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Capítulo 4

  4097 palavras

•••

  Eram nove horas da manhã quando Bárbara entrou no seu escritório, a sede da Leviatã ficava no centro da cidade, perto da estação do metrô, o lugar possuía cinco andares, cada andar ficava uma divisão e lá funcionava o que cada uma era responsável. No topo, Bárbara ficava, justamente com Ian.

  A morena adentrou a sala, por ter dormido em casa, estava disposta e com uma boa aparência, diferente de Ian que passou a noite resolvendo os problemas dos clubes de luta.
Bárbara avistou sua mesa, nela, Ian organizava alguns relatórios, ele estava sentado na sua cadeira, mas ela não se importava. O vice lia as páginas e transcrevia para o computador portátil na sua frente, seu olhar estava perdido, cansado. Usava uma jaqueta de couro e uma calça branca, uma corrente de ouro e um relógio também de ouro.

 Quando notou a presença da líder, Ian sorriu e levantou a cabeça na direção dela.

— Bom dia. — Ela falou. Ele manteve o sorriso.

— Bom dia, está linda, dormiu bem? — Perguntou Ian, Bárbara sorriu de lado.

— Podia ter sido melhor. — Ela manteve o sorriso e o encarou. Ian riu. — Mas você parece cansado, fechou todos os clubes de luta?

— Minha cara está péssima, né? — Questionou ele, rapidamente, passou a mão sob o rosto, depois encostou na cadeira, quase deitando.

— Está horrível. — Bárbara falou. 

— Obrigado pela sinceridade. — Ian fechou os olhos enquanto sorria. Bárbara sorriu de volta.

— Disponha, parceiro. — A morena seguiu para mais adiante, deixando a bolsa na mesa, em seguida, parou do lado dele, que continuava de olhos fechados. Bárbara abaixou um pouco na frente do computador para ler o que ele transcrevia. Era o faturamento da última semana.

— Vou terminar de fazer isso... — Ian tentou tocar no teclado, mas Bárbara segurou a mão dele.

— Dorme um pouco no sofá — A morena apontou o móvel aveludado no canto esquerdo da sala. — Eu faço isso, termino em trinta minutos. — Lentamente, Bárbara empurrou Ian para o lado, deixando um espaço na cadeira. Ela se acomodou ao lado dele.

— Tem certeza? O dia vai ser corrido. — Ian perguntou, preocupado. Bárbara continuou prestando atenção no que fazia.

— Mano, você tá morto, deixa eu fazer isso. — A comandante começou a digitar, suas unhas faziam barulho ao bater no teclado. — Mais tarde a gente vai no Hall's, querendo comer comida de verdade, não essas besteiras que você me faz comer. — Advertiu a ela. Ian deu de ombros e levantou da cadeira. Caminhou lentamente até o sofá e se jogou no móvel.

— Eu sempre te levo em lugares ótimos. Você que é fresca. — Ian se acomodou no sofá, encarou Bárbara, que se levantou para fechar a cortina.

— Como vou governar essa cidade se tiver um infarto antes? — A morena puxou a cortina, deixando o ambiente mais escuro. Ian fechou os olhos.

— Você não vai ter um infarto, Bárbara. — Murmurou.

— Vou pegar uma manta, está esfriando. — A líder abriu o pequeno armário de ferro que eles tinham no escritório, Ian abriu os olhos novamente.

— Vem me cobrir porque eu tô com frio. — O vice pediu, fazendo biquinho. Bárbara revirou os olhos.

  A líder tirou a manta azul do armário e caminhou até o sofá, a desenrolando, Ian a encarou enquanto sorria de maneira irônica. A morena jogou a manta em cima dele, apressada.

— Nossa, quanto carinho. — O asiático terminou de se cobrir, rindo.

— Dorme logo, Ian. — Bárbara ordenou, os dois se encararam antes de Ian virar para o lado e dormir.

  Trinta e cinco minutos depois, a líder havia passado o faturamento para o computador, estralou os dedos e encarou o trabalho que acabara anteriormente. Seu olhar parou sob o vice, que havia virado o rosto novamente e ela podia vê-lo. Ele dormia tranquilamente. A morena o invejou por conseguir dormir em qualquer lugar.

  Bárbara se levantou da cadeira, precisava ir até o segundo andar, a mulher deixou o escritório silenciosamente para não acordar Ian. Após fechar a porta, Bárbara chamou o segurança que ficava no corredor.

— Senhora. — O garoto a reverenciou assim que se aproximaram. Ela acenou, séria.

— Não deixa ninguém entrar no meu escritório. — Bárbara advertiu, ele assentiu. Rapidamente, ela seguiu pelo corredor até encontrar o elevador.

  Encontrou no espaço de aço e pressionou o botão para o segundo andar. Não demorou muito para a porta abrir e revelar a grande movimentação que eram os outros andares, o quinto, onde ficava seu escritório, era apenas a sala dela e a da Ian, embora o vice sempre usava a sua sala e quase não entrava na dele. Ainda no quinto, o depósito com a mercadoria e alguns seguranças. No segundo, Nefertiti cuidava de pedidos e entregas. Por isso toda essa movimentação. Os que passavam perto da líder a reverenciaram exageradamente. Bárbara apenas acenava, não queria atrapalhar o serviço deles. A mulher andou até a última porta do corredor, bateu duas vezes e ouviu um "entre". Delicadamente, Bárbara girou a maçaneta.
  Nefertiti estava em pé enquanto contava algumas caixas, segurava uma caneta e marcava algo em uma folha, que estava na sua mesa. A negra usava um longo vestido preto, aberto nas costas.

— Bom dia, chefe. — A negra sorriu. Bárbara também.

— Bom dia, capitã. — A líder adentrou a sala, Nefertiti esperou que ela se pronunciasse. — Está despachando?

— Sim. Esse já está pago. É pra convenção de medicina. — Nefertiti riu, Bárbara abaixou a cabeça. As duas tinham boas lembranças da convenção de medicina do ano passado.

— Eles vão estar bem animados esse ano. — A líder arregalou os olhos levemente. A negra concordou com a cabeça.

— Você vai? Ouvi dizer que eles esperam a temida Bárbara Reis novamente. — Nefertiti terminou as anotações e tampou a caneta.

— Se tudo estiver tranquilo por aqui eu posso aparecer por lá, mas não vou ficar a noite toda, com muita coisa pra fazer. — Explicou Bárbara.

— Entendo. As coisas estão difíceis? —Perguntou a capitã, Bárbara desviou o olhar para o chão.

— Sempre estão, mas eu dou um jeito. Sabe disso e, capitã, deveria ir. Relaxar um pouco. — Bárbara aconselhou. Colocou as mãos no bolso, Nefertiti se virou para ela.

— Eu vou. Espero te ver lá. — A negra sorriu, Bárbara piscou e ergueu a sobrancelha. As duas se encaravam, mas a líder quebrou a troca de olhares. — Então, comandante, o Yamaguchi está no prédio? Tenho alguns relatórios para entregar pra ele. — Nefertiti juntou as folhas que estavam em cima da mesa.

— Ele está ocupado. Pode me entregar, eu vejo isso. — Bárbara ergueu a mão, Nefertiti a entregou sem hesitar.

— Se estiver algum erro, pode me ligar que eu refaço.

— Ah, capitã, eu nem me preocupo. Você e o Ian são os mais competentes. — Bárbara falou enquanto lia as anotações da Nefertiti. A líder virou na direção da porta, pronta para ir embora, porém, olhou Nefertiti por cima do ombro. — Bom trabalho, capitã. — Bárbara sorriu e deixou a sala.

  Nefertiti tentou evitar, mas sentiu suas bochechas esquentarem.

  A líder voltou andar depois de verificar os outros andares, quem fazia isso era Ian, mas ela o deixou dormir. Bárbara deu algumas broncas, era impossível descer e sorrir o tempo todo, quem mais levou esporro foi Breno, vivia aprontando. Entrou no seu escritório às onze horas, Ian ainda dormia no sofá, a morena deixou os relatórios em cima da mesa, calmamente, se aproximou do Yamaguchi. O homem respirava profundamente, seus lábios estavam entreabertos, seu rosto sereno.

  Como se sentisse que ela estava olhando, Ian despertou. A mulher sorriu.

— A bela adormecida resolveu acordar, é? — Questionou Bárbara, sentou no braço do sofá, Ian se espreguiçou.

— E você é quem? O dragão? — Perguntou Ian, gargalhando. Sentou no sofá, mas suas pernas continuavam sob o móvel.

— Vai se foder. — Bárbara o repreendeu, ele gargalhou ainda mais.

— Se você for comigo... — Ian sugeriu, desviando o olhar, fingindo estar envergonhado. Bárbara riu.

— Que pilantra. — A líder o roubou um selinho e sentou nas pernas dele, Ian passou as mãos pela cintura dela, a puxando para si. — A gente pode fazer isso mais tarde. — Bárbara segurou no pescoço de Ian, bem cima da tatuagem de serpente, onde ela gostava de beijar. — Bem nesse sofá. — Bárbara bateu a mão no móvel, ordenando. Ian sorriu.

— Vamos ter que fazer hora-extra. — O Yamaguchi afirmou, deixando um rastro de beijos do pescoço até o decote da líder. Ela sorriu.

— Hoje você pode relaxar, deixa que eu faço o serviço... — Bárbara sussurrou no ouvido dele, Ian riu. Os dois se encararam por alguns instantes, nesse momento, ambos sorriram de uma maneira safada.

— Vou esperar ansioso e — Ian sussurrou, segurou a mão de Bárbara e levou até sua calça. — Duro. — A líder riu, depois bateu no membro um pouco endurecido dele. Ian grunhiu de dor.

— Para de ser safado, parece que só usa a cabeça debaixo, misericórdia. — A morena se levantou rapidamente, Ian ainda sentia a dor da agressão.

— Não bate nele porque é bem útil pra tu, né? — O asiático se levantou, mesmo que tenha dormido por duas horas se sentia um pouco melhor. Ian começou a dobrar o lençol. Bárbara o encarou, nesse momento, Ian olhou para ela. — Ah, como foi com o namorado da Catrina? — Perguntou Ian, terminou de dobrar a manta e foi guardar no armário de ferro.

— Bem, ele passou no meu teste. E se magoar a minha irmã, eu quebro ele na porrada, só vejo vantagem. — Bárbara deu de ombros, foi até a janela para abrir a cortina novamente, o sol estava fraco, a metrópoles resolveu esfriar.

— Não se preocupe, a Cat não se envolveria com um babaca. — Ian sentou na cadeira, trouxe os papéis para si e abriu o computador, voltando ao trabalho. Bárbara encarou a cena e, mesmo com disposição para ajudar, se jogou no sofá. — Você foi nos outros andares e pegou os relatórios?

— Sim, eu não estava fazendo nada mesmo, meu vice estava ocupado. — Bárbara se ajeitou no sofá, tinha coisas para fazer, mas a preguiça não deixava.

— Ninguém estranhou isso? — Perguntou Ian, já lendo cada palavra que os capitães escreveram com calma.

— Até que sim, mas eu mando neles mesmo. — A morena colocou as pernas no braço do sofá, não dando muita importância para o que acabara de dizer. Ian negou com a cabeça e voltou sua atenção para seu serviço.

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  O galpão metálico, com partes de madeira já desgastada, ficava do outro lado da estação do metrô, algumas quadras de distância do prédio da Leviatã. Nele, acontecia a iniciação para novos membros da gangue, os dez participantes estavam no centro, seis meninos e quatro garotas. Os rostos joviais pareciam apreensivos, afinal, o que teriam que fazer para serem aceitos na Leviatã?

  Da porta dupla de ferro, Nefertiti e Breno entraram, a negra usava um vestido branco colado até seus joelhos, já o negro estava com calça jeans azul e uma camisa preta, os dois caminhavam lentamente juntos, quem os visse, facilmente os confundiram com um casal.

  Os dez jovens encararam Alexa, a latina sorriu fraco para eles, tentando acalmá-los.

— Não se preocupem, será necessário para fazer parte da gangue... — Ela sussurrou, os jovens assentiram.

  Atrás dos capitães que entraram no galpão, a segunda divisão, que pertencia a Nefertiti e a terceira divisão, que Breno era responsável, foram ocupando espaço, fazendo um círculo em volta dos jovens.

  Alguns membros encararam os dez possíveis novos integrantes, achando que os conhecia de algum lugar.

  Nefertiti permaneceu calada, apenas analisava os jovens, Breno se aproximou deles, cruzou os braços e fitou os rostos deles por alguns segundos, o negro conseguia identificar qual deles já tinham assassinado alguém, a marca da morte ficava nos olhos, um pouco acima das íris, ele sabia exatamente qual deles seriam aceitos.

— Vocês não devem me conhecer, eu acho — O negro coçou atrás da cabeça, depois lançou um breve sorriso para eles. — Sou Breno, capitão da terceira divisão e espero que vocês possam fazer parte da Leviatã, mas antes disso, eu preciso dizer algo. — O capitão colocou os braços para trás, tendo uma postura mais séria. — Estar em um lugar como a Leviatã não é como nos filmes de ação, vocês não vão se divertir enquanto realizam trabalhos ou missões, não vai ser legal ver pessoas morrendo ou tendo a vida prejudicada porque você recebeu uma ordem e tem que executar. Aqui não é um parque de diversão. — Breno manteve a expressão fria, sabia que eles precisavam da verdade para não ter arrependimentos, ninguém pode dizer que a Leviatã os transformou em monstros.

  Um silêncio esmagador caiu sob eles, a tensão fazia as respirações dos jovens ficarem ofegantes, Nefertiti deu um passo a frente, ficando ao lado de Breno.

— Antes de começar, alguém quer desistir? — Questionou a negra. — Se sim, ninguém vai te impedir, é melhor nem começar quando sabe que vai se arrepender. — Nefertiti cruzou os braços.

  Ninguém se manifestou, os capitães se entreolharam.

— Muito bem. — Breno sorriu. — Tragam o material. — No momento que os jovens ouviram a palavra material, seus corpos tremeram, alguns membros da terceira divisão saíram rapidamente do galpão, não demorou para que voltassem, mas desta vez, carregando sacos pretos com algo pesado dentro.
Os sacos foram colocados lado-a-lado na frente dos candidatos, a forma do conteúdo do saco pareciam corpos, entretanto, os jovens não acreditaram que podia ser de fato corpos.

— É muito simples. — Nefertiti pronunciou, os outros gângster tiraram uma parte do saco, revelando pessoas com mordaças em suas bocas, os rostos machucados e sangue manchando as roupas. — Atirem neles, depois vocês vão jogar os corpos na vala aqui perto.

  O espanto de alguns foi nítido, mas outros já passaram por situações parecidas, então nem se moveram.

— A escolha é sua, mas estaremos avaliando cada movimento. — Breno os entregou armas, depois se afastou, ficando atrás deles. — Podem começar.

  Cinco deles, três meninos e duas garotas conseguiram atirar sem hesitar, Nefertiti, que os avaliava de frente, notou que em nenhum momento aqueles cinco desviaram o olhar ou fizeram careta, nem se quer tremeram. Aqueles eram os novos membros.

  Três deles, dois garotos e uma menina, atiraram em seguida, porém, desviaram o olhar e tremiam enquanto apontavam as armas. Mesmo cumprindo a tarefa, infelizmente não passaram.

  O último garoto até apontou a arma, porém, encarou os olhos da vítima e tentou soltar o gatilho, mas não conseguiu, abaixou a arma e notou, que mesmo com sua ambição e anseio para conquistar o distrito, não teria coragem. Por esse motivo, ele deixou o galpão sem dizer uma palavra.

— Eu sei que não parece, mas esse garoto foi corajoso, respeitar os seus próprios limites é um ato de coragem que quase ninguém faz. — Nefertiti falou, encarando os jovens. Eles assentiram, ouvindo o conselho.

 Breno caminhou lentamente até os três que atiraram, mas que hesitaram.

— Vocês não passaram, seus corpos evitaram e seus olhos desviaram para o chão. Para estar aqui, o corpo não pode evitar, não pode lutar contra quem você é, se por acaso, um dia vocês mudarem e conseguirem atirar, aceitaremos vocês. — Breno gesticulou com as mãos enquanto explicava, os três jovens estavam decepcionados, porém, tentariam novamente. Eles saíram do galpão rapidamente, então restou os cinco jovens que passaram pela prova.

— Agora, eu quero ver vocês arrastando o corpo de quem mataram e os jogando em uma vala, podem ir. — Nefertiti explicou calmamente.

  Sem hesitar, os cinco começaram a puxar o corpo para fora do galpão, os arrastando pelo chão, deixando uma marca de sangue.

  Do lado de fora, cada um posicionou sua vítima na beirada do extenso buraco.

  Mais uma vez, a negra os encarava, cada movimento era analisado.

  No momento do comando, os cinco empurraram os corpos abruptamente, Nefertiti e Breno se entreolharam.

— Vocês passaram, mas a líder precisa ouvir a apresentação da capitã que indicou vocês, agora, torçam para isso. — Indagou Breno, os cinco assentiram e quando o capitão os deixou, eles correram para junto de Alexa.

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  Mais tarde, naquele dia, Alexa estava com os novos candidatos para membros da Leviatã.

  Os seis esperavam a cerimônia começar, o lugar que acontecia essas coisas era na frente de uma antiga igreja, a quarta divisão inteira estava presente, os cinco que iriam entrar pareciam nervosos, Alexa sorriu para tranquilizá-los.

  Onde a maioria dos gângster estavam era coberto de grama, como um belo jardim, na frente deles, alguns degraus para chegar até as portas da igreja. Os comentários sobre a líder aceitar ou não as novas pessoas era incerto, ninguém sabia o que esperar dela, talvez ela não aceitasse ninguém.

  O falatório cessou quando avistaram a comandante e seu vice. Bárbara estava na frente, caminhando com a mesma seriedade de sempre, conforme avançava, os membros foram se curvando para ela. Ian estava atrás, também encarava os membros com seriedade, eles subiram os degraus, Bárbara parou e Ian ficou ao seu lado.

  A líder correu os olhos até encontrar os novos candidatos, os cinco jovens tremeram com a intensidade que ela os olhavam.

— Alexa... — Chamou Bárbara, a capitã deu um passo a frente e se curvou. — Apresente os candidatos.

— Esses cinco moravam no distrito de Makeda, nos últimos meses, a elite pressionou as autoridades para limpar aquela área para a instalação das indústrias Camargo, a própria Júlia Camargo, presidente das empresas, ordenou a "limpeza" daquela área. As famílias deles foram assassinadas, eles ajudaram outras pessoas a sair de lá com vida, é uma pena que suas famílias não tiveram essa sorte. — Alexa deu uma pausa, Bárbara continuava a encarando seriamente, ergueu a sobrancelha para que a garota continuasse. — Ultimamente, eu perdi alguns membros devido o último problema e, esses jovens já estavam na minha lista para fazerem parte da minha divisão, os cinco são fortes, inteligentes, sobreviventes. Eles não têm mais nada a perder porque tudo foi tirado deles, tendo dito isso, eu assumo a responsabilidade por eles. E, peço que os aceite, comandante. — Alexa voltou a se curvar, permaneceu de cabeça baixa.

  Bárbara a encarou por alguns segundos, depois seus olhos se encontraram com os do Yamaguchi, ele sabia que ela iria dizer.

— A história de vocês me comoveu. Já faz muito tempo que sofremos nas mãos da elite, e a Leviatã vai mudar isso. É de sobreviventes que a essa gangue se mantém, vocês não estão mais sozinhos, tem uns aos outros e a Leviatã. — Bárbara deu um passo para frente, encarando os jovens. — Bem-vindos.

— Obrigada, comandante. — Alexa agradeceu, Bárbara assentiu. A latina voltou sua atenção para os cinco, eles se abraçaram assim que ela se aproximou.

— Agora — A líder levantou a mão, fazendo a atenção voltar para ela novamente. — Vocês podem ficar despreocupados, nós já resolvemos o problema dos clubes de luta, eles já deixaram a Leviatã, se eu descobrir mais alguém descumprindo as regras, essa pessoa vai desejar não ter me conhecido. — Bárbara advertiu, o silêncio tenso caiu sob o lugar. O clima mudou, antes a comemoração dos novos gângster e, agora, a ameaça da líder. — E o que vocês fazer, senhores?

— A Leviatã não vai parar até chegar ao topo... — Os gângster gritaram, a líder ergueu a sobrancelha.

— Por que? — Perguntou a morena, já sabendo a resposta.

— Porque essa cidade é nossa! — O coro dos gângster foi alto, Bárbara sorriu. Aquele mesmo sorriso petulante, a mesma vontade de continuar até conseguir. Virou seu rosto para Ian, que sorria do mesmo jeito. Os dois trocaram olhares antes de virar para a plateia novamente.
Enquanto os gritos empolgados continuavam, Bárbara desceu os degraus, Ian foi atrás, ela passou no meio deles, sentindo o poder, vendo eles a referenciando. Assim, ela deixou o lugar.

━──────≪✷≫──────━

— Nunca os vi gritar tanto. — Pronunciou Ian, no momento que eles entraram no escritório. Nefertiti e sua vice, Estela, estavam junto com eles.

— É o som do poder, Ian, e ele vai ficar mais alto. — Bárbara sentou em sua cadeira, jogou os cabelos para trás e se encostou totalmente no veludo. Ian sorriu. — Nefertiti, o que você queria me dizer? — Questionou a líder, voltando sua atenção para a negra. Nefertiti se aproximou.

— Alguns membros da minha divisão relataram que a Lança Vermelha está querendo arrumar briga com gente. — A capitã explicou, depois cruzou os braços.

— Lança Vermelha? Aqueles pirralhos? — Interagiu Ian, franziu as sobrancelhas. — Eles devem ter a idade que eu tinha quando a Leviatã foi fundada. — O asiático colocou as mãos no bolso, intrigado.

— E você sabe o motivo para isso? — Perguntou Bárbara. Achava estranho essa situação, nunca teve contato com eles.

— Um dos capitães da Leviatã teve problema com o líder deles. — Nefertiti pronunciou. Nesse instante, a comandante e seu vice se entreolharam.

— Breno. — Os dois falaram juntos.

  Bárbara tirou da gaveta seu rádio, discou o número três, não demorou para Breno responder.

"Fala, chefe." A voz do homem surgiu, entre cortada.

— Vem no meu escritório agora. — Bárbara ordenou, em seguida desligou a chamada.

  Cinco minutos depois, Breno entrou no escritório.

— Me chamou, senhora. — O negro pronunciou, por algum milagre não estava chapado. Bárbara apontou a cadeira na sua frente, o negro arregalou seus olhos verdes e sentou na cadeira.

— Que merda você fez agora? —Questionou Ian, se aproximou lentamente do negro com os braços cruzados. Breno se afastou, encostando na cadeira.

— Nada, bom, eu acho — O negro coçou atrás da cabeça, pensativo. — Agora eu tô confuso! — Breno cruzou os braços, irritado.

— Você conhece o pessoal da Lança Vermelha? — Questionou Nefertiti. Breno a encarou com desdém.

— Lança Vermelha? Titi, você acha que eu me envolvo com pirralhos? — Perguntou o negro, a capitã revirou os olhos ao escutar aquele apelido ridículo, segundo ela.

— Breno, escuta — Bárbara, que até então estava calada vendo a cena, apoiou os cotovelos na mesa, o homem voltou sua atenção para ela, se ajeitando na cadeira. — Não tem como ser o Heitor porque faz semanas que ele está fazendo um serviço no litoral, Ian está do meu lado o tempo inteiro e as meninas não fariam isso, então só sobrou você. — Explicou a líder, calmamente. Breno engoliu em seco. — Pensa bem.

— Tenta lembrar de alguma merda que você fez esses dias, vai que você tava chapado. — Ian deu de ombros, depois sentou na mesa de Bárbara.

— Ah, não sei... — O capitão murmurou.

— Breno, na semana passada você não se envolveu em uma briga de bar? — Se lembrou Nefertiti, o negro a encarou.

— Sim! Tem razão, Titi. — O capitão jogou as mãos para cima, animado.

"Nem parece que está levando bronca" Pensou Ian, em seguida encarou Bárbara, que parecia ter pensado a mesma coisa. Os dois sorriram levemente.

— O que aconteceu nessa briga? —Questionou Bárbara, após desviar o olhar do vice.

— Eu estava bebendo em um bar com alguns conhecidos no distrito Malik, eu juro que não fiz nada, chefe, uma garota que parecia ter quinze anos começou a puxar assunto comigo, eu só respondi, mas aí uns moleques com pose de bandidinhos começaram a brigar comigo, a menina era namorada do líder deles, bom, eu fiquei irritado com aquela cena e desci a porrada nos três, nem me arranhei. — Breno contou, ainda sem dar importância para a situação, Ian franziu a testa e Nefertiti segurou o riso. — Eu não sabia que aqueles garotos também eram de gangue, mas que se foda, eu estava na minha. Aquela menina que ficou me assediando! Um homem bonito não pode mais beber com os amigos em um local público? Esse mundo está muito perigoso! — Breno cruzou os braços novamente, indignado. A capitã deu um tapa na parte de trás da cabeça dele, Breno grunhiu.

— Oh, mano, por que você não falou isso logo? — Questionou Nefertiti, nervosa. Sabia da regra de Bárbara para não se envolver com outras gangues, o objetivo da líder nunca foi com os outros gângster, ela queria a elite.

— Eu não sabia! — Breno gritou. — Como eu ia saber? Aqueles moleques mereceram!

— Tudo bem, seus putos, acalma o fogo. — Ian os repreendeu. Ambos capitães ficaram calados.

— Nefertiti? — Chamou a líder, a negra encarou Bárbara. — Você sabe o que eles querem?

— Senhora? — Chamou a vice de Nefertiti, Estela, que ficou calada enquanto seus superiores conversaram. A garota de cabelos cor-de-rosa tentou não desviar o olhar quando os olhos castanhos de Bárbara caíram sob ela. — Eu ouvi que eles querem vingança, vão trazer a gangue deles para uma briga. — Nesse instante, os superiores começam a rir.

— Essas crianças. — Ian limpou os olhos, gargalhou tanto que chorou.

— Vou ter que descer a porrada neles de novo. — Breno riu.

— O que faremos, líder? — Questionou Nefertiti.

— Podemos nos divertir, não é? — Bárbara sorriu, Ian abaixou a cabeça, mantendo um discreto sorriso levado. — Deixa eles virem, vamos ensiná-los como fizemos com a Fênix. — Bárbara completou. Os de mais intrigantes assentiram, sabiam o que estava por vir.

Olá, leitores!

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