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ꕥ Capítulo 50 ꕥ

Yandra Narrando

Eu só queria que as coisas tivessem sido diferentes.

Ivana está louca e obcecada pela própria filha e eu tenho que admitir que... tenho culpa nisso. Eu poderia ter tentado ajudar a Ivana há muitos anos atrás quando a conheci e a vi pela primeira vez, mas ela já estava fora de sí... ela não teria aceitado a minha ajuda e pensaria que a qualquer momento eu poderia entregá-la a polícia ou algo do tipo.

Mas eu nunca fiz isso.

Eu poderia ter feito isso? Poderia, mas como teria coragem de contar para a Belle que a verdadeira mãe dela estaria na cadeia? Eu tive tanto medo de Ivana fazer alguma coisa com a Belle que não pensei duas vezes naquela época e roubei a Belle dela.

Roubei a Belle sabendo que isso me traria consequências depois, eu sentia que a qualquer momento poderia dar de cara com a Ivana em New Orleans e foi o que aconteceu. Depois que Ivana me ameaçou e eu disse que jamais entregaria a Belle para ela, eu não imaginava que ela seria capaz de assassinar o meu marido... ele no começo não aceitou a Belle, mas em pouco tempo se acostumou com ela e eu pensava em contar a verdade para ele.

Ele sabia que eu estava escondendo alguma coisa dele e quase sempre acabávamos até discutindo por causa disso. A última vez que o vi nós discutimos, ele ficou estressado e saiu para beber... eu estava estressada também mas havia me decidido, no outro dia pretendia contar a verdade para ele.

Mas ele não voltou para casa e eu só recebi a notícia depois, de que o meu marido havia sido assassinado. A família do meu marido não gostava muito de mim e chegaram até mesmo a me culpar, dizendo que com certeza foram alguns dos meus ex namorados que havia tirado a vida do Carlos sendo que o único namorado que eu tive mesmo foi o próprio Carlos. Mas como eu disse, a família dele não gostava muito de mim então, inventavam muitas mentiras a meu respeito porém, nunca me importei com isso e muito menos o próprio Carlos.

Suspeitei que pudesse ter sido Ivana, mas não havia motivos para ela matar ele. Pensei errado.

Ficou mais do que confirmado depois que a Belle saiu de casa e eu e ela ficamos a sós, eu não tive medo de dizer que Ivana mata por prazer e não é só porque tem uma obsessão pela Belle.
Ela realmente gosta de matar e acha isso maravilhoso, é como eu já disse também... ela tem sérios problemas mentais e deveria se tratar.

Ela matou os meus dois filhos, Jeffrey era o mais velho e só chegou a ser apegado a mim quando era criança. Quando Carlos faleceu, Jeffrey mudou bastante pois era bem mais próximo a Carlos, do que a mim.

E quando Jeffrey começou a crescer e a andar com pessoas que não queriam nada com a vida, eu tentei fazer ele entender que não valia a pena e que isso não traria nada de bom a ele. Tenho que confessar que até tive que bater nele por ele não me dar ouvidos, mas de nada adiantou. Ele fez uma escolha e eu infelizmente tive que ir aceitando, mas jamais permiti ele usar as porcarias dele dentro da minha casa.

Só havia me restado Annabel, que pelo menos era uma filha exemplar, gostava de estudar e sonhava em ser médica. Estava tudo ótimo entre mim e ela, até ela começar a me olhar estranho e eu perguntava o que ela tinha e ela sempre dizia que não era nada... mas eu nunca acreditei nessa resposta dela.

Com o tempo Belle foi crescendo e Annabel também, foi quando notei o comportamento estranho da Annabel comigo e foi quando ela veio com a conversa que eu sempre quis evitar, que era contar a verdade para a Belle.

Até hoje me lembro da última conversa que tive com a minha filha, mal sabia eu que horas mais tarde a encontraria morta na frente da nossa casa.

Flash Back On×

— Até quando mamãe?

Eu estava assistindo tv quando Annabel apareceu na sala de estar e de braços cruzados.

— Até quando o quê? — Pergunto me levantando do sofá e desligando a tv.

Eu não iria consegui continuar assistindo porque Annabel não iria deixar.

— Até quando vai essa mentira? — Ela perguntou um pouco alto e eu ergui as sobrancelhas entendendo aonde ela queria chegar com aquela conversa.

De novo isso? Annabel você sabe que não posso contar isso a Belle agora. Ela é só uma criança e só tem seis anos de idade.

— E quando pretende contar? — Ela me encarou com seus olhos esverdeados e eu soltei um suspiro.

— Eu não sei... mas não vai ser agora. Você nem ouse contar nada para ela, tudo tem que continuar como está. Você estava guardando esse segredo em uma boa Annabel, por que isso agora?

— Porque minha irmãzinha corre perigo, se a Iv

— Por favor não diga o nome dela — Interrompo minha filha que ri irônica. — Eu só a vi quando estávamos no Texas e ela não fará nada contra nós.

Eu estava mentindo.

Eu havia visto Ivana pela última vez há alguns anos atrás aqui mesmo em New Orleans, antes da morte do meu marido mas Annabel não poderia saber disso ou enlouqueceria. E tudo que minha filha sabia era o que eu havia contado para ela, que eu havia roubado a Belle da Ivana porque a Ivana era uma mulher perigosa.

— Você tem que continuar fingindo que não sabe de nada Annabel.

— Mentiras e mais mentiras. Até quando mamãe? — Ela perguntou impaciente e eu não estava diferente dela.

— Annabel você tem que entender que Annabelle só tem seis anos, ela não pode saber de uma coisa dessas agora. Esse assunto é delicado... e também perigoso.

— Você tem medo de ir para a cadeia? — Ela perguntou irônica e eu a repreendi com o olhar.

Ela perguntou como se eu tivesse cometido um crime ao roubar a Belle de Ivana e confesso que, se fosse para eu ir para a cadeia mesmo assim... eu iria.

Mas não iria sozinha, arrastaria a Ivana comigo nem que fosse preciso eu caçá-la para saber em que lugar de New Orleans ela está porque eu sei que ela ainda está na cidade.

— Eu não teria medo de ir para a cadeia, nunca cometi nenhum crime e você sabe disso.

— Ah tá — Ela riu irônica e voltou a me encarar — Fique sabendo mamãe, que enquanto eu viver... eu irei proteger a minha irmã.

Annabel as vezes me olhava como se eu fosse uma pessoa má e isso me magoava.

— E você acha que eu não quero proteger vocês duas? Vocês duas são minhas filhas. Não deixaria que nada de ruim acontecesse a vocês.

Nossa discussão foi interrompida por batidas na porta e eu rapidamente encarei a minha filha.

— Acho bom você saber guardar segredo, ninguém pode saber disso. Nem o seu irmão.

— É como eu disse, mais mentiras.

Annabel apressou os passos saindo da sala de estar e subiu as escadas praticamente correndo.

Flash Back Off×

Foi a última vez que falei com a minha menina... sempre que me lembro disso, me arrependo muito de não ter ido falar com ela antes de mim sair de casa. Eu poderia ter ido no quarto dela para conversar com ela, para nós fazermos as pazes como sempre fazíamos quando discutíamos.

Eu e ela preparávamos algo para comer e assistíamos algum filme, e tudo voltava ao normal entre nós duas. Era o que eu pretendia fazer naquele dia, iria fazer a sobremesa preferida dela que era pudim de pão, mas precisava de um ingrediente que já havia acabado na minha cozinha... precisava de manteiga.

Infelizmente, o que eu planejava fazer não aconteceu.

Em vez de fazer as pazes com a minha filha, tive que providenciar um caixão para ela... isso foi tão doloroso para mim. Se eu pensei que tinha sofrido muito com a morte do meu marido, a morte da minha filha me fez sofrer de um jeito que... eu não sei explicar, foi como se tivessem tirado uma parte de mim também.

Não queria acreditar que ela tinha tirado a própria vida mas foi o que me disseram, só me custava acreditar e eu me culpei. Me culpei por muito tempo e odiava falar sobre a morte de Annabel com qualquer um, me sentia culpada e também tinha medo, medo que Ivana a qualquer momento soubesse da notícia e vinhesse pegar a Belle de mim. Acabei mudando muito depois da morte de Annabel, quando Belle dizia que me amava eu não tinha nem forças para dizer que sim... Eu também te amo.
Me lembrava sempre da ameaça de Ivana e... eu não queria pagar para ver...

Então se passaram esses anos todos e só agora que a verdade veio á tona, foi a infeliz da Ivana que tirou a vida da Annabel.
Tirou a vida do Carlos, do Jack que sempre encomendava bolos a mim e com o tempo acabou se tornando um grande amigo. Tirou a vida do Jeffrey, depois provocou o acidente da Milena... ah meu Deus! Aos poucos ela foi tirando de mim as pessoas que eu amava, pelo menos o meu pai que me criou e o Trovão não foram vítimas dela... mas partiram também. Ela só não me matou ainda por causa da Belle e porque eu nunca disse que a amava.

Isso é loucura se for parar para pensar.

Fui mesmo uma medrosa de nunca ter dito que amava a minha Belle, ah se ela soubesse... se ela soubesse que sempre quando me lembro disso, eu acabo chorando porque me arrependo de não ter dito o mesmo para ela.
Ela não tem culpa de nada e agora deve estar nas mãos daquela infeliz.

As minhas colegas esse tempo todo estavam ajudando a Ivana a me manter longe da Belle e quanto mais tempo eu passasse fora de casa, aceitando os convites para sair com elas, mais tempo a Ivana tinha de se passar por mim e ficar perto da Belle.

Eu até liguei para uma de minhas colegas hoje de madrugada e ela me contou que Ivana realmente a ameaçou e disse que se ela não a ajudasse, ela se daria mal. Tipíco da Ivana sai ameaçando para que façam as suas vontades.

Minha colega se desculpou por ter praticamente me manipulado várias vezes e me influenciado a beber com frequência, mas eu também tenho muita culpa nisso.

A morte do Trovão também me abalou muito e apesar de eu ter dado uma de forte na frente da Belle, eu estava fingindo... estava sofrendo tanto quanto ela porém, eu queria que ela ficasse bem e não se preocupasse comigo.

E agora, olha só o meu estado... ainda estou no meu quarto, não dormi desde que acordei ontem a noite. Eu estava deitada na minha cama e me lembrei que quando a Belle saiu de casa, Ivana teve a audácia de me ameaçar de novo, dizendo que se eu ligasse para a polícia ela mataria a Belle porque se a Belle não fosse dela, não seria de mais ninguém. Eu tomei coragem e disse que não iria mais ser intimidada por ela, ela poderia se transformar no próprio cão mas a Belle na mão dela? Eu não iria permitir.

Eu havia entendido naquele momento em que Belle me chamou pelo nome antes de sair de casa... entendi que Ivana pretendia levá-la com ela e seria para longe.

Foi quando eu me levantei do sofá para ir pegar o meu celular na bolsa mas foi tudo tão rápido que só senti algo pesando em cima da minha cabeça, quando me levantei da cama na noite passada e fui para a sala... vi que o meu jarro favorito não estava onde deveria estar. Provavelmente foi o que a louca da Ivana usou para acertar a minha cabeça e eu simplesmente apaguei.

Infelizmente quando acordei já era tarde demais, ela já não estava mais aqui e a minha única filha... também não.

Ivana a levou.

Belle é minha sobrinha, mas eu a criei como uma filha para mim e é o que ela sempre será para mim, uma filha.

Não comi nada desde que tudo aconteceu, até tentei comer alguma coisa hoje de manhã mas só consegui tomar um copo de suco de maracujá. Agora não posso fazer mais nada... ligaria com o maior prazer para a polícia mas... e se ela fizer algo contra a Belle? Isso eu realmente não quero pagar para ver.

É oficial, não vou mais ver a minha única filha...

Desviei o olhar do céu nublado e me afastei da janela do meu quarto, escutei o som da chuva lá fora e abracei o meu próprio corpo por senti o vento frio vindo da minha janela.
Resolvi tomar um banho rápido porque não estava mais aguentando aquele vazio que eu estava sentido no meu peito, está tudo acabado para mim.

Tudo.

Quando me vesti e fiz um coque frouxo nos meus cabelos, sai de casa e fui para o meu carro. A chuva já havia cessado, liguei o carro e não demorei para dar partida.

Meu destino? A floricultura, e quando cheguei lá fui para a pequena salinha de limpeza que eu mesma tinha organizado e me aproximei de um armário pequeno, onde eu guardava alguns produtos de limpeza e também outra coisa. Embaixo dos panos dobrados para limpeza, estava um revólver... já o tenho a um bom tempo e só o usei uma vez, mas não cheguei a atirar. Foi só para ameaçar o ladrão que tentou assaltar a minha floricultura e como provavelmente a arma dele era de brinquedo, ele acabou indo embora com medo.

Peguei o revólver e coloquei dentro da minha bolsa, sai da floricultura e logo a tranquei. Voltei para o meu carro e pensei se seria uma boa ideia voltar para casa... não tenho nada a perder mesmo, tudo que eu mais amava eu já perdi.

O trânsito não estava tão ruim hoje e por isso, consegui chegar rápido em casa. Assim que entrei no meu quarto e coloquei minha bolsa em cima da minha cama, passei as mãos no rosto e senti meus olhos encherem de lágrimas... nunca pensei que chegaria a uma situação dessas.

Afastei minhas mãos do rosto e me sentei na cama, abri a minha bolsa e peguei o revólver... é isso, isso vai fazer o meu sofrimento parar e eu não vou sentir mais nada...

Fecho os olhos e respiro fundo.

— Tem certeza disso, Yandra? — Escuto uma voz masculina e quando eu iria abri os olhos, a voz falou mais uma vez. — Não abra os olhos agora, só responda a pergunta que eu te fiz.

Nunca escutei essa voz antes, eu me lembraria com certeza... será que invadiram a minha casa quando eu sai?

Senti algo fofo e pequeno se apoiando na minha perna e não resisti, acabei abrindo os olhos e levando minha mão esquerda para a boca.

— Só não desmaia, tá? Você vai usar esse revólver ainda hoje, eu acho.

Mas só podia ser coisa da minha cabeça... agora estou vendo o meu cachorro que faleceu e ele está falando comigo? Será um... fantasma?

É, eu estou falando com você e lendo a sua mente também — Ele apoiou sua outra pata na minha perna e lambeu o meu rosto, consegui até senti o hálito quente e não muito agradável vindo dele. — Pareço um fantasma para você?

Gritei me levantando da cama, ainda segurando o revólver e agora com a minha mão esquerda apoiada no peito.

— Yandra não torne isso tudo mais difícil, a Belle precisa de você.

— Você está vivo e... falando, como isso é possível? — Pergunto querendo me aproximar dele até que vejo ele fechar os olhos e abaixar um pouco a cabeça.

Fico sem entender e dou dois passos a frente, mas me assusto ao ver que ele volta a abri os olhos e me olha.

— Temos tempo... se quiser explicações vai ter que entrar na fila e esperar. Agora, coloque essa arma na sua bolsa e sente-se aqui mais uma vez.

Fiz o que ele pediu e ainda não estava acreditando no que eu estava vendo, tanto que acabei me beliscando para ter certeza que eu estava acordada. E sim, eu estou acordada e o Trovão, que é um cachorro, está realmente vivo e falando comigo.

Me sentei na cama e um pouco hesitante toquei em suas orelhas fofas.

— Ah meu Deus! É você mesmo! — Eu o peguei no colo para abraçá-lo e acabei chorando quando encostei minha cabeça na dele.

— Sim Yandra, sou eu — Ele praticamente sussurrou no meu ouvido e eu dei um sorriso fraco ao ver ele abanando o rabo. — Pensou que iria se livrar de mim assim tão fácil?

Me afastei do abraço, deixando ele em cima da minha cama e ao meu lado. Ele pareceu me olhar preocupado e depois olhou para a minha bolsa, onde eu havia colocado o revólver de volta.

— Você iria se matar?

— Sim... — Desviei o olhar dele, ficando cabisbaixa.

— E o que isso iria resolver?

— A dor que estou sentindo agora... iria parar.

— Será mesmo? — Ele perguntou e eu voltei a olhar para ele. — Yandra eu sei que você já passou por muita coisa, perdeu muitas pessoas que amava mas mesmo assim... você prosseguiu. E agora você quer desistir?

— E-eu — Respiro fundo. — Eu não iria aguentar continuar vivendo e ainda mais agora... que não irei mais ver a Belle.

— Yandra, você está cansada de tudo isso e eu imagino que seja difícil mesmo. Porém, você já parou para pensar na quantidade de pessoas que estão sofrendo agora nesse momento? Tem pessoas que estão em uma situação pior que a sua, acredite se quiser. E tem pessoas que apesar de estarem sofrendo, nunca perdem a esperança e acreditam que tudo um dia vai melhorar — Ele inclina um pouco a cabeça para o lado esquerdo. — E essas pessoas não estão erradas de pensarem assim, em um dia você pode estar na pior mas em outro dia você pode estar na melhor, é a vida Yandra. Não pode jogar tudo para o alto e dizer que acabou, que tipo de ser humano é você? Do tipo que desisti sem tentar? Ou do tipo que só vai descansar quando consegui um final feliz para você?

— Mas você não está entendendo... eu tentei e... — Não consegui falar pois senti meus olhos marejarem.

— E o que custa continuar tentando? Yandra, eu não menti quando disse que tem pessoas em uma situação pior que a sua. Você está me vendo agora, você tem a oportunidade de ver o mundo Yandra, de ver as cores, os objetos... e quem não tem a oportunidade de ver nada? Através de Belle conheci uma garota que é só uma criança, mas é deficiente visual e ela imagina e enxerga o mundo do jeitinho dela, se brincar ela é mais esperta que eu e você e se você acha que ela desistiria de viver porque não enxerga nada, está muito enganada. Ela é só um exemplo Yandra, mas tem milhares de pessoas que passam pela mesma situação ou se não, uma pior. Todo mundo passa por problemas e é normal você chegar no seu limite e dizer que não aguenta mais, até porque ninguém é de ferro e todo mundo tem sentimentos.

Parei para pensar em tudo que o Trovão estava falando e eu não discordo dele, ele tem toda a razão.

— Eu sempre tenho razão. — Ele disse virando o rosto para o lado e eu vi ele abanando o rabo.

Que convencido.

— Mas se você quiser continuar com o que estava fazendo antes de mim chegar aqui... a escolha é sua. — Ele se levantou da minha cama e em seguida saltou, indo para o chão.

— Ei, ei, espere. Você me deu todos esses conselhos e agora tá me dizendo que se eu quiser continuar com o que eu estava fazendo, a escolha é minha? Qual é a sua em? — Pergunto me levantando da cama e ele me olha.

— Estou vendo que sua escolha será a de continuar vivendo — Ele pareceu satisfeito com isso e se sentou no chão.— Yandra, você não pode desistir de você mesma e como eu disse, a Belle precisa de você. E eu... também preciso.

Ficamos nos olhando durante alguns segundos até que ele inclinou, mais uma vez, sua cabeça para o lado esquerdo.

— Eu deixaria você me admirar por mais tempo, mas a questão é que não temos muito tempo — Ele disse convencido e se levantando do chão, ele veio caminhando entre suas quatro patas até mim e me olhou. — Você vai tem que enfrentar a Ivana.

— Como é que é? — Ergui as sobrancelhas. — Olha, eu ainda nem acredito que você está vivo e falando comigo e eu vou querer muitas explicações sobre isso depois. E por mais que eu odeie a Ivana agora, enfrentar ela é... — Respiro fundo e passo as mãos no rosto. — É o mesmo que procurar a minha própria morte, e se fosse para eu matá-la... eu não teria coragem de fazer isso.

Fico assustada só com a ideia de pensar em mim, tirando a vida de alguém.

— Yandra, você tem que entender que a Belle corre perigo e você também. Está pensando que a Ivana vai te deixar em paz? Ela não vai, ela só está aguardando a Belle pergunta sobre você para ela vim fazer com você o que ela já deveria ter feito ou seja, te eliminar de vez. 

— Por que não estou surpresa? — Pergunto irônica e cruzo os braços. — E como eu poderia enfrentá-la? Eu não sei nem onde a Ivana se encontra.

— Agora você irá ouvir o meu plano... — Ele pareceu sorri mas logo fechou os olhos e rapidamente abaixou a cabeça.

— Ei, o que houve? — Pergunto me abaixando um pouco e passo a mão nos pelos macios e fofos da suas costas.

— Ivana está voltando para casa, temos que ser rápidos — Ele volta a erguer a cabeça e seus olhos caramelos se encontram com os meus. — É o seguinte, voc

— Como sabe que ela está voltando para casa? Não me diga que você tem poderes? — Pergunto achando aquilo uma loucura e ele confirma com um pequeno aceno de cabeça. — Tá legal... onde foi que o meu pai te encontrou em?

— A culpa é toda dele se é o que quer saber, mas depois eu te explico tudo. Agora me escute, nós vamos para uma casa de primeiro andar que fica próxima a uma floresta e é distante daqui, mas a localização ainda é aqui na Pensilvânia.
Só que esse lugar não é muito frequentado e muito menos a casa que está abandonada e acredito que já faz muitos anos que ninguém entra naquela casa, na verdade estava abandonada já que a Ivana tomou conta dela agora. Então quando chegarmos lá, você verá que a aparência de dentro da casa não é uma das melhores. Nessa casa tem um porão velho e é lá que está a Belle.

Meu coração aperta quando ele fala sobre a Belle e eu acabo entrelaçando minhas mãos uma na outra.

— E como ela está?

— Com medo — Trovão disse e eu fiquei preocupada. — E ela também está preocupada com você — Ele disse como se tivesse acabado de ler a minha mente. — É um dos meus poderes Yandra, mas continuando, eu e você vamos diretamente para esse porão onde a Belle está e você vai contar todo o plano a ela. Deixe para conversarem sobre qualquer coisa depois porque como eu disse, nós não temos muito tempo. Você e a Belle terão que sair desse porão o mais rápido que conseguirem e irem para o andar de cima da casa, por lá, vocês terão que ir para um quarto velho e nesse quarto tem uma janela que será a saída de vocês.

— E por que eu e a Belle simplesmente não podemos sair pela porta da frente?

— Se você e a Belle quiserem levar um tiro na cabeça assim que abrirem a porta... — Ele disse com sarcasmo e eu revirei os olhos. — Você e ela vão para o andar de cima e ponto final. Eu estarei no lado de fora porque irei tentar distrair a Ivana mas não sei por quanto tempo ela vai querer advinhar quem está tentando chamar a atenção dela.

— Espere, você vai tentar distraí-la e sozinho? — Pergunto e acabo me preocupando com ele.

Eu o perdi uma vez, ou pensei que tinha perdido, mas não quero o perder de verdade dessa vez.

— Eu sei me cuidar Yandra, não se preocupe porque Ivana nem se quer irá me ver. Acredite, ela me odeia tanto quanto odeia você. Mas a questão é que eu acredito que a Ivana não vai querer se distrair por muito tempo e eu espero que você e a Belle estejam no andar de cima porque a Ivana apesar de gostar de usar muito o veneno para matar as pessoas, no momento ela está com um revólver e quando ela for no porão e não encontrar a Belle lá, ela vai caçá-la pela casa inteira então... eu acho bom você e a Belle já terem saído dessa casa. E outra coisa, assim que a Ivana perceber que a Belle vai estar com você, ela é capaz de matar até mesmo a própria Belle também então, vocês tem que tomar muito cuidado. Ah e você vai precisar do seu revólver porque assim que a Ivana te ver com a Belle, ela vai querer a sua morte e é bom você está com seu revólver para se defender.

— Então o seu plano é que eu e a Belle estejamos no andar de cima dessa casa abandonada, que saíamos pela janela de um quarto velho podendo certamente cair com a cara no chão no lado de fora e... só vai nos restar fugir da Ivana depois disso? — Pergunto ficando agora de pé e vejo ele confirmar com a cabeça.

— Esse plano não é um dos melhores Yandra, mas Ivana estará armada e poderá atirar em você ou na Belle, não se esqueça disso. Eu poderia usar os meus poderes para tirar vocês duas dessa situação, mas não posso interferi nessa briga entre vocês três. Posso ajudar como estou fazendo agora e eu sei que se esse plano de agora não der certo, eu terei que ir procurar ajuda e infelizmente não poderei pedi ajuda a Zípora por ela estar de olho na Scarlet nesse exato momento. — Ele disse olhando na direção da janela do meu quarto e eu o olhei confusa.

— Como? Ajudar a Zípora? De olho na Scarlet? E a Zípora sabe que voc

— Zípora é minha irmã, Yandra. — Ele respondeu e eu arqueei uma sobrancelha.

— Como ela é sua irmã se ela é... humana? — Pergunto incrédula.

— Foi uma escolha dela ser humana.

Eu iria fazer mais perguntas quando vi ele negar com a cabeça, era até fofo ver ele fazendo isso.

— Deixe as perguntas para depois, agora vamos — Ele se aproximou de mim e lançou um olhar para a minha bolsa.

Eu entendi que eu tinha que pegar o revólver e então o peguei. Fiquei olhando para o mesmo e me perguntando se conseguiria fazer o que tinha que ser feito... Ivana tem sérios problemas mentais e deveria se tratar, se ao menos ela quisesse isso...

— Você tem um coração bom Yandra e isso é bom, mas infelizmente Ivana não tem mais mudança.

Respirei fundo e fechei os olhos enquanto segurava a arma em minha mão direita.

— E se eu...

— Você não vai morrer. E você sabe que a sua filha precisa de você, precisa ser forte... aconteça o que acontecer.

Abri os olhos e voltei a olhar para o cachorro que eu jamais poderia imaginar que falaria comigo e que tinha poderes.
Concordei com ele em um aceno de cabeça e ele apoiou sua pata fofa no meu pé direito.

— Certo, eu vou pegar as chaves do carro para nós irmos.

— Não precisa. Você não comeu nada ainda hoje, não é? — Ele perguntou e eu neguei com a cabeça. — Pelo menos você não irá enjoar tanto, pode ficar com dor de cabeça por ser a sua primeira vez mas vai dar tudo certo.

Quando eu iria perguntar a ele o que ele queria dizer com isso, me assustei ao ver uma fumaça cinza que começou a nos envolver e a visão que eu tinha do meu quarto antes, desapareceu, pois tudo parecia ser tomado pela fumaça cinza. Mas na verdade era só a minha vista mesmo vendo somente aquela fumaça que se parecia mais com uma neblina.

Annabelle Narrando

Que sede... assim que o Trovão saiu daqui, foi só questão de minutos para Ivana vim ao porão para ver como eu estava. Ela disse que eu parecia estar me comportando, mas que ainda não era o suficiente.

O que ela quer? Que eu a ame também? Como eu poderia amar a mulher que matou a minha irmã, o meu irmão e entre outras pessoas inocentes?

Eu sei que ela teve os motivos dela para matar a Vasti, essa mulher eu posso dizer que mereceu mesmo morrer por ter sido muito cruel com a Ivana. Mas infelizmente quando a Ivana fez isso, acabou descobrindo que gostava de matar e acabou se tornando muito cedo, uma assassina.

Fiquei me perguntando o que o pai das minhas... mães, tinha na cabeça? Ele não poderia ele mesmo ter colocado as duas em um orfanato, mesmo que fosse para abandonar na porta de um, elas poderiam futuramente ser adotadas e juntas. E seja lá a família que as adotasse, eu tenho certeza que poderia vim o que vinher, mas elas estariam lado a lado.

Infelizmente não foi o que aconteceu.

Não sei ao certo quanto tempo se passou desde que Ivana saiu de casa de novo, eu não duvido que já tenham se passado horas e eu estou ainda na mesma posição. Minha bunda está até mesmo começando a doer por eu já estar muito tempo sentada nesse chão sujo e os meus pulsos também estão doendo.

Pensei em minha mãe Yandra e como o Trovão deve estar se saíndo e explicando tudo para ela, ou quase tudo.

De repente, surgiu a fumaça cinza na minha frente e o tom de cinza me pareceu um pouco escuro, o que me preocupou um pouco porque quando isso acontecia era porque o Trovão estava preocupado ou aflito. A fumaça se esvaiu, dando lugar ao meu cachorro e também a minha mãe que cambaleou um pouco para trás e começou a tossir.

Ela usava uma calça jeans escura e uma blusa de manga na cor azul, arregalei os olhos ao vê-la segurando um revólver e o Trovão foi o primeiro que falou.

— Vamos, Ivana já está chegando e por favor, só conversem sobre tudo depois — Ele veio caminhando entre suas quatro patas até mim. — Eu vou distrair um pouco a Ivana e essa será a chance de vocês seguirem o meu plano.

— Quanta poeira aqui! — Minha mãe disse depois de tossir e ao me ver, notei seus olhos encherem de lágrimas. — Ah minha Belle. — Ela colocou o revólver no chão e veio até a mim.

Ela me abraçou e eu encostei um lado do meu rosto perto do pescoço dela, conseguindo senti o cheiro do seu perfume. Fechei os olhos, deixando as poucas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

— Ah meu Jesus... Ivana está fora de controle. — Ela disse se afastando um pouco de mim para desamarrar as cordas e quando fez isso, voltou a me abraçar.

Eu abri os olhos e a abracei forte, sentindo os meus braços doerem por eu fazer um pouco de força e Trovão latiu. Nos afastamos do abraço e olhamos para ele.

— Conte a ela o plano Yandra — Ele disse e eu percebi suas orelhas fofas se mexerem. — Ela chegou, saiam daqui o mais rápido possível e não demorem. Como eu disse, só conversem sobre tudo depois que isso acabar. Nos encontramos lá em cima.

Lá em cima?

Meu cachorro fechou os olhos e quando eu pisquei os olhos ele já não estava mais ali, provavelmente havia usado o seu poder de invisibilidade. Olhei para a minha mãe que estava surpresa e começou a olhar em volta do porão escuro.

— É um dos poderes dele, ele pode ficar invisível. — Explico e ela me olha.

— Sabe mais sobre ele do que eu... então, você já sabia que ele tinha

— Sim, desde que o levou para a nossa casa. Mas não vamos falar sobre isso agora, é melhor sairmos daqui e enquanto saímos, me conte o plano dele. — Digo interrompendo ela e ela me conta o plano.

Me levanto daquele chão empoeirado e passo as mãos no short que eu estava usando, eu estou suja e precisando urgentemente de um banho. Eu e minha mãe apressamos os passos para sair do porão e quando saímos, ela bate a mão levemente na testa, dizendo que esqueceu o revólver no porão. Ela teve que voltar para o porão e só agora eu parei para observar a casa em que estamos.

A casa era velha e cheirava a mofo, me aproximei de uma das janelas do cômodo vazio em que eu estava agora e avistei grandes árvores altas perto da casa.
Infelizmente não foi só isso que vi, vi a Ivana caminhando apressadamente na direção da casa e por pouco ela não me viu na janela.

Me desesperei e olhei para a porta do porão, onde Yandra agora apareceu segurando o revólver e eu logo peguei na mão dela para que pudéssemos correr dali e ir para o andar de cima.
Fomos para o outro cômodo onde achávamos que se localizavam as escadas e acertamos porém, fomos nós achando as escadas e a porta da frente sendo aberta por Ivana e assim que ela me viu com a Yandra, franziu as sobrancelhas.

— Como veio parar aqui? — Ivana perguntou encarando Yandra. — Pelo visto eu não fui tão cuidadosa assim.

— Ivana por favor, por mais que eu te odeie... eu não quero te fazer nenhum mal. E se você me odeia tanto, deixe pelo menos a Belle ir embora que eu... fico no lugar dela. — Yandra disse e eu rapidamente a olhei.

O que ela está fazendo? Esse não era o plano e já éramos para estar no andar de cima. E se o Trovão disse que a minha mãe biológica poderia estar armada, é porque ela está, apesar de não parecer que ela está armada.

— Não é uma má ideia... mas a Belle não vai a lugar nenhum. Ela é minha, só minha — Ivana riu me olhando com animação, mas isso me deixou com medo e eu apertei a mão de Yandra. — Você iria fugir com ela Belle? Você é uma ingrata — Ela desviou o olhar de mim e passou a olhar para a minha mão que estava entrelaçada a de Yandra. — E se você não vai viver aqui comigo, com ela você também não viverá.

Foi tudo tão rápido que não consegui nem ao menos sair do lugar e Ivana simplesmente levantou um pouco sua blusa, revelando o revólver que estava escondido no cós de sua calça, em seguida o tirou com facilidade e mirou na minha direção. Ela iria me matar e eu fiquei sem reação, até que vi a Ivana puxar o gatilho e rapidamente minha mãe se colocou na minha frente, também mirando o revólver na direção de Ivana e então... houve dois disparos naquele momento.

Não, não, não aceito que minha mãe perca a vida por causa de mim. Ivana xingou a minha mãe e vi que a perna direita de Ivana estava sangrando, Yandra havia atirado na perna dela e enquanto a Yandra... ela se virou para mim e foi então que vi um sangramento próximo ao seu ombro direito. Minha mãe tocou no ferimento e gemeu de dor.

— V-você é ruim de mira... irmãzinha — Ivana disse também tocando no lugar em que havia sido atingida. Ela sujou o dedo indicador da mão esquerda de sangue e em seguida, passou o dedo nos lábios, os sujando com seu próprio sangue. — Vai precisar de mais munição se quiser me matar. — Ela passou a língua nos lábios, provando do seu sangue e eu tive nojo de ver aquela cena.

Só prova que ela está realmente fora de sí.

— E eu achando que... você era boa de mira, mas não conseguiu nem mirar no meu peito — Yandra disse irônica voltando seu olhar para a Ivana, agora com a mão apoiada no lugar que também havia sido atingida. — Você também precisará de mais munição se quiser me matar ou matar a sua própria filha.

— Parem com isso! Iv... mãe — Digo alterando um pouco a voz e assustada com o que estava acontecendo e com o que poderia acontecer. — Abaixem as armas.

— Belle, fale com a Ivana... — Escutei a voz do Trovão em minha mente e dei dois passos a frente.

Ivana me encarou e em seguida mirou a arma na minha direção mais uma vez, e rapidamente ela puxou o gatilho mas para a minha sorte, não saiu bala alguma.

— Mais que droga! — Ivana ficou furiosa e jogou o revólver no chão, eu tentei me aproximar dela e escutei Yandra me mandando fugir.

— O que está fazendo Belle? Ela vai querer te matar e

— Iria me matar mesmo? — Pergunto para a Ivana que me olha com raiva, não sei de onde surgiu essa coragem para que eu me aproximasse tanto dela. — Você está fora de sí... — Me aproximo mais ainda dela e coloco uma mecha do cabelo dela para trás da orelha.

Olhei nos olhos dela e a mesma ainda me encarava com raiva. Tive medo que ela quisesse me matar ali mesmo já que eu estava tão próxima a ela.

— Você não nasceu má mãe — Digo em um tom de voz baixo mas que ela conseguiu escutar, vejo ela desviar o olhar de mim e eu pego na sua mão direita que estava um pouco suja de sangue. — A vida deixou você assim... você perdeu muito cedo todo mundo que amava e não teve uma família. Não teve uma família para cuidar de você, para amar você...

— Não tive... — Ela disse cabisbaixa e eu olhei para a Yandra que também parecia triste ao ver a situação da própria irmã.

Era incrível como as duas eram idênticas porém, totalmente diferentes na personalidade.

— Eu posso... na verdade, eu e a Yandra, sua irmã, podemos ajudar você... se você quiser — Digo vendo Ivana rapidamente erguer a cabeça e franzi as sobrancelhas.

— Ah... estou entendendo o seu papo agora — Ivana afastou sua mão da minha e com dificuldade foi dando alguns passos para trás. — Vocês querem me internar.

— Ivana, apesar dos crimes que você cometeu nós sabemos que você precisa de ajuda. — Foi a vez de Yandra falar porém, Ivana negou com a cabeça e se aproximou da porta.

— Não, não, vocês querem me internar. Querem me colocar em um lugar horrível... eu prefiro morrer, estão entendendo? Eu prefiro morrer! — Ela disse alterando a voz e quando ela iria sair da casa, eu fui até ela, que não demorou para esticar os braços e por as mãos no meu pescoço. — Mas se eu morrer... você vai comigo Belle. — Ela disse apertando o meu pescoço com força enquanto eu tentava me soltar dela.

Ivana foi empurrada com força por Yandra e logo ela caiu no chão, foi assim que suas mãos saíram do meu pescoço. Eu tossi sentindo meu pescoço doer um pouco.

— Corre Belle! Corre! — Minha mãe me empurrou para fora da casa e eu comecei a correr, olhei por cima do meu ombro, vendo Yandra correndo também atrás de mim. — M-meu ombro está doendo horrores.

Ajudei minha mãe a correr pelo lugar que se parecia mais com uma floresta e haviam várias árvores altas. Tive medo de me perder ali com a minha mãe e escutei Ivana gritando o meu nome.
Ela vai vim atrás de mim e vai ser para me matar e não duvido que vai querer matar a minha mãe também.

— Hora do plano C, continuem correndo mas olhem por onde pisam. Tem um precipício não muito longe dessas árvores todas então, tenham muito cuidado. — Escutei a voz do Trovão e minha mãe olhou para os lados.

Provavelmente ele permitiu que ela escutasse o pensamento dele também.

— Se esse plano C for o de chamar a polícia, é melhor ser rápido. — Digo e me assusto quando um corvo aparece voando perto de mim e da minha mãe enquanto corríamos em meio aquelas árvores altas e agora arbustos. — Que susto!

— E você acertou, eu só espero que a polícia chegue a tempo — Trovão disse enquanto batia agora suas asas de corvo. — Porque não serei eu que ligarei para a polícia.

— E quem vai ser pelo amor de cristo? — Pergunto com medo que Ivana aparecesse a qualquer momento atrás de nós.

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Espero que tenham gostado, votem e comentem...

Eita! Estamos chegando na reta final da história gente🥺

Bjoooooos✨

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