eu te ligo. Ainda temos que contar para a minha mãe, mas não precisa ser hoje. — Solto um suspiro e me despeço do Dominic.

Que perguntou se eu não queria sua companhia mas eu disse que agora, eu queria ficar sozinha. Chamei por um uber e tive a sorte dele já está por perto.

Quando eu já estava dentro do carro, não parava de pensar em tudo que havia acontecido na manhã desse domingo. Ficaria marcado para sempre tudo que aconteceu e também as palavras de Scarlet, e doía muito pensar que ela já não era mais a minha amiga.

Eu sabia que isso iria acontecer, mas não esperava que seria tão doloroso assim. Eu e o Dominic conversamos ontem em relação a isso e combinamos o horário que eu iria a casa dele para contar a verdade para a Scarlet e também para a Kiara, e eu só fui mais cedo porque eu sabia que Scarlet não acordava cedo aos domingos e também porque assim que cheguei em casa ontem a noite, minha mãe estava de saída e quando eu sai hoje de manhã ela ainda não havia chegado em casa.

Fez tanta questão para eu estar em casa antes das dez horas da noite e nem em casa ela ficou.

Voltei a pensar na Scarlet e não contive as lágrimas... eu havia perdido a minha melhor e única amiga. O motorista do uber me viu chorando através do retrovisor e eu pedi para ele parar em uma praça que ficava um pouco a nossa frente.

— P-pode parar nessa praça, por favor? — Pergunto tentando não desmoronar ali mesmo.

— Posso sim, senhorita.

Ele dirigiu até a praça e eu paguei o mesmo assim que ele me deixou na praça.

A praça não estava tão movimentada, apenas alguns carros e motos passavam na rua. Eu sentia uma angústia tão grande no peito, as lágrimas não demoraram para voltarem e eu abracei o meu próprio corpo.

Hoje o dia havia amanhecido nublado, mas eu não estava me importando se iria chover ou não. Apenas caminhei na direção de um banco branco e me sentei, coloquei as minhas mãos no rosto e ali... comecei a chorar baixinho.

E minha sorte é que não havia ninguém por perto então, eu não tinha com o que me preocupar se alguém me perguntasse o motivo para eu estar triste. Passei alguns minutos assim até que não havia mais lágrimas a serem derramadas.

Afastei as mãos do rosto e senti os meus olhos arderem um pouco quando o vento frio veio ao meu encontro, encostei minhas costas no banco de madeira e encarei o chão cinza da calçada da praça.

— Belle? — Escutei uma voz familiar vindo do meu lado direito e ergui a cabeça. — O que faz aqui a essa hora? Pensei que estivesse em casa — Minha mãe disse se aproximando de mim e eu senti meus olhos encherem de lágrimas. — Estava chorando? O que houve?

Voltei a chorar mas vi minha mãe colocar sua bolsa de cor preta em cima do banco em que eu estava sentada, ela se sentou ao meu lado e me abraçou.

— O que foi meu bem? Você não é assim... — Senti ela passa a sua mão nas minhas costas enquanto eu chorava no seu ombro.

E eu só consegui me acalmar alguns minutos depois, mas não iria contar para ela tudo o que se passou na casa dos Murray. Pelo menos, não agora.

Me afastei do abraço dela e ela me olhava preocupada.

— Não gosto de te ver assim. — Ela pegou uma mecha loira do meu cabelo e enrolou no seu dedo indicador, deixando um pequeno cacho na ponta daquela mecha. Ultimamente ela vinha fazendo isso quando conversávamos sobre qualquer coisa.

— Scarlet e eu não somos mais amigas. — Digo desviando o olhar da minha mãe e volto a encarar o chão.

— Como assim você e Scarlet não são mais amigas?

— Ah mamãe, eu não quero falar sobre isso agora... — Coloco minhas mãos no rosto mais uma vez e respiro fundo.

Se eu falasse com certeza iria começar a chorar mais uma vez e aposto que minha mãe não iria reagir muito bem ao descobri que eu estou me envolvendo com o pai da minha melhor amiga, na verdade, agora é ex amiga... afastei minhas mãos do rosto, me deparando com uma rosa vermelha na minha frente, uma rosa vermelha muito bonita e que... a minha mãe estava segurando.

De modo imediato eu a olhei e ela revirou os olhos, erguendo um pouco mais a rosa vermelha na frente do meu rosto.

— Eu iria te entregar quando eu chegasse em casa, mas já que nos encontramos aqui... por que não entregá-la para você aqui, não é? — Ela perguntou com um sorriso fechado nos lábios. — É um presente.

Não... não mãe.

Ao olhar mais uma vez para aquela rosa vermelha, me vinheram várias lembranças e principalmente uma que eu não estava lembrada mas naquele momento, foi inevitável não me lembrar das palavras que minha irmã me disse antes de morrer.

Flash Back On✨

— Belle, cuidado com a nossa mãe.

Fiquei confusa com o que minha irmã havia dito e logo a olhei.

— Cuidado com a nossa mãe? — Pergunto.

— Um dia minha irmã você irá entender. Eu confesso que não estou entendendo muita coisa ainda, mas acho que corremos perigo... principalmente você. — Ela disse em um tom de voz baixo, me deixando mais confusa ainda e também preocupada.

— Perigo? Por quê?

— Escuta Belle, no futuro... alguém virá até você e te entregará uma rosa vermelha.

— Não estou entendendo Anna.

— Espero que você não se esqueça disso, alguém virá até você minha irmãzinha e te entregará uma rosa vermelha. Esse alguém, não é confiável e não quer o seu bem então tome muito cuidado.

Flash Back Off✨

Era eu me recordando de uma coisa e em seguida me recordando de mais outras coisas, e todas relacionadas a minha mãe.

Flash Back On✨

— Jeffrey sinceramente, por que acha que nossa mãe não é confiável?

— Porque ela não é. Ela não gosta de falar sobre Annabel, Belle você não acha isso estranho? Porque eu acho e não é pouco, você corre perigo morando com ela e eu descobri quem é a verdadeira assassina, isso mesmo a assassina de Annabel é a nossa própria mãe. — Ele disse alterando a voz e eu cambaleei para trás.

Não, não acredito que seja.

— Você não tem provas Jeffrey, não acredito que foi ela.

Flash Back Off✨

Acabei me recordando até mesmo de uma conversa que tive com o Trovão.

Flash Back On✨

— Ela mais uma vez disse que tinha medo dela. Olha é confuso demais, por isso decidi te contar isso porque... eu gostaria de vigiar a sua mãe — Ele disse me fazendo o olhar incrédula. — E eu sabia que receberia um olhar desses vindo de você.

— Não Trovão, você não está insinuando que... minha mãe não matou a Annabel. Ela não estava em casa naquele dia. — Digo me levantando da cama e caminho na direção do banheiro.

Flash Back Off✨

E naquele momento me veio na mente o rosto angelical e bonito da minha irmã Annabel, ela era tão alegre quando estava comigo... em seguida, me lembrei de quando sai empurrando as pessoas e acabei me deparando com o corpo de minha irmã já sem vida, no chão.
Me lembrei também do meu irmão Jeffrey, tinha seus defeitos mas eu gostava dele mesmo assim... em seguida, me lembrei de quando vi o seu corpo flutuando no ar, graças a corda grossa envolta do seu pescoço.
E por último me lembrei do meu cachorro, que eu não quis aceitá-lo no começo mas em questão de segundos eu já estava querendo ele como meu animal de estimação... em seguida, me lembrei quando o encontrei morto ao meu lado na cama e não queria acreditar no que estava acontecendo.

Mortes que só agora, só agora, eu estou percebendo que de alguma forma eles tentaram me avisar e eu não dei ouvidos. Eu não quis acreditar... eles me avisaram sobre a minha mãe e morreram.

Isso não é coincidência! Então minha mãe pode mesmo ter matado eles? Não, não acredito.... não acredito que só agora consegui ligar todos os pontos.

Então a minha própria mãe era e é a peça-chave.

— Belle querida, está tudo bem? Está pálida. — Ela iria tocar no meu rosto quando eu praticamente dei um pulo do banco em que estávamos sentadas.

Espera... e como ela sabia que eu estava aqui? Ela simplesmente chegou de repente.

Se minha própria mãe for mesmo uma assassina... o que ela quer comigo? Por que não fez nada contra mim ainda?

Eu não vou consegui continuar aqui. Se teve uma coisa que eu nunca imaginei foi que minha fosse capaz de tirar a vida de alguém.

Não posso negar, mas nesse momento eu estou com medo.

— Pálida eu? Impressão sua mãe, eu não estou pálida. — Dei um sorriso forçado e ela se levantou do banco, ainda segurando a rosa vermelha na mão direita.

— Está mentindo.

— M-mãe por que eu mentiria? — Pergunto e vejo ela me encarar.

— O que deu em você em menina?

— Acho que eu quero ir para casa, agora.  — Digo caminhando até uma parte da praça para ver se eu conseguia chamar um táxi.

— Agora? — Ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

— É, agora. Eu estou muito cansada mãe — Fingi um bocejo. — Acho que estou até com sono.

— Pode ir na frente, eu irei depois. Tenho que ver uma colega minha e ela não mora muito longe daqui. — Minha mãe disse olhando para o outro lado da praça e eu peguei o meu celular para chamar um uber.

Eu vou nada esperar por um táxi, até agora não passou nenhum.

Chamei por um uber e vi que ele estava um pouco longe, isso sério?
Mandei mensagem para que ele se apressasse mais um pouco e percebi que minha mãe estava me olhando.

— Tá tudo bem mesmo?

— Está sim mãe, por que eu não estaria? — Pergunto e vejo ela dar de ombros, em seguida ela me entregou a rosa vermelha.

Eu não tive escolha a não ser pegar, ainda olhava para aquela rosa vermelha assustada. Claro que por fora eu estava disfarçando, mas por dentro eu estava com medo... com muito medo.

— Nos vemos em casa. — Minha mãe se aproximou de mim e beijou o topo da minha cabeça. Nos despedimos e eu a observei caminhar para longe de mim.

Eu não acredito mãe, eu não acredito que você foi capaz de esconder isso de mim durante todos esses anos...

Fiquei pensando tanto em tudo o que eu havia descoberto que quando o meu uber chegou, foi preciso que ele buzinasse para que eu saísse do transe em que me encontrava.

Foi o percurso inteiro eu pensando em tudo o que aconteceu com Annabel, com o Jeffrey, com o Trovão, os sonhos que eu tive... OS SONHOS QUE EU TIVE!
Ah mas eu fui muito burra, mas também como eu poderia imaginar... encarei a rosa vermelha que eu estava segurando e me lembrei do sonho que tive com Annabel, o sonho que minha irmã me entregava a foto de uma rosa vermelha... uma rosa idêntica a essa que eu estou segurando agora.

Flash Back On✨

— Uma pessoa te entregará uma rosa vermelha, assim como essa. — Disse Annabel e eu dei um sorriso fechado.

Nunca recebi uma rosa vermelha de alguém.

— Não se engane Belle. Não confie na pessoa que uma rosa vermelha te entregar, essa pessoa pode parecer gentil... mas na verdade ela quer te matar. — Annabel disse me fazendo engoli seco e olhar para ela confusa.

— Como assim? Alguém vai me entregar uma rosa vermelha como essa da foto? Não acredito nisso, e se me entregarem um buquê de rosas vermelhas hum? — Perguntei irônica até que Annabel negou com a cabeça e apenas levantou o dedo indicador, indicando que se caso o que ela estivesse falando fosse sério mesmo, essa pessoa só entregaria apenas uma rosa vermelha.

— Essa pessoa já está te observando.

— Mais que pessoa? — Pergunto e vejo minha irmã se levantar do banco e caminhar em uma direção da praça. Me levantei às pressas e chamei por ela, ainda segurando a foto que ela havia me entregado.

— Anna! — Chamo por ela e a vejo parar de caminhar e voltar a me olhar. — Não me deixe aqui sozinha e... e com essa foto. Por favor me diga o porquê disso.

— Belle... só não enfrente essa pessoa como eu enfrentei...

— Você não vai dizer quem é a pessoa, não é? — Pergunto ficando desanimada e Annabel volta a dar as costas.

— A verdade está diante dos seus olhos.

— Mais que verdade Anna? — Pergunto e a vejo voltar caminhar. — Anna? ANNABEL?

Flash Back Off✨

E eu lá iria advinhar que essa pessoa seria a minha própria mãe?

A verdade estava realmente diante dos meus olhos, uma rosa vermelha... onde eu estava com o raciocínio? A minha mãe tem uma floricultura.

Tudo faz sentido agora.

— Senhorita, chegamos.

O que eu vou fazer? Agora não sei como irei olhar nos olhos dela e continuar falando como se não soubesse de nada.

— Senhorita.

Estou com medo do que ela possa fazer se descobri que eu descobri algo sobre ela, outra coisa não se passa na minha cabeça a não ser o que ela pode ter feito no passado dela. Por que ela mataria meus irmãos? E o meu cachorro? Minha vontade é de chorar, de sumir, poderia ser qualquer pessoa... mas a minha mãe?

— Senhorita?

Como ela conseguiu guardar isso durante todos esses anos? Isso é cruel!
Ela esteve nos enterros, esteve nos velórios e eu vi ela chorar, não parecia atuação e se era uma atuação... ah meu Deus! Eu não sei nem mais o que pensar.

— Senhorita, chegamos! — O motorista do uber alterou a voz, interrompendo os meus pensamentos e eu logo me desculpei.

Paguei ele e sai de dentro do carro, eu estava com as chaves de casa. Destranquei a porta e assim que entrei dentro de casa era um pensamento atrás do outro, quantas mentiras... então isso explica o porquê ela nunca quis falar sobre a morte de Annabel?

Ah mas eu não posso ficar aqui simplesmente só teorizando, eu preciso saber de mais informações. E... tenho que tomar coragem para falar com ela e jogar as cartas na mesa.

Mas primeiro... eu preciso beber água antes que eu tenha um piripaque.

Fui para a cozinha e peguei a jarra de água. Só agora notei que eu estava nervosa, minhas mãos estavam trêmulas e foi um milagre eu não ter derrubado a jarra de água no chão.
Peguei um copo de plástico e despejei um pouco da água dentro do copo, bebi a água gelada de uma vez e escutei a porta de casa sendo aberta.

Isso fez com que eu me engasgasse e começasse a tossir.

— Filha? Cheguei.

Escutei a voz dela e senti minha pele se arrepiar. Consegui me recuperar da tosse quando enchi mais uma vez o copo de água e bebi, dessa vez, bebi com calma.

— Ai está você. Ouvi você tossindo, o que houve? — Ela perguntou aparecendo na entrada da cozinha e eu ainda estava bebendo a água.

Calma, você consegue. É só fingir que não sabe de nada.

— Acabei me engasgando, mas já estou bem — Digo ao afastar o copo dos meus lábios. — Achei que fosse demorar para voltar.

— Ah a minha colega não estava em casa, eu deveria ter vindo com você. Mas quando voltei para a praça você já não estava mais lá. — Ela respondeu se afastando da entrada da cozinha e subindo as escadas.

Eu não sei porque... mas algo me diz que ela está mentindo.

— Ah sim, entendi. — Coloquei o copo vazio em cima da pia e com cuidado, coloquei a jarra de água dentro da geladeira.

Respirei fundo quando escutei ela me chamando e pelo visto, ela agora estava na sala. Não surta, não surta... respira fundo e age como se não soubesse de nada.

Fui para a sala de estar e vi a minha mãe ligar a tv, deixando o volume da mesma baixo. Ela se sentou no sofá e me olhou confusa.

— Por que está me olhando assim?

— Assim? Assim como?

— Como se estivesse vendo um fantasma. — Ela disse e eu ri de canto, coçando a nuca.

— Fantasma? — Ri. — Essa foi boa mãe, eu só estou... com sono e... cansada também. Não pensa bobagem.

— Hum — Ela bateu com sua mão esquerda no sofá, para que eu me sentasse ao lado dela. — Vem cá.

E eu tive escolha? Não, eu tive que ir me sentar perto dela e quando me sentei ao seu lado, ela colocou seu braço envolta dos meus ombros, me trazendo para mais perto dela e fazendo com que eu deitasse minha cabeça no seu ombro.

— O que houve entre você e a Scarlet?

— Ah nós... brigamos, brigamos feio.

Eu não estava mentindo, era o que havia acontecido entre mim e ela.

— E...?

— E agora não tem como voltar atrás, Scarlet foi minha única melhor amiga, desde a infância até os dias de hoje... estou sozinha mais um vez. — Suspiro querendo desabafar um pouco com a minha mãe mas não me esquecendo do que eu havia descoberto.

— Ora, não fique assim. Você não está sozinha — Ela deu tapinhas no meu ombro. — Você tem a mim querida... eu te amo.

Ela disse mesmo... o que eu acabei de ouvir?

Me afastei um pouco dela e a olhei nos olhos.

— O que disse?

— Que eu te amo. — Ela repetiu e deu um sorriso fechado.

Ela iria pegar uma mecha do meu cabelo para fazer um cacho, porém eu fui mais rápida e me levantei do sofá antes que ela fizesse isso. Olhei para ela com as sobrancelhas franzidas.

— Você não é a minha mãe.

— Mais que papo é esse agora Belle? É claro que eu sou a sua mãe, fui eu que te coloquei no mundo. — Ela disse me olhando e eu neguei com a cabeça.

— Não, você não é a minha mãe. Eu podia ter a briga que fosse com a minha mãe, ela poderia me dizer palavras pesadas e ela sabia que isso me deixava triste, por isso ela vinha se desculpar comigo depois. E eu sempre que ouvia o pedido de desculpas dela, até mesmo quando não descutíamos — Ri de canto e acabei me virando de costas. — Eu dizia que a amava, mas ela... jamais disse que me amava de volta. Ela nunca me disse um "eu te amo" para mim durante todos esses anos e não seria agora, nesse exato momento, que ela me diria isso. O que me faz pensar que você não é a minha mãe, e se você não é a minha mãe... quem é você?— Me viro para olhar para a mulher que estava no sofá me olhando, mas agora com um sorriso nos lábios.

Até mesmo a expressão no rosto dela havia mudado, foi o que comprovou as minhas suspeitas e tudo o que eu havia acabado de dizer.

— Bravo! — Ela começou a bater palmas e seu tom de voz mudou um pouco, sua voz era um pouco mais rouca. — Francamente, eu estou surpresa por não ter advinhado antes quem eu sou... já que nós já nos conhecemos, de certa maneira. — Ela deu de ombros e se levantou do sofá, fazendo com que eu desse um passo para trás e a encarasse. — Veja bem, eu estive presente na sua infância e agora voltei a estar presente na sua vida. Você cresceu tanto e está a cara do seu pai... ele ficaria orgulhoso de ver o quanto se parece com ele fisícamente. Mas modéstia à parte, a inteligência você herdou de mim, minha querida filha.

O que...?

Escutei a porta da sala ser aberta e olhei na direção da mesma, minha mãe segurava sua bolsa e estava com um sorriso no rosto. Mas seu sorriso se desfez ao me ver e olhar também para a mulher que era uma cópia fiel sua.

Certo... por essa eu não estava esperando, minha mãe tem uma irmã gêmea? Isso estava sendo tão assustador para mim porque a roupa que a minha mãe usava, era a mesma roupa que a cópia fiel dela usava também. Até a bolsa das duas eram iguais.

— Olha só quem resolveu voltar para casa — Disse a mulher que eu não tinha dúvidas de que poderia ser irmã gêmea da minha mãe ou algo do tipo, com um sorriso irônico no rosto. — Olá minha irmãzinha inútil, saudades? — Ela perguntou olhando para a minha mãe que a encarava com raiva.

— Ivana...

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Espero que tenham gostado, votem e comentem...

A vilã apareceu e
eu não sei vocês...
mas eu vou pegar a
minha pipoca 👀🍿✨

Bjooooooooooos✨

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