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ꕥ Capítulo 27 ꕥ

— Onde está o seu pai? — Ela perguntou cruzando os braços e caminhando na minha direção.

— Ele saiu, não sei que horas ele irá retornar para casa. — Digo olhando para ela e relembrando o sonho ou melhor, pesadelo que tive. — Acho que a empregada já te disse isso senhora Blunk.

— Sim, ela já me disse. Mas mesmo assim irei esperá-lo, só tenho até o final da tarde para falar com ele. — Ela disse olhando agora na direção da piscina e eu a observei.

Ela usava um vestido vermelho colado ao corpo e que marcava bem as suas curvas e nos pés seus saltos preto. Seus cabelos estavam soltos e era a primeira vez em que eu a via sem maquiagem, se ela estava usando mesmo, não dava para perceber e estava bem natural.

— O que quer falar com ele?

— Só interessa a mim e a ele, não a você. — Ela voltou seu olhar para mim e eu a encarei.

Me ajude Deus, me ajude para eu não jogá-la dentro dessa piscina.

— Então a senhora vai ficar por aqui até o final da tarde, esperando ele chegar? E se ele chegar por exemplo só amanhã? — Pergunto e me sento na espreguiçadeira.

Ela caminhanou na direção de uma mesinha que ficava do outro lado e que continha quatro cadeiras. Uma das cadeiras ela pegou e trouxe para perto de onde eu estava, logo ela respondeu a minha pergunta.

— Então eu terei que deixar o recado com você. — Ela se sentou na cadeira branca e eu encarei minhas unhas pintadas de esmalte preto.

— Se eu fosse a senhora só viria mais tarde, não perderia tempo aqui.

— Olha Scarlet, antes de continuarmos falando vou te pedir para que me chame de "você" ou pode ser até mesmo pelo meu nome. Vamos eliminar a formalidade para que seja mais fácil a comunicação, não concorda? — Ela perguntou e eu olhei para ela.

Ela me chamando pelo nome parecia até um milagre.

— É claro, como quiser... Raquel.

Me deitei na espreguiçadeira e apoiei minhas mãos em cima da minha barriga. Percebi que Raquel olhava para mim e por um momento senti vergonha, não sei se é porque estou de bíquini mas eu não sou de se sentir envergonhada por causa disso.

— Tenho notado seu comportamento nas minhas aulas e ultimamente, você tem se comportado e não tem me afrontado. Por quê? — Ela perguntou e eu mais uma vez olhei para ela.

— Por quê? Ora porque eu decidi parar com isso e me concentrar mais nos estudos, simples. — Dei de ombros e ela deu um sorriso fechado.

— Algo me diz que tem algum motivo para isso.

— Acredite, não tem.

— Ah tem sim, tem e você não quer me dizer.

— E nem vou.

— Está vendo? Tem um motivo. — Ela disse me fazendo revirar os olhos.

— É tem, mas não importa. — Digo voltando a me sentar na espreguiçadeira. — Vai ficar aqui mesmo? Sério, eu só acho que o meu pai vai demorar. — Me levanto e caminho na direção da piscina.

— Por que tenho a impressão de que você quer que eu vá embora?

Porque é exatamente isso que eu quero.

— Não é isso. — Digo olhando para ela e a mesma arquea uma sobrancelha. — Tá é isso mas o que eu posso fazer? Também não vou te expulsar então se quiser ficar aí... fique ou se quiser ir para a sala de estar, pode ir também, fique a vontade. — Digo isso e logo mergulho na piscina.
Volto para a superfície e me aproximo da borda.

— Você vai ficar o dia todo aí dentro? — Raquel perguntou e eu apoiei minhas mãos na borda da piscina.

— Só vou sair quando me der vontade de sair. — Digo e ela rir de canto. — Sério pode ficar a vontade, pode ir para a sala de estar, ligar a tv, não precisa ficar o dia todo aí sentada esperando pelo meu pai. Eu o conheço e sei que ele vai demorar.

Ela não falou nada e eu comecei a nadar, é melhor, só assim esqueço que ela está ai. Quando voltei para a superfície e passei a mão no rosto, Raquel já estava me olhando, o que me deixou desconfortável e me fez encará-la.

— Você nada tão... devagar.

— Eu nado devagar? Você não sabe como eu realmente nado, eu costumo vencer contra uma pessoa que diz nadar mais rápido que eu. — Digo convencida e a Raquel da um sorriso irônico enquanto se levanta da cadeira em que estava sentada. — Na verdade, eu sempre venço.

— Então você me venceria? Eu não sei você, mas eu nunca perco quando quero ganhar alguma coisa. — Ela disse se aproximando da borda e nadei para perto da borda em que ela se aproximou.

— Você não tem cara de que gosta de nadar.

— E você não tem cara de que gosta de perder. — Ela foi direta e eu a encarei.

— Está me desafiando? — Pergunto e ela da de ombros.

— Talvez eu esteja.

Se ela acha que pode ganhar de mim ela está enganada.

— Talvez você ganharia de mim, mas é uma pena porque você está de vestido e não com uma roupa apropriada para banho. — Foi só eu dizer isso que ela riu de canto e logo levou sua mão para uma das alças do seu vestido vermelho, a abaixando e assim fez com a outra alça e rapidamente ela se livrou do vestido, que desceu pelo seu corpo, a deixando só de sutiã e calcinha que eram da cor vinho. 

— Agora estou apropriada. — Ela disse pegando o seu vestido e dobrando. Em seguida caminhou na direção da cadeira em que estava sentada, e colocou o vestido lá. Ela tirou seus saltos e os deixou perto da cadeira, caminhou na direção da piscina e logo se sentou na borda bem próxima a mim. — Você deve estar pensando "minha professora é muito competitiva" e... não está pensando errado.

Ah se eu estivesse só pensando isso mesmo era ótimo. Mas não, eu não conseguia parar de pensar em vê-la tirando o vestido, a cena se repetia na minha mente várias vezes e eu só queria dar na minha própria cara.

— Você é competitiva demais, arrisco dizer que é mais que eu. Tem certeza que vai nadar... assim? — Pergunto tentando não olhar tanto para ela e me afasto um pouco da borda da piscina.

— Sim. Se fosse para o seu pai chegar, ele já teria chegado e eu não vou ficar muito tempo dentro dessa piscina então... não vejo mal em competir com você um pouco. Sempre me sinto melhor depois de um mergulho.

— Sério? Eu penso o mesmo, eu também me sinto melhor depois de um mergulho. Sempre que estou estressada ou só querendo relaxar e não pensar em nenhum problema, eu venho nadar. — Digo e ela logo entrou dentro da piscina e fechou os olhos.

— Agora já foi. — Ela disse me fazendo dar um sorriso fechado e em seguida, a mesma abriu os olhos. — Parece que temos uma coisa em comum.

— É... temos, parece até brincadeira. Mas vamos começar, daquele lado ou daquele outro lado? — Pergunto e ela olha para o outro lado.

— O outro lado.

Nadamos para o lado que ela preferiu e eu respirei fundo já me preparando para mergulhar.

— Já sabe não é? Quem chegar primeiro na volta vence. — Digo e ela assente. — No dois, um... e

— Scarlet eu já irei para casa. — Daniela apareceu perto da entrada da área da piscina e eu assenti. — Fique bem minha linda e a senhora ao seu lado também, até o final do mês.

— Até, vou sentir saudades. — Altero um pouco a voz quando a mesma vai embora e olho para Raquel que estava um pouco séria. — Vamos de novo.

Fiz a contagem e assim mergulhamos na mesma hora. Nadei o mais rápido que consegui indo até o outro lado da piscina, assim que fui para a superfície para poder respirar foi a mesma hora em que Raquel fez a mesma coisa. Nos olhamos e em seguida olhamos para o outro lado, quem chegasse primeiro ganharia... logo mergulhei novamente e nadei rapidamente, eu iria ganhar e estava sentindo isso.

Precisei colocar a cabeça para fora da água algumas vezes para poder respirar até que consegui chegar na borda de onde eu e Raquel havíamos começado a nadar e quando voltei para a superfície não acreditei que Raquel já estava com o braço apoiado na borda da piscina e olhando para as unhas dela.

— Mais um pouquinho e você teria vencido. — Ela disse desviando o olhar das suas unhas para mim. — Mais sorte da próxima vez.

Ela iria sair quando eu segurei no pulso dela.

— De novo.

Ela deu de ombros e iniciamos mais uma vez, eu nadei o mais rápido possível para que pudesse ganhar e na volta, ao voltar para a superfície foi na mesma hora em que Raquel se aproximou da borda.

Quando ela voltou para a superfície, eu estava com o cotovelo apoiado na borda.

— Poderia ter sido mais rápida.

— Eu te deixei ganhar. — Ela disse séria e eu rir de canto.

— Não deixou não. — Digo e ela me encara, só entregando que ela havia perdido essa e que eu havia ganhado. — Empatamos, aceite. — Passo a mão nos meus cabelos molhados e ela concorda com um aceno de cabeça. — Quer desempatar?

— Ai você perde, deixe como está. — Ela disse e logo se aproximou de mim e tocou em uma mecha do meu cabelo, em seguida tirou de lá um papelzinho que agora estava molhado e se despedaçou quando ela puxou do meu cabelo. — Pensei que era um caspa. — Ela riu agora próxima a mim e quando a mesma iria se afastar eu a agarrei pela cintura. Ela iria dizer algo mas eu aproximei meu dedo indicador dos seus lábios impedindo que ela falasse.

— Não se afaste... — Sussurro olhando em seus olhos e em seguida desço meu olhar para a sua boca. — Me desculpe pelo que irei fazer agora. — Não demorei e logo encostei meus lábios nos dela.

A mesma resistiu tentando me afastar dela mas eu a trouxe para mais perto de mim, encostando nossos corpos e sentindo a água da piscina se mover um pouco ao fazer isso. Quando eu iria me afastar dela por ela estar resistindo, a mesma cedeu o beijo e levou suas mãos para a minha nuca, o que me surpreendeu muito e me fez gemer baixinho entre o beijo.

Annabelle Narrando

Fiquei cuidando de minha mãe a manhã toda. Almoçamos juntas e assim que ela terminou, ela foi se deitar... pedi a Trovão para que ele aproveitasse e fosse junto para ficar de olho nela.

Ela ainda não estava nada bem e ainda estava abalada com a morte de Milena, ela era tão jovem... não merecia ter morrido, tinha tanta vida pela frente. Ela deveria ter freiado ao invés de estar dirigindo em alta velocidade, ela acabou batendo em um caminhão e quando a ambulância a levou para o hospital... ela acabou não resistindo.

Estou no meu quarto arrumando alguns livros na minha estante. Até tentei ligar para Scarlet hoje para falar com ela mas ela não atende o celular, conhecendo ela deve estar dentro daquela piscina de novo. Se ela pudesse ela moraria ali dentro mesmo.

Meu celular tocou e eu deixei alguns livros em cima da cama, fui até o criado mudo e peguei meu celular para ver quem me ligava. Número desconhecido?
Resolvi não atender e voltei a arrumar os livros na estante, faltava pouco para que eu acabasse mas meu celular tocou novamente fazendo-me parar de arrumar o que eu estava arrumando.

Peguei meu celular e agora atendi a ligação daquele número desconhecido.

Ligação On📱

— Alô?

— Pensei que não fosse me atender. — O dono da voz rouca me fez ficar surpresa por simplesmente estar me ligando.

— Dominic? Mas... como conseguiu meu

— Você é a melhor amiga da minha filha, como eu poderia não saber seu número? — Ele perguntou me interrompendo e eu sentei em cima da minha cama. — Tive que ver em uma das agendas dela de anotações, onde ela escreve o nome e o número de telefone de todos que ela conhece e o seu estava nessa agenda então...

— Você não perdeu tempo.

— Não... já faz uma semana que não nos vemos. — Ele disse e eu soltei um suspiro. — Como está a sua mãe?

— Melhorando, mas ela ainda não está cem por cento. — Digo e coço a nuca. — E você? Como está?

Bem... estaria melhor se eu pudesse ver você. — Ele disse e eu rir fazendo um sinal de negação com a cabeça. — É sério Annabelle.

— Parece que quando eu tento te tirar da minha cabeça, você advinha e resolve me atentar para não te tirar. — Digo e o escuto rir. — Você sabe que isso é perigoso.

— Sei, assim como você também sabe.

— Por que me ligou?

— Queria ouvir sua voz. — Ele disse e eu sorrir ao descobrir naquele momento que ele gosta de ouvir minha voz.

Vi Trovão entrar no meu quarto e o mesmo parou próximo a porta e se sentou no chão. Olhei para ele e o vi fazer um sinal de negação com a cabeça.

— Quando você estará disponível? — Dominic perguntou do outro lado da linha e eu desviei o olhar de Trovão e olhei para a janela do meu quarto.

— Não sei... por quê?

— Poderíamos sair.

— Sair? Dominic...

— Para conversar, acalme-se. — Ele disse me fazendo soltar um suspiro aliviada. — Eu prometo que será só para conversármos.

— Não sei não, é arriscado.

— Annabelle mais arriscado é se nós dois tivermos essa conversa dentro da minha casa, tem que ser em outro lugar. — Ele disse e infelizmente eu tive que concordar.

— E para onde iríamos?

— Quando nos vermos pessoalmente talvez eu te conte. Preciso desligar agora, não estou em casa.

— E onde você está? — Pergunto curiosa e olho para a cerâmica do meu quarto.

— Na casa do meu tio, trouxe Kiara comigo para que ele pudesse conhecê-la.

— Ah sim. É... Scarlet não está com vocês?

— Preferiu ficar em casa. Segundo ela, desde ontem dizia que hoje queria a casa só para ela e que queria paz. — Ele disse e eu afastei um pouco o celular da minha orelha para olhar a hora.

— E você acha que ela ainda pode estar dentro da piscina a essa hora? — Pergunto voltando a aproximar o celular da minha orelha direita.

— Não sei, ela só sai a hora que quer... por quê?

— Por nada. Também vou desligar, tenho que terminar de arrumar a bagunça que fiz no meu quarto. Até breve... Dominic.

— Até breve... Annabelle.

Ligação Off📱

Coloquei meu celular em cima do criado mudo e passei a mão nos meus cabelos.

— Esse encontro de vocês dois... — Trovão disse caminhando na minha direção.

— Não vai ser um encontro. — Digo e Trovão sobe em cima da minha cama.

— Annabelle... você não vai se segurar. — Ele avisou e cruzei os braços. — Não me venha com um "vou sim" porque você não vai não. E eu acredito que quando o desejo de vocês dois falar mais alto vocês não vão se importar é com nada, nem com Scarlet e nem com ninguém.

Soltei um suspiro e me deitei na cama que estava um pouco bagunçada.
Não sei como agiria ao ver Dominic novamente... eu não sei o que faria se acontecesse algo entre nós dois de novo.

— Você sabe o que faria Belle. — Trovão disse me olhando e eu neguei com a cabeça. — Vamos mudar de assunto, sua mãe dormiu e antes de dormir ela estava pensando em uns momentos bons que passou com Milena.

— Ela jamais vai esquecer a amizade que teve com Milena. — Digo e logo volto a me sentar na cama. — Esse ano está sendo difícil para ela, perdeu o meu avô, perdeu Jeffrey e agora Milena... quem será o próximo?

— Não pense assim Belle, não terá um próximo. — Ele disse apoiando sua pata fofa e marrom em minha perna.

— É verdade... ah é que todos esses acontecimentos me fizeram e ainda me fazem pensar que... que alguma coisa ainda está para acontecer.

— Mas o que seria?

— Eu não sei, só sei que... que sinto isso. — Digo um pouco intrigada com esse pressentimento que não era tão bom assim.

Scarlet Narrando

Raquel retribuiu o meu beijo com tanta intensidade que eu senti naquele momento que eu não era a única que estava querendo aquilo. Mas como tudo que é bom dura pouco... não demorou para que ela mesma parasse o beijo e fazendo um sinal de negação com a cabeça.

— Não, não isso não era para ter acontecido. — Ela disse se afastando de mim.

— Raquel me perdoe por te feito isso, eu... ah eu

— Por que me beijou? — Ela perguntou me interrompendo e me encarou.

Eu adoria responder a pergunta dela, mas como poderia responder uma pergunta que nem eu mesma ainda sei a resposta?

— Eu não sei. — Desviei o olhar dela e olhei para a água da piscina. — Eu não deveria ter feito isso.

— Ah mas não deveria mesmo. — Ela nadou na direção das escadas da piscina e em seguida saiu. Pegou minha toalha que estava em cima de uma mesa e foi se secando o mais rápido que conseguiu. — Espero que isso não volte a acontecer, eu... eu deveria ter ido embora quando você me pediu para ir mas eu insistente, quis ficar.

— Mas você não tem culpa disso. — Digo apoiando minhas mãos na borda da piscina e fazendo um impulso para conseguir sair.

— Ah eu tenho sim. Olha eu vou embora e por favor tente entrar em contato com o seu pai, eu preciso falar com ele e mande ele me telefonar antes das quatro e meia da tarde. Eu costumo resolver minhas coisas pessoalmente e não por telefonema. — Ela disse começando a vestir o seu vestido mesmo sabendo que ele poderia molhar.

Quando sai da piscina caminhei na direção dela enquanto ela enxugava agora os seus cabelos molhados com a minha toalha.

— Você não deveria ter feito o que fez Scarlet. Você fez isso só para você ter motivos para me difamar na MHS?

— Como? Não, eu não fiz isso nessa intenção. Raquel... — Tentei tocar no ombro dela mas a mesma deu um passo para trás e eu fechei minha mão. — Desculpe, mas não é isso que você está pensando.

— Bom, sendo ou não sendo o que eu estou pensando, eu não irei mais te importunar. Scarlet eu sou sua professora e além disso, eu também sou comprometida... meu noivo está internado e em coma e eu nunca o trai... até agora.

Eu nem estava lembrada desse noivo dela mas sinto que ela deve estar se sentindo mal agora por causa disso.

— Raquel... — Iria me aproximar dela mas a mesma se afastou mais uma vez. — Você não tem culpa, eu sou a verdadeira culpada porque fui eu que te beijei.

— E eu correspondi... é melhor eu ir. Voltarei quando seu pai estiver em casa— Ela disse dando as costas e indo embora.

Me deixando sozinha e pensativa.

Dominic Narrando

As horas se passaram rápido enquanto eu e Kiara estávamos na casa de meu tio, que gostou de conhecer minha filha e ela também gostou dele. Já são três e meia da tarde e acabei de chegar em casa com Kiara e só voltei porque Scarlet me ligou a algumas horas atrás dizendo que Raquel Blunk havia vindo a nossa casa e que precisa falar comigo pessoalmente, e que o assunto era urgente.

Me preocupei com isso e tive que me desculpar com meu tio por não poder ficar mais tempo em sua residência. Agora estou em casa e aguardando a chegada de Raquel que segundo Scarlet, ela só tinha essa tarde para falar comigo.

Percebi que minha filha estava um pouco pensativa, na verdade, muito pensativa e alheia ao que acontecia a sua volta. Tive que perguntar duas vezes se ela havia curtido o dia dela, ela parecia estar no mundo da lua mas respondeu dizendo que sim, que havia curtido o dia dela sozinha em casa.

Imaginei que a visita de Raquel poderia ter "estragado" o dia dela já que as duas não se dão muito bem e Scarlet não a suporta. Mas pelo visto... tudo ocorreu bem.

— Papai, quando vamos para a casa do tio do senhor de novo? — Kiara perguntou e eu olhei para ela que estava sentada no sofá ao meu lado.

Eu havia ligado a tv mas não estava passando nada de interessante.

— Você gostou mesmo dele.

— Sim, ele não é como o tio Ramiro.

— Como assim filha?

— Ah... — Ela começou a entrelaçar sua mão uma na outra. — O tio Ramiro fica querendo empurrar aquela mulher para o senhor e já disse para mim que Poliana seria uma boa madrasta. Já o tio do senhor não gosta do tio Ramiro, ele me disse isso hoje quando o senhor precisou fazer uma ligação importante. — Ela disse e soltei um suspiro.

Eu não estou louco de se casar com Poliana e ela não seria uma boa madrasta para as minhas filhas, mesmo eu sabendo que não querem uma, principalmente Scarlet.

A ligação importante... o que eu inventei só para telefonar para uma certa loira e ouvir a voz dela.

— Papai por que o tio Ramiro faz isso?

— Porque ele é um sem noção e eu já disse isso para ele. — Digo fazendo um sinal de negação com a cabeça, mesmo que minha filha não pudesse ver.

Na verdade desde que disse para ele respeitar os outros, incluindo Annabelle nessa lista, ele passou a não vim muito aqui como vinha de costume e eu estou pouco me importando com isso.

Se ele quiser vim, as portas estarão abertas para ele mas se for para desrespeitar... que ele volte de onde veio.

Escutei o som da campanhia e disse que Kiara poderia ficar no sofá, que eu não iria demorar. Provavelmente é a Raquel.

Sai de casa deixando a porta aberta e caminhei na direção do grande portão. Assim que o abri, vi Raquel vestida em uma calça preta e uma blusa de manga longa com botões na cor cinza.

— Boa tarde Dominic.

— Boa tarde Raquel, gostaria de entrar?

Quando estamos a sós deixamos a formalidade de lado e nos tratamos como colegas, é o que fomos e ainda somos.

— Não é necessário, obrigado.

Cruzei os braços e a analisei.

— Scarlet me contou que você esteve aqui e que queria falar comigo pessoalmente, que o assunto era urgente. Me preocupei e vim para casa com minha outra filha o mais rápido que consegui... o que houve Raquel? Você me parece tensa. — Digo analisando a mesma que também cruzou os braços.

— E é urgente mesmo, mas saiba que já me organizei e também combinei com uma colega minha que ela pode ocupar o no meu lugar na MHS, se assim você permitir.

— Ocupar o seu lugar? Não entendi.

Seria lamentável se Raquel pedisse demissão.

— Minha mãe... só tem mais alguns dias de vida. — Ela disse me fazendo erguer as sobrancelhas.

— A senhora Walton só tem mais alguns dias de vida? Não pode ser verdade... — Digo pasmado por me lembrar de já ter visto a mãe dela uma vez.

— Não Dominic, a mulher que você conheceu e eu disse que era minha mãe está bem. Graças a Deus, se ela não estivesse eu provavelmente já estaria aos prantos agora mesmo... me refiro a minha mãe biológica que não é daqui, ela não é da Pensilvânia. — Ela disse me causando um leve espanto.

Não sabia que a senhora Walton não era a mãe biológica de Raquel.

— Eu partirei hoje a noite e não sei quanto tempo irei ficar fora, não tenho uma previsão de quando irei voltar. — Ela deu de ombros.

— Me perdoe o que irei dizer agora, mas você não parece tão triste com a notícia de que sua mãe biológica só tem mais alguns de vida. — Digo e ela desvia o olhar de mim, olhando para o carro que estava atrás dela a esperando.

— É porque essa mulher que só tem alguns dias de vida, deixou de ser minha mãe há muito tempo. — Ela disse séria e voltou a olhar para mim. — Você já teve uma mãe que preferiu acreditar em outra pessoa e não em você?

— Minha mãe morreu muito cedo. — Digo sério não gostando de tocar naquele assunto e eu percebi que ela também não queria falar sobre a mãe biológica dela. — Vamos mudar de assunto, é evidente que não gostamos de falar do passado.

— Tem toda razão... enfim, eu precisava falar isso para você e tinha que ser pessoalmente. Aqui está o contato da minha colega que poderá me substituir, pode ligar para ela ainda hoje, ela já está ciente de que irei ficar fora por algum tempo. — Ela me entregou o número escrito em um papelzinho e eu logo peguei e o olhei. — Ela é responsável e creio que irá cumprir com as obrigações dela na MHS.

— E você? — Desvio o olhar do papel para ela.

— Eu vou ficar bem não se preocupe, eu pretendo voltar. — Ela disse dando um sorriso fraco, o que me fez entender que ela não iria se demitir.

Logo seu sorriso se desfez e eu não entendi.

— Me desculpem, não queria interromper mas... pai, o tio Ramiro ligou perguntando se você iria mesmo a casa dele ou não. — Scarlet disse aparecendo ao meu lado e eu nem havia notado quando ela se aproximou.

Meu Deus! Eu estava completamente esquecido de que ele havia me ligado logo cedo e eu disse que iria pensar, se eu estivesse disposto eu diria.

— Ele ainda está na ligação?

— Não. — Scarlet disse e logo desviou seu olhar de mim para Raquel. As duas ficaram se encarando por alguns segundos até que Raquel decidiu ir embora.

— Até breve Dominic.

Raquel caminhou na direção do carro que a aguardava e em seguida entrou. O carro deu partida e ela foi embora.

Scarlet iria se afastar quando eu a impedi, a mesma me olhou confusa.

— Por que não a cumprimentou?

— O senhor sabe que nos detestamos. — Ela disse e eu a deixei ir para dentro de casa.

— Então você vai ficar contente em saber que ela vai embora, hoje mesmo. Terá outra professora agora para substitui-la. — Digo e vejo minha filha parar de caminhar perto da entrada de nossa casa. — E é bom torcer para que essa nova substituta seja tão boa quanto a senhora Blunk.

Scarlet se virou para me olhar e franziu as sobrancelhas.

— Ela se demitiu?

— Não, mas pensei por um momento que ela fosse fazer isso. Mas não fez... era o que você queria não é? Que ela se demitisse? — Pergunto e aproveito para fechar o portão.

— Sim, era o que eu gostaria que ela fizesse.

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Espero que tenham gostado, votem e comentem...

Bjooooooooos✨

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