Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ꕥ Capítulo 33 ꕥ

Annabelle Narrando

A noite havia sido divertida, por incrível que pareça.

O que eu não esperava era que minha mãe e Zípora fossem se dar muito bem. Ambas falaram sobre tantas coisas que eu e Trovão só sabíamos observar e uma vez ou outra eu participava da conversa com elas, mas não foram todas porque elas falavam demais sobre um programa de tv que eu não assisto mas elas assistem.

Foi bem dizer o assunto da noite delas, mas foi divertido. Depois que Zípora foi embora minha mãe disse que havia gostado dela, agora era mais uma para a sua lista contando com Scarlet. Ela até me questionou se eu tinha mais alguma amiga de cabelo "radical" ao ver dela porque Scarlet tinha os cabelos tingidos de vermelho e Zípora tinha os cabelos tingidos de azul escuro, mas eu disse que não.

Nós duas jantamos e conseguimos assistir um filme de comédia juntas enfim, foi uma ótima noite. Minha mãe também gostava de filmes de terror mas eu não a via assistir muito, ultimamente ela não vinha assistindo nada a não ser jornal.

Mas o que eu posso dizer é que... eu me diverti e aproveitei a companhia dela, assim como ela aproveitou a minha companhia também.

Nós fomos dormi um pouco tarde por causa do filme e eu estava consciente de que tinha aula no dia seguinte, seria um sacrifício para mim acordar e se levantar da cama. Estava tendo um sono tão bom até... eu ter o mesmo pesadelo de ontem.

Já estou acordada a alguns minutos e encarando o teto do meu quarto. Trovão dormia do meu lado e provavelmente estava com muito sono já que não falou nada até agora.

— Como eu poderia dormir com você se mexendo toda hora? — Ele perguntou e eu rir de canto.

Ele se virou para me olhar e logo se sentou.

— Teve o mesmo pesadelo de ontem?

— Tive... estou começando a ficar com medo disso — Digo me sentando na cama e olho na direção da janela do meu quarto que estava fechada. — Esse sonho não faz o menor sentido.

— Devo admitir que é um sonho estranho, mas não tem porque ter medo. Você é uma garota corajosa Belle. — Ele disse e eu o olhei vendo o mesmo bocejar colocando sua língua para fora e deixando alguns de seus dentes amostra.

— Eu corajosa? Não Trovão — Rir de canto. — Eu posso ser qualquer coisa, menos isso.

— Belle você é muito mais do que pensa que é — Ele disse olhando para mim e logo desceu da cama. — Vamos.

— Vamos para onde? — Pergunto confusa e afastando o edredom das minhas pernas. — E ainda mais a essa hora, são... — Pego meu celular que estava embaixo do meu travesseiro e vejo que eram duas e meia da madrugada.

— Eu sei, eu sei que já está de madrugada então por favor, menos perguntas e mais agilidade. — Ele disse me esperando no chão e eu me levantei da cama.

Pior que eu não estava conseguindo dormir, iria ficar encarando o teto do quarto até que me desse sono.

— Viu? É por isso que preciso te levar para um lugar.

— Que lugar? — Caminhei até ele ficando ao lado do mesmo e cocei os olhos.

Quando afastei minhas mãos dos meus olhos só consegui enxergar a fumaça na cor cinza tomando conta de mim e da minha visão. Não demorou para que aquela fumaça toda se esvaísse e eu logo olhei para a minha frente, observando algumas árvores secas e uma pequena neblina tomando conta de todo aquele lugar, parecia que ainda iria escurecer.

— Gosto de vim aqui para pensar. — Escutei a voz de Trovão e olhei para o mesmo que caminhou na direção de uma cadeira e logo subiu na mesma. — Vamos Belle, sente-se na outra.

— Trovão que lugar é esse? Ainda estamos na... Pensilvânia? — Pergunto olhando para aquele lugar tão calmo e logo para o local em que se parecia com uma varanda, que era onde eu e Trovão estávamos no momento. — E essa varanda? Na verdade, essa casa... alguém mora aqui? — Pergunto olhando para a casa de estrutura simples mas a varanda parecia ser mais organizada.

Me sentei na outra cadeira que estava ao lado da cadeira em que Trovão estava sentado. Olhei para ele que agora olhava para a vista das árvores altas e secas, fazia um pouco de frio e não demorou para que eu abraçasse o meu próprio corpo.

— Quando eu comecei a tentar me teletransportar para alguns lugares, acabei descobrindo esse lugar. É calmo não é? — Ele perguntou e eu confirmei com um aceno de cabeça. — Eu deveria ter lembrado de te mandar colocar o casaco.

— Na próxima vez você me lembra, agora já é tarde. — Digo olhando também para a vista a nossa frentre.

Esse lugar realmente traz uma certa calmaria, não sei explicar.

— Eu descobri esse lugar quando pensei em um lugar calmo, em que eu pudesse ficar sozinho só para pensar ou para aproveitar a minha própria companhia e então... acabei aparecendo aqui. Nunca quis descobrir onde fica esse lugar então, não sei se estamos na Pensilvânia ou se estamos em outro lugar. — Trovão disse e eu senti ele me olhando.

— Eu aposto que não estamos mais na Pensilvânia, mas seja lá em que cidade seja isso aqui... aqui é um lugar calmo e tranquilo. — Digo e olho para ele. — Vem sempre aqui?

— Nem sempre e respondendo a sua pergunta, ninguém mora nessa casa. Mas essa casa pertence a uma mulher mas raramente ela vem aqui, eu já a vi algumas vezes e da última vez em que a vi, ela passou duas noites aqui... depois disso ela não retornou mais. Apenas um homem vem fazer a limpeza nessa casa as vezes, ele provavelmente é pago para deixar essa casa limpa e organizada mas fora isso... ninguém frequenta muito aqui e eu só venho aqui as vezes quando preciso pensar ou... ficar sozinho olhando para essa vista.

— Entendi... por que me trouxe aqui? — Pergunto analisando ele que volta seu olhar para a vista a nossa frente.

— Porque você está precisando pensar e se acalmar — Ele disse e logo desceu da cadeira. — Pode falar o que quiser que estarei escutando.

Ele foi para dentro da casa e me deixou sozinha, soltei um suspiro pesado e encarei o cercado de madeira da varanda.

— Eu não sei mais o que pensar. Annabel deixou um diário mas não diz muita coisa a respeito dela, nem ao menos uma dica de quem poderia ter assassinado ela... eu tenho minhas dúvidas ainda. Eu não sei se ela se suícidou mesmo ou se foi assassinada, eu não tenho mais certeza de nada em relação a isso. Minha mãe provavelmente esconde coisas de mim e eu sei que se eu for questioná-la ela irá se alterar e eu não quero que minhas perguntas acabem causando uma discussão como sempre causaram entre mim e minha mãe e

Parei de falar quando vi Trovão voltar para a varanda com um cobertor de cor marrom, o mesmo estava segurando o tecido com seus dentes e o arrastando pelo chão enquanto caminhava entre suas quatro patas.

Ele se aproximou de mim e soltou o tecido em cima dos meus pés. Agradeci com um aceno de cabeça e logo me enrolei com aquele cobertor que tinha o tecido macio.

— Continue o que você iria dizer. — Trovão disse e eu encostei minhas costas na cadeira vendo o mesmo subir novamente em cima da outra cadeira ao meu lado.

— Eu iria dizer que... que ainda teve esse meu caso com o Dominic. Dói em mim saber que não iremos mais... enfim, você sabe, porque ele é pai da Scarlet e eu sei que se Scarlet descobrisse tudo ela poderia me odiar. Mas eu gostei tanto de passar um tempo com o Dominic, por mais pequeno que fosse, ele causa tantas sensações em mim que só de pensar nele... — Rir de canto e me aconheguei melhor na cadeira, olhando para o céu nublado. — Eu sinto algo diferente, algo que nunca senti nem mesmo com meu ex namorado.

— É isso mesmo que eu acabei de ouvir? Annabelle Vandervoort está oficialmente apaixonada?

— Sim... sim eu... espera, não. Mais que conversa é essa. — Digo agora recobrando a pergunta que Trovão havia feito e olho para ele. — Não, de onde tirou isso?

— De onde eu tirei isso? Ora, mas é você que está a ponto de suspirar de amor se continuar falando sobre o Dominic. — Trovão disse irônico e eu encarei ele. — Belle... a atração está dando lugar a outro sentimento e você sabe bem qual é.

— Acha mesmo isso? — Pergunto e ele confirma com um aceno de cabeça. — Mas ele só sente atração por mim e

— Até parece. — Trovão me interrompe. — Ele resolveu se afastar de você para não ficar mais perdido do que já está, ele começou a sentir atração por você antes mesmo de você mudar um pouco de visual e se ele gosta de você, é pelo que você é e pelo que você sempre foi.

— Está querendo dizer que pode ser que eu e ele... — Rir de canto.

— Eu não posso confirmar nada, quem irá confirmar são vocês mesmos. 

— Parece até brincadeira.

— Mas não é, Belle se você descobrir o que realmente sente por ele e for recíproco... meu conselho é que não desistam um do outro. — Trovão disse me fazendo olhar para ele surpresa. — Está bem, eu sei que eu disse que não apoiava nada disso mas eu pensei que vocês só iriam ficar porque sentiam atração um pelo outro e iriam continuar com isso só por diversão. Foi o que realmente aconteceu? Foi, mas desde que você se entregou para ele tanto os seus pensamentos como os dele começaram a mudar.

— Como sabe que os pensamentos dele começaram a mudar sobre mim? — Pergunto e Trovão desvia o olhar de mim para o chão.

— Talvez hoje de manhã... eu tenha lido a mente dele enquanto você conversava com a Scarler no intervalo. — Ele disse me fazendo o repreender com o olhar.

— Trovão.

— O quê? Eu tinha que saber se você era a única que estava pensando nele nessa manhã. O que eu quero dizer Belle é que se vocês se reencontrarem de novo, vocês não vão consegui evitar e cada vez mais que se envolverem, irão perceber o que realmente estão sentindo um pelo outro e então... terão que enfrentar as consequências. — Ele disse e eu me encolhi na cadeira levando o cobertor até o meu pescoço.

— É complicado.

— Sim é, mas minha opinião você já sabe. E em relação a sua falecida irmã se for parar para pensar, a morte dela é um mistério e se sua mãe ainda esconde coisas de você... deveria voltar no quarto dela para tentar descobrir alguma coisa. — Ele disse me fazendo arregalar os olhos.

— Tá louco Trovão? Eu nem sei como achei aquele diário dentro daquela gaveta...

— Achando — Ele disse e eu o encarei. — Você entendeu o que eu quis dizer.

— Não, não acho uma boa ideia ficar mexendo nas coisas dela e também... acredito que não tenha nada além daquele diário por lá. É melhor deixar isso quieto mesmo, foi divertida a nossa noite hoje.

— Sim, foi mesmo — Trovão disse e logo bocejei. — E parece que alguém já está com sono.

— Eu realmente estou com sono mesmo — Rir e afastei o cobertor do meu corpo. — Podemos voltar agora? Eu também tenho que acordar cedo ainda... que Deus me ajude.

— Podemos sim. — Trovão desce da cadeira e logo pega o corbertor com os dentes. — Irei levar para dentro para podermos ir. — Ele se afasta da cadeira e sai arrastando o cobertor até que eu o chamo.

— Trovão?

Ele para de caminhar e olha para mim.

— Obrigado.

— Pelo quê? — Ele perguntou ainda com o tecido do cobertor entre seus dentes. — Por ter te trazido aqui?

— Por isso e por tentar me ajudar de alguma forma, é por isso que eu amo você. — Sorri para ele que pareceu ignorar tudo que eu disse e foi para dentro da casa arrastando o cobertor. — Seu palhaço. — Digo me irritando com ele e o aguardo voltar.

Ele volta e logo se aproxima de mim, fico olhando para a vista e sinto a pata fofa dele se apoiar em cima do meu pé esquerdo.

— Você sabe que eu amo você também Belle, mas se voltar a me chamar de palhaço novamente farei com que você conheça um de verdade.

— Palhaços são legais. — Dou de ombros e olho para ele que já estava me olhando.

— Nem todos.

— Tudo bem eu já entendi — Desviei o olhar dele já entendendo o recado e sorri. — Vamos para casa.

06:48AM

Acordei escutando batidas na porta do meu quarto e não demorou para que eu abrisse os olhos.

— Belle? Você não vai hoje? — Escutei a voz da minha mãe do outro lado da porta e logo eu me sentei na cama.

Nem olhei a hora quando eu e Trovão voltamos, apenas me deitei e ele também e fomos dormir.

— Vou... — Pego meu celular que estava agora ao lado do meu travesseiro e vejo que já iria dar sete horas. — MEU DEUS!

— É melhor se apressar então, vou estar te esperando lá embaixo.

Ouvir os passos da minha mãe se distanciarem da porta do meu quarto e eu dei praticamente um pulo da cama. Olhei para o Trovão que continuava dormindo perto do travesseiro e fiz um sinal de negação com a cabeça.

— Trovão por que não me acordou? Você sempre acorda antes de mim e até mesmo antes do alarme do meu celular — Digo me aproximando da cama. — Eu sei que fomos para aquele lugar bem tarde mas sabíamos que tinhamos que acordar cedo, no caso, essa hora.

Ele continuava me ignorando, provavelmente estava com mais sono que eu. Me sentei ao lado dele e balancei o mesmo.

— Vai ficar em casa hoje de novo não é? — Pergunto passando a mão nos seus pelos e observo o mesmo dormindo. Logo estranho quando percebo que ele estava quieto demais. — Trovão? — Balanço ele mais uma vez e aproximo meu rosto perto do seu... ele não estava respirando. — Trovão? — Balanço ele mais uma vez começando a ficar preocupada e movimento minha mão para a sua barriga, em seguida subo minha mão para o seu peito... nenhum movimento se quer. — Ah não, Trovão? — Pego o mesmo nos braços e o chacoalho um pouco. Seu corpo estava mole e sua cabeça abaixou um pouco, foi então que percebi o que não gostaria de ter percebido. — Trovão... — Sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto enquanto eu o segurava olhando para ele e não querendo acreditar no que estava vendo. — TROVÃO NÃO ME DEIXE, NÃO ME DEIXE TROVÃO... EU PRECISO DE VOCÊ...

Gritei agarrando o corpo do meu cachorro para mim, o abraçando enquanto as lágrimas embaçavam a minha vista e eu chorava alto. Não estava acreditando nisso, não... não ele não me deixou...

A porta do meu quarto foi aberta graças aos meus gritos de desespero e minha mãe entrou correndo, preocupada comigo e quando me viu sentada na cama chorando e com o Trovão nos meus braços, ela pareceu deduzir o que estava acontecendo e logo ficou fazendo um sinal de negação com a cabeça.

— Não... — Ela se aproximou de mim e passou a mão nos pelos de Trovão, em seguida aproximou seu rosto do dele assim como eu havia feito e logo me olhou.

— Não mãe, meu cachorro não...  MEU CACHORRO NÃO MÃE! ME DIZ QUE ISSO É UM PESADELO MÃE... — Gritei sentindo meus olhos marejarem cada vez mais e meu rosto ficar molhado pelas lágrimas. Chorei mais ainda agarrando o corpo de Trovão para mais perto de mim enquanto eu passava a mão nos seus pelos, minha mãe começou a chorar ao meu lado e encostou sua cabeça no meu ombro.

— E-ele está morto filha... — Ela disse chorando muito assim como eu e tocou em uma das patas de Trovão.

— N-não mamãe, não aceito isso. EU NÃO ACEITO ISSO — Gritei mais uma vez e minha mãe me abraçou de lado. — E-eu cuidei dele direito mamãe... ele não estava doente, ele estava bem... ELE ESTAVA BEM — Digo com a voz embargada não aceitando o que estava acontecendo.

Mas eu sabia que aquilo tudo não era um pesadelo, infelizmente... era a realidade. E eu não estou conseguindo acreditar e aceitar que o meu cachorro se foi...

— Filha, filha... — Minha mãe disse com a voz embargada e se afastando do meu abraço para olhar nos meus olhos, um pouco da sua maquiagem se encontrava borrada agora. — Não se culpe por nada, nós cuidamos muito bem dele... ele era do seu avô e quando eu o peguei, os vizinhos me informaram que o seu avô já o tinha há um bom tempo... chegou a hora dele filha.

— N-não mãe — Olho para o Trovão que estava de olhos fechados e fecho os olhos com força sentindo as lágrimas quentes descerem por minhas bochechas.

Minha mãe iria pegá-lo mas eu não deixei e o agarrei mais ainda.

— Não... não afaste ele de mim. — Digo entre o choro e agora soluçando.

Sinto minha mãe se levantar da cama enquanto eu continuava abraçada ao corpo de Trovão e encarando a cerâmica branca do meu quarto.

— O corpo dele não pode ficar assim filha... terei que levá-lo a uma clínica veterinária, lá eles verão o que poderão fazer. — Olhei para a minha mãe que tentava se recompor mas não adiantava muito. — E-eu terei que... ensacar ele primeiro Belle, para poder levá-lo.

Ela tocou no meu ombro e eu mais uma vez fechei os olhos, não conseguia dizer mais nada.

— Eu volto já... seja forte filha. — Minha mãe enxugou suas lágrimas e logo saiu do meu quarto.

Continuei ali abraçada ao Trovão e não demorou para que eu voltasse a chorar mais uma vez. Afastei um pouco o corpo dele do meu e toquei na coleira que eu havia comprado para ele, em seguida toquei no pingente que tinha o formato de um cachorro e dei um sorriso fechado.

Flash Back On✨

— Olha só o que eu comprei para você. — Digo indo até ele que estava em cima do sofá e retiro a coleira do bolso do meu short.

— Isso é sério? — Trovão perguntou inclinando a cabeça para o lado esquerdo.

— Por que não seria? Fui até ele e coloquei a coleira em volta do seu pescoço, em seguida toquei no pingente que tinha o formato do rosto de um cachorro. — Até que o cachorro desse pingente parece um pouco com você.

Não parece não.

— Parece sim, quieto. Você gostou?

— Se eu gostei? Bom...

Me sentei ao lado dele e ele logo subiu em cima do meu colo e começou a lamber o meu rosto enquanto abanava o rabo para lá e para cá.

— Eu adorei, nunca tinha ganhando um presente de alguém antes e não esperava ganhar essa coleira de você. — Ele disse contente e eu o abracei sentindo a maciez daqueles pelos. — Me sinto mais bonito agora.

— Você é bonito. — Rir passando a mão nos seus pelos.

— Eu sei.

Flash Back Off✨

Tirei a coleira do seu pescoço e logo a coloquei perto do travesseiro, onde ele estava dormindo. Passei a mão no seu rosto e em seguida em suas orelhas marrons e fofas que eu tanto admirava... não vou mais ouvir a sua voz, as suas brincadeiras, as suas ironias e os seus conselhos... com quem irei desabafar agora? Você foi o único amigo fiel que eu tive na minha vida...

Eu não estou acreditando que isso está acontecendo mesmo.

Escutei os passos de minha mãe entrando dentro do meu quarto, não estava tendo nem forças para me virar para conferir se era ela mesmo. Mas no fundo... eu sabia que era ela, ela logo se aproximou de mim e passou a mão nos meus cabelos que estavam presos. Ergui a cabeça para olhar para ela e eu entendi que aquela era a hora, era a hora de mim soltá-lo.

Eu não queria soltá-lo mas era preciso. Minha mãe o pegou de meus braços e eu vi quando as lágrimas desceram pelo seu rosto.

— Parece até que foi ontem que eu o vi pela primeira vez deitado em cima do tapete, na casa de seu avô... — Minha mãe disse começando a chorar e passar a mão nos pelos de Trovão. — Eu irei levá-lo agora... — Ela enxugou as lágrimas com uma de suas mãos. — Vai ficar? — Ela perguntou e eu confirmei sua pergunta com um aceno de cabeça.

Me levantei da cama e me aproximei de minha mãe que segurava Trovão nos braços, beijei o topo da cabeça do meu cachorro e não quis ver o momento em que minha mãe iria colocar o corpo dele dentro de um saco preto então, corri para o banheiro e fechei a porta.

Encostei minhas costas na porta e não consegui segurar o choro. Eu estava abalada com todo esse acontecimento... o que vai ser de mim sem o meu companheiro? O meu melhor amigo...

— Belle...? Belle, por favor, me prometa que não vai fazer nenhuma besteira filha... — Escutei a voz de minha mãe do outro lado da porta e logo encostei a cabeça na madeira da porta. — E-eu não quero perder você também... — Ela disse em um tom de voz um pouco baixo mas por ela estar falando próxima demais a porta, eu escutei as suas últimas palavras.

Abri a porta do banheiro e avistei o saco preto próximo a porta do meu quarto, onde se encontrava dentro agora, o corpo de Trovão. Minha mãe levou suas mãos para o meu rosto fazendo com que eu olhasse para ela, seus olhos estavam vermelhos e aposto que os meus estavam assim como os dela, ambas sofrendo e tentando ser fortes. Minha mãe ainda estava conseguindo ser mais forte que eu que não estava aguentando nem pensar em Trovão que as lágrimas vinham e eu não conseguia controlá-las.

— Não quero deixar você sozinha aqui... — Minha mãe disse enxugando minhas lágrimas.

Logo me lembrei de uma pessoa que deveria saber o que havia acontecido com o Trovão... que Deus me ajude a dar essa notícia para ela.

— E-eu vou ligar para a Zípora para ela... vim para cá. — Funguei e minha mãe acariciou o meu rosto.

— Faça isso... e aquela sua outra amiga? Scarlet?

— Também irei ligar para ela... elas gostavam muito do Trovão. — Digo tentando controlar o choro que já queria vim de novo.

Minha mãe se despediu de mim com muita tristeza e levou Trovão com ela... não sei o que iriam decidir fazer com o corpo do meu cachorro, mas sei que minha mãe me manteria informada.

Logo fui até a minha cama e peguei o meu celular, já eram sete e trinta e cinco e a primeira pessoa que eu liguei foi para Zípora que atendeu no terceiro toque.

Assim que ela me atendeu, eu quis contar mas as palavras me faltaram na hora e eu não consegui dizer nada. Dóia dizer aquilo e minha sorte foi que Zípora provavelmente conseguiu ler a minha mente na hora e como eu só pensava no acontecido, só escutei a chamada sendo encerrada.

Me sentei na minha cama e pretendia ligar para Scarlet. Tentei ligar três vezes para ela mas ela não atendeu, até que eu me lembrei que não era permitido atender ligações na aula e os celulares deveriam permanecer desligados até o horário do intervalo.

Alguns minutos se passaram e eu escutei batidas vindo do andar debaixo. Logo sai do meu quarto já tendo uma noção de quem poderia ser e quando abri a porta, Zípora estava com os olhos marejados e seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo.

— Por favor, me diga que o que você pensou não é verdade... — Zípora disse já com a voz falha e eu logo a abracei.

— E-eu também queria que não fosse verdade Zípora. — Comecei a chorar ali no ombro dela e a mesma também.

O tempo estava nublado mas repentinamente pareceu piorar pois, começou a chover tão forte que tive que convidar Zípora para entrar dentro da minha casa. Ela ainda estava em negação assim como eu, não querendo acreditar e eu já começava a sentir um pouco de frio, mesmo nenhuma janela estando aberta.

Os pingos da chuva estavam grossos, tanto que dava para ouvir os mesmo quando iam de encontro ao telhado da casa e lá fora também.

— Não se assuste Belle... quando eu me acalmar a chuva também irá se acalmar e talvez até parar. Já iria chover mesmo mas... graças a angústia que estou sentindo agora no meu peito... — Ela não conseguiu terminar a frase e começou a chorar mais uma vez apoiando as mãos no rosto.

Logo me lembrei de que Trovão já havia me contado sobre os poderes de Zípora e um deles era sua misteriosa conexão com a água e também um pouco com o clima. Me aproximei dela e logo a abracei, choramos ali juntas e eu senti as lágrimas de Zípora molharem o meu ombro.

— Que cena e que momento horrível Belle quando você acordou hoje de manhã... — Ela disse com a voz embargada e eu fechei os olhos só de lembrar quando encontrei o meu cachorro morto na minha cama. — Cadê ele? Eu quero ver ele...

— M-minha mãe o levou... qualquer coisa entrará em contato comigo e você pode ficar aqui para saber de mais notícias. — Digo passando a mão nas costas dela e escutando o choro da mesma.

— E-eu não entendo Belle, como ele foi amanhecer morto? Ele estava ótimo ontem... eu vi, ele conversou comigo e não disse que estava sentindo nada, só disse...

— Só disse o quê? — Pergunto me afastando do abraço dela e a mesma enxuga as lágrimas.

Eu não entendia os pensamentos de Zípora então não saberia ao certo o que ela estava pensando naquele momento.

— Nada demais, só sobre você que estava muito animada para passar a noite com a sua mãe. — Ela passou as mãos no rosto mas foi em vão pois as lágrimas retornaram de novo. — M-meu irmão morreu... ele não estava tão velho assim... não consigo aceitar, NÃO CONSIGO ACEITAR! — Ela gritou chorando alto agora e eu escutei o som dos trovões lá fora, logo a abracei na tentativa de acalmar ela e também me acalmar.

Logo Zípora se afastou do meu abraço e me encarou.

— Você deu alguma coisa para ele que ele não podia comer? — Zípora perguntou e eu olhei para ela incrédula.

— O quê? Não, eu jamais daria algo a ele que ele não poderia comer. Eu cuidei muito bem dele e nunca faria ou daria nada para prejudicá-lo. — Digo parando de chorar por pensar que Zípora queria me culpar.

— Não, não estou querendo te culpar... me desculpe Belle. Eu só estou... só não estou conseguindo aceitar.

×××××××××××××××××××××××××××××××××××

Espero que tenhan gostado, votem e comentem...

Ah gente eu estou...😭😭😭(espero
que não queiram matar
a autora aqui porque eu estou
tão triste quanto vocês
devem estar também.)
Mas muita coisa ainda está para
acontecer então preparem o
coração... certos casais já estão
em andamento, em alguns capítulos
irão acontecer algumas coisas estranhas e claro, os segredos
serão revelados porque
nada fica encoberto
por muito tempo...
não é mesmo? Então
aguardem os próximos capítulos.

Bjoooooooooos✨🤧🥀

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro