💫Sanha → Uma breve Historieta Romântica de Sanha |3
FIM?
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Mentiras.
"Foi apenas uma viagem sem importância, Lua."
Desconfianças.
"Não aconteceu nada de mais, Luna. Não se preocupe com isso."
Lacunas cheio de mal-entendidos.
"Eu estava apenas nas felicitações com os meus amigos, essa foto é de dias atrás, não de agora. Não se estresse com isso. Não está acontecendo nada, Luna."
Logo tudo explodiu dentro de mim, eu precisava de respostas e da verdade por trás das suas palavras tão sem nexo, tão ocas e sem um pingo da sinceridade que notei sempre, em cada ato, em cada palavra proferida para mim.
— Você é toda cismada com as coisas, Luna! — exclamou, sem sequer olhar diretamente para mim. — Eu disse que não está acontecendo nada!
— Sanha, você não me conta nada, eu praticamente sou um livro aberto com você! — abri os braços, frustrada.
— Eu não tenho culpa se tenho facilidade de obter as respostas de você. — rebateu, me imitando — Você não pode me culpar por não conseguir ser um livro como você.
— Por que você não pode confiar em mim? Eu não sou digna ou algo do tipo para você contar as coisas para mim, é isso? — indaguei ficando tão próxima dele que sua única visão era eu — você sequer consegue olhar para mim, Sanha!
— Não é nada disso. — respondeu, me encarando firme e engolindo em seco — Você sabe disso.
— Sei? Será que sei mesmo? — retruquei, perdendo toda a paciência que eu tinha dentro de mim e jogando todas as cartas na mesa, desistindo de obter a verdade dele — Céus, Sanha, eu descobri da sua mudança para outro país pela boca da Lucy! Não do meu namorado! Sabe o quão grave é isso?!
— Lua, eu... — sua voz falha, sua fisionomia mudou, era como se visse um fantasma diante dele ao ouvir as minhas palavras — Eu posso explicar.
— Agora você quer explicar? Por que não me contou antes? Não sou confiável o suficiente para você? — explodi, soltando uma risada sem humor enquanto sentia as lágrimas se acumulando dentro de mim — Que droga, Sanha! Por quê? Só me diz o por quê!
— Nada era certo e não encontrei o momento certo e... E... — ele se atropelou nas justificativas, porém, nós sabíamos que não era a verdade, não eram palavras sinceras.
— Nem você consegue achar um motivo por esconder isso de mim, nem você consegue me contar a verdade por trás das decisões tomadas. — soltei um suspiro pesaroso e tristonho — Acredito que essa situação já se explica e se conclui por si só.
— Do que você está dizendo? — franziu o cenho, seus lábios tremeram e os seus olhos brilharam ao entender as minhas palavras.
— Vamos terminar, Sanha. — proferi, sentindo o nó se formando em minha garganta.
— O quê?! Não!
— Sanha, você nem consegue confiar em mim e eu sou... Era, eu era a sua namorada — expliquei, com uma calma estranha e conformada até demais com a situação. Parecia a vida e a situação de outra pessoa e não a minha. — Se não temos confiança um no outro não sobra nada, não existe uma base de relacionamento que sobreviva a isso. — conclui, por fim, desviando o olhar para a parede atrás dele. — Então é melhor terminarmos esse relacionamento e você ir.
— Eu... Eu... Luna. — gaguejou, sem conseguir formar uma frase direito.
— É melhor você ir, Yoon. — pedi, começando a me afastar.
— Luna, se eu sair dessa porta, não tem volta. — decretou com o olhar fixo no meu, sem acreditar que chegamos a esse ponto. — Eu 'tô falando sério.
— Por que está hesitando? — retruquei, firme na minha decisão, meus olhos brilharam em desafio. — Não era isso que você queria desde o início? Só vai!
— Claro que não! Você consegue distorcer tudo, céus! — aumentou a voz em um tom injuriado, erguendo os braços, logo soltou depois um suspiro passando uma das palmas das mãos no rosto, tentando retomar a voz mais suave. — Luna...
— Você fez isso conosco, Yoon. — Abri a porta e desviei o olhar para o chão. — Aceite a consequência. Agora, vai!
— Luna... — pelejou uma última vez, fazendo os nossos olhares se encontrarem, dor e incredulidade brilhava em seus olhos acastanhados.
— Adeus, Sanha. — me despedi, antes de fechar a porta.
E então chegamos ao ponto de partida, ou o fim do lance todo.
Ter um coração partido é uma sensação horrível, porém, ter um coração partido pelo Sanha estava sendo como se estivesse voltando ao dia em que o conheci: sem esperança, ligada no automático e decididamente perdida.
Lá no fundo eu sabia que com apenas uma ligação eu voltaria, eu tentaria... Mas não dependia só de mim, dependia de nós dois.
Sentia dentro da minha alma que não era o fim, mas... E se fosse?
Sanha ligue para mim.
Infelizmente, tudo estava indicando ser o fim, desde o tempo começando a passar diante dos meus olhos até as coisas tentando seguir adiante com todo esse ocorrido entre nós. Sabia que o mundo continuava mesmo com todo o drama acontecendo nas vidas alheias, porém, quando a ficha caiu e tudo começou a lembrar dele, cada dia pareceu menos suportável que o anterior.
Entretanto, o destino fez a sua mágica e em uma noite fria em que estava acompanhada da minha nova amiga, insônia, o meu celular tocou e a última pessoa que eu esperava ser dono da chamada, estava com o seu nome brilhando na tela do meu celular.
— Sanha? — indaguei ao atender a chamada, deixando de lado o livro que estava lendo para passar o tempo.
— Não desligue, por favor. — pediu com a voz cansada e apreensiva — Preciso que me escute.
— Eu sou toda ouvidos. — murmurei, depois de um tempo ponderando algo que já sabia que cederia mais cedo ou mais tarde.
— É tudo culpa minha. Você está certa, eu omiti essa mudança de você, mas não porque eu não confio em você e sim porque estava com medo de contar tudo. — Começa, o ouvi andar de um lado para o outro enquanto falava tudo o que estava entalado dentro dele. — Eu não queria pensar na possibilidade de perder você, mas não pensei que ao deixar você no escuro com a hipótese de você descobrir por outrem sobre essa mudança, fosse exatamente a causa que tiraria você de mim.
— Sanha... — sussurrei, sentindo o meu coração apertar enquanto focava toda a minha atenção em suas palavras sinceras.
— Essa mudança nunca esteve nos meus planos, mas esse trabalho sim, apenas não sabia que teria que mudar de país para realizar esse sonho. — explicou, soltando um suspiro tristonho. — Eu estou entre continuar a viver esse sonho a dois que construí com você e realizar esse sonho que almejo há muito tempo, eu não sei qual escolher e é por isso que estava ignorando essa situação até...
— Até a bomba explodir? Até se ver contra a parede? — murmurei, exasperada e não acreditando nas escolhas feitas pelo meu atual ex-namorado. — Sanha, você sabe que essa nunca é uma boa decisão, você precisa enfrentar as situações, pois se não encarar as coisas você é fadado a perder todas as possibilidades que antes tinha.
— Eu estava com medo, na verdade, ainda estou com medo. — confessa, com a voz quebradiça e pesarosa. — Eu estou com medo de perder você para sempre e ver que esse trabalho não é tudo o que pensei, como também estou divido entre escolher nós dois e me ver futuramente arrependido por deixar essa oportunidade passar...
— Sanha, eu nunca faria você escolher entre mim e o seu sonho. — disse, horrorizada com essa possibilidade. — Isso seria no mínimo insensível da minha parte e no máximo uma grande crueldade vindo de mim.
— Eu sei, mas ainda sim, iria te perder por conta dessa distância toda e nunca faria ou pediria pra você deixar tudo para trás e vim comigo... — explicou, soando cada vez mais aflito.
— Isso seria uma escolha minha, Yoon. — o interrompi, ouvindo um arfar vindo dele com as minhas palavras.
— Mas eu seria incapaz de te dar essa alternativa. — a voz saiu quase como um sussurro triste e desesperançoso.
— Devíamos ter resolvido essa situação juntos, mas agora é tarde demais para isso, não? — conclui, sentindo que toda essa conversa não nos levaria a lugar nenhum.
— Nunca será tarde demais para tentarmos fazer o certo, Luna. — afirmou com a voz firme e decidida, fazendo o meu coração bater mais rápido e a esperança se apossar dentro de mim. — Podemos resolver tudo juntos, apenas... — sua voz vacilou, um pouco inseguro. — Apenas me dê mais uma chance, Lua.
— Você tem mais algo para me contar? — fechei os olhos, já sentindo-me ceder a dar essa chance a ele, sentindo tudo se tornar suportável e cada vez mais certo.
— Eu tenho problemas para contar as coisas como um livro aberto. — falou, um pouco envergonhado.
— É, isso eu percebi. — soltei uma risada e o ouvi soltar uma respiração aliviada do outro lado da linha.
— Mas para ter você de volta, eu prometo ser mais sincero e aberto com as situações que me ocorrer. — Prometeu, firme e com a voz mais renovada. — Eu faço tudo por uma nova chance de ter você de volta, Lua.
— Podemos resolver esse detalhe. — soltei um suspiro e senti ele sorrir do outro lado da linha, ficando feliz com o significado subtendido da minha frase.
— Então você me dará outra chance? — tentou conter toda a sua felicidade com essa possibilidade.
— Você promete que não irá mais omitir, mentir ou deixar de contar as coisas para mim? — questionei, séria e incisiva, focando toda a minha atenção nele do outro lado da linha.
— Eu prometo. — concordou sem hesitar.
— Ótimo, te darei outra chance. — sentenceio, tentando não sorrir demais.
— Eu te amo, Luna. — proferiu com a voz melodiosa e apaixonada, fazendo o mundo a minha volta parar, o meu coração descompassar e minha respiração prender dentro de mim.
Sanha disse as palavras primeiro, ele disse...
— Sanha... — sussurrei, sem reação e ao ponto de me explodir que nem fogos de artifícios dentro do meu quarto.
— Eu amo como a sua voz conforta o meu coração, faz me sentir vivo e cada parte do meu corpo formigar de felicidade. — confessa, me deixando sem chão e completamente abobalhada. — Quando fecho meus olhos, posso imaginar você perfeitamente e eu amo isso, cada dia fica mais suportável e completo quando estou com você; quando ouço a sua voz sinto uma paz indescritível e só quero escuta-la a noite e dia todo, parece loucura, mas é a mais pura verdade.
Ouço-o soltar um suspiro pesado e profundo, dando pausa antes de continuar a sua confissão sincera e apaixonada — eu estava fora da órbita e sem palavras para tudo que estava escutando, porém, estava atenta a cada palavra e totalmente extasiada com tudo o que estava escutando.
— Esses dias foram um inferno sem você, e sem perceber estava procurando por você, como um hábito. Não poder te encontrar ou falar com você, céus, até não ouvir o som da sua respiração quando você cai no sono estava me matando lentamente, a cada segundo... — confidenciou, com a voz entrecortada, deixando o meu coração na mão.
— Eu senti o mesmo, Sanha. — segredei, soltando um suspiro entrecortado. — Você faz o meu coração bater enlouquecidamente, a sua voz faz com que eu tenha sonhos maravilhosos e só de pensar em não ter mais nada do que tínhamos, estava me matando também. — umedeci os lábios antes de finalmente dizer as palavras que estava guardando dentro de mim. — Eu te amo, Sanha.
— Eu te amo mais e vamos resolver tudo. — determinou, certo e seguro, como não via há muito tempo, logo completou com a palavra carregada de amor e afeto — juntos.
— Juntos. — repeti, sentindo o meu peito ficar quentinho e o meu coração palpitar.
— Você não acharia brega se eu passasse a noite toda colocando toda a nossa conversa em dia enquanto intercalo tudo com vários eu te amo's, certo? — indagou, humorado e um pouco manhoso, fazendo-me sorrir de forma abobada. Me ajeitei na cama animada por pernoitar conversando com o amor da minha vida.
— Não acharia nada brega. — respondi, sorridente — mas é claro, tem que ser a noite toda.
— Com certeza vai ser a noiiite tooooda. — sentenciou, estendendo as palavras e fazendo nós dois rirmos com o seu ato, logo ele iniciou a conversa que não acabaria tão cedo. — Então, eu andei pesquisando bastante sobre os astros nesse meio tempo e...
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