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ꕥ Capítulo 2 ꕥ

Dias Atuais

Pennsylvania - Harrisburg
• 08:15AM

Annabelle Narrando

As vezes me pergunto, o porquê da vida ser tão injusta? As vezes estamos nos sentindo bem, as vezes não... eu não sou o tipo de pessoa que gosta de demonstrar o que está sentindo, eu sou o tipo de pessoa que muita das vezes prefere sofrer calada. Ninguém, além de minha mãe, se importa comigo.
Não tenho amigos e costumo ser solitária, e não, não pensem que eu não tenho amigos porque eu não quero... eu até gostaria, mas as pessoas me tratam como se eu fosse uma alienígena então, eu prefiro ficar sozinha. Sou Annabelle Vandervoort, a garota feia e estranha que ninguém quer por perto.

Desde que minha irmã Annabel faleceu, minha vida mudou bastante. Minha mãe no mesmo ano quis se mudar de New Orleans, fazendo assim com que eu perdesse um ano na escola. Fomos morar em outro país, na Inglaterra e só demoramos quatro meses morando em uma pequena casa em Londres.
Depois nos mudamos de novo e dessa vez fomos morar no Reino Unido... comecei a estudar novamente o segundo ano do fundamental porém, minha mãe teve a brilhante ideia de se mudar de novo. Até hoje me pergunto e pergunto para a minha mãe o porquê nos mudamos tanto, ela me diz? Não.

Ela se estressa e acabamos discutindo, mas no final de tudo acabamos fazendo as pazes. Pior é quando quero falar sobre Annabel... minha mãe não gosta de tocar nesse assunto e se estressa logo.

Mas até hoje não entra na minha cabeça que minha irmã tenha tirado a própria vida, eu não consigo acreditar nisso. Mas também não sei o que houve para o corpo dela ter ido parar no lado de fora da nossa antiga casa então... talvez ela tenha mesmo pulado a janela do quarto dela e cometido suicídio.

Foram dois anos minha mãe se mudando de país, de cidade, até que quando eu estava perto de fazer nove anos, nós voltamos para os Estados Unidos no mês de novembro. Inclusive, novembro é o mês em que completo ano e quando eu fiz oficialmente nove anos, meu irmão foi preso por tráfico de drogas e por assassinar dois homens.

Isso tudo ocorreu na Califórnia, estávamos morando lá. Minha mãe quis me colocar em uma escola da Califórnia que ficava perto do local onde ela trabalhava. Eu cheguei a estudar durante uma semana nessa escola, na outra semana eu saí porque eu estava sofrendo bullying e a diretora da escola não fazia nada a respeito.

Minha mãe me tirou dessa escola e foi então que derrepente, ela decidiu se mudar de novo. Perguntei sobre Jeffrey mas ela disse que ele não importava mais para ela... até hoje não sei se meu irmão ainda está preso ou se ele já teve sua liberdade. Só sei que eu e minha mãe vinhemos morar na Pensilvânia e até hoje estamos morando por aqui, ainda bem.

Quer dizer... nem tanto. Eu perdi três anos na escola e quando vim fazer o segundo ano do fundametal eu já estava com nove anos. Eu até quis fazer supletivo quando eu estava no quinto ano, mas minha mãe não deixou e nem me perguntem o motivo. Segundo ela, as escolas que fazem supletivo por aqui em Harrisburg são "sem futuro".

Aqui estou eu com dezenove anos e esse é meu último ano no ensino médio. Eu poderia estar fazendo faculdade? Sim, eu poderia mas não é bem o que estou fazendo, não ainda.
Mas só tenho esse ano na Murray High School, o que de ruim poderia acontecer?

Sinto um líquido gelado atingindo as minhas costas e me levanto rapidamente do banco de cor vermelha. Olho para trás e vejo Alice, Samara e Abigail. Samara segurava um copo descartável que com certeza estava o líquido que agora, se encontra nas minhas costas.

— Me desculpe Feiannabelle, eu acabei tropeçando e sem querer acabei derramando o meu suco nas suas costas. — Ela disse cínica e não demorou para que começasse a rir de mim junto com as suas duas amigas.

Sorte que não molhou o meu livro. Me aproximei do banco vermelho pegando o meu livro e sai do pátio sentindo alguns olhares sobre mim e até mesmo risos, eu sou uma piada nessa escola.

Fui para o banheiro feminino e me olhei no espelho, me virei um pouco de costas para olhar se tinha molhado muito e sim... molhou e manchou um pouco a camisa do uniforme. Observei por alguns segundos a mancha cor rosa claro que se encontrava no meu uniforme... mais que droga.

Outra pessoa entrou no banheiro e eu engoli seco. A mulher alta e elegante, de cabelos curtos e lábios marcados por um batom vermelho vivo logo me olhou.

— Professora Blunk, bom dia. — Digo vendo a mesma caminhar na direção do espelho e se aproximar do mesmo.

Ela é tão linda que não parece ser real.

— Senhorita Vandervoort, até quando vai aguentar passar por tudo isso?

Ela com certeza viu o que rolou no pátio.

— Não sei. — Dei de ombros e a mesma fez um sinal de negação com a cabeça. Ela passou a mão nos seus cabelos curtos, os arrumando. A expressão séria em seu rosto nunca a abandona, é raro vê-la sorrir.

Acho que não preciso pegar um papel toalha pois de nada vai adiantar, já estou sentindo o uniforme "colando" nas minhas costas. Sai do banheiro feminino e vi algumas pessoas nos corredores, derrepente senti o cheiro de um perfume que mexe com a minha mente.

Olhei para o meu lado esquerdo e avistei o diretor da Murray High School conversando com um faxineiro. Sorri discretamente me lembrando da primeira e última vez que nos falamos, foi no ano retrasado, o ano em que entrei nessa escola.

Murray High School é uma escola particular e bem, eu tive que fazer e passar em uma prova para começar a estudar aqui. Afinal, MHS é uma das melhores escolas particulares dessa cidade.
Minha mãe e eu não somos ricas, somos... humildes. Minha mãe quando trabalhava com bolos ela ganhava mais, porém quando minha irmã faleceu minha mãe deixou de ser confeiteira, ela não tinha mais animação para fazer bolos como tinha antes.

Hoje em dia ela tem uma floricultura e quando ela está cansada, eu que fico na floricultura responsável por atender as pessoas e vender as flores que eles quiserem comprar.

A última vez que estudei em uma escola particular foi em New Orleans. Por mim, eu estaria estudando em uma escola pública mas minha mãe insistiu para que eu fizesse a prova para entrar na MHS... de trinta pessoas só sete passaram na prova, e eu fui uma dessas sete pessoas. Tive sorte, eu acho.

Observei o diretor que se afastou do faxineiro e caminhou na direção das escadas. Ele é outro que também nunca vi sorrir, não sei quem é pior, ele ou a senhora Blunk.

Mas a voz do senhor Murray é tão... tão encantadora. Não gente, não pensem que sou apaixonada pelo meu diretor, eu só o admiro... e demais.

Flash Back On ✨

— Por favor me deixem entrar, parem com isso.

Eu estava tentando entrar no banheiro feminino porém, o trio de amigas inseparáveis estava dentro do banheiro e segurando a maçaneta da porta com força para que eu não conseguisse entrar.

Todos estavam em aula então eu não poderia simplesmente gritar para elas abrirem a porta. E mesmo eu tentando falar calmamente e pedir com educação para que elas me deixassem entrar no banheiro, elas não deixaram. Ficavam rindo do lado de dentro e diziam que as feias não poderiam entrar enquanto elas estivessem no banheiro.

Eu estava tão apertada que não iria conseguir segurar por muito tempo o xixi que eu já estava prendendo. Foi então que olhei para o outro lado e vi a porta do banheiro masculino, seria minha solução, eu não iria insistir mais para que as outras abrissem a porta do banheiro feminino.

Corri até a porta do banheiro masculino e rapidamente entrei no mesmo. Minha sorte é que estava vazio, ainda bem... mais que nojo fazer minha necessidade no banheiro masculino. Fazer o que também, eu não tinha outra escolha mesmo.

Entrei em uma das cabines e ainda um pouco relutante, fiz meu xixi em paz e quando terminei, escutei a porta do banheiro masculino sendo aberta... merda.

Demorou alguns minutos e eu fiquei esperando dentro da cabine que a porta principal fosse aberta e em seguida fechada novamente. Eu já estava ficando preocupada por não escutar mais nada até que, escutei a porta sendo aberta e em seguida fechada, seja lá quem tenha entrado... acabou de sair.

Abri a porta da cabine e sai aliviada, caminhei até as pias e liguei a torneira para lavar as minhas mãos.

— Não acreditei quando me informaram então, resolvi vim comprovar com meus próprios olhos e vejo que é verdade. — Escuto uma voz masculina e rouca ecoando pelo banheiro, foi inevitável não dar um pulinho para trás.

Eu realmente me assustei pois pensei que estava sozinha. Olhei na direção de onde vinha a voz e vi um homem alto, de cabelos pretos e olhos azuis. Observei seus músculos naquela camisa social de cor azul clara que o deixava bonito demais e engoli seco.

— E-eu posso explicar. — Gaguejo um pouco e fecho os olhos com força, mais que droga.

— Estou esperando por uma explicação, senhorita Vandervoort. O que a senhorita faz no banheiro masculino? — Ele perguntou se aproximando de mim e eu dei dois passos para trás.

Percebi que havia deixado a torneira ligada então rapidamente a fechei, olhei para o homem que havia aparecido no banheiro do nada e se encontrava agora na minha frente aguardando uma explicação.

— Bom eu... eu... assim, eu... eu sou novata — Digo e o mesmo arquea uma sobrancelha mas ainda mantinha uma expressão séria no rosto. — Eu...

Não seria uma boa ideia dizer o que realmente aconteceu, só pioraria as coisas.

— Eu sei que a senhorita é novata, já fui informado sobre isso também. — Ele me analisou de cima a baixo e sinto minhas bochechas esquentarem.

— É... pode dar a minha advertência. Eu entrei aqui... porque eu quis. — Digo abaixando um pouco a cabeça para olhar para os meus pés.

Sei que mentir não é certo, mas me pareceu certo naquele momento. Mexi na haste do meu óculos e escutei o homem a minha frente soltar um suspiro.

— Não irei te dar uma advertência. Quando uma garota entra no banheiro masculino, isso gera expulsão. É proibido e está nas regras da escola.

Olhei para ele que ainda estava sério e agora de braços cruzados, e que braços...

— Eu... serei expulsa então? — Pergunto olhando nos olhos dele e logo desvio, minha mãe vai me matar.

— Eu deveria te expulsar, mas não vou. Volte para a sua sala e acerte a porta do banheiro feminino da próxima vez. — Ele avisou e eu assenti.

Iria sair do banheiro masculino, mas me virei para olhar para o homem que ainda estava no mesmo lugar só que agora de costas para mim.

— O senhor é o diretor? — Pergunto e me arrependo logo em seguida de ter feito essa pergunta.

Eu ainda não sabia quem era o diretor da escola, estava descobrindo tudo aos poucos e infelizmente sozinha.
O homem se virou para me olhar e eu senti uma corrente elétrica percorrer pelo meu corpo assim que seus olhos se encontraram com os meus.

— Sim, sou Dominic Murray. Creio que já ouviu falar de mim.

Dominic Murray... então é ele, o nome do homem que ouvi algumas garotas falando e dizendo que gostariam de ter um caso com o diretor Murray.
Elas tem chance, são bonitas. Já eu sou uma alienígena.

— Já sim... — Dei um sorriso fechado e ficamos nos olhando por alguns segundos até que ele desviou o olhar de mim — Obrigado por me dar mais uma chance e não me expulsar da sua escola.

Ele fez um meneio de cabeça que eu entendi como um "não há de quê". Saí do banheiro masculino e resolvi voltar para a minha sala.

Flash Back Off ✨

O sinal tocou e eu respirei fundo.
Fui para minha sala e prestei atenção nas aulas, fiz todas as anotações em meu caderno, respondi as perguntas dos professores e também anotei alguns assuntos importantes, os trabalhos avaliativos irão começar essa semana mesmo.

   [...]

O tempo está ensolarado, eu amo o sol mas também amo um tempo nublado. Quando largo da escola vou para casa caminhando mesmo, demoro mais ou menos uns trinta minutos caminhando, não moro tão longe da escola o que por um lado é bom.

Quando cheguei em casa, soltei um suspiro aliviada, tudo estava em seu devido lugar pois eu arrumei a casa inteira às cinco da manhã já para não arrumar quando eu chegasse agora da escola. A única coisa que irei fazer agora é lavar as roupas, principalmente meu uniforme.

Tranquei a porta e coloquei minha bolsa em cima do sofá, tirei a camisa da farda e senti uma leve dor nas costas... tomarei banho depois que terminar de lavar as roupas.
A máquina de lavar quebrou no mês passado e até hoje está no conserto, pois é, imaginem a minha luta que lavo todas as roupas na mão mesmo e minha mãe? É a que mais suja roupa aqui em casa.

Eu iria para o quintal mas meu celular vibrou no bolso da minha calça jeans. Parei de caminhar e peguei meu celular para atender a pessoa que me ligava. Eu não precisei nem olhar na tela quem me ligava pois, eu já sabia que era minha mãe.

Ligação On 📲

— Já está em casa? — Escutei o tom de sua voz embargada e logo estranhei.

— Acabei de chegar e irei lavar as roupas. O que houve mãe? Está se sentindo bem? — Pergunto preocupada já que ela não é de me ligar a esse horário também.

— Querida tenho uma má notícia... seu avô morreu.

Fiquei alguns minutos em silêncio pois da última vez que vi meu avô, o pai de minha mãe, eu tinha só dez anos. Ele era um homem gentil e divertido, até me dizia algumas coisas sem sentido e eu achava graça.

— Meu Deus mãe... eu sinto muito.

— Eu vou fechar a floricultura agora filha para ir vê-lo no... hospital. Já foi uma vizinha que mora ao lado da casa dele que me ligou e me contou o que aconteceu, parece que a pressão dele subiu e... — Minha mãe choramingou baixinho porém, eu conseguir escutar e fiquei triste demais com isso. Odeio vê-la triste.

— Calma mãe, só... vai e quando chegar a gente conversa. Vou preparar um chá para a senhora tá bom? Cuidado no trânsito, tchau.

— Tchau Belle, você

— Sim. — Interrompo ela — a porta está trancada.

Ligação Off 📲

Ela encerrou a ligação e eu cocei a nuca. Eu não era próxima ao meu avô então, não estou sentindo tanto pela morte dele mas minha mãe sim, ela era próxima a ele, mesmo assim eu fico triste pela morte dele... mais um Vandervoort se foi.

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Espero que tenham gostado, votem e comentem...

Bjoooooooooooooos ✨

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