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ꕥ Capítulo 48 ꕥ

Annabelle Narrando

Ivana apertou um pouco os olhos enquanto me olhava e eu tentei não me intimidar com o olhar dela.

— Zípora é a mulher que tem cabelos tingidos de azul?

— Sim...

Eu não poderia dizer que agora havia entendido o motivo para Zípora se afastar de mim e não querer mais pisar nessa casa. Ela não se desentendeu com a Yandra, e sim com a Ivana que estava se passando pela Yandra.

Foi inevitável não me lembrar das palavras de Zípora quando ela me contou que havia se desentendido com a minha mãe.

Flash Back On✨

Mas você não pode simplesmente deixar de vim aqui por um motivo que nem eu mesma sei. Como pode ser para o meu próprio bem? — Pergunto ainda confusa e abraçada a ela, até ela se afastar de mim dizendo que precisava ir. — Zípora...

Você precisa confiar em mim — Ela pegou nas minhas mãos e ao fazer isso, deu um sorriso fechado. — Eu sei que você está tentando descobri o que realmente houve com a sua irmã, não desista de tentar descobri o que realmente houve... e quando você descobri, me procure que te direi o que não posso te dizer agora.

Flash Back Off✨

E depois ela veio com o papo da "peça-chave" e ainda mais, disse tudo isso transformada em sua forma real.

— Essa Zípora tem sorte de estar viva hoje. O que eu não esperava era que essa mulher conhecia tão bem a inútil da Yandra e como você sabe, eu sou uma bela atriz... mas essa Zípora conseguiu perceber que eu não era a Yandra em menos de dez minutos — Ivana disse e começou a rir. — Deve ter sido porque quando ela me viu saindo, ela me cumprimentou e disse que iria chamar você para dormi na casa dela... eu não gostei da ideia e acabei agindo como eu mesma ao invés de ter agido como Yandra agiria. Mas que culpa tenho? O convite dela me causou ciúmes, tenho que admitir.

Ivana deu alguns passos, ficando atrás de mim e eu senti ela deslizar uma de suas mãos pelas minhas costas.

— Não deixaria a minha menina passar a noite longe de mim — Ela sussurrou próxima ao meu ouvido e eu senti meu corpo se arrepiar. — Já que vai ver ela, ela provavelmente poderá contar o que eu disse para ela, para que ela se afastasse de você. Por mim tudo bem, ela não vai mais nos ver mesmo.

Já até imagino o que Ivana possa ter dito para a Zípora e coisa boa não foi.

— Então... eu posso me despedir dela?

— Você já deveria estar no caminho e com o bilhete escrito se é o que quer saber, você só tem hoje minha querida filha para se despedir de Zípora, Yandra e... a sua ex amiga. Se ela ainda quiser olhar na sua cara é claro. — Ivana dizia as palavras com ironia e eu me segurava para não mandar ela ir se ferrar.

— Eu vou escrever essa porcaria de bilhete, mas... quero que me prometa uma coisa Ivana. — Me afasto um pouco dela e ela me encara.

— Ivana não, eu prefiro que me chame de mãe.

Ah meu Deus... o que eu fiz para estar acontecendo isso comigo?

Ela pode ser a minha mãe biológica, mas minha mãe mesmo, apesar dela ter mentido para mim durante todos esses anos... sempre será Yandra.

— Certo... mãe, quero que me prometa que não fará mal a Yandra e nem ao Dominic. Nem a Scarlet e nem a Zípora, deixe todos em paz...

— É só isso? — Ela perguntou erguendo sua mão direita e analisou as suas unhas que estavam pintadas de preto, assim como as unhas de Yandra.

— Sim...

Depois da minha resposta, resolvi agilizar e pegar um pequeno caderninho que ficava guardado na última gaveta do armário e dentro desse caderninho, já tinha uma caneta preta... um pouco desgastada mas ainda servia.

Eu e Yandra só usávamos esse caderninho para fazer a lista do que iríamos comprar no supermercado.

Abri o caderninho de capa amarela e folheei até parar em uma das últimas folhas, que ainda estava em branco. Ali comecei a pensar em como começaria a escrever isso, gostaria de dar uma dica ao Dominic de que eu estou sendo obrigada a escrever nesse papel o que eu não gostaria que ele lê-se e acreditasse que era verdade.

Mas não tinha como eu fazer isso já que Ivana estava próxima a mim e observando o que eu iria escrever. Eu tinha que escrever o que ela havia mandado se não... ela poderia fazer algo contra ele ou contra Scarlet, ou se não... contra a pobre Kiara.

Mas acho que com Kiara ela não tem coragem de fazer nada, já que ela esclareceu na sala de estar que não fazia nada com crianças.

— Não queria te apressar, mas o tempo está se passando Belle — Ela apoiou os cotovelos no balcão e se aproximou mais ainda de mim. — É melhor você escrever o que eu pedi logo, antes que eu mude de ideia e peça algo mais difícil que você não terá coragem de fazer.

Respirei fundo e apertei com raiva a caneta na minha mão direita, comecei a escrever o que Ivana pediu e quando eu já estava terminando, escutei ela ri baixinho perto de mim.

— Isso está perfeito.

Terminei de escrever e senti minha vista embaçar, eu tinha que sair dali o mais rápido possível. Arranquei com cuidado o papel em que escrevi e o dobrei, mas minha vontade era de amassá-lo e jogá-lo no lixo.

— Você tem até o final da tarde para estar de volta, se demorar... já sabe. — Ela direcionou o olhar para a entrada da cozinha e eu entendi que ela se referiu a Yandra, que estava na sala ainda em silêncio e aguardando.

— Não faça nada com ela, é tudo que eu te peço.

— Eu e ela iremos aguardar você, é só você fazer o que eu mandei que nada acontecerá a Yandra. 

Guardei o bilhete no bolso do meu short e apressei os passos para sair da cozinha.
Chegando na sala vi minha mãe com o cotovelo apoiado no braço do sofá e seu queixo apoiado na palma de sua mão direita.

Assim que ela me viu, eu quis contar sobre o acordo que Ivana tinha feito comigo mas não tive tempo para isso pois Ivana também voltou para a sala e de braços cruzados.

— Estaremos esperando você voltar, não é minha irmãzinha? — Ivana lançou um sorriso falso para Yandra, a mesma a ignorou e eu notei o seu olhar preocupado enquanto me observava.

— O que ela te disse Belle?

Eu queria dizer mas a Ivana começou a assoviar e não demorou para que ela lançasse um olhar na direção do relógio na parede.

Eu não poderia arriscar em contar nada para ninguém. Ivana era de fato uma mulher perigosa e se fosse para matar? Ela matava e com muito prazer, e o pior de tudo é que ela mataria por minha causa.

— Nada demais m... Yandra, nada demais. Eu volto daqui a pouco, tá bom?

Zípora Narrando

O meu domingo está sendo tão tranquilo, quer dizer, nem tanto. Estou sentindo que algo está para acontecer e até já imagino o que possa ser... só não quero acreditar.

Estava no meu quarto penteando os meus cabelos azuis, já que eu havia acabado de tomar banho e de colocar uma roupa confortável até que escuto batidas na porta, vindo do andar debaixo.

Soltei um suspiro deixando a minha escova de cabelo em cima da minha cama... é, eu não estava errada.
Apressei os passos saindo do meu quarto e desci as escadas, praticamente corri para ir abri a porta e quando me deparei com a Belle triste, eu soube que ela já havia descoberto tudo.

— Está aqui porque...

— Sim... eu não sei se vou consegui Zípora, eu não sei... — Ela começou a chorar ali mesmo e colocou as mãos no rosto. — E-eu não tenho muito tempo... h-hoje o... meu dia... não começou bem. Está tudo... d-dando errado... eu só queria sumi agora... eu acho que vou fazer a mesma c-coisa que eu pensei que Annabel tinha feito... e-eu não vou ter mais ninguém que eu ame por perto... é melhor eu

— Annabelle! — Altero um pouco a voz, a interrompendo a tempo, antes que ela dissesse uma besteira.

A puxei para um abraço e acabei tendo uma visão rápida de tudo o que havia acontecido hoje com ela... caramba, Scarlet descobrindo da pior maneira que Belle estava se envolvendo com o Dominic, as palavras dela machucando tanto o coração do próprio pai como o de Annabelle e para piorar, Ivana resolveu cumpri o que ela já tinha em mente hoje mesmo.

Descobertas, revelações e ameaças... pobre Belle.

Trouxe Belle para dentro da minha casa e em seguida fechei a porta. Ela estava muito nervosa e chorava muito, me dando até mesmo vontade de chorar junto com ela... a guiei até um dos meus sofás e nos afastamos do abraço.
Belle se sentou no sofá e ainda soluçava por ter chorado muito.

Tudo havia acontecido muito rápido e em um dia só. Se ela teve um momento para desabafar e colocar tudo o que estava sentindo para fora... o momento foi agora.

Fui para a cozinha e peguei um copo de água para ela beber, voltei para a sala e entreguei o copo com água para ela.
Ela agradeceu com um pequeno aceno de cabeça e começou a beber a água.

Me sentei ao lado dela e passei as mãos nos seus cabelos que estavam soltos. Seu rosto estava molhado pelas lágrimas e seus olhos estavam um pouco vermelhos.

— Eu sinto muito Belle... eu queria ter te contado no mesmo dia em que descobri tudo, mas isso iria complicar as coisas mais ainda. No momento em que percebi que não era mesmo a Yandra, Ivana me ameaçou dizendo que se eu não me afastasse de você, ela teria coragem de fazer algo contra você e isso eu não queria e não iria pagar para ver. Ela é capaz de fazer qualquer coisa Belle. — Digo vendo a loira termina de beber a água e colocar o copo vazio em cima da mesinha que ficava no centro da sala de estar.

— C-como foi?

— Meu poder confirmou as minhas suspeitas porque como você sabe, o faro da Zípora cadelinha não é tão bom assim...

Flash Back Off✨

Iria a casa de Belle para falar sobre o código mas ao estacionar o meu carro um pouco longe da casa dela, avistei Yandra saindo de casa.

Sai do meu carro e caminhei na direção da casa de Belle, iria cumprimentar Yandra que já estava de saída quando analisei a mesma de cima a baixo. Ela usava um sobretudo preto, luvas pretas e segurava um chapéu da mesma cor que o sobretudo e as luvas.

— Ah... olá Yandra.

— Olá meu bem, como vai você? — Ela perguntou ligando o carro e abrindo a porta do banco do trás, ela colocou o chapéu no banco de trás e em seguida fechou a porta.

— Eu estou bem. Vim ver a Belle, ela está em casa? — Pergunto e acabo lendo a mente dela.

"O que ela quer com a minha filha?"

Estranhei esse tipo de pensamento vindo de Yandra, ela não é assim.

— Está sim, por quê?

— Ah porque eu estou pensando em convidá-la para... dormi na minha casa hoje a noite. — Resolvi menti para ver se eu não estava imaginando coisas ou só me equivocando.

Ela passou a me encarar e isso me fez estranhá-la mais ainda. Yandra podia ser misteriosa mas desde que a conheci, ela jamais me olhou como se quisesse... me matar?

— Não ouse convidá-la para ir dormi na sua casa. Belle tem o quarto dela, não há necessidade dela ir dormi na sua casa. — Ela disse me encarando e eu ousei em dar alguns passos a frente, até que eu estivesse perto dela.

Eu só podia estar ficando louca, a voz da Yandra passou a ser um pouco mais rouca em questão de segundos?

— Está com a garganta inflamada? — Pergunto e vejo ela ri de canto.

— Talvez eu esteja ou talvez... eu não esteja. — Ela disse com o tom de voz agora completamente mudado e eu semicerrei os olhos.

— Quem é você? — Me aproximei dela e acabei apoiando minhas mãos, uma de cada lado dos seus ombros.

Foi quando tive uma visão que não esperava ter, de um modo rápido e bem resumido... a mulher que estava a minha frente não era a Yandra e sim uma irmã gêmea dela e... a verdadeira mãe da Belle.
Mas não era só isso, ela já havia matado muita gente a sangue frio e não se arrependia de nada, ela tem prazer em matar.

Ela já foi feliz mas somente quando conheceu uma garotinha na infância, depois que essa garotinha foi assassinada ela já não foi mais a mesma.
Deixou o ódio tomar conta de sí.

Ela quer a Belle de volta e seu plano não vai demorar para se realizar, ela quer que a Belle descubra quem ela é.

E antes que mais cenas aparecessem dela matando algumas pessoas que imploraram para ela ter piedade, eu afastei rapidamente minha mãos dos ombros dela, não querendo ver mais nada e arrisco dizer que eu estava até mesmo tremendo.

— Você não é a Yandra. — Digo dando três passos para trás e vendo a mesma da um sorriso fechado.

— Esperta... merecia ganhar um prêmio. — Ivana disse irônica e eu tive que me segurar para não chamá-la pelo nome se não, as coisas poderiam se tornar mais complicadas do que já estavam.

Até porque, ela não sabe que eu tenho poderes.

— Você é irmã gêmea da Yandra? A Belle sabe? — Pergunto não permitindo ser intimidada por ela.

— Sim e não, Belle não sabe que eu existo e por enquanto quero que continue assim.
Se alguém souber da minha existência eu saberei que foi você e então, você poderá morrer de desgosto. — Ela deu um passo a frente e eu franzi as sobrancelhas.

— Morrer de desgosto? Ah qual é... não vai me matar agora? — Pergunto irônica e mais uma vez ela riu.

— Não... Belle não é tão próxima a você.

"E você nunca disse que a amava, só por isso ficará viva."

Isso é sério? Que ciúme doentio é esse?

— Ouça bem, fique longe da Belle ou eu serei capaz de fazer você morrer de desgosto mesmo. Se voltar a se aproximar dessa casa, quem sofrerá as consequências será a própria Belle.

Meu Deus... e ela teria coragem de fazer mal a própria filha?

— Você teria coragem de fazer mal a sua própria sobrinha? — Pergunto aflita.

— Meu bem, tenho coragem de fazer tantas coisas que você nem imagina.

Mal sabe ela que eu não só imagino, acabei infelizmente até mesmo vendo.

Flash Back Off✨

Contei tudo o que havia acontecido para a Belle e ela ficou em silêncio durante alguns minutos.

— Eu temi por você Belle, por isso mesmo Ivana tendo me ameaçado, eu não desisti e a última vez que você e eu nos vimos foi quando eu tive que usar aquele meu poder que prefiro não usá-lo por haver consequências. Eu fui transformada para me prevenir e usei esse poder da eletricidade para ela não nos espionar através das câmeras.

— Câmeras? — Foi a primeira palavra que Belle conseguiu falar depois de ter se acalmado. — Está querendo me dizer que

— Sim, assim que o Trovão... se foi e você e Yandra voltaram a suas rotinas, você na escola e Yandra na floricultura. Era o momento perfeito para Ivana entrar na casa de vocês e... fazer o que ela queria fazer, mas ela só botou câmeras na sala de estar e no seu quarto Belle — Digo sentindo nojo do que teria que dizer agora, mas ela tinha que saber. — Tem mais câmeras no seu quarto do que na sala, na verdade, ela sempre ficou de olho em você... arrisco dizer que ela tem um tipo de obsessão por você, ela só quer você para ela.

Belle passou as mãos no rosto e me olhou, minha vontade era de trancar a porta e deixá-la aqui dentro da minha casa, e quando Ivana vinhesse, eu acertaria minhas contas com ela.

Mas eu sabia que não poderia ser assim, Ivana é esperta e está com Yandra agora... se Belle demorá para voltar, ela tem coragem de fazer algo com a Yandra.

— Esse tempo todo eu estava sendo vigiada Zípora e nem se quer desconfiei? Eu nem se quer vi essas câmeras dentro do meu quarto — Belle disse incrédula. — Eu fui muita burra mesmo.

— Ei! Não foi não, você não tinha como saber e eu não poderia dizer nada. Tudo que pude fazer foi te alertar... se Ivana soubesse ou desconfiasse que você sabia que ela não era a Yandra, tudo seria mais complicado do que já está. Ela poderia até mesmo querer fazer algo com a Scarlet ou com Dominic...

— Ai meu Deus! É demais para mim Zípora, é demais — Ela disse com a voz chorosa e eu passei a mão nas costas dela. — Descobri que a mulher que me teve, tem uma obsessão por mim e ainda é uma assassina... ela me deixou me despedir de você e da Scarlet. Ainda me fez escrever a porcaria de um bilhete que é para eu entregar para a Scarlet para ela

— Poder entregar para o Dominic... eu sei Belle, eu sei e lamento muito por isso. Se eu pudesse ligaria para a polícia agora mesmo, mas a vida de Yandra é o mais importante agora.

Belle se levantou do sofá e enxugou as lágrimas que ameaçavam escorrer pelo seu rosto.

— Vai atrás dela? — Pergunto me referindo a Scarlet.

— Vou... e ela vai tem que me ouvir. Ela pode me odiar agora, mas eu sempre vou amá-la e jamais vou me esquecer dos momentos que passei com ela. — Belle deu um sorriso fraco e eu assenti.

— Tudo bem e Belle... você não está sozinha — Digo e vejo os olhos dela marejarem. — Eu vou estar sempre com você, não importa aonde você vá. Nem que para isso seja preciso eu me transformar de novo e segui o carro da Ivana.

— Ah não, não Zípora... arriscado demais e você não está com o faro bom, se você nos perder de vista ou acontecer alguma coisa com você na estrada eu nunca vou me perdoar.

Eu me levantei do sofá e Belle me abraçou com força. Ela estava tão triste que se Scarlet a tratasse mal, ela não iria suportar e seria capaz de chorar até mesmo na frente da amiga.

— É melhor eu ir, obrigada... pelo apoio Zípora — Ela se afastou um pouco do abraço e beijou a minha bochecha. — Você é uma das melhores pessoas e... animais — Ela riu. — que eu conheci. Ivana não tem como saber agora que eu te disse isso então... eu amo você, você se tornou uma grande amiga para mim e nunca vou esquecer você.

— Ah Belle você quer fazer eu chorar também? Eu já estava tentando segurar as lágrimas desde que vi você na minha porta, poxa! — Reclamo e a abraço de novo, sinto as lágrimas descerem pelas minhas bochechas e Belle se afasta do abraço.

— Eu vou indo... ah, e Zípora? O primeiro código era sobre a Ivana, não é? — Ela perguntou e eu tive que confirmar com um aceno de cabeça.

Mas a verdade era que não, não era sobre a Ivana.

— E o segundo código?

— Esse foi uma besteira e tanto, Trovão que quis me arrumar alguém mas eu estou ótima sozinha. — Digo e Belle franze as sobrancelhas.

— Terminou o seu namoro?

— Ah terminei, como eu disse, estou melhor sozinha.

Me despedi de Belle e fiquei observando ela entrar dentro do carro que estava esperando por ela, o motorista deu partida e não demorou para que o carro sumisse da minha vista.

Fechei a porta e fiquei pensando na Belle, isso não pode ficar assim... Belle não merece um final desses.
Ivana não a levou ainda mas ela já está se sentindo tão sozinha.

Fui para o meu quarto e me deitei na minha cama. Belle não vai aguentar conviver com aquela louca, eu tenho que fazer alguma coisa... mais o quê?

Fechei os olhos e respirei fundo...
Ah se o Trovão estivesse entre nós agora já teria resolvido isso em dez minutos, ou até mesmo menos que isso. Eu sinto tanta saudade daquele desgraçado.

— Desgraçado? Eu? E você que é uma humana preguiçosa e que nem lavou a louça ainda — Escutei aquela voz tão familiar para mim e senti as batidas do meu coração acelerarem. — Vamos Zípora, é para hoje? Se levante dessa cama. — Abri os olhos e rapidamente me sentei na cama, meu olhar foi diretamente na direção que eu achei que havia escutado a voz dele e ele estava ali, sentado em cima do puff que estava próximo ao espelho e me encarando.

— É oficial, estou vendo e ouvindo coisas.

— Eu também acho que estou vendo coisas... ah é você que ainda está em cima dessa cama, LEVANTA! — Trovão alterou a voz e eu me levantei, mas não foi porque ele mandou, foi porque eu quis ir abraçar ele.

— Seu desgraçado! Você enganou todo mundo e a mim também! — Eu praticamente gritava enquanto abraçava ele. — Mas eu vou relevar a minha raiva porque eu estava com muitas saudades de você.

Eu queria chorar de felicidade e ao mesmo tempo de raiva e só soltei ele quando cansei de segurá-lo em meus braços. O coloquei em cima da minha cama e ele me olhou.

— Eu não enganei você, por que você acha que eu disse o primeiro código para você? Você já era para ter ficado ciente mas não, quando eu morri de mentirinha foi que você veio se interessar e quis saber o que significavam os códigos. Ainda bem que o Ramiro pelo menos serviu para ajudar nisso — Trovão disse e em seguida se deitou na minha cama. — Mas e então? Sentiu minha falta?

Eu nem estava acreditando que estava ali mesmo, na minha frente e vivo.

— Seu... olha eu deveria me transforma só para arrebentar essa sua sua cara. Não me venha mais com essa de códigos, fiquei noites sem dormi só tentando advinhar o que eles queriam dizer.
Pelo menos, Ramiro realmente ajudou um pouco. — Digo e acabo parando para pensar em Ramiro, ele era... insuportável mas era o jeito dele.

Ele até mesmo chegou a frequentar o bar um dia desses e tudo que fiz foi evitá-lo, não queria me aproximar dele.

— Por que será? — Trovão perguntou provavelmente lendo a minha mente e eu o encarei. — Está bem, falamos sobre isso depois.

Ele se levantou, voltando a ficar de pé entre suas quatro patas. Trovão saltou da minha cama para o chão e fechou os olhos, com certeza estava usando um de seus poderes e eu não tinha duvidas de que poderia ser o da audição.

Se não fosse a minha descoberta sobre o primeiro código, eu ainda estaria surpresa com essa aparição dele.

— Apareci na hora certa. Zípora vou precisar de você — Ele disse voltando a abri os olhos. — Você precisa ir ao local que a Belle vai acabar encontrando a Scarlet.

— Como é que é? Trovão você já sabe...

— Zípora quando você ainda não sabia de nada e muito menos a Belle, eu já estava sabendo de tudo. E quando eu digo que é tudo... é realmente tudo mesmo — Trovão me olhou com seus olhos castanhos claro e eu franzi as sobrancelhas. — Eu tive que usar aquele meu poder pela segunda vez, o poder que você não sabia qual era, mas agora irá saber. Não tive escolha Zípora e não vou menti para você... estou com medo que Yandra não sobreviva.

— Que papo é esse agora Trovão? O que Yandra tem a ver com o seu poder? Por a caso esse seu poder que pode trazer consequências é um como o meu? — Pergunto curiosa e ao mesmo tempo preocupada.

— Se você considera o seu poder de eletricidade um caos, o que você acha de poder viajar no tempo? — Ele perguntou e eu coloquei minha mão na boca.

— Você pode viajar no tempo? Mais isso é... incrível, quero dizer, perigoso. Mas é incrível.

— Não é não, toda vez que viajo no tempo fico com febre, acredite se quiser. E eu já descobri o motivo... por eu ter medo desse poder, o medo acaba fazendo acontecer alguma coisa comigo como por exemplo, a minha febre. Isso só vai parar quando eu parar de temer esse poder e do mesmo jeito que acontece comigo, acontece com você, tem tanto medo do seu que em vez de focar em um só lugar acaba ficando com medo de afetar outros lugares ou até mesmo pessoas... é por isso que consequências acontecem quando usamos esses poderes. Está entendendo?

— Estou sim, mas você sabe que mesmo se deixarmos de ter medo desses poderes, eles ainda vão continuar sendo perigosos. — Digo e vejo ele assenti com a cabeça.

— Exatamente, agora vamos agilizar. — Ele saiu do meu quarto apressando os passos e eu fui atrás dele.

— Trovão espera, você sabe... o que vai acontecer? — Pergunto descendo as escadas com cuidado enquanto ele desceu praticamente correndo, mas parou de correr quando escutou a minha pergunta. — Você disse que usou esse seu poder pela segunda vez, você viajou no tempo mas não me disse se foi para o passado ou para o futuro.

— E nem irei dizer Zípora, quanto menos se sabe sobre o passado e principalmente sobre o futuro, é melhor. Mas eu não sei exatamente o que vai acontecer, mas farei de tudo para que as minhas donas saiam desse pesadelo.

— Belle sofreu muito com a sua morte de mentirinha, ela vai querer te esganar e se ela quiser eu a ajudo a fazer isso. Ela se sentiu sozinha sem você. — Digo e ele me olha.

— Eu nunca a deixei sozinha, sempre estive ao lado dela... mesmo ela não podendo me ver. Não foi atoa que simulei a minha própria morte e... — Trovão parou de falar e negou com a cabeça. — Ivana está perdendo a paciência, temos que agir rápido Zípora.

— E o que eu tenho que fazer exatamente? Na verdade, o que você vai fazer? — Pergunto e vejo ele se sentar no chão e em seguida erguer uma de suas patas da frente, apontando para mim.

— Você vai fazer um favor para mim... ao menos tente. Eu iria no seu lugar mas se o plano A não der certo, terei que parti para o plano B. — Trovão abaixou a sua pata e eu ri de canto.

— Você sempre tem um plano, não é? E por que eu não estou no plano B? — Pergunto encarando ele e ele permiti que eu leia a mente dele, arregalei os olhos e neguei com a cabeça. — Você não é nem louco em fazer isso.

— Zípora confie em mim, se o plano A não der certo e eu confesso que acho que não dará certo, eu terei que parti para o plano B.

— É arriscado. E se o plano B não der certo?

— Tem o plano C, que é mais arriscado que o plano B. Mas se tem uma coisa que todos nós precisamos fazer nessa vida, é se arriscar. Agora escute o plano...

Annabelle Narrando

Eu não sei se vou suportar o que a Scarlet poderá me dizer e pior, ainda tenho que entregar esse maldito bilhete para ela e se dependesse de mim... eu não entregaria, isso vai acabar colocando um ponto final na minha relação com o Dominic.

Logo agora que nós dois tinhamos tomado a decisão de assumi para todos que estamos juntos...

O motorista dirigia pelas ruas e eu olhei para o céu através da janela do carro, vendo que o tempo estava começando a nublar e que a qualquer momento poderia chover. Eu iria para a casa da Scarlet e iria arriscar, se ela estivesse lá eu conversaria com ela mesmo assim e se ela não estivesse, eu iria procurar por ela.

Para a minha sorte, ou não, quando o motorista dobrou para entrar na rua dela eu a avistei na esquina, do outro lado da calçada. Mandei o motorista me esperar e eu disse que pagaria a ele muito bem se ele me esperasse e só por isso, ele ainda está me esperando.

Desci do carro e corri até a Scarlet que já se preparava para dobrar em outra rua, mas ela não fez isso porque escutou minha voz, chamando pelo seu nome.

— Scarlet! — Corri até ela e quando me aproximei dela, notei seus olhos um pouco vermelhos e inchados.

Ela provavelmente havia chorado muito também... é tudo culpa minha.

— O que você quer? Eu disse que não queria mais te ver. — Scarlet disse friamente e eu passei a mão nos meus cabelos.

— É eu sei que você não quer mais me ver mas você vai me escutar.

— Eu não quero escutar nada vindo de você!

— Mas você vai me escutar! — Altero a voz e sinto meus olhos lacrimejarem. — Eu te deixei dizer tudo o que você queria hoje mais cedo, mas agora é a sua vez de me escutar. Scarlet eu errei em esconder de você que estava me envolvendo com o seu pai, eu fui uma idiota que decidiu continuar com essa mentira porque ficava com medo do que você iria pensar porém, só agora percebo que ter continuado mentindo só piorou as coisas. Eu sabia que iria perder a sua amizade no momento em que você soubesse a verdade, mas eu nunca quis me aproximar de você com interesse no seu pai... foi tudo tão rápido que quando percebi, já estava me apaixonando por ele e não vou negar para você. Eu sou sincera e não tenho medo de dizer que me apaixonei pelo seu pai, eu o amo e nada e nem ninguém vai me fazer mudar de ideia — Digo as palavras já sentindo minha voz ficar embargada e Scarlet de braços cruzados, continuou em silêncio e me olhando. — Você sabe mais do que eu que não escolhemos por quem nos apaixonamos. Mas eu não vim aqui só falar sobre o que sinto pelo seu pai, vim falar também sobre você.

— Olha Annabelle, eu não quero ouv

— Você foi uma das melhoras pessoas que eu conheci na minha vida. Foi minha amiga na infância... acabamos nos separando, mas o destino nos uniu mais uma vez e aqui estamos. Você pode me odiar agora e tem todo o direito disso, no seu lugar eu acho que teria uma reação igual... mas eu quero que você saiba que sempre será a minha melhor amiga porque apesar de tudo, foi com você que compartilhei alguns segredos, desabafos e entre outras coisas. Mas o que sempre irei manter mesmo nas minhas lembranças são os momentos que passamos juntas, e eu quero agradecer a você por isso... por ter sido minha amiga quando ninguém queria se aproximar de mim por causa da minha aparência, você nunca se importou se eu era estilosa ou não, você sempre me aceitou como eu era e como eu sou — Sinto as lágrimas descerem pelas minhas bochechas e rapidamente eu as enxugo. — Mas você não precisa se preocupar mais comigo, essa é a última vez que você está me vendo agora Scarlet.

Tiro o maldito bilhete do bolso do meu short e só agora notei que minhas mãos estavam um pouco trêmulas.

Desviei o olhar do papel para olhar para Scarlet que estava com a expressão séria no rosto.

— Eu quero que me perdoe Scarlet e se você não consegui me perdoar, tudo bem, eu vou entender. — Escuto a buzina do carro e olho para trás, o motorista estava me apressando e eu senti uma gota fina de chuva cair em meu braço.

Ergui a mão direita, para que ele me esperasse mais um pouco e voltei meu olhar para a Scarlet. Entreguei o bilhete para ela e ela o pegou.

— E eu posso saber o que é isso? — Scarlet perguntou sem desviar o olhar de mim.

— É para você entregar para o seu pai, é para ele ler... como eu disse, você não precisa mais se preocupar comigo porque essa é a última vez que você está me vendo agora. Eu vou embora Scarlet.

Começou a chuviscar, mas eu e Scarlet estávamos ignorando as gotas finas de água que caiam e só conseguíamos prestar atenção uma na outra. Achei ter visto uma expressão preocupada no rosto dela, mas acho que me enganei porque ela não falou nada e estava séria.

— Eu só queria que você soubesse que apesar de tudo, eu sempre lembrarei de você como uma grande amiga — Me afastei dela e em seguida me virei de costas mas antes de ir, olhei para ela por cima do ombro. — Adeus Scarlet.

Apressei os passos para ir para o carro e assim que entrei e fechei a porta do banco de trás, as lágrimas vinheram e eu não consegui evitar. Fiz um sinal com a mão e o homem entendeu que poderia dar partida.

Scarlet Narrando

Observei a Annabelle ir até o carro praticamente correndo e em seguida entrar nele.

Ela não sabia mas eu estava sofrendo tanto quanto ela. Ela não percebeu também que a única amiga que tive de verdade nessa minha vida inteira, foi ela?

Mas ela tinha que ter se envolvido logo com o meu pai... eu não sei se consigo perdoá-la por isso, mas confesso que estava triste demais ao saber que não iria mais vê-la e que ela iria embora.

— Scarlet, não é? — Escutei uma voz feminina vindo de trás de mim e me virei rapidamente para ver quem era. — Só nos vimos uma vez, mas você sabe quem eu sou, não é? — A mulher de cabelos azuis que usava um vestido na cor roxo perguntou, se aproximando de mim.

— Você é a Zípora? — Pergunto arqueando uma sobrancelha e ela confirma com um aceno de cabeça. — Não sei muito sobre você...

— Quem sabe um dia, você fica sabendo — Ela da um sorriso fechado. — Scarlet você deixou a sua amiga ir embora.

— Não somos mais amigas. — Digo abaixando a cabeça.

— Certo, mas você queria que ela fosse embora? — Ela perguntou e eu não quis responder, mas a verdade era que... não, não queria. — E o que ainda está fazendo aqui? O carro ainda está na rua, se não correr o carro vai dobrar a rua e então

— Não vou mais vê-la... — Parei de falar e deduzi que assim como o Trovão, a Zípora também podia ler mentes. Ergui a cabeça para olhar para ela e ela pegou nas minhas mãos.

— Ela assumiu o erro que cometeu e veio te pedi perdão mesmo sabendo que você poderia não aceitar, o que custa você perdoá-la? Você está com raiva dela agora mas isso não significa que ela deixou de existir para você, vai mesmo deixar ela ir?

Olho para trás vendo o carro já próximo ao final da rua e ele iria dobrar a outra rua para ir embora. Não sei o que deu em mim mas eu não queria que essa vaca fosse embora assim, quando percebi já estava correndo na rua e gritando o nome dela para que o carro parasse.

— BELLEEE! ESPERA! — Grito enquanto corria mas o carro rapidamente dobrou a rua, mas eu não desisti e continuei correndo.

Quando dobrei a outra rua o carro já havia ido para a pista, se misturando com outros automóveis e foi então que minha ficha caiu... ela foi embora.

E eu nem disse o que gostaria de ter dito porque estava com raiva e fui orgulhosa.

Senti meus olhos encherem de lágrimas e quando iria passar a mão no rosto, lembrei do papel que ela havia me entregado e disse que era para o meu pai.

Desdobrei aquele papel e comecei a ler o que a Belle havia escrito e cada palavra que eu lia, fazia uma sinal de negação com a cabeça... não acredito que ela escreveu isso tudo porque eu disse que não queria mais ver ela e nem ver o meu próprio pai.

Se meu pai ler isso ele vai ficar péssimo e como assim ela não o ama? Ela me disse há alguns minutos atrás que o amava e que nada e nem ninguém faria ela mudar de ideia.

Estranho...

Senti o meu celular vibrar no bolso da minha calça e logo o peguei, era a Raquel. Respirei fundo para ela não perceber que eu estou com a voz embargada e logo atendi a ligação.

— Oi Raquel, tá tudo bem?... C-como? O seu noivo... acordou do coma? Isso é bom, não é?...

Eu não desejava a morte do tal do Peter mas quando Raquel me contou que ele havia pedido ela em casamento na presença dos familiares dele no quarto do hospital... ela disse que ficou nervosa porque planejava conversar com ele a sós mas não deu, ela acabou dizendo sim para o pedido dele. Depois ela me pediu desculpas e acabou encerrando a ligação.

Meu dia acabou de ficar pior com essa notícia.

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Bjoooooooos✨

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