Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝟬𝟭𝟯. COM AMOR, KO TAE-MIN E HWANG JUN-HO

ILHA DE JEJU ! 19 anos atrás, primeiro ano do ensino médio.

─ Eu vou te matar, Ko Tae-min! ─ Cho Jun-yu gritou para os quatro cantos da praia, enquanto corria fervorosamente atrás de seu melhor amigo de infância.

CHO JUNYU E KO TAEMIN SE CONHECIAM, nessa época, há pelo menos dois anos, quando viraram, em apenas uma semana melhores amigos. Jovens e cheio de energia, os dois aproveitavam o último dia de viagem escolar para a ilha de Jeju. Lugar paradisíaco e point das maiores visitas turísticas da Coreia do Sul. A província de Jeju, no estreito da Coreia, é onde fica localizada a famosa ilha. Água cristalina, paisagem vulcânica, muitas cavernas e trilhas de literalmente tirar um pouco o fôlego. Eles haviam ganhado essa viagem após o time de futebol do colégio ganhar o campeonato estadual. Com isso, cada um deles poderia ganhar duas passagens com tudo pago para Seul e levar alguém do colégio que eles eram próximos. Sendo assim, Taemin, que fazia parte do time como atacante, levou sua melhor amiga para viajar com ele.

Os dois tinham uma realidade muito diferente, se fosse comparar. Enquanto Taemin vinha de uma família rica e bem estruturada, com duas irmãs mais velhas, pais presentes e diversas oportunidades na vida, Junyu era pobre, bolsista de um dos melhores colégios da região e morava com pai, já que sua mãe não quis. Apesar da diferença social entre eles e a reclusão de Junnie diante outros colegas de classe que desdenharam dela por não ter dinheiro, foi o Ko que a acolheu e se tornou seu melhor amigo. Sem outras intenções... ele apenas queria um amigo verdadeiro. Porque, rodeado de colegas falsos que só pensavam em suas vidas boas e dinheiro, ele encontrou em Junyu o que nenhum deles poderia lhe dá: uma amizade verdadeira.

─ Primeiro tem que me pegar pra me matar! ─ Ele gritou de volta, correndo para dentro de uma caverna próxima.

Junyu correu até o local, mas não encontrou seu amigo em canto nenhum. Ele, escondido atrás de uma pedra alta, ficou parado em silêncio, esperando o momento certo em que a garota chegasse. Quando a Cho se aproximou o suficiente dele e não conseguiu enxergar seus próximos passos, o rapaz pulou na frente dela e a agarrou. Junnie gritou, levando um susto e caiu para trás, levando consigo Taemin. Ele apoiou os braços atrás da cabeça dela para que a mesma não batesse na areia molhada, protegendo sua cabeça quando os dois caíram em uma poça rasa.

A garota arregalou os olhos, sentindo um pequeno nervoso. Seu coração acelerou ao ver o garoto em cima dela... os corpos tão próximos e as respirações quase se tornando a mesma, foi impossível não se surpreender com aquele momento. A areia amorteceu a queda e a água deixou toda a parte de trás de seu short e a camiseta azul claro que usava. Seu cabelo estava do mesmo jeito, quase todo molhado. Taemin deixou que seus pensamentos intrusivos tomassem conta da mente e depositou um beijo nos lábios de Junyu. Tão rápido e medroso, que ele fez questão de olhar para ela e receber um sinal de que tudo bem, ele não estava imaginando coisas. A resposta veio em seguida, quando ela também o beijou. Nada muito exagerado, era mais... doce e romântico.

─ Então... ─ O Ko segurou uma risada nervosa, encarando os olhos da Cho. ─ Você fica bonita até quando está molhada! ─ Ele sorriu, achando que havia sido a coisa certa a se falar. Mas, quando parou para pensar que poderia ter um duplo sentido, mudou completamente a expressão. ─ Eu não quis dizer isso! Junyu, desculpa. Eu só quis falar que mesmo nessa situação, eu acho você muito...

Ela o calou com um selinho, o suficiente para fazê-lo ficar em silêncio e se derreter completamente pela sensação de seus sentimentos serem correspondidos.

─ Você quer namorar comigo? ─ Talvez pudesse sera apenas uma reação exagerada de um jovem desesperado, mas Taemin realmente queria dizer aquilo. Eles eram amigos há mais de dois anos, então já achava que combinavam há muito tempo.

─ O que você disse? ─ Junyu levantou a cabeça rapidamente, chocando-se contra a testa do Ko.

Ele soltou um "aí" e pôs a mão na testa, soltando uma risada enquanto se sentava na frente dela.

─ Eu perguntei se você quer ser minha namorada? ─ O adolescente fez um biquinho, esperando a resposta ansiosamente. ─ Eu não sou de sair por aí beijando qualquer uma, beleza? Eu quero você!

─ Porque? ─ Ela perguntou, curiosa. Tinham tantas outras garotas que eram afim dele, tantas que tinham uma vida muito melhor e ele foi se interessar logo por ela? Parecia inacreditável.

─ Porque sim, ué! ─ Exclamou, levantando-se do chão. Assim que ficou de pé, estendeu a mão para ajudá-la também. ─ Você é minha melhor amiga... minha mãe sempre disse que pra um relacionamento dá certo, eu deveria namorar alguém que é minha melhor amiga! ─ Quando ela estendeu, Taemin a puxou para cima e para perto dele. ─ É você, Cho Junyu.

As mãos de Taemin pousaram nas costas de Junyu e ele sorriu. Alegre, como sempre. Sua expressão exalava felicidade, como alguém que esperou por aquele momento há muito tempo. Ele se dava bem com o pai de Junyu e ela gostava dele o suficiente para aguenta-lo falar sobre RPG de mesa, animes e desenhos, então era a pessoa perfeita para ele. Além de claro, ser extremamente bonita, divertida e estressadinha ─ ele gostava de estressadinhas.

─ Aceito. ─ Junyu falou, aceitando ter seu primeiro namorado. ─ Eu aceito namorar com você, Ko Taemin.

GANGNAM-GU, SEUL ! 19 anos atrás, final do primeiro ano do ensino médio.

O BARULHO DA AMBULÂNCIA chamava a atenção de todo o bairro moderno e sofisticado de Gangnam-gu. Carros da polícia rondavam o local do acidente, passando fitas amarelas de "não passe" por todo o lugar. A multidão causava uma aglomeração ao redor do acidente e as emissoras de televisão relatavam o acontecido o mais rápido que podiam. Dois carros de linhas recentes e modelos caros estavam emaranhados no meio a avenida principal do bairro de classe social alta. No noticiário, treino fotos apareciam na tela da televisão, mostrando as vítimas fatais. Uma casal, formado por uma mulher de 46 anos e um homem de 48 anos, e um jovem de 24 anos.

Cho Junyu e Ko Taemin chegaram na cena poucos minutos depois, escoltados no carro da polícia, do colégio até o local. O adolescente no auge de seus 15 anos correu até a cena e ultrapassou a barreira, sendo felizmente impedido por um dos policiais antes de, segundos depois, um dos motores começasse a pegar fogo. Os bombeiros já haviam sido acionados e estavam chegando no local. As autoridades continuavam gritando para as pessoas se afastarem por causa do risco de explosão, mas elas continuavam lá.

─ Eu preciso ver meus pais! ─ Taemin gritou. Os olhos inchados já de tanto chorar no carro e a expressão desesperada de um filho que havia acabado de perder os dois pais. ─ Me solta seu idiota, me solta!

Junyu puxou Taemin para longe dos policiais, com medo de que algo pior acontecesse. Seus olhos também estavam marejados e vermelhos, mas ela não podia chorar... não com Taemin precisando de sua força. A garota o arrastou com toda força que tinha para longe da cena, o colocando sentado em um batente, sem que desse para o mesmo focar olhando para o acidente. Ela não conseguiu fazer nada... apenas afagar a cabeça dela e dizer que iria ficar tudo bem. Os cabelos ondulados caiam na testa do Ko. Suas bochechas molhadas e a única coisa que ele conseguia fazer naquele momento era agarrar a perna de Junyu e apoiar sua cabeça na coxa dela.

─ Tudo bem, eu vou cuidar de você, ok? ─ Ela sussurrou perto do seu ouvido e depositando um beijo na bochecha dele. ─ Assim como você cuidou de mim.

Os bombeiros vinheram poucos minutos depois conseguindo apagar o fogo e contendo a situação. A polícia se aproximou do garoto quando ele finalmente estava um pouco mais calmo. Um dos policiais agachou na sua frente e tocou no ombro dele.

─ Escuta rapaz, eu sinto muito. Suas irmãs estão indo para a delegacia... ─ O policial falou, sem muita cerimônia. ─ Como você é adotado, eles ainda vão resolver o que vão fazer com você, então... acho bom você ir até na delegacia.

O claro tom de voz rude e humilhante do policial irritou Junyu. Assim como a maioria das crianças adotadas na Coreia do Sul, eles sofriam julgamentos por esse motivo ─ do qual não tinham culpada alguma. Corrente preconceituosa vinda, assim como 90% dos problemas da Coreia, de traços das guerras. Além disso, o confucionismo era muito presente no país... uma uma corrente filosófica que preservava a família como a base de tudo ─ neste caso, a família sanguínea e deixava claro a idealização do registro familiar.

No caso dos adotados, seu registro familiar era considerado apagado ou sujo por muitos cidadãos do país.

─ E você, mocinha, vá para casa. ─ O policial apontou para ela. ─ Vamos levá-lo até a delegacia.

─ Eu vou com ele! ─ Disse Cho Junyu.

─ Você não pode. ─ Respondeu o oficial com um tom arrogante. ─ Você tem que ir para casa, agora!

Ko Taemin levantou-se do meio fio, abraçou sua namorada e, sem saber que aquela seria a última vez que eles se veriam em anos, o rapaz falou: ─ Tudo bem, vamos nos ver de novo, Junyu. Não se preocupa.

COLÉGIO HAWDONG, SEUL ! 18 anos atrás, segundo ano do ensino médio.

NOVO COLÉGIO, NOVA CHO JUN-YU! Era assim que a garota pensava após mudar de colégio seis meses após a tragédia com os pais de Ko Taemin. Ele havia sumido sem deixar nenhum rastro e todas as fofocas que havia escutado no seu antigo colégio, era que ele havia se mudado para outro país após a morte dos pais. Como Junyu não tinha dinheiro para comprar um telefone da época e não sabia especificamente onde ele estava, então não tinha como mandar cartas. Então, a única coisa que ela conseguiu fazer para superar este momento de ficar sem seu melhor amigo e continuar sendo chacota de garotos mimadinhos ─ principalmente de Choi Su-bong, foi pedir para que o pai a trocasse de colégio.

Cho Sangwoo entendia a dor da filha mas, apesar de ter insistido para que ela ficasse lá, dizendo que só assim teria a oportunidade de ter uma boa vida e alguma atenção de universidades acadêmicas, ela implorou para que a trocasse de colégio. Portanto, seguindo o desejo da filha, ele a matriculou em um colégio comum. Nada de grandes oportunidades, mas também tinha bolsa de estudos. Sangwoo disse que, pelo fato dela estar estudando em um colégio menos prestigiado, ele trabalharia ainda mais para pagar alunas de reforço ─ e foi o que ele fez.

Aquele era seu primeiro dia de aula e ela já havia entrado com o pé esquerdo ─ novata, dois meses depois das aulas começarem. Seu pai a deixou na porta do colégio e sorriu para a mesma ao estacionar o carro. Sangwoo pegou alguns wons que tinha na carteira e colocou na mão da filha, para que ela comesse algo gostoso no seu primeiro dia de aula. A mochila também era nova, sapatos legais e a roupa bem passada. Ele fez de tudo para que a garota pudesse ser aceita... mesmo que isso envolvesse ter algum status ou fingir.

─ Se eles te irritarem eu já te disse... o que você faz? ─ Cho Sangwoo virou para filha e perguntou. Até parecia que e estava conversando com uma garotinha de dois anos, não de quinze.

─ Chuto no meio das pernas deles. ─ Repetiu o conselho dado pelo pai. ─ E se for uma garota, puxo o cabelo.

─ Exatamente! ─ O homem estendeu a mão, fazendo um high-five com a filha adolescente. ─ Agora vai, você consegue! Você é Cho Junyu, você consegue tudo o que você quiser!

Respirando fundo, Junyu pegou a mochila no banco da frente do carro simples que eles tinham e saiu do veículo, dando de cara com um jovem alto, bonito, de cabelos pretos e uniforme. A plaquinha do lado esquerdo do peito tinha as letras grafadas o nome Hwang Jun-ho. Ele tinha a mochila nas costas e segurava em suas alças. Sangwoo olhou por de baixo da proteção de cima, esticando-se o suficiente para conseguir ver o garoto. A Cho olhou para o pai e lembrou de seu conselho, desferindo um chute no meio das pernas de Junho sem o mesmo ter feito nada.

─ Foi mal! ─ Ela imediatamente pôs a mão na cabeça ao raciocinar o que havia acabado de acontecer: seus pensamentos intrusivos, juntamente com o conselho de seu pai, juntaram-se e resolveram sair sem algum motivo.

Junho choramingou, colocando a mão nas partes íntimas. Cho Sangwoo desceu do carro e foi até o outro lado, olhando para aquela cena e gargalhando. Ele se compadeceu com o rapaz, estendendo a mão para que o mesmo segurasse e voltasse para cima. O adulto deu duas batidas nas costas do aluno e balançou a cabeça negativamente, sem conseguir acreditar.

─ Filha, não é pra você bater em todo mundo que vê na sua frente. ─ Ele sabia que aquela havia sido uma reação exagerada e de defesa de Junyu, mas mesmo assim, precisava reforçar.

─ Foi sem querer! ─ Ela disse desesperadamente, se aproximando do rapaz. Ele se afastou, com medo de ser agredido novamente. Merda, ela pensou. Com certeza já estava pensando que não iria ter novos amigos.

O tal garoto Hwang Junho se recompôs, respirando fundo. De fato, a primeira impressão que ele tinha era que a novata da Cho Junyu era completamente maluca.

─ Meu nome é Hwang Jun-ho. ─ Ele estendeu a mão apenas por educação... por mais que seu real desejo fosse sair correndo dali e fingir que não havia passado por aquela humilhação. ─ Sou eu que vou apresentar o colégio para você.

─ Então você é o mais inteligente! ─ Cho Sangwoo estendeu a mão para que Junho apertasse. O jovem abaixou a cabeça para cumprimentá-lo e depois, apertou sua mão. ─ E educado também... Gostei dele!

─ Obrigado, senhor Cho. ─ O rapaz agradeceu, sabendo seu sobrenome por causa do sobrenome de Junyu.

─ Vai lá, Geumsaek. ─ O pai depositou um beijo no topo da cabeça da filha e bagunçou levemente seus cabelos. ─ Seu novo amigo vai te ajudar! ─ Disse, já considerando que eles poderiam ser amigos. Fez de propósito para que o garoto escutasse.

Quando o pai foi embora, Junyu seguiu Junho pelos corredores, sendo apresentada a cada cantinho do colégio. Ela notou o quão formal ele parecia ao apresentar, nem mesmo parecendo um que estava prestes a completar seus 18 anos e acabar o colégio no final do ano. Pelos acenos dos outros alunos nos corredores, que sorriam e falavam o nome de Junho quando se encontravam com ele, o Hwang com certeza tinha uma boa popularidade.

─ Agora você vai falar com o diretor Park. ─ Ele disse sem demostrar muita animação. ─ Qualquer coisa que precisar... procure o vice-presidente de Kim Hoseok.

─ Eu achei que diria para procurar você... Presidente Hwang Junho. ─ Ela soltou uma risada, dizendo algo que deveria ser óbvio. ─ Acho que nos daremos bem. Eu sou inteligente, você é inteligente... ─ Fez um biquinho, pensativa. ─ Pessoas inteligentes costumam andar juntas.

─ Prefiro ficar longe e evitar levar outro chute onde não deveria. ─ O mais velho respondeu, lhe entregando uma pasta e as chaves de seu armário. ─ Já sabe... procure o Kim Hoseok.

Junho saiu sem se despedir, murmurando algo indecifrável ao longo do caminho. Junyu cruzou os braços, dando uma risadinha sarcástica.

─ Vamos ver, Hwang Junho... ─ Se isso era um desafio, ela com certeza aceitaria. Junnie nunca mais seria uma excluída e, se isso custasse ter que se aproximar a força de Junho, ela o faria desejar estar do lado dela para sempre. ─ Você vai estar implorando pra ser meu amigo.

COLÉGIO HAWDONG, SEUL ! 18 anos atrás, segundo ano do ensino médio.

COMPLETAVA UMA SEMANA desde que Cho Junyu foi transferida para o Colégio de ensino médio Hawdong. Para quem não falava com ninguém no seu antigo colégio e vivia sofrendo bullying dos outros colegas por causa da falta de condições financeiras, a ideia de que "pobre se entende com pobre" fez sentido. Por mais que fosse ridículo imaginar que as coisas só funcionavam desta maneira, Junyu notou que foi muito mais fácil se comunicar com seus novos colegas do Hawdong do que de seu antigo colégio. Eles eram mais legais, simpáticos e não deixaram que ela se sentisse sozinha.

Logo na primeira semana ela já tinha duas amigas e um amigo próximos, além de seus colegas de classe que ela conversava uma hora ou outra. Os professores também não eram ruim e o ensino, apesar de ser bem diferente de onde ela estudava, era bom. Era a primeira que Junyu estava feliz e não precisava de ninguém para lhe proteger ─ Ko Taemin estaria orgulhoso da nova Cho Junyu e do quanto ela se tornou confiante.

Estava perto do final do intervalo e os garotos no campo de futebol jogavam a bola um para o outro dentro de um círculo. O grupinho era formado principalmente por alunos do terceiro ano, mas tinham sim alunos de outros anos. Junyu passava com seus fones de ouvido pelo campo, enquanto comia um pão de massa doce recheado com baunilha. Nos fones tocava uma música romântica, de um desses dramas coreanos famosos da sua época.

Distraída com a música, Junyu não notou quando a bola de futebol foi bem na sua direção e se chocou bem contra sua cabeça. Os fones de ouvido e o aparelho antigo caíram no chão, quebrando. Seu pão estava amassado e boa parte do recheio bateu no seu rosto. Quando ela olhou para o lado, viu Hwang Junho com as mãos na boca. Os demais garotos também estavam de olhos arregalados.

─ Hwang Junho, seu filho da... ─ Ela gritou, pegando a bola de futebol no chão. Mesmo que tenha sido sem querer, era muita coincidência que a única pessoa que não se dava bem com ela, havia "sem querer" chutado a bola na cabeça dela.

Junho começou a correr pelo campo no mesmo segundo em que os gritos da Cho ecoaram pelo gramado. No entanto, sendo boa o suficiente no esportes, Junyu ajustou a bola em um ângulo que desse para realizar o que ela queria fazer e chutou a bola tão forte, mais tão forte, que Junho nem conseguiu se equilibrar no chão quando o objeto bateu com tudo nas suas costas. Estirado no chão, ele gritou, colocando a mão direita nas costas. Os amigos do garoto soltaram uma gargalhada e bateram palmas para a performance de Junyu.

─ Eu vou atrás de você, Cho Jun-yu! ─ Ele também gritou, juntando o resto de forças que tinha para se levantar e agora, ir atrás dela.

Foi a vez de Junyu correr pelo campo, em circulos, dentro do gramado. Junho soltava algumas palavras ameaçadores enquanto ela corria e segurava uma risada ao lembrar do que ela havia acabado de fazer. Dizendo mentalmente: é isso, aquele idiotazinho que se acha viu o que é bom pra tosse!

Tendo uma ótima performance por causa do baseball, time em que jogava pelo colégio ─ o futebol era apenas um passatempo, ele conseguiu alcançar a pouco atlética no tempo, Cho Junyu. Suas mãos foram diretamente na ponta do casaco cinza da garota, a puxando para trás. Os dois consequentemente caíram no chão em um solavanco, lado a lado. Ela olhou para o rapaz, Jun olhou para ela e os dois começaram a rir absolutamente do nada. As gargalhadas eram alta e ninguém no campo entendeu nada do que estava acontecendo: em um minuto eles brigavam, no outro, viraram amigos? Às vezes, eles só não sentiam essa raiva toda um do outro que fingiam sentir.

─ Junho, desculpa, tá bom? ─ Junyu comentou, fechando os olhos por causa do sol. ─ Eu realmente não quis te chutar naquele dia... ─ Ela pensou bem, mas mudou de opinião. ─ Bom, na verdade eu quis, mas porque achava que você iria fazer alguma coisa comigo.

─ E porque eu faria algo com você sem te conhecer? ─ Questionou o garoto. Para ele, que nunca havia feito nada de mal para ninguém, era estranho escutar aquilo.

─ Porque as pessoas fazem isso mesmo sem conhecer as outras.

Não demorou muito para que o Hwang entendesse o que ela quis dizer... era óbvio que alguém havia lhe machucado sem que ela fizesse nada demais. E naquela hora, ela teve medo. Mesmo que não fosse a reação mais indicada, lembrando do que o senhor Cho Sangwoo também havia comentado rapidamente, era um novo momento para ela. Talvez, um recomeço. Junho virou de lado, olhando para Junyu. Ele esticou o braço esquerdo que estava livre e pôs um pouco a cima dos olhos da garota, fazendo uma sombra. Junyu abriu os olhos, se deparando com aquela gentileza. Ela olhou para ele e sorriu, agradecendo mentalmente.

─ Eu sei que você já tem muitos amigos... ─ Embora ele não parecesse notar nada que Junyu fazia, ele havia visto a garota com alguns novos amigos desde que chegou. ─ Mas... podemos ser amigos. ─ Junho sorriu de volta, mostrando os dentes e fechando os olhos como ele sempre fazia quando dava um sorriso sincero. ─ O que você acha?

─ Parece uma boa ideia.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro