💫Sanha → Uma breve Historieta Romântica de Sanha |2
MEIO DOCE
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Após aquele dia, minha vida foi preenchida pela presença de Yoon Sanha.
Eu e Sanha, ao passar dos dias, começamos a criar uma rotina. Não demorou muito para que o nosso relacionamento evoluísse e florescesse num lindo romance. Os meses passavam sem notarmos, as estações do ano ganharam novos significados, e minha vida parecia tomar um rumo mais alegre e cheio de boas notícias, grande mudanças que sentia com um sorriso enorme no rosto.
Uma das grandes mudanças que mais apreciava, e fazia o meu dia começar pra valer, era acordar todas as manhãs recebendo uma chamada de Sanha — parecia que podíamos passar anos juntos, mas sempre iríamos encontrar um novo assunto para ficar horas e horas conversando.
Às vezes, nem precisava de assunto, só de ouvir a voz dele me lançando perguntas entusiasmadas como "O que você vai fazer hoje? Tem planos? Como você está? Dormiu bem?", já deixava o meu coração aquecido o dia todo.
— Juros compostos? — o ouvi me testar enquanto arrumava a casa, em um final de tarde tranquilo com o sol gradualmente se pondo pelas janelas do meu apartamento.
— É uma coisa ótima. — respondi e ouvi pelo viva-voz ele bater palmas.
— Boa garota. — Ainda não acredito que você conseguiu me ajudar a quitar tudo e me ensinou a importância de ter uma reserva de emergência. — comentei, impressionada e maravilhada com o quanto ele me ajudou nesse meio tempo e o quanto aprendi com ele.
— Poupar é difícil, mas quando se aprende, fica tudo maravilhoso.
— Ficou ainda mais maravilhoso tendo você como professor. — brinquei, de forma sedutora. Sanha chiou do outro lado e o seu ato me fez gargalhar.
— Ah, danada! — graceja de volta, fingindo estar indignado — Você e essa mania de falar essas coisas quando estou longe e por telefone.
— Por que sei como você é, mocinho. — pontuo, ainda com o sorriso enorme intacto no meu rosto.
— Eu sou um anjo! — exclamou, estupefato. — Você que me aguarde, Luna D'Angelo!
— Eu estou te aguardando, meu bem... — sussurrei, antes de desligar.
Abracei o celular contra o corpo, rindo para o nada enquanto imaginava a cara dele com o meu ato. Observo o meu cantinho todo arrumando por alguns segundos, antes de começar a arrumar a sala para o nosso momento de cinema em casa, que aconteceria mais tarde. Não demora muito para a campainha tocar três vezes, de forma rápida. Era a sua forma programada de avisar que chegou e iria entrar, para eu não precisar perder tempo atendendo a porta — antes dele abrir e adentrar a minha casa com as mãos lotadas de compras.
Ergui uma das minhas sobrancelhas em um questionamento silencioso para ele, em relação às compras, quando ele parou na minha frente na divisória da sala para a cozinha, logo esqueço tudo ao visualizar Sanha abrir um sorriso empolgado antes de me responder entusiasmado:
— Comprei algumas besteiras no caminho para comermos enquanto estivermos maratonando Brooklyn Nine-Nine.
— Pensei que a gente fosse ver "Gente Grande" um e dois. — disse, arrumando a mesa de centro com as besteiras que Yoon trouxe.
— Nããão, hoje é noite de série. — lembrou-me de forma humorada. Ergui os olhos no mesmo instante que senti o seu indicador dar uma pequena batidinha na ponta do meu nariz. — Mas podemos ver os filmes e a série, que tal?
— Aceito. Assim que nos ajeitamos no sofá, deixamos o primeiro filme rolar e senti os seus dedos suaves massagearem o meu couro cabeludo, com gestos rítmicos e gostosos, enquanto me distraía do filme e me questionava sobre o meu dia nada interessante. Porém, pelo brilho dos seus olhos, e por sua atenção sobre mim, meu dia parecia o relato mais interessante que ele já escutou na vida.
Logo o filme ficou em segundo plano e as perguntas entusiasmadas de Sanha, como "Aconteceu algo hoje? Então o que você fez hoje? Se divertiu? Uau, como isso aconteceu?", ficou com toda a minha atenção, em primeiro plano. O final daquela noite de séries e filmes se transformou em uma noite de comer besteiras e conversar sobre tudo e nada, virando um dos dias que mais aprecio em nossa relação.
Contudo, toda a nossa conversa não durou muito mais do que dois filmes, já que com os seus afagos com poderes soníferos, me fez adormecer em seus braços. Adormecer em seus braços, era um pedaço do paraíso que se completava com o seu sussurro de boa noite antes de partir, porém, quando ele se afastava e ia embora, os pesadelos ocasionalmente faziam presença e apenas a sua voz conseguia me confortar e espantar os pensamentos ruins.
— Luna? — ouvi a sua voz rouca atender a minha ligação tarde da noite.
— Sanha, me desculpe ligar assim, mas poderia conversar comigo? — pedi, quase em um sussurro, ficando triste por atrapalhar o seu sono, mas feliz por escutar a sua voz.
— Teve algum pesadelo, Lua? — perguntou, começando a dispersar o sono. Pude ouvi-lo se ajeitar na cama enquanto pigarreava.
— Sim... — respondi, com a voz saindo tão baixinha que duvidava que ele tivesse escutado.
— Não deveria ter ido embora assim... — murmurou, em um tom quase culposo.
— Não, está tudo bem. — o tranquilizei, me ajeitando na cama também — Foi só um pesadelo, não é culpa sua ou algo do tipo.
— Quer conversar sobre o pesadelo?
— Foi o mesmo de sempre. — contei, soltando um suspiro — Escuro, agoniante e sem saída.
— Eu sinto muito. — sanha ficou em silêncio, pude ouvir apenas a sua respiração, até que, por, fim perguntou: — quer falar sobre astrologia, universo, famosos ou livros?
— Podemos falar sobre tudo e o nada até o sono voltar? — redargui, alegre por tê-lo na minha vida e sempre estar presente nos momentos que mais preciso.
— Podemos falar o tempo que quiser sobre o que quiser. — respondeu de forma melódica e carinhosa, fazendo o meu coração bater mais rápido enquanto deixava o meu peito aquecido de tanto amor.
— Você é incrível, Sanha. — Deixei escapar um suspiro abobalhado e comovido.
— Sabe quem é mais incrível?— Quem?
— Você.
— Sanha! — exclamei, não acreditando em suas palavras, toda abobalhada.
— Vamos fazer o seu mapa astral. — propôs, mudando de assunto, mas podia visualizar o seu sorriso enorme do outro lado da linha, esse pensamento me fez sorrir também. — Do jeito que demoro pra analisar, você vai conseguir dormir com o meu poder do tédio.
— E se o seu poder do tédio não surtir efeito? — indaguei, curiosa.
— Eu aciono o meu poder de tagarelar a noite toda. — o sono de Sanha parecia tê-lo abandonado também.
— A noite toda? — Soei incrédula.
— Coloquei uma garrafa de quase dois litros de coca-cola ao lado da minha cama, agorinha. Então vai por mim, Lua, vou tagarelar a noiiite toooooda.
— Bom, estou contando com isso. — sorri, embalada pela sensação de ser amada — podemos começar com o meu mapa astral.
— E iniciaremos pelos planetas que estão nas casas, mas talvez seja melhor começar pelo horóscopo... — Sanha divagava enquanto não se decidia por qual parte começaria a falar.
Ouvir a voz dele antes de ser embalada pelo sono, era melhor que mil historias de ninar, melhor que diversas melodias suaves cantadas por diversas vozes por aí. Era perfeito e não foi nenhuma novidade que conseguir dormir muito bem, com um sonho carregado de coisas boas e sensações maravilhosos.
Tudo com o Sanha era tão simples e bonito, suave e amoroso, um arco iris e todas as borboletas do mundo.
Contudo, nem tudo são flores e a tempestade veio em forma de tornado.
Eu deveria ter visto os indícios quando começaram e logo foram piorando, mas ignorei totalmente até não conseguir mais.
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