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ꕥ Capítulo 37 ꕥ

Annabelle Narrando

Eu havia me assustado ao ver aquela pessoa dentro do meu quarto e próxima a janela e foi graças a janela aberta e a luz dos postes que vinham de lá de fora que consegui ver essa pessoa de costas e o que essa pessoa vestia.

Dei um passo a frente entrando dentro do meu quarto pois a pessoa continuava na mesma posição. Essa pessoa se virou lentamente e eu franzi as sobrancelhas, quando essa pessoa se virou para me olhar eu fiquei mais confusa ainda.

— Mamãe?

— Quem mais seria? — Ela sorriu e em seguida deu uma voltinha e eu acendi a luz do quarto. — Chegou cedo.

Olhei para a minha mãe que além de usar um sobretudo preto, usava também luvas pretas, assim como uma calça, blusa, chapéu e sapatos da mesma que as luvas e o sobretudo.

— Eu disse que não iria demorar — Digo e olho confusa para ela. — Por que está vestida assim?

— Mudar o visual faz bem — Ela disse caminhando na minha direção em passos lentos e quando a mesma tocou no meu rosto, senti uma sensação estranha e toquei na mão dela. — O que foi Belle?

— Nada — Digo e olho para ela. — Você vai sair com as suas colegas vestida... an... assim?

Ela acariciou o meu rosto e deu um sorriso fechado.

— Vou sim — Ela afastou sua mão do meu rosto. — Elas decidiram ir a uma festa a fantasia e como eu não comprei nenhuma fantasia e nem estava afim de comprar... irei assim. — Ela tirou o chapéu preto da cabeça e mexeu nos seus cabelos longos.

— Ah sim... você está linda, apesar de ter me assustado assim que eu abri a porta do meu quarto — Digo olhando para ela que em seguida se senta na minha cama. — O que procurava? — Pergunto olhando desconfiada para ela e a mesma me olha na mesma hora.

— Mais que pergunta é essa agora? Não posso mais entrar no seu quarto?

— Não é isso, eu só estranhei chegar e te encontrar aqui. — Digo me aproximando dela e ela solta um suspiro.

— Vim aqui porque me lembro de Trovão... — Ela passa a mão na minha cama. — Ele gostava de passar mais tempo aqui não era mesmo?

— Era sim... — Volto a me lembrar do meu cachorro e minha mãe me olha.

— Vem cá — Ela me puxa para um abraço e beija o topo da minha cabeça. —  Você quer... outro?

— Não, não mamãe... não quero ter mais cachorro. — Digo com a cabeça encostada no seu ombro e escuto o celular dela tocar.

Me afasto um pouco dela e vejo ela pegar o celular do bolso da calça e em seguida olhar para a tela.

— Tenho que ir Belle, eu já deveria ter saído de casa — Ela disse se levantando da minha cama. — Você vai ficar bem?

— Vou sim, não se preocupe comigo. — Digo vendo a mesma dar um sorriso fechado e caminhar na direção da porta do meu quarto. — Ah mamãe... não exagera na bebida.

— Não irei exagerar.

— Ah e antes que a senhora vá, encontrou a dona da boneca?

— Ah sim, encontrei. Ela mora em uma casa de cor amarela aqui na rua.

— E... a boneca tinha nome? — Pergunto e minha mãe franze as sobrancelhas.

— Por que quer saber se a boneca tem um nome? — Ela perguntou e escutei o som de trovões lá fora, provavelmente iria começar a chover.

— Toda garota da um nome a sua boneca. — Dou de ombros e vejo minha mãe cruzar os braços.

— Nem todas.

Eu e minha ficamos alguns minutos em silêncio até que ela resolveu falar.

— Eu já vou indo e se precisar de mim, já sabe. — Ela disse ainda na porta do meu quarto e eu me levantei da cama para ir abraçar ela.

Ela retribuiu o meu abraço e eu senti as suas mãos passarem pelas minhas costas.
Nos despedimos e ela foi embora, e quando ela foi embora... foi o momento em que me lembrei da minha última conversa com Trovão.

"Em relação a sua falecida irmã se for parar para pensar, a morte dela é um mistério e se sua mãe ainda esconde coisas de você... deveria voltar no quarto dela para tentar descobrir alguma coisa."

Sai do meu quarto e olhei para o final do corredor, onde ficava o quarto de minha mãe e a porta como de costume estava fechada.

Já chega de ter medo do que posso acabar descobrindo em relação a morte de Annabel ou sobre a minha mãe. Fui uma idiota de não ter me unido ao Trovão quando podia, ele queria investigar sobre a minha mãe e sobre tudo e eu não deixei, com medo do que ele fosse descobrir porque provavelmente ele iria me contar... e eu poderia não gostar ou não acreditar.

Os conselhos de Scarlet me fizeram pensar no que eu já deveria ter feito.

Quando percebi, já estava na frente da porta do quarto da minha mãe. Respirei fundo e em seguida girei a maçaneta da porta.

Me desculpe mãe... mas se você não quer me contar o que sabe, eu terei que descobri as coisas do meu jeito.

A porta rangiu um pouco ao ser aberta e eu acendi a luz do quarto de minha mãe, o quarto estava arrumado e eu logo entrei dentro do mesmo. Olhei para a cama que estava forrada e para os dois travesseiros de fronhas brancas.

Em seguida olhei para o guarda-roupa de minha mãe e me lembrei de quando eu e Trovão encontramos o diário de Annabel em uma das gavetas do guarda-roupa, o que eu não esperava encontrar acabei encontrando.

Se comecei encontrando o diário de Annabel no guarda-roupa, significa que pode haver mais alguma coisa escondida nesse guarda-roupa. Abri as portas do guarda-roupa e vi as roupas de minha mãe dobradas, passei a mão na parte em que só haviam blusas dobradas e depois em outra parte onde só haviam roupas de tecido jeans dobradas.

Levantei um pouco os tecidos jeans que estavam dobrados e acabei encontrando algo, parecia uma foto. Fiquei surpresa por ter encontrado algo assim tão fácil mas também estranhei, peguei aquela foto que estava embaixo daqueles tecidos jeans e fiz o máximo para que ficassem na mesma posição, parecendo que não haviam sido nem tocados.

Logo olhei para a foto que estava em preto e branco, e ergui uma sobrancelha ao analisar a foto... era um garoto.
Um garoto sorrindo e segurando um sorvete, que fofo.

Virei o outro lado da foto e tinha algo escrito, algo que não consegui ler nem forçando minha própria vista. Teria que pegar os meus óculos e foi o que fiz, fui ao meu quarto e peguei os meus óculos que ainda estavam dentro da bolsa.

Max.

Era isso que estava escrito atrás da foto. Tentei me lembrar de algum parente nosso que se chamava Max mas pelo que sei, não temos nenhum parente com esse nome. Pensei até que era uma foto de Jeffrey mas Jeffrey nem de fotos gostava... quem é esse menino e por que minha mãe tem uma foto dele escondida embaixo das suas roupas de tecido jeans?

Minha mãe só teve três filhos, Jeffrey, Annabel e eu e depois disso ela se operou para não ter mais... não entendo quem pode ser esse garoto.

Me assusto ao escutar batidas na porta no andar debaixo e quase acabo deixando a foto cair. Resolvo voltar para o quarto de minha mãe e coloco aquela foto no lugar onde estava e do mesmo jeito que eu a havia encontrado.

Sai do quarto de minha mãe e em seguida fecho a porta. Apresso as passos quando escuto mais uma vez as batidas na porta, desci as escadas praticamente correndo e quando abro a porta, a pessoa foi simplesmente entrando dentro da minha casa sem esperar que eu a convidasse para entrar.

— Belle eu tinha que vim aqui porque se não eu iria ficar louca, eu já estava há um tempo lá fora mas só decidi bater na sua porta agora e

— Zípora se acalme! O que foi? — Pergunto e percebo que começa a chover lá fora, fecho a porta e olho para a Zípora que parecia nervosa. — Zípora?

— Você ou o Trovão conheceram alguém chamado Orimar? — Ela perguntou e eu a olhei confusa.

— Orimar? Não, não conheço nenhum Orimar e tenho certeza que Trovão também não conhecia se não ele teria me dito — Digo e Zípora ainda parecia nervosa. — O que aconteceu? Por que está nervosa? E quem diabos é Orimar?

— Ah é besteira isso, não vim aqui falar sobre isso — Ela disse se sentando no sofá e eu resolvi ligar a tv. — Eu vi sua mãe quando ela estava saíndo...

— Ah ela resolveu sair com as colegas dela. — Digo e vejo Zípora desviar o olhar de mim para a tv. — Ela viu você também?

— Sim, inclusive nós conversamos um pouco antes dela sair com o carro dela — Zípora disse passando a encarar o chão. — Belle... se você precisar de qualquer coisa por favor, não deixe de entrar em contato comigo e se um dia você... não sei, senti vontade de passar alguns dias fora dessa casa, pode ir para a minha casa que eu irei te receber muito bem.

— Certo.

Estranho o comportamento de Zípora, ela não era assim e estava agindo de uma forma um pouco estranha.

— Ah não estranhe, eu só estou assim porque... porque me lembrei da última vez que vim aqui e que o Trovão ainda estava vivo. — Ela disse provavelmente lendo a minha mente e eu olhei para a tv.

— É tudo ainda muito difícil.

— É sim... — Zípora se levanta do sofá. — Acho melhor eu ir.

— Tão rápido assim? — Pergunto confusa e ela passa por mim indo na direção da porta.

— Eu tenho que voltar para o bar, mas prometo que virei outro dia. — Ela disse e se aproximou de mim, se despedindo com um abraço.

Quando ela foi embora, eu me sentei no sofá e fiquei pensando nela e no modo como ela estava agindo. Ela deve estar com algum problema mas não quis me contar.

Senti um mal pressentimento de repente e passei a mão no rosto... como se alguma coisa estivesse acontecendo ou estivesse para acontecer... eu sinto isso e não, não acho que seja algo bom.

Dominic Narrando

20:36PM

Eu e Ramiro já estamos no jantar do senhor Stone que é um colega nosso e nesse jantar não tinham muitos convidados, ele havia convidado somente os mais próximos e os que ele realmente gostava.

Enquanto alguns conversavam e bebiam, eu estava próximo a uma janela grande que ia do chão até o teto. Eu estava admirando a vista dos outros prédios ali por perto e acabei pensando nas minhas duas filhas.

Quando sai de casa Kiara estava dormindo e Scarlet me contou que Annabelle tinha contado a verdade para Kiara, e que ela ficou muito triste quando soube. Quis consolar minha filha mas não queria acordá-la, provavelmente quando eu chegar em casa ela estará acordada.

Dei um sorriso fechado ao me lembrar de Annabelle, ela é uma mulher de palavra mesmo. Me disse ontem que iria contar a Kiara sobre a morte do seu cachorro e hoje mesmo ela contou.

— Dominic.

A mulher de cabelos pretos e longos se aproximou de mim segurando uma taça de champanhe, ela olhou para a vista lá fora e depois para mim.

— Tudo bem?

— Tudo sim, e você como está?

— Estou bem... você parece pensativo desde que chegou. — Ela disse e eu desviei o olhar dela, voltando a olhar para a vista lá fora.

— Estava me observando?

— Estava — Escutei ela rir baixo. — Mas não se preocupe, eu não vim aqui dar em cima de você como eu fazia antes. Só vim aqui perguntar como você estava porque notei que você parecia pensativo.

Olhei para ela que bebeu um pouco do seu champanhe.

— Soube que você está namorando.

— Ah sim, estou. Na verdade eu... já gostava dele mas não achava que nós dois iríamos dar certo sabe? A mãe dele não gosta de mim apesar de mim fazer de tudo para que ela veja o melhor em mim... mas como diz um certo ditado, se Jesus não agradou a todos quem sou eu para querer agradar a minha sogra não é? — Ela riu de canto. — Mas eu não me importo com o ódio da minha sogra, ela que se dane. Eu só me importo com o homem com quem estou atualmente porque foi ele quem me ensinou a amar e também a mudar, você sabe como eu era não é? Sinto até mesmo vergonha de ter insistido tanto em algo que você não queria.

— Sei... mas não fique pensando nisso. Você não é a única culpada, o Ramiro que te mandava fazer o que você fazia e você acreditava nas palavras dele. Agora confesso que, estou feliz por você por você ter encontrado alguém que te ame de verdade — Digo e ela agradece com um sorriso fechado e um aceno de cabeça. — Não deixe que a sua sogra seja um impedimento entre vocês dois.

— Obrigado, as vezes temos que nos arriscar mesmo para saber se irá dar certo. Se der errado... faz parte da vida, a gente aprende com os nossos erros.

Concordo com ela e escutamos a risada de Ramiro enquanto ele conversava com alguns colegas na mesa e pareciam que estavam comendo mariscos. O que Ramiro não pode comer muito e ele sabia bem disso.

— Ramiro... será que ele encontra alguém também?

— O Ramiro encontrar alguém? Poliana, você está falando do Ramiro. — Digo irônico e ao mesmo tempo incrédulo.

— E eu era como ele, você sabe disso. Mas a única diferença é que eu sempre quis ter algo a sério com alguém, já o Ramiro como ele mesmo diz, não é homem de uma mulher só. Mas sabe o que eu acho? Acho que ele algum dia... vai se apaixonar por alguém de verdade. — Poliana disse e eu pensei se isso seria possível.

Se fosse, eu adoraria ver.

Uma mulher loira veio até Poliana e a chamou, as duas saíram e eu voltei a ficar sozinho. Estava tão focado olhando a vista lá fora que nem percebi que alguém havia se aproximado de mim, só percebi quando esse alguém tocou no meu ombro.

Era um garçom e ele me ofereceu uma taça de champanhe, peguei das mãos dele e agradeci com um aceno de cabeça. Avistei Ramiro vindo até mim e ele segurava uma taça de vinho.

— Dominic meu irmão, por que não foi se juntar a mim e aos outros naquela mesa? Está perdendo todas as novidades que eles estão contando. — Ramiro se aproximou de mim e bebeu de uma vez o vinho que estava em sua taça.

— Vi você comendo mariscos, sabe que as vezes você passa mal quando come muito isso não é?

— Sei sei mas não comi muitos Dominic, não seja exagerado só porque me viu comendo alguns... esse champanhe me parece bom. — Ele disse olhando para a taça de champanhe que eu segurava.

— Eu vou no banheiro, preciso fazer uma ligação — Digo e entrego minha taça de champanhe para ele. — Segure, eu não vou demorar e ah... não ouse beber. Se quiser peça para o garçom trazer para você.

Ele revirou os olhos e eu me afastei dele, cumprimentei o anfritião do jantar quando passei por ele e logo fui ao banheiro. Fechei a porta e resolvi ligar para Scarlet para saber como estavam indo as coisas lá em casa, ela me atendeu no terceiro toque e quando eu perguntei para ela se estava tudo bem, ela disse que Kiara havia acabado de acordar mas pediu para que eu não me preocupasse que ela iria cuidar bem dela.

Conversamos por mais alguns minutos até que Scarlet disse que Kiara havia acabado de tomar banho, eu disse para ela que não iria demorar muito nesse jantar e que logo logo estaria em casa. Encerrei a ligação e não demorou para que eu saísse do banheiro.

Quando sai e fui ao encontro de Ramiro, vi o mesmo bebendo o champanhe da minha taça ainda próximo a janela.

— Ramiro seu... — Ele se assustou ao escutar a minha voz e afastou rapidamente a taça dos seus lábios.

Ele não havia bebido tudo.

— Foram só 3 ou 4 goles, eu juro. — Ele disse erguendo uma de suas mãos em rendição. — Aqui está sua taça de champanhe praticamente ainda cheia.

Ele tentou me entregar a taça e eu revirei os olhos.

— Beba o restante, você já começou a beber mesmo. — Digo e Ramiro iria me responder quando de repente ele franze as sobrancelhas e apoia sua mão esquerda no peito.

Ele me olha e acaba deixando a taça de champanhe cair no chão, o som do vidro da taça se quebrando quando foi de encontro ao chão chamou a atenção de todos que estavam ali. Ramiro parecia estar passando mal e eu me aproximei dele tocando nos seus ombros.

— Ei Ramiro? O que foi? O que está sentindo? — Pergunto me preocupando agora vendo o mesmo apoiando a mão no peito, como se estivesse sentindo uma dor muito forte. — Ramiro?

Ramiro tentava falar mas não conseguia, não conseguia pois a dor no peito que ele estava sentindo parecia ser muito forte. Logo o senhor Stone que era o anfitrião da festa, se aproximou de nós dois e Ramiro simplesmente caiu no chão, mas eu consegui segurá-lo a tempo impedindo que sua cabeça não batesse no chão.

Fiquei desesperado vendo que meu irmão simplesmente apagou do nada e as poucas pessoas que estavam ao nosso redor também ficaram preocupadas. Balancei Ramiro nos meus braços.

— Ramiro? Pelo amor de Deus Ramiro acorde... — Digo pensando de primeira que ele poderia ter desmaíado mas logo me veio um pensamento horrível e me neguei a acreditar.

— Chamem uma abulância rápido. — Stone disse com a voz alterada e todos começaram a murmurar e alguns a se pergunta o que havia acontecido.

Toquei no rosto de Ramiro que parecia agora um pouco pálido... não, não Ramiro. Reage irmão, reage.

1 hora depois...

Eu já estava no hospital e tentando ficar calmo. O senhor Stone encerrou a festa depois do que aconteceu com o Ramiro. Ninguém teve mais ânimo para nada e eu principalmente, já não estava animado e agora estou pior.

Já liguei para Scarlet para contar o que aconteceu e até mesmo ela se preocupou.
Eu estava com um amigo de Ramiro que havia vindo junto comigo na ambulância, ambos estávamos preocupados e já fazia um bom tempo que haviam entrado com Ramiro e até agora nenhum médico veio nos dar notícias.

Passei a mão nos meus cabelos enquanto andava para lá e para cá.

— Calma Dominic, vamos ter fé de que tudo irá dar tudo certo.

Se passaram mais alguns longos minutos até que um médico apareceu na sala de espera e veio até mim. O amigo de Ramiro se levantou de um sofá de cor azul e se aproximou de mim e também do médico.

Informei que eu era o irmão do Ramiro Murray e analisei as expressões no rosto do médico que no meu ver, não me pareciam muito boas.

— Como ele está?

— O estado de Ramiro Murray é crítico. — O médico disse e eu soltei um suspiro pesado, em seguida passei a mão nos meus cabelos.

Na casa do senhor Stone...

Stone Narrando

Estava tudo indo tão bem, até Ramiro começar a passar mal e preocupar a todos. Principalmente quando o mesmo caiu no chão desacordado, se não fosse por Dominic ele teria batido a cabeça no chão, mas como Dominic conseguiu segurá-lo a tempo somente o restante do corpo de Ramiro caiu no chão da minha grande sala de estar.

Tive que mandar todos irem embora, não dava para prosseguir com comemoração nenhuma depois do que aconteceu com o Ramiro. Confesso que estou preocupado com o estado de saúde dele... eu o conheço, mesmo quando ele bebe muito, ele não é de cair assim.

Todos os convidados foram embora e eu estava sentado na minha poltrona tomando uma taça de vinho, pensando em como poderia estar o Ramiro. Liguei para o Dominic há alguns minutos atrás e ele me disse que quando tivesse notícias me ligaria, mas até agora... nada.

Escutei batidas na porta e parei de pensar em Ramiro. Me levantei da minha poltrona e fui abrir a porta, era Poliana, ela pediu licença e entrou na minha casa olhando para os cantos como se estivesse procurando por algo.

— Eu esqueci as chaves do meu carro em algum lugar Stone. — Poliana disse começando a procurar pela minha sala de estar.

— Soube de alguma notícia?

— Infelizmente não — Ela disse com um tom de voz preocupado. — Nunca pensei que veria Ramiro passando mal.

— Nem eu... — Digo agora desconfiando do que aconteceu com Ramiro e observo Poliana procurar por suas chaves perto do meu sofá até que ela as encontra, e as balança no ar.

— Encontrei, obrigado Stone — Ela disse e iria embora quando eu fechei a porta, impedindo que ela saísse. — Stone?

— Quero conversar com você, prometo que não irei tomar muito o seu tempo.

Ela me olhou confusa mas assentiu. A mesma caminhou na direção de um dos meus sofás e se sentou, enquanto a mim, preferi ficar em pé e continuei segurando a minha taça de vinho que já estava pela metade.

— Você já foi namorada do Dominic Murray? — Pergunto e ela rir de canto.

— Olha eu tentei mas... não era pra ser, ele me dispensou. Ele não quis ter nada comigo. — Ela disse cruzando as pernas e encarando o chão.

— Hum... então, você acha melhor eu pedir para que os meus empregados não venham mais a essa hora limpar aqueles cacos de vidro da taça que o Ramiro estava segurando, ou é melhor deixarmos as coisas como estão? Isso é, se a polícia vinher aqui — Digo e Poliana volta a me olhar, porém confusa.

— Como? A Polícia? Mais o que a polícia viria fazer aqui Stone?

— Olha Poliana eu irei ser franco com você, eu te conheci e conheci o Dominic através do Ramiro. E antes do Ramiro me apresentar vocês dois, ele já me falava sobre você e o Dominic e que você dois... bom, poderiam até mesmo se casar algum dia. — Digo e Poliana agora passa a me encarar.

— Olha Stone, eu e o Dominic não temos mais nada então eu não entendo aonde você quer chegar com essa conversa.

— Eu te direi aonde eu quero chegar com essa conversa. Poliana eu vi quando o Ramiro começou a passar mal e não tinha nenhum motivo para que ele ficasse do jeito como ele ficou... e se ele morrer? — Pergunto.

— Credo não diga uma coisa dessas Stone!

— O que você foi fazer na cozinha depois que terminou de conversar com o Dominic? — Pergunto e vejo a mesma ficar surpresa.

Pelo visto ela achava que não estava sendo observada, mas eu sou observador e estava observando a todos que estavam aqui presentes na minha casa.

— Eu fui atender uma ligação.

— Na cozinha? — Pergunto arqueando uma sobrancelha e ela se levanta do sofá irritada.

— Escuta aqui, eu não vou admitir que você fique insinuando que eu tenha feito algo com o Ramiro porque eu não fiz.

— Ah não fez? Pois eu acho muito estranho que logo depois da conversa que você teve com Dominic e ah, com aquela mulher também que te chamou para conversar, você simplesmente resolveu ir na cozinha e saiu de lá sorrindo. Em seguida um garçom também saiu com um bandeja de taças de champanhe da cozinha e olhou para você, depois ele começou a entregar as taças de champanhe para os convidados.

— Stone pare! Eu já disse que não vou admitir que você insinue que eu tenho algo a ver com o que aconteceu com o Ramiro. O que você está achando em? Que eu entrei na cozinha e mandei o garçom servi uma taça exclusiva para o Ramiro porque o Ramiro já me fez fazer papel de idiota? E que se acontecer alguma coisa com o Ramiro eu serei a culpada? É isso?

— Não, o Ramiro não. Mas sim o Dominic — Digo e ela me olha confusa. — Acredito que o seu alvo não seria o Ramiro e sim o irmão dele, o Dominic. A taça de champanhe que o Ramiro bebeu e em seguida começou a passar mal... era a taça de champanhe que o garçom tinha entregado ao Dominic, ou seja, aquele champanhe era para o Dominic beber e não o Ramiro. — Digo agora analisando os fatos e contando do jeito que eu estava entendendo e desconfiando de tudo.

Poliana arregalou os olhos espantada e voltou a se sentar no sofá.

— Mas por que o Dominic não bebeu?

— Está querendo dizer que era para o Dominic ter bebido?

— O quê? Não! Eu só estou dizendo que se a taça de champanhe era do Dominic, por que o Ramiro bebeu? — Ela perguntou e eu cruzei os braços desconfiando ainda mais da mulher a minha frente.

— Dominic saiu e deixou Ramiro segurando a taça de champanhe, eu não sei ao certo quando Dominic retornou mas quando ele retornou Ramiro já estava bebendo um pouco do champanhe que era do irmão.

— Meu Deus... — Ela passou as mãos nos cabelos.

— Você pensou que o Dominic iria beber aquele champanhe, mas não foi o que aconteceu. Vamos Poliana, me diz... por acaso aquela taça tinha alguma coisa que você mesma colocou quando foi na cozinha? Como por exemplo... veneno? — Encaro ela que me olha assustada e nega várias vezes com a cabeça.

— Isso é um absurdo! Eu não tentaria fazer nada contra o Dominic só porque ele não quis nada comigo, eu não sou assim e jamais teria a coragem de envenenar alguém. — Ela disse com a voz alterada e se levantando do sofá.

— Mas você foi a única convidada que foi para a cozinha e demorou um bom tempo por lá.

— Stone eu sinto muito, mas não ficarei aqui escutando essas suas acusações. Minha consciência está limpa e eu já disse o que fui fazer na cozinha, eu fui atender uma ligação do meu atual namorado  — Ela disse e eu vi seus olhos marejarem. — Escutar essa sua acusação me entristece... eu jamais faria mal a alguém, jamais.

— Hum, vou acreditar em você Poliana... por enquanto. Vamos esperar o que os médicos irão dizer para o Dominic.

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Espero que tenham gostado, votem e comentem...

Babado👀✨

Bjoooooooooos✨

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