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ꕥ Capítulo 39 ꕥ

Annabelle Narrando

Me soltei dos braços do Dominic o mais rápido que pude e me abaixei para pegar a minha toalha que estava no chão.

— Meu Deus! Que situação... é tudo culpa sua. — Digo em um tom de voz baixo e enrolando a toalha envolta do meu corpo.

— Minha culpa? Você que veio me receber só de toalha. Eu não sou de ferro Annabelle. — Ele disse no mesmo tom de voz que eu e eu logo o olhei.

— Você disse que não ia tomar muito o meu tempo e olha só o que estávamos prestes a fazer.

Escuto os passos no lado de fora se aproximando da porta e empurro o Dominic.

— Corre, se esconde lá em cima e no meu quarto, embaixo da cama. Meu quarto é o que está com a porta aberta, vai — Digo empurrando ele que não demorou para fazer o que mandei.

Ele subiu as escadas praticamente correndo e eu apressei os passos na direção do sofá, em seguida peguei o controle que estava em cima do braço do sofá e liguei a tv.

Graças a Deus o volume não estava tão alto... foi quando avistei a maçaneta da porta girando e eu me sentei rapidamente no sofá, minha mãe abriu a porta e entrou cabisbaixa dentro de casa.

Ela fechou a porta e quando ergueu a cabeça, me viu sentada no sofá.

— Mamãe, voltou cedo.

— Eu... desisti de ir para onde eu iria — Ela veio até mim e deixou sua bolsa em cima do braço do sofá. — Decidi que minha noite seria bem melhor se eu passasse com... você. — Ela deu um sorriso fraco e eu ergui as sobrancelhas, surpresa.

— Isso é sério?

— Sim, é sim. Agora o que eu não estou entendendo é o motivo para você estar de toalha e... assistindo jornal? — Ela perguntou confusa e desviando o olhar de mim para a tv.

Não gosto de mentir, mas infelizmente terei que mentir.

— Ah é que Scarlet me ligou agora pouco e me contou que estava passando um caso muito triste nesse canal, então quando sai do banho resolvi vim ligar a tv para ver logo, antes que acabasse. — Digo e minha mãe assente ainda olhando para a tv.

— Que triste o que aconteceu com esse jovem... foi morto por engano ainda, meu Deus... — Minha mãe se sentou perto de mim para acompanhar a reportagem que estava passando e eu entrei em pânico.

Como o Dominic vai para casa com a minha mãe aqui na sala de estar?

— Verdade... é... mãe, já que a senhora não vai mais sair e preferiu passar a noite comigo, o que me deixa feliz, não seria melhor escolhermos um filme para a gente assisti? — Pergunto e ela desvia o olhar da tv para mim.

— Ah claro, escolhe um aí na netflix.

— Eu vou escolher mas... a senhora não acha que deveria trocar de roupa já que não vai mais sair? E falando em trocar de roupa — Me levanto do sofá. — Eu irei fazer isso agora mesmo para podermos assistir.

— É verdade — Ela se levantou do sofá e pegou a sua bolsa. — Na verdade, acho que irei tomar um banho de cabeça mas prometo que não irei demorar.

— Ah mãe, pode ficar tranquila. Irei te esperar.

Nós duas fomos conversando e caminhando na direção das escadas, entrei no meu quarto mas não fechei a porta. Fiquei escutando os passos de minha mãe até que em seguida escutei ela abrindo a porta do seu quarto, e quando a porta do quarto dela foi fechada, eu soltei um suspiro aliviada.

Olhei em volta do meu quarto e me aproximei da minha cama, em seguida me abaixei ficando de quatro para poder ver se o Dominic estava embaixo da minha cama, mas ele não estava. Meu Deus... ele não pode ter simplesmente se escondido no quarto da minha mãe, a porta estava fechada e eu disse para ele entrar no quarto em que a porta estava aberta.

— Primeiro você me desconcentra só de toalha, e agora você fica nessa posição... você quer que eu perca o controle e termine o que começamos na porta da sua sala? — Escutei a voz dele, mesmo ele falando em um tom de voz baixo e logo tratei de me levantar.

Olhei para ele que estava perto do meu banheiro e deduzi que ele havia se escondido lá dentro, o que não foi má ideia.

— Pensei que você tivesse errado de quarto — Digo e ele caminha na minha direção e eu recuo dando dois passos para trás. — Não Dominic, vai para casa. Eu não vou consegui me controlar por muito tempo e acredito que você também não, e minha mãe já chegou. Se ela te pega aqui nós dois estaremos ferrados.

Ele resmungou pois sabia que eu tinha razão.

Saímos do meu quarto em passos silenciosos e eu o acompanhei até a porta. A sorte foi que quando eu sai do meu quarto, escutei o som do chuveiro ligado vindo do quarto de minha mãe, sorte que ela estava tomando banho justo naquele momento mas ela disse que não iria demorar então, Dominic tinha que ir embora o mais rápido possível.

Abri a porta e olhei para o lado de fora, vendo somente o carro de minha mãe.

— Cadê o seu carro?

— Eu não seria louco de deixá-lo estacionado aqui na sua porta — Ele disse baixo e quando eu menos esperei, ele me puxou para perto dele, me dando um beijo na boca.

— Dominic... — Digo entre o beijo não querendo que ele parasse mas estava com medo que minha mãe aparecesse ali de repente.

Ele passou a língua nos meus lábios e se afastou relutante de mim.

— Quando vamos nos ver de novo? — Ele perguntou em um sussurro. — Sabe que temos que terminar aquela conversa.

Essa conversa... terei que me preparar e muito para dizer tudo o que estou sentindo por ele, principalmente para arcar com as consequências depois.

— Eu não sei. Mas vai para casa, até outro dia. — Ele riu de canto e saiu da minha casa.

Em um movimento devagar e silencioso, eu fechei a porta. Subi as escadas às pressas para poder finalmente trocar de roupa mas resolvi tomar outro banho, estava tensa, excitada... o Dominic está mexendo demais comigo.

Controle-se Annabelle, controle-se.

Sai do banho e escutei a porta do quarto de minha mãe sendo aberta, não demorou para que ela passasse pela porta do meu quarto e batesse para saber se eu estava pronta.

Eu disse a ela que desceria em alguns minutos.

Vesti uma roupa confortável e comecei a pentear os meus cabelos. Me aproximei da janela do meu quarto e fiquei observando a rua enquanto penteava os meus cabelos agora úmidos.

Avistei um carro branco entrando na rua e parando próximo a esquina, onde ficava uma casa de cor amarela. Um homem saiu de dentro desse carro e a porta da casa amarela foi aberta, uma garotinha saiu correndo na direção do homem que havia acabado de chegar.

Ela aparentava ter oito ou nove anos de idade, o homem a abraçou e girou com ela em seus braços. Sorri ao perceber que os dois pareciam inseparáveis, era evidente o afeto entre os dois.

Eles entraram dentro da casa de cor amarela e foi então que fiquei observando a casa, até que me lembrei que minha mãe disse que havia encontrado a dona da boneca de pano e que ela morava nessa mesma rua, em uma casa de cor amarela e a única casa de cor amarela nessa rua é essa que estou olhando agora... por onde a garotinha acabou de entrar com o homem que deveria ser um parente seu.

Eu não sonhei com nada ontem, ainda bem.

Mas gostaria de sonhar com a Anelise mais uma vez... iria perguntar a ela o que realmente aconteceu e quem mandou fazer aquilo com ela.

Então... a dona da boneca de pano é a garotinha que mora nessa casa de cor amarela... espero que ela não se incomode amanhã quando eu estiver batendo na porta dela para saber sobre a boneca.

Apesar daquela boneca de pano me dar um pouco de medo, eu gostaria de tocá-la mais uma vez, só para saber se Anelise apareceria em algum sonho ou pesadelo meu. Foi tocando na desgraça daquela boneca de pano que acabei vendo Anelise pela segunda vez, mesmo sendo em sonho então, se eu fizer isso de novo... pode ser que ela apareça mais uma vez.

Eu não sei, mas eu sinto que essa garotinha, a Anelise, já existiu mesmo... não sei explicar e também não tem como esquecer tudo que ela me falou e também me mostrou no sonho. Na verdade sonho não né, aquilo foi um pesadelo e tanto.

No dia seguinte...

O dia hoje na Pensilvânia estava nublado, mas não havia chovido... ainda não.

Já estava indo para casa e hoje demorei um pouco para vim direto para casa porque Scarlet teve a brilhante ideia de conversar comigo na hora da saída. Falou sobre a Kiara que gostaria de me ver e eu disse que amanhã mesmo iria vê-la, já estava com saudades da ruivinha e a última vez em que a vi e conversei com ela, foi para dar a notícia sobre a morte do Trovão.

Não tem um dia se quer, que eu não deixo de sentir saudades dele...

Scarlet também me perguntou se eu iria para a festa do pijama de Alice, eu disse que iria pensar e ela disse que só iria se eu fosse, o que me fez rir.

Cheguei na minha rua e a casa amarela era do outro lado, quando eu iria atravessar a rua para ir até a casa, olhei para os lados e acabei avistando duas pessoas na frente da minha casa... uma mulher de cabelos longos e azuis, reconheci na hora que era a Zípora, mas não sabia quem era a outra pessoa. Mas pareciam estar discutindo...

Desviei o olhar deles e voltei meu olhar para a casa amarela... é, terei que vim aqui depois.

Zípora Narrando

Eu estava ficando louca em tentar descobri o que significavam aqueles códigos que o Trovão havia deixado para mim. Durante esses últimos dias venho tentando advinhar o primeiro código mas nada me vem a mente, pode significar qualquer coisa.

Enquanto ao segundo código, não faço tanta questão de saber o que significa porém, sinto que tenho que descobri mesmo assim.

Foi por isso que hoje de manhã pensei e repensei em ir a casa de Belle à tarde. Irei contar para ela somente sobre o segundo código. Quem sabe ela não me ajude a descobri o que significa.

Eu só não posso falar sobre o primeiro código porque tenho quase certeza que tem a ver com a mãe dela. Ainda mais depois do que aconteceu entre mim e a mãe dela da última vez que nos vimos... a conversa que nós duas tivemos, não foi nada agradável.

Fui com o meu carro para a casa de Belle e deixei meu namorado tomando conta do bar enquanto eu não voltava, pretendia ser rápida e sabia que Belle iria estar chegando a qualquer momento em casa.

Esperava que ela chegasse primeiro em casa mas me enganei, quando sai do meu carro, tinha um homem em frente a casa da Belle e próximo a porta. Ele era alto e pela expressão em seu rosto, parecia impaciente.

Caminhei na direção da casa de Belle e coloquei os meus cabelos para trás dos meus ombros. O homem percebeu a minha presença e olhou para mim.
Ele era bonito, tinha os olhos castanhos claro e a barba por fazer, vestia uma calça jeans e uma camisa preta de botões.

— Boa tarde. — Digo e noto que ele me olhava agora da cabeça aos pés.

"Caralho... que mulher linda"

Francamente, as vezes eu não gostaria de poder ler a mente das pessoas. Mas irei concordar com ele porque eu sou linda mesmo.

— Boa tarde... com todo respeito, você é muito linda. — Ele disse olhando para mim e eu dei um sorriso fechado.

Ainda é ousado.

— Obrigado. Faz tempo que você está aqui? — Pergunto e o vejo bufar.

— Faz e faz tempo que estou batendo nessa porta e até agora ninguém veio abrir.

— É claro que ninguém veio abrir, não tem ninguém em casa nesse horário. — Digo e desvio o olhar dele para o final da rua.

Belle deve chegar daqui a pouco.

— Quem é você? — O homem perguntou e eu voltei meu olhar para ele.

— Por que quer saber?

— Não posso saber?

— Não, não pode. — Digo e ele rir de canto, colocando as mãos no bolso da frente da sua calça jeans.

"Essa é das boas"

Como é que é?

— O que você está fazendo aqui? — Encaro ele.

— Não quer saber quem eu sou?

— Não, não me interessa saber quem é você. Quero saber o que você está fazendo aqui, somente. — Digo um pouco rude e ele semicerra os olhos.

— Eu não deveria te responder, não gostei desse seu tom comigo.

Eu que não gostei de você. Dá para acreditar?

"Essa é das boas" ele me julgou como se eu fosse um bife, analisando para ver se presta ou não presta. Me julgou pela minha aparência e pela minha personalidade e se tem uma coisa que eu detesto são homens ousados que se sentem no direito de julgar qualquer pessoa.

— Mas você vai responder. — Digo e cruzo os braços.

— Por que eu te responderia?

— Vejamos, por que eu estou mandando? — Pergunto e ele da um passo a frente porém, eu não recuo. 

— Quem você pensa que é para me mandar responder alguma coisa?

— Acredito que consigo arrancar a resposta de você sem nem precisar fazer muito esforço, vamos playboyzinho me diz — Foi a minha vez de dar um passo a frente e acabei ficando próxima demais a ele, mas em nenhum momento desviei meu olhar do dele.

Apesar dele querer tentar me intimidar, mas eu não me intimido na frente de ninguém.

— Você me chamou do quê? — Ele perguntou incrédulo. — Escuta aqui, eu não sou playboyzinho.

— Ah você é sim, sua aparência diz muito a seu respeito. — Digo e ele passa a me encarar.

Gostou de ser julgado pela aparência também idiota?

— Você não me conhece... e você? Sua aparência também diz muito a seu respeito. Deixa eu advinhar, você é garota de programa não é? — Foi só ele dizer isso que eu acertei um tapa forte no rosto dele, o fazendo cambalear para trás.

Quando se tratava de usar a força, eu tinha mais do que imaginava.

— Você é rídiculo. Em primeiro lugar, me respeite e em segundo, se eu voltar a te ver de novo eu vou bater em outro lugar além da sua cara. — Digo entredentes e me aproximando dele que me olhou com raiva e com a mão direita apoiada no lado do seu rosto, o lado em que eu bati. — E aceite que você é um playboyzinho.

— Como ousa? Nenhuma mulher nunca me bateu.

— Bom, fico feliz de ter sido a primeira — Me aproximo dele. — Eu não sei quem você é, mas de uma coisa eu sei, acho bom você não cruzar o meu caminho de novo playboyzinho. Terá sérios problemas se ficar frente a frente comigo novamente.

Ele pareceu se recompor e passou as mãos nos seus cabelos pretos, ele estava com raiva e não estava acreditando que acabou de levar um tapa no rosto e de uma mulher.

— Eu voltarei aqui outra hora, de preferência uma hora que você não esteja mais aqui — Ele disse e eu voltei a me aproximar dele. — E não se aproxime de mim.

— Me aproximo sim e antes que você vá embora, quero te fazer uma pergunta. Qual foi a sensação de ter sido julgado pela sua aparência? — Pergunto e ele semicerra os olhos mais uma vez.

Ficamos nos olhando durante alguns segundos e logo eu o empurrei com delicadeza, o afastando de mim.

— Meu Deus! Zípora.

Nem se quer percebi a chegada de Belle, somente quando ela falou e se aproximou de mim.

— O que houve aqui? — Belle me olhou e depois olhou para aquele sem noção. — Ramiro? O que você faz aqui? — Ela pareceu surpresa por vê-lo ali.

— Então, o seu nome é Zípora. — Ele pareceu não ter escutado a pergunta de Belle e eu o encarei.

— Você ouviu a pergunta que ela te fez? Ou o meu tapa te deixou um pouco desnorteado e surdo? — Pergunto vendo o mesmo rir de canto e Belle me deu uma cotovelada.

— Eu vim aqui Annabelle para falar com você, não iria tomar muito o seu tempo. Mas o que aconteceu? Eu acabei vindo aqui, conheci essa mulher desagradável e

— Desagradável vai ser a minha mão tendo que acertar outro tapa no seu rosto. — Interrompo ele que logo me encara.

— Eu não estou falando com você. Continuando Annabelle, não sei se ela é alguma parente sua mas eu não gostei dela, enfim... vim falar com você sobre... você sabe quem, mas irei deixar para outro dia. 

— Tenho dó de quem inicia uma conversa com você, imagino o quanto deve ser horrível ficar escutando a sua voz. — Digo e ele volta a me encarar.

— Zípora...

— Não se preocupe Annabelle, eu já estou indo. — Ele disse ainda me encarando e eu o encarei de volta.

Ele desviou o olhar de mim e caminhou na direção de um carro preto que julguei ser dele, entrou e deu partida.

Annabelle Narrando

Ramiro foi embora e pelo que vi ele está bem, graças a Deus né porém, fiquei surpresa quando me aproximei da minha casa e percebi que era ele que estava discutindo com a Zípora.

Olhei para ela que estava de braços cruzados e parecia irritada.

— É porque eu estou. Esse sujeito conseguiu me tirar do sério. — Ela bufou acabando de ler a minha mente e me olhou com seus olhos cor de mel.

— Esse sujeito é irmão do pai da minha melhor amiga. Aquela que foi ao enterro do Trovão, lembra?

— Lembro... espera, Dominic Murray é irmão daquela coisa? — Ela perguntou incrédula e eu não consegui conter o riso.

— Você não gostou mesmo dele. Mas sim, o Dominic é irmão dele e vamos entrar — Caminho na direção da porta da minha casa e em seguida tiro as chaves de dentro da minha bolsa. — Eles são irmãos mas totalmente diferentes um do outro, Ramiro é... bom, você viu. Dominic é diferente dele.

Enfio uma das chaves na fechadura da porta e em seguida a abro.

— Dominic é gentil, reservado, instigante... — Paro de falar ao me lembrar dele e de como fomos interrompidos ontem, teríamos nos entregado um para outro de novo.

— Opa... da última vez que falamos sobre ele você disse que não queria saber mais dele e agora você está pensando nele e no que quase fizeram... não acredito que você não me contou isso. Conte-me tudo e não me esconda nada. — Zípora disse entrando comigo dentro da minha casa e quando eu iria fechar, ela me impediu. — Não precisa fechar, eu vou ser rápida porque tenho que voltar para o bar ainda.

Deixei a porta encostada e coloquei minha bolsa em cima do sofá. Me encostei no braço do sofá e Zípora continuou me olhando, ela estava próxima da porta e aguardando que eu contasse como ocorreram as coisas.

— Se quiser ver... — Digo erguendo o meu braço para que ela pudesse tocar e ter acesso as minhas lembranças.

— Ah não, obrigada — Ela riu de canto. — Mas resume o que está rolando entre vocês dois no momento.

— Ah eu não sei... não éramos para nos envolver mais. Mas ontem quando me dei conta já estava beijando ele, querendo que ele... você sabe.

— Sei — Zípora riu. — Você com vergonha de falar sobre isso é uma fofura. Está gostando dele, não é? — Ela perguntou e eu passei a encarar a cerâmica da sala de estar.

Eu estava gostando dele... mas não deveria.

— Belle, ele sabe? Ele sabe que você está gostando dele?

— Eu meio que confessei ontem para ele mas não disse tudo que eu ainda tinha para dizer — Digo voltando a olhar para a Zípora e passo a mão nos meus cabelos. — Tudo seria mais fácil se Scarlet não fosse filha dele, sabe... eu não teria medo de entrar em um relacionamento com o Dominic. É complicado.

— Estou entendendo, está com medo de perder a amizade da Scarlet não é? — Zípora poderia não ser tão próxima a mim, mas ela estava começando a se aproximar de mim e entender o que eu estava sentindo, de certa forma.

— Sim... ela irá me odiar quando souber.

— Ela irá te odiar ainda mais se descobri isso tudo sozinha. Se você sente algo pelo Dominic e se for recíproco... vocês dois tem que contar para ela. Ela tem que ser a primeira a saber, não vai ser fácil... mas ela merece e tem todo o direito de saber com quem o pai dela está se envolvendo e você como amiga dela, estará correndo o risco de perder a amizade dela de qualquer forma. — Zípora foi sincera.

O que me fez ficar triste porque eu sabia que era isso o que poderia acontecer, eu não queria isso... eu amo a Scarlet e se eu perder a amizade dela... não vai ser nada fácil para mim.

— Mas de uma coisa eu sei Belle — Zípora se aproximou de mim e apoiou sua mão no meu ombro. — Se Scarlet amar mesmo você e a sua amizade, ela vai consegui te perdoar.

Dei um sorriso fraco e Zípora me abraçou, retribui o abraço dela e soltei um suspiro.

Estava precisando mesmo contar isso para alguém e confesso que me senti até mesmo um pouco melhor em relação a esse assunto.

— Agora vou te dizer o motivo para mim ter vindo aqui e... já são cinco e meia? — Zípora perguntou e eu me afastei do abraço.

Olhei para ela que estava olhando na direção do relógio na parede, próximo a entrada da cozinha.

— São, por quê?

— Sua mãe... ela pode chegar a qualquer momento e eu não posso estar aqui. — Ela disse cruzando os braços e eu olhei confusa para ela.

— Mais é claro que pode Zípora, que papo é esse? — Pergunto confusa e Zípora desvia o olhar do relógio para mim.

— Vou ser rápida Belle, é sério eu não posso demorar aqui e tenho que ir antes que sua mãe chegue. O que eu quero te dizer é que o Trovão antes de morrer me deixou um código, lembra quando estive aqui pela última vez e perguntei se você conhecia alguém chamado Orimar? — Ela perguntou e eu assenti. — Então, esse nome "Orimar" é um dos códigos. Significa alguma coisa mas eu não sei, mas eu irei descobri o que significa.

— Espera, você disse um dos códigos? Tem outro? — Pergunto e vejo Zípora passar as mãos no rosto.

— Droga eu não deveria ter te dito isso.

— Não, você deveria ter dito sim — Me afasto do sofá e me aproximo dela. — Zípora, Trovão criou códigos e deixou para que você descobrisse o que significam? Por que ele não me disse... e por que você só está me dizendo isso agora? Por que ele criou esses códigos?

— Belle acalme-se. Uma pergunta de cada vez, eu não faço ideia do porquê ele criou esse negócio de código e só foram dois. — Zípora disse e eu fiquei pensando no que o código "Orimar" poderia significar.

— Eu não faço ideia sobre esse código Orimar, mas qual é o outro código? — Pergunto e Zípora nega com a cabeça.

— Vai tem que me perdoar mas eu não posso te dizer — Ela disse e eu ergui as sobrancelhas. — Terá que confiar em mim Belle, eu não sei ainda o que significa também. — Zípora olhou mais uma vez na direção do relógio e apressou os passos na direção da porta. — Eu tenho que ir.

— Zípora, espera — Pego no pulso dela pois agora ela havia me deixado curiosa com essa história de códigos que o Trovão havia criado e também outra coisa estava me deixando curiosa, e eu não iria deixar ela ir embora sem me dar uma resposta. — Está indo embora porque não quer me contar mais sobre os códigos ou é por causa da minha mãe? O que está acontecendo Zípora? Por favor me conte.

— Belle tudo que posso te dizer agora é que não se preocupe com esses códigos, não tem haver com você. E em relação a sua mãe... eu não te disse quando vim aqui da última vez, mas eu e ela nos desentendemos. — Ela disse desviando o olhar de mim.

— Como? Como assim se desentenderam? Ela disse alguma coisa para você que você não gostou? — Perguntei e Zípora voltou seu olhar para mim.

— É complicado.

— O que é complicado? Vocês duas se deram super bem quando se conheceram, como se desentenderam assim do nada? Você está me escondendo alguma coisa Zípora...

— Estou, mas saiba que é para o seu próprio bem — Ela afastou minha mão com delicadeza do seu braço. — E é pelo seu bem também, que não virei mais aqui.

Se antes eu já estava confusa, agora estava mais ainda.

— Essa foi a última vez que vim aqui, mas saiba que sempre que estiver precisando conversar... você sabe onde me encontrar — Ela tocou no meu rosto e me abraçou mais uma vez. — Cuide-se e... não conte nada para a sua mãe, não a questione.

— Mas você não pode simplesmente deixar de vim aqui por um motivo que nem eu mesma sei. Como pode ser para o meu próprio bem? — Pergunto ainda confusa e abraçada a ela, até ela se afastar de mim dizendo que precisava ir. — Zípora...

— Você precisa confiar em mim — Ela pegou nas minhas mãos e ao fazer isso, deu um sorriso fechado. — Eu sei que você está tentando descobri o que realmente houve com a sua irmã, não desista de tentar descobri o que realmente houve... e quando você descobri, me procure que te direi o que não posso te dizer agora. Eu acredito em você Belle, assim como meu irmão também acreditava... agora eu tenho que ir e por favor, haja como se não soubesse do que aconteceu entre mim e a sua mãe.

Me despedi dela e a vi ir embora no seu carro de cor cinza.

Fiquei pensando em tudo que ela me disse e não parava de pensar na minha mãe. Como as duas podem ter se desentendido e por que minha mãe não me disse nada? O pior é que eu não vou poder questioná-la sobre isso e só não vou questioná-la porque a própria Zípora me pediu para não fazer isso.

Olhei para a rua que agora estava vazia e direcionei meu olhar na direção da casa amarela, próxima a esquina.

Eu preciso tocar naquela boneca de pano de novo.

Quando me dei conta, já estava em frente a casa de cor amarela e decidindo se era mesmo uma boa ideia bater na porta ou não.

Respirei fundo e dei dois passos a frente, bati na porta de cor branca e esperei. Demorou um pouco e quando eu iria bater na porta mais uma vez, a mesma foi aberta pela garotinha que eu havia visto ontem da janela do meu quarto.

— Oi? Posso ajudar? — Ela perguntou gentil e eu abracei o meu próprio corpo.

— É... Olá, meu nome é Annabelle. Me desculpe estar batendo na sua porta a essa hora, mas é que a minha mãe me disse que você era a dona da boneca de pano que eu encontrei na minha casa. A boneca de pano que usa um vestido rosa claro com o desenho de algumas flores. — Digo e a garota parece pensar um pouco e não demora para abri um sorriso largo.

— Ah claro, eu sei quem é a sua mãe. Ela veio me entregar a minha boneca, sou muito grata a ela e a você também por terem pensado em devolver. Foi uma garota que colocou a minha boneca na sua casa, ela mora nessa rua também. Eu só não sei porquê ela fez isso... mas eu não brinco mais com ela.

— Hum, é bom não brincar mais com ela mesmo... mas eu vim aqui porque quero saber se posso... an... ver a sua boneca de novo. — Digo e vejo a expressão no rosto da garota mudar de alegre para triste.

— Eu fui para a casa da minha tia ontem de manhã e esqueci a minha bolsa lá, a minha boneca estava na bolsa então... e minha tia mora longe, agora para eu pegar a minha bolsa de volta só quando a minha tia vim para cá.

— E quando ela vem?

— Daqui a dois meses.

Dois meses? Só pode ser brincadeira.

— Estou até com saudades da minha boneca. — A garota ficou cabisbaixa.

— A sua boneca tem um nome? — Pergunto e a garota volta a me olhar.

— Não, apenas a chamo de boneca mesmo... você veio aqui apenas porque queria ver a minha boneca? — Ela perguntou um pouco confusa.

— Sim, mas já que você esqueceu na casa da sua tia, não tem problema. Deixa para lá... só queria analisar ela mais uma vez para poder... comprar uma igual para uma garotinha que gosto muito — Menti mas a menina pareceu acreditar no que eu disse. — Mas obrigada mesmo assim.

— De nada.

Me afastei da casa da garota e escutei quando a porta foi fechada. É... e minha ideia de sonhar com Anelise de novo foi por água a baixo.

Autora Narrando

Assim que a garota fechou a porta ficou pensando o que tinha de tão especial nessa boneca de pano que ela nunca viu na vida.

— Ela já foi — A garota disse e em seguida observou a pessoa que a havia mandado mentir para a jovem que acabara de ir embora. — Que boneca é essa? Ela é de ouro?

A pessoa se aproximou da garota e mostrou para ela uma nota de vinte dólares, era sua recompensa por ter mentido e ter se saído bem na mentira.
A garota revirou os olhos e cruzou os braços.

— Não foi o que você combinou comigo... ah já sei, você disse que era apenas para eu mentir para aquela jovem chamada Annabelle sobre essa boneca ai e sobre eu saber quem é a mãe dela mas na verdade eu não faço ideia de quem seja, e que não era para eu te fazer perguntas depois. Apenas receber o meu pagamento e ficar quietinha... tudo bem, não farei mais perguntas e não contarei isso para ninguém. — A garota disse e logo a pessoa a sua frente retirou do bolso do sobretudo uma nota de dez dólares.

Entregou para a garota que pegou os trinta dólares e ficou animada, ela já estava pensando com o que iria gastar no dia seguinte...

— Obrigad... — A garota parou de falar quando percebeu que a pessoa que havia lhe entregado o dinheiro já não se encontrava mais na sua frente e nem na sua residência.

Olhou para a porta que estava entreaberta e deu de ombros.

— Cheguei com os biscoitos e o suco e... Ué? — A mãe da garota apareceu na sala de estar segurando uma bandeja com dois copos de suco de laranja e um prato de biscoitos. — Para onde el

— Foi embora mamãe — A garota interrompeu sua mãe e em seguida fechou a porta. — Estava com pressa.

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Bjoooooooos ✨

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