#27#
"A vida real do ser humano consiste em ser feliz, principalmente por estar sempre na esperança de sê-lo muito em breve."
(Edgar Allan Poe)
Continuando...
Jenna narrando
Na grama totalmente verde, em frente ao lago do chalé, Mamãe, papai, Paul e eu estávamos sentados em um daqueles lençóis de piquenique, a superfície do lençol continha vários pratos, dos doces aos salgados...
Estávamos todos sorrindo bobos olhando uma criança, uma menina linda de cabelos loiros caindo-lhe sobre os ombros.
-Meu amor vem cá -digo abrindo meus braços - Depois você volta a brincar.
- Não mamãe, depois eu como -diz fazendo um muxoxô.
Mamãe que até então estava abraçada a papai deu um beijo em papai sussurrando "vai ficar tudo bem ",a mesma se levantou indo até Paul, ela estava muito sorridente e até a mim contagiou, o abraçou -Paul - logo dizendo "Confio em você para cuidar deles " o soltou logo indo até minha "filha" .
Mamãe a abraçou fazendo cócegas, mas logo dando um beijo em sua testa.
Eu podia me sentir feliz, mas essa atitude era estranha. Então me levantei indo até mamãe.
- Mãe! -digo
- Filha -diz e me abraça tão forte que parece uma despedida - Não se preocupe, tudo vai correr bem.
- O que vai correr bem? - franzo a testa confusa - Porque a senhora está falando isso?
- Tudo minha filha! você precisa ser forte tudo bem? - diz segurando minha mão - Eu vou sempre olhar por vocês.
A esta altura eu já estava ficando desesperado, algumas lágrimas escorriam de meus olhos.
- Não chore, você vai superar. Sua filha precisa de você - Me abraça novamente sussurrando - Você vai ser feliz.
Ela me largou apenas segurando minha mão, mas logo se distanciando, enquanto ela andava seu vestido branco simples, mas elegante balançava.
Uma espécie de luz a fez desaparecer do meu ponto de vista.
Eu por outra continuava estática, eu não queria que ela fosse embora.
Olhei para minha família, todos estavam rindo de algo inaudível aos meus ouvidos, era como se nada tivesse se passado para eles.
•••
Acordei vagamente, logo me certificando se mamãe estava na cama, e lá se encontrava ela dormindo com a expressão tranquila.
Não sei se isso foi um sonho ou pesadelo, minha mãe está ficando bem e isso é o importante.
Lohane.
Minha filha...
Deve ser apenas um sonho.
Até porque na minha gravidez seria um menino... Acho que o melhor a fazer mesmo, é esquecer esse sonho, o mais importante é a mamãe estar bem.
Levantei e fui até ela segurando sua mão, ao menos segundo o som da máquina ao seu lado, ela estava estável.
Fui até o banheiro fazer minha higiene e assim que saí papai já estava acordado conversando com Paul.
Pouco tempo depois, eu estava no corredor conversando com Paul -Mamãe estava dormindo ainda.
- Não é maravilhoso? -pergunto a Paul -Ela quis sair desse quarto pela primeira vez.
Minha animação era bastante notável.
- Eu falei que tudo vai ficar bem -diz risonho -agora fico com ciúmes de não ter estado lá.
Paul faz um biquinho e eu o abraço.
- Não fica assim -rio - você vai estar presente em muitas outras ocasiões.
- O que o médico disse? - perguntou Paul já um pouco sério.
- O médico virá daqui a pouco, os enfermeiros já vieram checar ela - respondo e ele assente.
- Sabe, eu estou com uma fominha -diz voltando a sorrir mais - O café dos empregados não é tão bom quanto o seu. Então será que não tem nada naquela cesta, para que eu possa comer?
-Talvez - falo risonha e o puxo pelo braço adentrando no quarto.
Mamãe está acordada, porém papai está no banheiro.
-Mamãe -dou um beijo na sua testa -tudo bem? A mesma apenas assente lentamente curvando levemente os lábios num pequeno sorriso.
Paul conversava com mamãe, enquanto eu tirava algumas coisas da cesta para o café da manhã, tinha mais jantar, mas dava para emendar um pouco.
- Você assistiu filmes que eu já fiz? -perguntou mamãe a Paul, sua voz como tem sido ultimamente, era baixa e mostrava fraqueza.
- Alguns... - fala logo sorrindo - Mas prometo em breve assistir todos eles.
Mamãe assente e neste momento, papai sai do banheiro.
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