Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ꕥ Capítulo 15 ꕥ

Annabelle Narrando

Fiquei analisando o rosto de Jeffrey. Ele havia deixado sua barba crescer um pouco e parecia um homem mais maduro agora.

— Achei que você iria demorar para advinhar. — Ele disse ainda olhando para mim.

Me levantei e em seguida me aproximei dele, toquei no rosto do mesmo, me lembrando da última vez que o vi... os políciais o levando, ele sendo acusado de vários crimes e dizendo que era inocente, que não havia matado ninguém.

— Você está tão diferente... — Parei de falar e sentir meus olhos marejarem. Logo o abracei e senti o mesmo aos poucos retribui o meu abraço.

— E você está quase do meu tamanho. — Ele disse e eu não conti as lágrimas, começando a chorar no ombro dele por pensar que ele estava morto ou que ele ficaria no presídio da Califórnia para sempre.

— Então esse é o famoso Jeffrey... você parece um pouco com ele sabia? — Escutei a voz do meu cachorro e dei um sorriso fechado.

— Ei, calma não precisa chorar. — Me afasto dele e o mesmo toca no meu rosto, enxugando minhas lágrimas. — Pensou que eu estivesse morto não é?

— Pensei tantas coisas. — Sou sincera e desvio o olhar dele. — Como você...

— Consegui um bom advogado... é uma longa história. Fiquei esses anos todos preso por crimes que eu não cometi. — Ele disse pegando nas minhas mãos e eu voltei a olhar para ele.

E ele não está mentindo Belle, ele está dizendo a verdade.

— E agora que estou livre, irei investigar quem ajudou a me incriminar e essa pessoa irá pagar com a própria vida. — Ele disse apertando um pouco minhas mãos e eu fiz um sinal de negação com a cabeça.

— Com a própria vida? Jeffrey isso não é... cruel? — Pergunto afastando minhas mãos das dele.

— Vou te dizer o que é cruel maninha, nossa irmã foi assassinada e disseram que ela cometeu suicídio, sendo que ela jamais tiraria a própria vida. E justo quando eu estava perto de descobri quem a matou, eu fui preso. — Ele explicou e eu me sentei na minha cama, ficando atordoada com esse assunto.

Trovão também subiu em cima da minha cama e se sentou ao meu lado.

— O assassino de Annabel não é burro e nem idiota. Quando você pensa que está seguro na verdade você não está, ele está te vigiando e quando você percebe já é tarde demais, já está em um beco sem saída... está entendendo o que eu quero dizer irmã? — Ele perguntou e eu soltei um suspiro, em seguida assenti. — E eu voltei não só para descobrir quem me incriminou, mas também para proteger você e a nossa mãe.

— Por que nos proteger? Estamos bem. — Digo depois de ter ficado tanto tempo calada e pensativa.

Jeffrey sorriu irônico cruzando os braços e fez um sinal de negação com a cabeça.

— O assassino da nossa irmã ainda vive, eu sinto isso. Ele é esperto e eu não duvido que ele já saiba que eu sai da prisão, ele virá atrás de mim porque sabe que irei continuar investigando e eu irei descobrir quem ele é. — Ele disse sério e eu cocei a nuca.

— Por que não deixa esse assunto para a polícia?

— Porque para eles não tem o que investigar, foi suicídio e fim. Foram pagos para não investigar e eu não duvido disso. E o assassino de Annabel é assim, comece a investigar sobre a morte da nossa irmã e coisas ruins acontecerão e eu não quero que nada de ruim aconteça a você ou a nossa mãe.

— Tem tanta certeza que seja um... assassino? — Pergunto desconfiando se ele achava mesmo que fosse um homem.

— Sim, o principal suspeito é um homem.

Ele está falando a verdade mais uma vez, ele realmente acha que é um homem. Mas para mim, algo ainda não se encaixa nessa história. Escutei a voz de Trovão na minha cabeça e tive que concordar com ele.

Para mim também não. Eu não quero montar esse quebra-cabeça, eu só queria viver em paz mas parece que alguma coisa quer que eu tente descobri o que realmente aconteceu com Annabel... eu não sei mais o que pensar.

No dia seguinte...

06:37PM

Nesse momento estou sentada no sofá e minha mãe ao meu lado, estamos vendo tv, ou melhor novela e Trovão está deitado em cima do tapete que fica perto da porta.

— Essa mulher não sabe com quem fica, essa piranha. — Minha mãe disse se irritando ao ver a protagonista se afastar do homem que ela gostava.

Eu não assisto muito novela, mas quando minha mãe se senta no sofá para assistir alguma e eu estou no tédio sem fazer nada, também me sento no sofá para assistir. Mesmo não entendendo o que está se passando, mas já tendo noção de quem são os personagens principais.

— O outro retardado não faz nada, só sabe ficar olhando e olhe que o papel do mudo é do velho que é dono da fazenda. — Ela disse com raiva e eu rir.

— A senhora quer que ele faça o quê?

— Que ele vá atrás da piranha que não sabe com quem fica. — Ela apontou para a tv e cruzou os braços me fazendo rir mais ainda. Ela me deu um tapa no ombro e eu reclamei mas mesmo assim continuei rindo. — Fique rindo não, se você assistisse a novela do começo você estaria como eu agora.

Escutei meu celular tocar e foi quando parei de rir. Mas quem será agora?

Sua amiga do coração, a tempestade.

Peguei meu celular que estava no braço do sofá e atendi a ligação de Scarlet.

Ligação On📱

Vamos ao parque de diversões aqui perto? Por favor, eu pago a nossa entrada. — Scarlet disparou assim que atendi a sua chamada e logo eu olhei para o Trovão.

Quando? Não me diga que é hoje.

É hoje. Vamos, você vem para cá agora e daqui nós vamos juntas. Ela disse empolgada e tentando me convencer.

Espera um pouco.

Afastei o celular da minha orelha e olhei para minha mãe que estava concentrada na novela.

— Mãe, Scarlet me chamou para

— Pode ir, se divirta e tome cuidado, ah e não volte tarde. — Ela me interrompeu e eu a olhei confusa. Escutei Scarlet dando gritinhos eufóricos e minha mãe me olhou. — Você precisa sair mais de casa Belle, acho bom você ter uma amiga como Scarlet para te arrastar para sair para os lugares, isso é bom.

Coloquei a chamada no viva-voz e avisei a Scarlet que estava no viva-voz.

Isso mesmo tia Yandra, é bom demais me ter como amiga. Não é mesmo Belle?

— É. - Rir de canto. — Vou me arrumar aqui, quando eu estiver saindo de casa eu te ligo.

Ótimo, irei me arrumar também. Tchau. — Ela disse encerrando a chamada.

Ligação Off📱

Olhei para o meu cachorro e o mesmo virou o rosto para o outro lado.

Não vou, não estou afim de sair de casa e estou cansado. — Escutei a voz dele na minha cabeça e fiz um sinal de negação com a cabeça. — Estarei vendo e ouvindo vocês do mesmo jeito. — Ele riu e eu me levantei do sofá.

— É melhor eu agilizar não é?

— É claro. — Disse minha mãe sem desviar o olhar da tv. Essa novela está prendendo ela de um jeito, que assim que ela chega da floricultura ela já vai ligando a tv para ver se essa novela começou.

Eu e ela evitamos de falar sobre Jeffrey por hoje. De manhã quando ela me levou para a escola, fomos o caminho inteiro falando sobre ele e de como ele teve sorte de ter sido solto.

Os dois ainda conversaram a sós hoje a tarde, segundo o Trovão e depois minha mãe que contou tudo para mim assim que chegou em casa, os dois discutiram um pouco sobre o mesmo assunto que eu e ela discutíamos quando eu tocava no assunto, o assunto é claro, sobre Annabel.

Fazer perguntas a dona Yandra sobre Annabel sempre dá em discussão, ela não gosta de jeito nenhum de tocar em um assunto desses e eu deveria ter alertado Jeffrey sobre isso.

08:18PM

Estou com Scarlet agora no parque de diversões, já pagamos nossas entradas e é claro que eu trouxe dinheiro, não queria que ela pagasse a minha. Já fomos duas vezes na montanha russa e agora estamos andando pelo parque e decidindo em qual brinquedo vamos agora.

Minha amiga está usando uma calça jeans preta e um cropped cinza de alça fina com decote V, nos seus pés, sapatos da mesma cor que seu cropped e um colar de prata com um pingente de lua em volta do seu pescoço.

Eu... estou simples, como sempre. Graças ao Trovão, estou começando a gostar de usar roupas com decotes mas não tão grandes assim, até agora decotes bem discretos. Estou usando um short jeans e uma blusa de alça fina na cor azul claro, decidi deixar meus óculos em casa para não correr o risco de acontecer alguma coisa com eles, vai que eu decida ir em algum brinquedo que fique de cabeça para baixo? Meus óculos iriam sofrer um acidente.

— Aah eu queria tanto poder voltar no tempo só para ir no carrossel. — Scarlet disse parando de caminhar e pegando no meu pulso. Olhei na mesma direção que ela estava olhando e vi as crianças se divertindo no carrossel.

— Eu também gostaria de voltar no tempo só para fazer isso. — Digo e logo voltamos a caminhar. Eu já estava ficando com fome e isso deve ser porque não comi nada quando cheguei da escola. — Estou com f

— AAAAH MEU DEUS! EU NÃO ACREDITO! — Scarlet disse alterando a voz e me arrastando para um lugar que quando olhei, notei que era o jogo de lançar argolas. Se acertasse a argola em um cone, ganharia um prêmio.

— Isso é sério Scarlet? — Pergunto baixo vendo a mesma bastante animada com isso. Nos aproximamos da bancada e o homem responsável logo olhou para nós duas.

Já tinha algumas pessoas por perto só observando e algo me diz que esse jogo não vale a pena. Olhei para os cones que estavam tão distantes que eu não sei se seria possível eu lançar uma argola daqui, de onde eu estou agora, para ela entrar em um desses cones que estão distantes demais.

— É muito sério Belle. Eu sou muito boa em jogos, na maioria dos jogos e esses de lançar argolas então? Você vai ver, vou ganhar um prêmio desses e vai ser agora. — Ela falou baixo para que somente eu escutasse.

Olhei para os prêmios e tinha até mesmo duas cestas cheias de doces, ursos de pelúcia, incluindo um que eu tenho certeza que é quase do meu tamanho, e os outros eram mais brinquedos infantis.

— E o que você quer ganhar de prêmio aí? — Pergunto e noto que o homem já estava nos observando.

— Na verdade eu só quero acerta a argola no cone. Moço, eu vou jogar. — Ela disse chamando a atenção do homem que sorriu. Ela entregou um dos seus tickets e o homem logo lhe entregou uma argola média de cor azul.

Vi a mesma se preparando para lançar a argola e quando ela lançou, a argola passou de raspão pelos cones. Vi a mesma ficar frustrada e eu toquei no ombro dela.

— Eu vou de novo. — Ela disse confiante pegando os seus tickets no bolso da calça.

— Scarlet eu estou com fome. Vou enfrentar alguma fila para comprar alguma coisa para comer, você quer alguma coisa também? — Pergunto vendo a mesma entregar outro ticket para o responsável que estava na bancada do jogo.

— Eu quero um churros. Mas antes, tenta jogar também para ver se acerta. — Ela me olha e eu penso um pouco.

Não sou boa em esportes e em jogos? Piorou.

Mas decidi tentar. O homem me entregou uma argola média de cor laranja e eu lancei a argola que passou longe dos cones, parece até que mirei a argola no chão.

— Não foi dessa vez. — Digo e vejo Scarlet dar outro ticket para poder jogar de novo. Prevejo que ela só sairá daqui quando acertar uma dessas argolas em um cone. — Eu vou... — Parei de falar ao avistar as filas que estavam muito grandes para comprar qualquer coisa que fosse para comer. — As filas estão enormes.

— Droga! — Ela disse irritada quando não conseguiu acertar a argola no cone. — Eu sou boa nisso, por que estou errando? — Ela disse com raiva e me olhando.

— Como é que eu vou saber Scarlet? Você já está se estressando com esse jogo. É melhor parar e a gente ir em outro brinqu

— Eu só saio daqui quando eu ganhar. — Ela disse séria e me interrompendo, foi ai que notei que ela não gosta de perder.

— Tudo bem. Eu infelizmente terei que enfrentar alguma dessas filas enormes, só porque estou com muita fome... volto já e boa sorte. — Digo vendo a mesma já segurando uma argola de cor vermelha e se preparando para lançar a mesma.

Não vou me preocupar em se perder dela, já que ela só vai sair desse jogo quando ganhar, o que sinceramente acho difícil.

Scarlet Narrando

Que argola desgraçada. Eu estou mirando ela na direção certa para entrar dentro da porra desse cone, e ela só sabe passar de raspão. Já era a vigésima vez que eu gastava um dos meus tickets só tentando acertar essa desgraçada dessa argola no cone.

— Olha Brad, você não é bom nesse jogo de lançar argolas? — Escutei uma voz feminina se aproximando da bancada e olhei para o lado vendo uma mulher de mãos dadas com um homem ao seu lado.

O mesmo sorriu ao ver o jogo e não demorou para entregar um de seus tickets para o homem que eu já tinha entregado a maioria dos meus tickets. Decidi observar para ver se esse Brad iria acertar.

— Eu sou ótimo nesse jogo Judie, se eu errar você terá que me arrastar até a roda gigante. — Ele disse rindo e a mulher também riu.

Ele se preparou para lançar a argola que tinha sido entregue a ele. O mesmo lançou a argola e assim como aconteceu comigo, a argola que ele lançou passou de raspão pelos cones. O mesmo bufou e a mulher ao lado dele comemorou.

— Você errou Brad.

— Eu sei Judie. — Ele disse cabisbaixo.

— Mas você pelo menos tentou Brad, agora vai tem que ir comigo na roda gigante. — Ela riu e saiu arrastando ele e eu escutei o mesmo falar "Infelizmente Judie".

Achei engraçado a maneira como eles falavam um com o outro. Voltei minha atenção para os cones e respirei fundo, agora vai.

— Ei garota. Você de cabelos vermelhos. — Desviei a atenção do jogo para uma mulher que estava com um menino, que me parecia ter 5 anos. — Você não vai jogar mais? Meu filho disse que está torcendo por você.

— Sério? — Perguntei surpresa e vi o menino se esconder atrás dela. Eles estavam me observando e eu nem havia percebido, na verdade não só eles, tinha algumas pessoas por perto que estavam me observando também.

— Você tem torcedores garota. Deveria tentar de novo. — Disse o homem responsável pela bancada do jogo e eu coloquei minha mão no bolso para pegar mais tickets.

Que desgraça só tenho dois, eu tinha muitos quando entrei dentro desse parque. Não acredito que gastei a maioria só tentando acertar a infeliz da argola no cone.

Entreguei um ticket para poder jogar de novo e o homem me entregou a mesma argola que eu tinha jogado antes, a argola média de cor vermelha. Lá vamos nós de novo, mirei na direção do cone do meio e logo lancei a argola, mordi o lábio inferior desejando que a argola entrasse no cone mas a mesma ficou foi presa entre os outros cones.

— Ela quase conseguiu filho. — Escutei a mulher dizer para o menino que estava torcendo por mim e eu me controlei para não explodir ali só de raiva.

Abaixei a cabeça na bancada e senti alguém cutucar o meu ombro, era o homem responsável pelo jogo.

— Olha você praticamente gastou todos os seu tickets aqui, você é realmente uma pessoa competitiva então... vou deixar que você escolha algum prêmio e

— Moço a questão não é o prêmio. — Digo tentando me controlar para não ser ignorante com o pobre homem. — Eu só queria acertar a porr... a abençoada da argola no cone. — Digo dando um sorriso fechado e ele dá de ombros.

— Mas se quiser, você está livre para escolher algum dos prêmios. — Ele se afastou e eu fiquei pensando se jogava de novo ou não.

— O destino não é mesmo uma desgraça? — Escuto uma voz feminina e carregada de sarcasmo. Uma voz que reconheci na hora e fechei os olhos, pedindo a Deus para que não fosse quem eu estava pensando.

— Pode acreditar que sim. — Digo abrindo os olhos novamente e olho para o meu lado direito vendo a mulher de cabelos curtos e olhos da cor do céu. — Você tinha que vim justo hoje para o parque? Poderia ter ido em um cinema ou sei lá. — Digo vendo a mesma dar um sorriso fechado.

— Faço das suas palavras, as minhas. — Ela disse cruzando os braços e olhou para os cones. — Estava te observando a alguns minutos atrás, você não acertou nenhuma.

— Você não veio aqui só para jogar isso na minha cara, não é? — Pergunto apoiando os cotovelos na bancada do jogo.

— Na verdade vim para jogar isso na sua cara e também vim jogar, só que diferente de você e de outras pessoas que tentaram acertar a argola no cone e não ganharam, eu irei ganhar. — Ela disse confiante e eu comecei a rir.

— Olha, eu sugiro professora Blunk que

— Pode me chamar pelo primeiro nome, só sou sua professora na escola. — Ela disse me encarando e vi a mesma abrir a bolsa e tira um ticket de dentro.

— Certo... Raquel. — Digo vendo a mesma rir de canto. Por que essa infeliz tem que ser bonita e insuportável? — Um conselho para você e é de graça, esse jogo só vai fazer você gasta todos os seus tickets. Não se ganha nele, se perde. — Ela também apoia os cotovelos na bancada e chama o homem responsável pelo jogo, ela entrega o ticket e ele diz a ela que iria pegar uma argola para a mesma jogar. — Esse jogo é uma fria. — Aviso e ela me olha.

— Sabe o que não é uma fria? As leis da física. Sem a resistência do ar nem deslocamento vertical, o deslocamento horizontal será igual ao quadrado da velocidade inicial multiplicado pelo seno do dobro do ângulo de lançamento dividida pela aceleração da gravidade. — Ela disse confiante e eu sinceramente não entendi nada do que ela disse. Só entendi que as leis da física não é uma fria.

— Aqui está senhorita. — O homem entregou a argola de cor vermelha para ela, a mesma argola que eu tinha jogado antes.

Essa eu quero ver.

Vi ela analisar a argola e logo olhar para o cone. A mesma lançou a argola e aconteceu o que eu não esperava que acontecesse, a infeliz acertou de primeira e tanto eu como o homem responsável pelo jogo olhamos para a Raquel surpresos.

A argola havia se encaixado perfeitamente no cone do meio.

— Eu disse que iria ganhar. — Ela passou a mão nos seus cabelos curtos e deu um sorriso discreto para mim. Ainda debocha da minha cara porque eu não ganhei... ah não, isso é injusto.

— Qual prêmio a senhorita irá querer?

— Não precisa, eu só queria acertar mesmo a argola no cone. Você quer o prêmio para você? — Ela perguntou me olhando e eu tive que me segurar para não avançar em cima dela.

& Não, eu não quero a droga do prêmio. — Digo me irritando e pegando o meu último ticket. — Eu vou de novo.

— Ela não desisti. — O homem disse para a Raquel mas eu escutei. Encarei ele que logo pegou o meu ticket e me entregou uma argola.

Me concentrei entre a argola e o cone, mirei na direção do cone do lado esquerdo e lancei a argola. E... errei de novo. Essa argola do capeta.

— Está jogando errado. — Escutei a voz da Raquel e encarei ela, a mesma riu e eu estava até achando uma raridade ver essa mulher sorrindo. — Acredite, você está jogando errado.

— É mesmo? E como é que se joga então? — Pergunto irônica e a mesma retira outro ticket da sua bolsa e entrega para o homem, o mesmo entrega uma argola da cor branca para Raquel e a mesma me entrega a argola.

Um pouco hesitante pego a argola e me preparo para lançar, mirando mais uma vez na direção do cone.

— Não senhorita Murray, vai errar de novo. — Ela revirou os olhos e se aproximou de mim. — Vejamos... com licença. — Ela ficou atrás de mim e eu pude sentir o cheiro do seu perfume, a mesma se aproximou mais ainda me fazendo perder um pouco a concentração. Ela pegou no meu cotovelo direito o levantando um pouco. — Quanto mais você deseja que a argola entre no cone, ela não vai entrar. O segredo é enganá-la e não mirar na direção do alvo, mas na verdade você vai mirar no alvo, só que em um ângulo diferente desse que você estava fazendo entendeu? — Ela perguntou em um sussurro e eu só consegui assenti com um aceno de cabeça. — Lance agora.

Respirei fundo e fiz exatamente o que a Raquel me disse. Dessa vez lancei a argola em um ângulo um pouco diferente e mirei em outro cone, dessa vez já imaginando que iria errar de novo, mas quando a argola entrou no terceiro cone do meio eu não me segurei e gritei um "CONSEGUI".

— AMÉM DEUS! Finalmente. — Soltei um suspiro aliviada e até mesmo o homem responsável pelo jogo ficou feliz já que sorriu quando eu acertei. — Agora eu quero a cesta de doces. — Digo e ele assente indo pegar a cesta.

Olhei para a Raquel que parecia procurar por alguém.

— É... eu acho que deveria te agradecer. — Digo e vejo a mesma me olhar. — Mas acho que eu acertaria com ou sem você.

— Ah tá bom. — Ela riu de canto. — De nada. — Ela desviou o olhar de mim para olhar para seu relógio de pulso. Notei que na sua mão esquerda agora havia uma aliança. Como assim? Da última vez que vi não tinha e... agora tem?

Será que ela e o professor de história estão...? Não acredito, tão rápido assim?

— Você tem algum fetiche por mãos? — Ela perguntou me fazendo corar e colocar uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. — Está olhando para a minha mão a um bom tempo, e olhe que ela não é tão bonita assim.

— Ah fala sério, você é linda e sua mão também é. — Digo me arrependendo logo em seguida, eu deveria saber ficar de boca fechada. — Mas eu não tenho fetiche por mãos não e também não tava te admirando, quer dizer, não que eu te achei feia porque você não é, mas eu só estava

— Você tagarela demais quando fica nervosa? — Ela perguntou me interrompendo e com um sorriso irônico. Ela tá amando me deixar constrangida. — Tudo bem, vamos esquecer esse assunto. Não sei nem o porquê ainda estou falando com você.

— Também me faço a mesma pergunta. — Digo cruzando os braços e só agora lembro da Belle. Será que ela se perdeu? Ainda mais essa, tomara que não.

— Como está seu pai? — Raquel perguntou e eu encarei ela.

— Ele está ótimo. — Desvio o olhar dela e começo a procurar por Belle com o olhar.

— E ele te deixa vim a essa hora para um parque de diversões sozinha?

— Eu estou acompanhada. — Digo já preocupada por não estar vendo Belle em lugar nenhum.

— E o seu acompanhante te deixou aqui sozinha jogando aquele jogo que você só faltou quebrar a bancada porque não estava conseguindo ganhar? — Ela perguntou e eu olhei para ela.

— Eu não iria quebrar nada, pelo amor de Deus. E é a acompanhante que já deveria ter voltado.

— A acompanhante... — Ela disse parecendo que havia acabado de descobri um segredo sobre mim. É isso mesmo, que saiba. — Eu vou indo, você não foi a única que foi deixada sozinha aqui nesse parque.

— O professor de história te deixou sozinha aqui? — Perguntei incrédula. Aquele homem é imbecil ou o quê?

— Phillip? — Ela começou a rir e eu não entendi. — Não tenho nada com ele, somos só amigos.

— Não que eu seja muito observadora mas uma vez eu notei que você não usava nenhum anel no dedo anelar e agora está usando um de... noivado. — Precisei olhar de novo para o anel e voltei meu olhar para ela que agora me encarava. — Pensei que você o professor de história...

— Isso já não é da sua conta meu bem. — Ela disse séria e passou as mãos nos seus cabelos. — É melhor eu ir embora. — Ela passou por mim e realmente iria embora e por impulso ou sei lá o que deu em mim, segurei no braço dela e senti um calafrio percorrer pelo meu corpo ao tocar em sua pele.

— Me desculpa ter tocado nesse assunto, acho que você não

— Não precisa se desculpar. — Ela soltou um suspiro frustrada e eu não entendi porque ela agora parecia triste com isso. — Tchau senhorita Murray.

Ela foi embora e eu fiquei me perguntando, por que um anel de noivado deixaria alguém tão triste? A pessoa não deveria se sentir feliz? E quem seria o noivo dela? Será que os dois se amam? Ah mais é claro que se amam, se não eles não estariam noivos.

— Cheguei, menina que fila. — Me assustei ao escutar a voz de Belle. Olhei para ela que segurava duas sacolas de lanche e dois churros na mão direita. — Quer um? E que cara é essa? — Ela perguntou desconfiada e eu a admirava por ela me conhecer tão bem.

Resolvi contar tudo a ela enquanto comíamos o churros e eu também peguei minha cesta de doces que eu quase esquecia de pegar. Contei que havia visto a Raquel, contei também sobre o anel de noivado, enfim, contei tudo.

— Você disse que a viu ficar frustrada quando você quis se desculpar pelo assunto do anel? — Belle perguntou e eu assenti. — Scarlet, é raro vê-la assim. Alguma coisa está acontecendo na vida dela, mas do jeito que ela é... ela não vai contar e se voltar a te ver não espere encontrar a Raquel que você conversou hoje a noite. Vai ser a outra Raquel, a furacão que você e muita gente naquela escola odeia.

— Mas tem que ter algum motivo para ela agir assim.

— E tem, quando me aproximei dela... na verdade tentei porque ela nunca permitiu. Ela nunca permiti que alguém se aproxime demais dela, eu estava passando a conhecer ela melhor, sabia até quando ela estava triste. Ela já passou por muita coisa e quando eu descobri uma dessas coisas... foi quando ela pediu para que eu me afastasse dela. — Belle explicou ficando com um semblante triste.

— O que você descobriu? — Pergunto e minha amiga faz um sinal de negação com a cabeça.

— Eu prometi não contar Scarlet, sinto muito. Você teria que se aproximar dela para saber mais é claro que você não é louca de fazer isso, não é tão fácil assim e Raquel me afastou dela porque eu descobri algo da vida dela que não era para eu descobrir e sim ter esperado ela contar... eu bem dizer acabei quebrando a confiança dela. — Belle soltou um suspiro pesado e eu fiquei imaginando o que seria de tão grave para Raquel tê-la afastado.

— E se eu

— Scarlet. — Ela me repreendeu com o olhar.

— Ah mais você me deixou curiosa agora. — Coço a nuca e caminhamos na direção da roda gigante. — Mas o que você acha do anel de noivado?

— Por que está tão interessada nisso? — Ela perguntou e eu dei de ombros.

— Eu não sei.

E é a verdade, eu realmente não sei.

— Quando eu a conheci ela tinha um namorado, mas quando nos afastamos... não fiquei sabendo mais de nada. — Belle disse terminando de comer o seu churros.

— Acho que já sei a pessoa que deve saber um pouco sobre a Raquel. — Digo me lembrando de um certo homem que provavelmente deve saber.

— Quem? — Belle perguntou arqueando uma sobrancelha.

×××××××××××××××××××××××××××××××××××

Espero que tenham gostado, votem e comentem...

Bjoooooooooooooos ✨

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro