ꕥ Capítulo 13 ꕥ
Annabelle Narrando
Depois de ter tomado vitamina de morango e ter dado um pouco para o Trovão, nós dois agora estamos no meu quarto conversando sobre o que aconteceu comigo ontem a noite, ou melhor, o que eu acabei dizendo para o Dominic ontem a noite.
— E se ele contou a Scarlet? — Pergunto preocupada.
— Ele não contou e ainda bem que ele conhece a filha dele. Eu não gosto nem de imaginar qual seria a reação de Scarlet se soubesse...
— Ela não vai saber. — Solto um suspiro pesado. — Não gosto nem de imaginar ela se afastando de mim por causa disso. É por isso que não vou mais ficar a sós com o Dominic, se chegar o momento em que eu e ele estivermos sozinhos, eu saio... tenho que esquecer ele. Isso é loucura demais e Scarlet jamais me perdoaria.
— Você sabe que quando se está apaixonado ou apaixonada por alguém, não se esquece essa pessoa do dia para a noite, não é? — Ele perguntou e eu confirmei com um aceno de cabeça.
— É complicado.
— Mas e então? Vai se desculpar com ele já que você se lembra de ter apoiado a sua querida mãozinha naquele lugar que não deveria ter apoiado? — Ele perguntou em um tom malicioso e eu bufei. — Espera, isso soou estranho.
Acabei me lembrando disso enquanto lavava o liquidificador.
— Foi no centro do peito dele e não em outro lugar e se fosse em outro lugar... eu não iria querer ver ele nem pintado de ouro. — Digo me sentando na cama e olho para o Trovão que estava deitado em cima de um puff, próximo a janela que estava fechada.
— Eu não vou. — Disse Trovão derrepente me fazendo o olhar confusa. — E pare de se intrometer aonde não foi chamada. — Ele disse com o tom de voz sério e eu vi o mesmo fechar os olhos. — Não sei... eu não vou levar Belle até você, e pare de conversar comigo.
— Trovão? — Chamo a atenção dele e o mesmo abre os olhos. — Tá tudo bem? Parece que você está falando com alguém além de mim.
Ele se senta em cima do puff e encara a cerâmica branca do quarto.
— Zípora.
— Quem?
— Minha irmã, o nome dela é Zípora. Ela estava invadindo os meus pensamentos e conseguiu escutar um pouco da nossa conversa, deu até mesmo um conselho sem a minha permissão e ainda quer que eu vá vê-la junto com você, ela quer te conhecer e eu disse que não, simples. — Ele disse sério e erguendo um pouco a cabeça, olhando agora na direção da janela.
— Por que tanto ódio dela Trovão? Por que não quer ir vê-la e não quer que ela me conheça? — Pergunto realmente intrigada.
— Vou te dizer o motivo Belle. Há alguns anos atrás quando eu já sabia controlar os meus poderes, eu fui em busca da minha irmã porque eu queria saber se ela ainda estava viva, foi sentindo o cheiro dela que eu a encontrei. Encontrei ela mas não em sua forma real... ela quer ser como você, como sua mãe, para resumir ela quer ser como os humanos. — Ele explicou e parecia irritado com isso. — Ela também sentiu o meu cheiro e quando me viu, tentou se aproximar de mim mas eu corri para longe dela. Não acreditava que ela tinha feito uma escolha daquelas.
— Espera um pouco, então ela é
— Humana? Sim, é um dos poderes dela. Ela pode se transformar em humana. — Ele disse me interrompendo e eu achei aquilo louco e ao mesmo tempo incrível, um cachorro poder se transformar em humano.
Isso me lembra até as histórias que falam sobre lobisomens.
— Mas a diferença é que ela não é uma lobisomen. — Trovão disse e com certeza ele havia lido os meus pensamentos. — Enfim, depois de ter visto no que minha irmã havia se transformado e ter fugido dela... ela correu atrás de mim também para se explicar. Paramos em um beco vazio e eu nos teletransportei para um lugar mais afastado das pessoas. Ela disse que preferia ser humana, que conseguiu se adaptar e aprender tudo que os humanos faziam, conseguiu um emprego em um bar e o dono do bar não tinha parentes. Ela também me contou que o dono acabou se apegando a ela e confiando nela até mesmo de olhos fechados e quando ele faleceu, deixou o bar para ela, tudo que estava no nome dele ele passou para ela, para Zípora.
— Caramba.
Não vou mentir, estou surpresa com essa história toda.
— Então agora ela é dona de um bar? Uau! Espera... foi por isso que você não quis ir para o bar comigo e com Scarlet não foi? — Pergunto desconfiada.
— Sim. Minha irmã é dona de um maldito bar, ir á um bar com você e a tempestade faria me lembrar de Zípora. — Ele disse ainda sem desviar o olhar da janela. — Zípora e eu ainda discutimos sobre isso quando nos vimos pela primeira vez depois de tanto tempo, eu estava feliz por vê-la e até cheguei a pular no colo dela para nós nos abraçarmos... mas o clima bom que estava entre a gente, não demorou para acabar. Eu a chamei para voltar a morar com o seu avô e comigo, mas ela não quis, preferiu a vida de humana e o bar, fora que, ela tinha um namorado humano na época também.
— Você tem raiva dela porque ela não aceitou abandonar a vida de humana para ir morar com você e o meu avô? — Pergunto fazendo com que o mesmo me olhasse, ele confirmou balançando a cabeça e eu cocei a nuca. — Ela não tem mais namorado?
— Não. E nesse mesmo dia eu falei para ela, que vai chegar o momento em que vamos morrer. Fala sério, somos cachorros e não vivemos por muito tempo. Temos poderes? Temos e chega até a ser uma vantagem, podemos chegar até os 18 ou 20 anos? Podemos graças aos nosso poderes, mas não somos imortais. — As palavras que saíram da boca dele chegaram a me atingir um pouco.
Se Trovão morrer... eu não sei o que vai ser de mim. Eu acabei me apegando a ele, sinceramente eu vou ficar muito triste quando isso acontecer.
— Belle. — Ele chamou pelo meu nome, seu tom de voz agora calmo. — Não pense nisso agora.
— Penso sim. — Digo fechando os olhos antes mesmo que as lágrimas quisessem se formar.
— Não pense. Eu ainda estou aqui e não é bom ficar pensando nisso, eu só estou te dizendo o que eu disse para a Zípora para ela se tocar e até mesmo ela, ficou triste com essa verdade. Mas mesmo assim, ela preferiu continuar assumindo a forma humana e sendo dona de um bar... sim ela é persistente.
— Já sei a quem você puxou. — Digo abrindo os olhos para olhar para ele. Ele desce do puff e caminha na direção da minha cama, em seguida sobe em cima da minha cama e se senta ao meu lado.
— O motivo foi basicamente isso mesmo Belle, não pense que sou rancoroso eu só... senti saudades de ter uma irmã por perto, cuidando de mim e me aconselhando. — Ele disse agora apoiando sua pata direita na minha perna. Passei minha mão nos seus pelos, fazendo carinho no mesmo e o vi fechar os olhos. — Pensei que se encontrasse ela, ela iria querer reviver isso comigo novamente... mas ela não aceitou e está tudo bem.
— Está mesmo? — Pergunto vendo o mesmo voltar a abri os olhos.
— Sim, está. Foi uma decisão dela e eu tive que respeitar e aceitar, ela só não contava que isso iria acabar me afastando muito dela. — Trovão se deitou na minha cama e eu continuei fazendo carinho nele. — Mas é isso.
— Sinto muito por isso... ela também tem poderes não é? Lembro que você me falou uma vez que ela tinha, quais são? — Pergunto curiosa e até pensando em uma possibilidade de poder conhecê-la algum dia.
— Quer mesmo conhecer ela?
— Se você quiser que eu a conheça, por mim tudo bem.
— Não quero Belle, ainda não é o momento. — Ele disse se sentando novamente na cama. — Os poderes de minha irmã são diferente dos meus, exceto o poder de ler mentes. Ela pode se transformar em humana, ela também tem uma grande conexão com a água, por exemplo, se ela estiver triste não demora nem dois segundos para começar a chover aqui na Pensilvânia, vai dependendo do humor dela mas não é sempre que acontece, é quase sempre mas... não é sempre entende?
— Não muito. — Rir. — São só esses?
— Ela também tem visões quando toca em alguém ou quando alguém toca nela. Ela já descobriu muitas coisas só com esse poder. — Ele explica e eu penso um pouco sobre isso.
— Então se eu deixasse ela tocar em mim ou eu tocar nela, ela conseguiria ter uma visão de mim? Do meu futuro ou algo do tipo? — Pergunto me interessando por isso e Trovão parece negar com a cabeça.
— Do futuro não, mas o que você fez no passado sim e o que você está sentindo no momento também, ela consegue sentir. Por exemplo, se você estiver triste e acidentalmente esbarrar nela, ela tem uma visão de você, ela consegue sentir a sua tristeza e ainda consegue ver o motivo da sua tristeza, entendeu? — Ele perguntou e eu assenti. — E o último é a velocidade, o que ela não utiliza muito. O único poder que ela me falou que não consegue controlar, são os das visões. Ela diz que não tem como controlar e quando acontece, ela apenas ver.
— Nossa... eu não imaginava que sua irmã tivesse esses tipos de poderes. — Digo ainda surpresa e ao mesmo tempo fascinada.
— Mas ela tem, nem sempre é legal ter poderes Belle. Não pense que é divertido porque na maioria das vezes não é. — Ele me alertou e eu tive que concordar com ele.
— E qual foi o conselho que sua irmã deu em relação a nossa conversa? — Pergunto e Trovão me olha.
— A opinião dela é a mesma que a minha. Você realmente deve se desculpar com o Dominic já que você se lembrou de ter falado o que não devia e também de ter se aproximado demais dele, ela também disse que é melhor se desculpar porque ele pode ficar com uma má impressão sobre você e isso é ruim.
— É verdade... não tinha pensado nisso. Gostei da sua opinião e da opinião da sua irmã também. — Dei um sorriso fechado e Trovão desceu da minha cama.
— Vai se desculpar com ele hoje?
— É melhor, não é? — Pergunto e ele confirma com a cabeça e em seguida sai do quarto.
Olhei para o meu celular que estava em cima do criado mudo... vou ligar para Scarlet para saber se ela vai estar em casa. Se ela estiver, eu irei e aproveito se o Dominic estiver também e me desculpo.
[...]
Péssimo! Scarlet disse que hoje a noite iria sair, ela não queria sair de casa mas infelizmente teria que ir a uma comemoração. O tio dela, o tal Ramiro, faz aniversário hoje e esse tio dela insistiu para que ela fosse com o Dominic.
Scarlet disse que Kiara foi a única que conseguiu se salvar, que Izzy disse que não teria problemas se a garota não quisesse ir e que poderia cuidar de Kiara enquanto o senhor Murray e Scarlet não chegassem em casa. Imagino que Kiara ainda não está preparada para sair da casa dos Murray e conhecer novas pessoas.
Quando deu onze horas da noite, recebi uma ligação de Scarlet me convidando para ir a essa comemoração do tio dela, como estava tarde eu já tinha me preparado para dizer um não mas ela me disse que a comemoração havia sido adiada para amanhã a noite.
Eu não gosto de sair de casa dia de domingo, mas minha amiga insistiu para que eu fosse pois não queria ficar sozinha sem ninguém para conversar.
Eu tive que dizer que iria e ela me passou o endereço de onde iria ocorrer a comemoração, meu nome já estaria na lista e eu só precisaria dizer meu nome para um dos seguranças que provavelmente estariam na entrada.
Scarlet também falou que já estaria lá a minha espera, que quando eu chegasse, ligasse para ela. E foi o que eu fiz.
Minha mãe não reclamou e me deixou vim para essa comemoração, ela me contou que iria sair e eu já sabia com quem e foi por isso que desejei a ela um boa sorte. Só tinha uma questão, eu sai de casa e minha mãe ainda estava em casa, eu não sabia que horas ela iria para esse encontro mas assim que ela saísse de casa, Trovão disse que também viria para essa comemoração e tomara que ele chegue logo, eu já liguei duas vezes para Scarlet e ela não me atende.
Já estou dentro do grande salão de festa e quando disse meu nome para um dos seguranças lá fora, ele conferiu na lista e me deixou entrar. Tem tantas pessoas aqui dentro que eu acho que vai ser difícil eu encontrar Scarlet.
Do meu lado esquerdo tinha um grupo de homens, todos de terno, alguns de preto e outros com ternos no tom azul escuro. Pareciam homens importantes, na verdade, todo mundo que está aqui parece ser gente importante.
Peguei meu celular e mais uma vez liguei para Scarlet... nada dela atender, está dando desligado. Estou usando um vestido longo floral e de alcinha, tem um pequeno decote na frente, na parte dos seios e eu só vesti esse vestido por causa do Trovão. Acreditem, foi ele que escolheu o look que estou usando agora, ele não me deixou vim de saia longa e com uma blusa de manga longa como eu uso de costume.
Também estou usando uma rasteirinha na cor branca, foi a única coisa que permiti ele escolher para eu usar.
Não estou usando maquiagem porque eu não quis, estou de óculos como sempre e com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo. Está bom demais, apesar de Trovão me dizer que eu deveria me maquiar um pouco... da última vez que me maquiei ficaram rindo de mim e dizendo que nem a maquiagem seria capaz de me deixar... bonita.
Desde então, nunca mais ousei passar maquiagem no meu rosto.
— Meu filho está na faculdade de medicina, ele é um jovem muito dedicado e persistente. — Disse um dos homens que estava entre o grupo de homens do meu lado esquerdo.
Olhei para ele que falava com orgulho do filho dele enquanto os outros só sabiam prestar atenção no que ele dizia, o terno dele era preto e até que... ele é um homem bonito. Foi observando o mesmo que notei que havia uma pequena joaninha no ombro direito dele, em cima do terno.
— Senhor Dirksen...
— Não me interrompa senhor Coleman. — Disse o homem impaciente que antes falava orgulhoso do filho.
Provavelmente os outros notaram que tem uma joaninha no ombro dele e um deles tentou avisar, mas ele não se importou.
— Como eu estava dizendo, o meu filho
— Senhores, me desculpem pela intromissão. — Digo me aproximando mais um pouco deles e todos me olham na mesma hora em que falo. — Gostaria de avisar ao senhor — Direciono meu olhar para o tal de "senhor Dirksen". — Que tem uma joaninha no seu ombro direito.
O homem olhou para o seu próprio ombro direito e fez cara de nojo quando viu a pequena criatura ali, ele ergueu a mão e eu tive que certeza que ele iria matar a pobre joaninha. Apressei meus passos na direção dele o impedindo de matar o inseto inofensivo que estava no seu ombro.
— Não a machuque. — Digo me aproximando dele e encostando meu dedo indicador no seu ombro para que a joaninha pudesse subir em cima do meu dedo, e assim ela fez.
Afastei meu dedo indicador do ombro daquele homem e observei a joaninha que estava agora no meu dedo indicador, e devagar a mesma foi caminhando na direção da palma de minha mão, e eu manti a palma da minha mão em forma de "concha".
— Joaninhas são criaturas muito pequenas e delicadas, pode parecer bobagem mas elas são consideradas como um símbolo de sorte. — Digo ainda admirando a joaninha na palma de minha mão e só então percebo que estava sendo observada pelo grupo de homens ao meu redor.
— Que bobagem garota. Acho bom você lavar essa sua mão, onde já se viu um inseto ser considerado como um símbolo de sorte? — Disse o senhor Dirksen que logo começou a rir junto com alguns homens que o acompanharam na risada.
Me afastei deles ainda escutando a risada de alguns homens e do tal do Dirksen. Caminhei na direção de algumas plantas, estiquei a mão para que a joaninha pudesse ir para as plantas e ela foi.
— Ela está agradecida por você ter salvado a vida dela.
Trovão...
— Sua mãe saiu quase agora e eu me teletransportei logo para cá, senti seu cheiro e aqui estou eu. Escutei o que o idiota disse em relação a joaninha. — Escutei a voz de Trovão na minha cabeça e cruzei os braços enquanto olhava para as plantas.
— Eu só disse o que Annabel me contou uma vez quando eu era criança.
— Esse metido, ele vai ver só. — Trovão disse irritado.
— Não. Não faça nada, deixa quieto. — Digo nos meus pensamentos para que ele não ousasse em fazer nada.
— Tudo bem... só não vou fazer porque tem um bonitão vindo até você. — Ele disse me fazendo desviar o olhar das plantas e olhar para a minha frente.
— Trovão que papo é esse?
— Olá boa noite. — Me assusto com um toque no meu ombro e me viro para olhar para trás. — Oh perdão! Não quis assustá-la.
— Não, está tudo bem. Eu só não estava esperando que alguém vinhesse falar comigo. — Dei um sorriso fechado e analisei o homem bonito a minha frente.
Ele não me era estranho, tinha os olhos verdes, era alto e seu cabelo parecia bem penteado... logo o reconheci, ele estava perto daqueles homens que ficaram rindo com o tal do Dirksen.
— Sou Chevalier.
— Hum, vem de família francesa. — Disse Trovão e eu tive que prender o riso.
— Eu estava presente no momento em que você falou para o senhor Dirksen que havia uma joaninha no ombro direito dele.
— Eu não deveria ter me intrometido. — Digo colocando uma mecha pequena do meu cabelo para trás da orelha.
— Deveria sim. Achei lindo o jeito como você descreveu que as joaninhas são criaturas pequenas e delicadas... você é linda, com todo respeito. — Ele disse me fazendo o olhar surpresa.
Como um homem como ele pode me achar linda? Eu nem se quer estou usando maquiagem.
— Deixe de loucura Belle. Ele está interessado em você, perdeu Dominic, perdeu. — Zombou meu cachorro e eu cocei a nuca.
Esse Trovão...
— Obrigado... você também é muito bonito senhor Chevalier. — Sou sincera e o vejo rir de canto.
— Você devolveu esse flerte? Olha só, você não precisa estar bêbada para ser ousada.
— Trovão você quer parar? Eu só o elogiei. — Me defendo e o escuto rir.
— Você está acompanhada de alguém? — Perguntou Chevalier educado e eu olhei em volta procurando por Scarlet.
— Eu... na verdade sim, de uma amiga minha. Scarlet Murray, conhece?
— Vou encontrá-la agora, não demoro. — Disse Trovão e eu relaxei um pouco.
— Sim. Eu conheço os Murray então, seria impossível não conhecer a senhorita Murray. Vocês são amigas? Não sabia que Scarlet tinha uma amiga tão linda assim como você.
— Não sou tão linda assim. — Digo sem jeito e vejo ele rir de canto.
— É sim. Como você se chama? — Ele perguntou e realmente parecia interessado em mim. Tomara que Trovão volte logo.
— Annabelle, Annabelle Vandervoort. — Digo e o mesmo delicadamente pega minha mão direita e deposita um beijo nas costas da mesma.
— É um prazer te conhecer, Annabelle. — Ele disse olhando nos meus olhos e eu também o olhei. Quando eu iria dizer algo fui interrompida por uma voz rouca que eu não estava esperando escutá-la agora.
— Annabelle, como vai?
Chevalier soltou minha mão e foi quando eu me virei para olhar para o dono da voz rouca, por que ele tinha que aparecer logo agora?
— Eu... eu estou bem. — Respondo o olhando nos olhos e rapidamente desviando. Senti vergonha só de olhá-lo nos olhos, nunca mais irei beber exageradamente. — E você como vai? Sabe onde está Scarlet? — Pergunto voltando a olhar para ele e senti minhas bochechas corarem já que pelo visto, Dominic não havia se quer, desviado os olhos de mim.
— Estou ótimo. Scarlet estava aqui embaixo, mas agora deve estar lá em cima. Você já ligou para ela? — Ele perguntou e eu confirmei sua pergunta com um aceno de cabeça.
— Sim, mas ela não atendeu... ah ela está ali. — Digo avistando minha amiga descendo as escadas de madeira branca, mas ela logo parou quando algumas pessoas chamaram a atenção dela para conversar, devem ser parentes.
— Você aceita uma bebida Annabelle? — Perguntou Chevalier parando um garçom que passava por perto com uma bandeja de taças de vinho.
Eu havia até mesmo me esquecido por um momento que Chevalier ainda estava ali próximo a mim.
— Não, mas obrigado Chevalier. — Dei um sorriso gentil para ele e vi o mesmo pegando uma taça para ele e Dominic também fez o mesmo.
Trovão socorro, fica aqui perto de mim.
— E eu já estou perto de você Belle, estou curioso para saber o que você vai fazer quando Chevalier te fizer uma pergunta.
Só me faltava essa.
— Você é mais nova que Scarlet? — Perguntou o moreno dos olhos verdes e eu o olhei.
— Sou dois anos mais velha que ela. — Digo vendo o mesmo desfazer um pouco o sorriso que estava em seu rosto.
— Não é você que prefere os mais velhos? — Perguntou Trovão.
— E eu prefiro, mas não são todos os homens que são como Chevalier que preferem uma jovem como eu.
— Fala sério Belle. O homem perdeu as esperanças porque você é muito nova para ele.
Escutei uma risada baixa vindo de trás de mim e quando olho para a pessoa vejo que era Dominic. Do que ele está rindo?
— Do Chevalier que perdeu as esperanças com você porque você é muita nova para ele. — Respondeu Trovão.
— E o que eu vou fazer? Não iria mentir a minha idade.
— Você é ousada Belle. Flerte com Chevalier e faça o Dominic parar de rir do pobre coitado. — Trovão disse me fazendo coçar a nuca.
— Eu não sou disso...
— Vai deixar o Dominic rir dessa situação?
Agora já chega disso.
— Tem algum problema Chevalier? — Pergunto quebrando o silêncio que havia se instalado entre nós dois e o mesmo me olhou.
— Em que meu bem? — Ele perguntou afastando a taça de vinho dos lábios.
— Eu ser nova demais para você, tem algum problema? — Sou direta e vejo o mesmo abrir um pouco a boca e em seguida a fechar.
— Agora o Dominic parou de rir.
— Ora... eu não quis... na verdade... — Ele parecia nervoso e eu escutei Trovão rir disso. — Não tem problema nenhum. — Ele conseguiu pronunciar e foi quando avistei Scarlet vindo ao nosso encontro.
— Perfeito. — Pisco um olho para ele.
— Chevalier. — Dominic o repreendeu e Scarlet se aproximou de nós três.
— Finalmente! Ah como você está linda amiga. — Ela disse se aproximando de mim e me abraçando. — Papai por que não me avisou que Belle havia chegado? Meu celular descarregou Belle por isso não atendi nenhuma ligação sua.
— Você já estava descendo as escadas quando me aproximei de Annabelle. — Dominic respondeu sério e Scarlet riu.
— Eu já estava advinhando que ela havia chegado. Faz tempo que você chegou?
— Um pouco.
— Contei para ela a hora em que chegamos, ela só está fazendo essas perguntas para ninguém ao redor de vocês desconfiar de como ela já sabia que você estava aqui. — Explicou Trovão.
— Nos vemos depois... Annabelle. — Disse Chevalier dando um sorriso fechado e eu retribui o sorriso.
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