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Capítulo 31

 3500 palavras 

•••

 Depois do acidente que matou o atual governador, os superiores da região se encontraram diversas vezes nos últimos dias, pensando no que fariam para acabar com a era da Leviatã em cima da cidade. A assembleia chamada para achar a solução do grande problema Bárbara Reis sob a metrópoles, eles pareciam aflitos, a família da maioria deles já usufruiu dos trabalhos da gangue, Bárbara sabia os crimes do passado deles, por isso eles tinham tanto medo do poder dela. 

— Faz anos que ela saiu da cidade, esperamos ela aparecer? — Perguntou um dos integrantes da reunião, os outros assentiram. 

— Ela foi embora depois que a irmã morreu, eu mandei vigiarem o cemitério onde a garota está enterrada, se alguém aparecer por lá, nós vamos saber. — Alertou a ruiva, seus companheiros assentiram.

— Fez bem, mesmo se ela não for, alguém próximo pode ir e podemos ter uma carta na manga contra ela. — Concluiu o homem, os outros concordam com a cabeça. 

  Enquanto isso, Laura acompanhava um menino que passava por fisioterapia para recuperar seus movimentos das pernas após um acidente de carro. Ele segurava na mão da loira para conseguir ter coragem para mover as pernas, mesmo que lentamente. Laura era a única que ele confiava. 

 A loira sorriu, indicando que ele estava indo bem. 

 — Continue assim — Falou Laura, recebendo um sorriso do pequeno paciente. 

— Oh, Laura, eu tô conseguindo, se eu fizer isso, você vai ser minha namorada? — Questionou ele. 

— Não posso ser sua namorada, sou muito velha pra você. — Comunicou, séria. — Faça isso por você mesmo, não por outra pessoa.

 — Tá bom. — O menino assentiu, decidido. 

 No final do dia, Laura sentiu-se orgulhosa de seus pequenos pacientes, arrumou suas coisas e saiu do hospital.

 A loira tentou evitar, mas passou as horas relembrando o passado. Fazia cinco anos da morte de Catrina, Laura recebeu uma ligação de Diogo, o moreno comentava sobre o ocorrido, por mais que tentasse seguir com a vida, era difícil não lembrar do seu primeiro amor, então pediu para sua prima colocar flores do túmulo de Catrina, Laura não podia ignorar esse pedido, engoliu a dor daquelas memórias e seguia para a floricultura, pediu por margaridas, sem puxar assunto com a vendedora, pediu um táxi e seguiu para o cemitério.

  As construções antigas do cemitério pareciam maiores do que da primeira vez que o viu. Laura caminhou até o túmulo de Catrina, entretanto, haviam flores frescas sob o mármore, a loira olhou em volta, assustada. 

  Ela negou com a cabeça, Catrina tinha amigos na faculdade, era impossível não gostar dela, com certeza alguém lembrou e veio lhe entregar flores.

  Laura suspirou, frustrada. Parecia que voltava anos atrás quando Bárbara foi embora e ela desejava a todo custo sua volta.

— Oi, Cat — Pronunciou. — Desculpa não ter vindo antes, espero que esteja bem onde quer que seja, sinto sua falta. — Ela tocou no mármore, sentimental.
Laura sentiu lágrimas descendo pelo rosto, lentamente as secou com os dedos, ali, no meio de um cemitério, ela acreditou que uma parte dela sempre choraria ao se lembrar do passado.

  A loira foi para casa, cansada.
Desejou que o dia acabasse logo, odiava aqueles dias que as memórias de Bárbara pareciam sangrar sua pele. Após tomar banho e engolir de má vontade uma sopa, se enfiou debaixo das cobertas, fechando os olhos, forçando o sono.

  Do outro lado da rua, os agentes contratados para vigiar quem fosse ao túmulo, ligavam para os interessados no assunto, contaram, brevemente, sobre uma loira que chorou no túmulo, assim, daquele dia em diante, aquela mulher seria vigiada.

— Se Bárbara voltar para a metrópoles, vai procurá-la, então nós vamos saber onde atacar. — Comentou a ruiva, sorridente.

— Se isso acontecer, nós vamos nos reunir novamente. — Falou o líder deles. Os outros concordaram.

━──────≪✷≫──────━

  Na capital, Bárbara recebeu a confirmação que as flores foram entregues no túmulo da sua irmã.

  Mesmo que quisesse ir, sentia medo de aparecer na metrópoles novamente. Podia trazer problemas para quem ela se relacionou há anos, Bárbara acreditava que jamais poderia viver plenamente, depois de tudo o que fez para tomar a cidade seria impossível desejar uma boa vida. Porém, ela sabia que suas escolhas teriam consequências e, do fundo do coração, ela não se arrependeu nada. A morena caminhou pela mansão, naquele dia,  o espaço parecia ter dobrado de tamanho, o vazio que sua irmã deixou doía no seu corpo inteiro, ela se jogou no sofá, sentindo-se flutuando na sua própria escuridão.  Bárbara fechou os olhos, tentando dormir, mas sua porta foi aberta, uma presença forte, que, parcialmente, preencheu o ambiente, ele sentou ao lado dela, puxando o cigarro do bolso, alcançou o controle na mesa, apertou a combinação dos códigos para abrir as janelas, deixou o controle novamente na mesa, e acendeu o cigarro, tragando lentamente e soltando a fumaça pelo nariz e a boca. 

 Com isso, Bárbara abriu os olhos, ajeitando-se no móvel.

— Entregou as flores? — Perguntou o asiático, passando o cigarro pra ela. Bárbara assentiu, pegando o cigarro delicadamente. 

— Sim, a loja mandou a confirmação. — Afirmou ela, deixando o olhar vagar pela sala. 

— Ela faz tanta falta, o mundo perdeu o brilho depois que ela morreu. — Comentou Ian, segurando as lágrimas.

— Por causa da minha vingança a Catrina pagou o preço. — Admitiu a líder, deixando um lágrima escorrer.

— Ela entrou na sua frente porque te amava, não foi por vingança ou ódio, ou seja lá o que você sente, Catrina morreu por amor. — Concluiu ele, terminando o cigarro, o apagando no potinho de vidro na mesa. Bárbara respirou fundo, nunca conseguiu julgar sua irmã, pois sabia que faria a mesma coisa. 

— E você? O que tá fazendo aqui essa hora? — Questionou, impaciente. Ele deu de ombros.

— Recebi um telefonema da casa de repouso da minha vó — Ian cruzou os braços, afundando-se no sofá, Bárbara sentiu uma pontada no peito. — Ela não vai viver por muito tempo, bom, pelo menos uma pessoa que eu amo não vai ser assassinada, né? Eu devia estar grato porque ela vai morrer naturalmente, mas é uma merda do mesmo jeito. 

  Bárbara ouviu aquilo atentamente, involuntariamente, sua mão apertou a dele, ela sorriu, fazendo ele sorrir também.

— Perder alguém importante é sempre uma merda. Não importa o jeito, mas você não pode ficar aqui, nós precisamos vê-la. 

— Não é perigoso voltar? — Questionou ele, preocupado. A morena negou com a cabeça.

— Nós vamos apenas vê-la, ninguém precisa saber. — Bárbara sorriu. — Vai ser uma visita, anda, Ian, não vou deixar você ficar longe da Lena agora, precisa se despedir dela. — Ela segurou o rosto dele com as duas mãos, encarando os olhos negros de Ian intensamente. 

— Tudo bem, nós vamos — Ele suspirou. — Amanhã nós saímos da capital.

— Liga pra Nefertiti, ela arruma as coisas na metrópoles pra gente. — Avisou ela, afastando-se dele e deitando no sofá. 

— Tá, vou deixar a Alexa tomando conta daqui. — Ian se levantou, indo resolver os problemas, Bárbara concordou com a cabeça.

  No dia seguinte, os superiores da Leviatã pegaram o jatinho particular para a metrópoles, Ian parecia enjoado, fazia careta e não quis comer nada durante a viajem, Bárbara entendia o que ele sentia, antes de Marina morrer, também ficou enjoada, mal se alimentava, por isso não falou nada. Em poucas horas, os dois pousaram na cidade natal, se entreolharam quando avistaram os prédios familiares, eles deram as mãos para descer do jatinho, não era fácil para nenhum dos dois. 

— Eu quero ir logo, podemos ir agora? — Perguntou ele, Bárbara assentiu, guiando seu parceiro para o carro, a líder digitou o endereço no painel e começou a dirigir pelas ruas da metrópoles.

  Os minutos até que chegassem foram silenciosos, Ian encostou a cabeça na janela, seu interior estava revirado, Bárbara sentia seu coração apertado, odiava vê-lo assim. 

 Quando finalmente chegaram, Ian saltou para fora do veículo, praticamente correndo para a entrada, Bárbara foi atrás, desejando que essa visita fizesse bem aos dois. 

  Ian falou com a recepcionista meio afobado, mas a moça foi paciente, entendo o nervoso dele, calmamente, ela o guiou para o quarto, dizendo que bastava chamar que alguém apareceria, Ian agradeceu, depois entrou, no primeiro momento, sentiu seu coração acelerar, mas respirou fundo, conseguindo se acalmar, na cama, Helena estava ligada em máquinas, o bip do monitor de seu coração soava cordialmente, porém, quando Ian segurou sua mão, o barulho aumentou, o asiático assustou-se, achando que deveria chamar alguém, mas sua avó abriu os olhos, querendo ver seu garotinho uma última vez.

— Desculpa ter demorado. — Ele sussurrou, apertando a mão dela. Deu para perceber uma leve alteração no rosto dela, como se quisesse sorrir, Ian começou a chorar, colocou a mão sob o rosto. — Eu sentia tanta dor, tanto medo, mas acabei me tornando quem causa a dor e o medo nas pessoas, me perdoa. 

  Helena, usando suas forças, tirou o respirador da boca com dificuldades, Ian tentou impedir, mas não teve coragem de ir contra a vontade de sua avó.

— Eu te amo. — Ela balbuciou, cansada, fraca, sua voz quase não saiu. Ele riu, deixando as lágrimas caírem.

— Eu também te amo. — Ian sussurrou, encarando o rosto dela. Lentamente, Helena começou a fechar os olhos, ele entendeu que aquele sopro de força que ela teve foi apenas para se despedir dele, então não a impediria de descansar. Helena morreu segurando na mão de seu neto, sua única família. 

   Bárbara entrou no quarto, confusa com o barulho das máquinas, nisso, ela encontrou Ian próximo da cama, segurando a mão de Helena enquanto a outra estava sob seus olhos.

   A morena se aproximou dele, deixando as lágrimas escaparem, delicadamente, Bárbara encostou no ombros de Ian, isso foi o suficiente para ele virar, abraçando-a com força, chorando como há anos não fizera. 

— Você não perdeu toda a sua família porque eu estou aqui. — Bárbara falou, segurando-o. — Foi isso que você me disse quando a Catrina morreu, lembra? — Questionou ela, Ian assentiu. — Estamos juntos, temos um ao outro, nossa relação é o maior tesouro que eu tenho. 

  Ian levantou a cabeça, encontrando Bárbara chorando do mesmo jeito que ele estava. Ele engoliu em seco, encostando os lábios nos dela, logo se afastou, envergonhado.

— Bárbara... obrigado. — Ian passou a mão pelo rosto, limpando-o. A morena entendeu, e afastou-se, intimidada. Eles se olharam brevemente, antes de Ian desviar.

— Eu vou lá pra fora. — Comunicou ela, saindo às pressas do quarto. 

  Mais tarde, naquele mesmo dia, Nefertiti fazia ligações para adiantarem a cremação de Helena Yamaguchi, o funeral seria logo, pelo menos em dois dias, Ian não queria prolongar, por sua avó ser religiosa, teria a cerimônia, ele não queria ser desrespeitoso com ela, Helena teria o funeral que acreditava ser o certo. 

  Bárbara estava cabisbaixa, observava as pessoas no funeral e sentiu falta de tanta gente, talvez fosse o dia que Deus escolheu para levar Helena e, por mais estranho que fosse, Bárbara conseguia lidar, mas as únicas pessoas que realmente conheceram a senhora para prestar respeito a Helena no seu velório eram Ian e ela, então de que serviu o tanto que Bárbara lutou? Sua vida parecia um filme estupidamente triste. 

   Entretanto, no meio desses pensamentos penosos, Bárbara lembrou-se da sua garota. Obviamente, ela sabia o rumo que a vida de Laura havia tomado nesses últimos anos, mas desde a noite do término delas, Bárbara nunca mais viu. Talvez pudesse vê-la, por um momento, um minuto que fosse, antes de ir embora da metrópoles, desta vez seria pra sempre, não tinha outros motivos para voltar.

   A líder se levantou da cadeira, jogando seu copo de café no lixo, caminhou até o altar como uma foto de Helena, suas cinzas e uma cruz feita de mármore. Ela ajoelhou-se, tentando recordar a última vez que fez uma oração por um ente querido, mesmo sem jeito, terminou seu momento e se levantou, não se importando com os olhares em cima dela. Caminhou por alguns segundos, parando ao lado de Ian.

— Vamos ter que ficar mais um dia, preciso fazer um negócio. — Anunciou para ele, Ian concordou com a cabeça.

— Cuidado, não vai com a cara limpa. — Aconselhou. — Podem te reconhecer, sei lá.

— Pode deixar. — Ela sorriu. Ele também.

  Após o cortejo, eles deixaram o local do funeral, Ian se isolou no quarto de hotel, ficaria ali até o dia de ir embora. Já Bárbara, tomou um banho e trocou de roupa, era quase dez horas da noite.
A líder tomou um dos carros e dirigiu pelas ruas da metrópoles, fazia alguns meses que teve a notícia que Laura havia comprado seu próprio apartamento, não podia estar mais orgulhosa dela, porém, um frio na espinha a fez se arrepiar.
Bárbara continuou com o caminho, pensou que deveria realmente vê-la, pedir desculpas, desejar que ela tenha mais conquistas. Bárbara sorriu fraco, imaginando como a loira estaria atualmente.

  Meia hora depois, a morena estacionou o carro em algumas ruas distantes do apartamento. Ela suspirou, saindo do carro. Bárbara olhou em volta antes de se aproximar.

  Chegando na portaria, contou que se chamava Catrina para que o porteiro ligasse para o apartamento de Laura, o velho ficou intrigado com a maneira que a loira reagiu no telefone, depois ela liberou a entrada.

  Enquanto Bárbara subia pelo elevador, Laura entrava em pânico dentro de casa, olhou-se no espelho, seu rosto estava acabado, sentiu seu coração acelerar, sabendo de quem se tratava, Laura pensou em correr dali, então alguém tocou a companhia. Laura olhou mais uma vez para o espelho, esperando um tempinho antes de abrir a porta.
No primeiro momento, quando seus olhos se encontraram com os de Bárbara, Laura sentiu um grande alívio por ela estar viva, em seguida uma raiva surgiu em seu coração, enquanto Bárbara sorria, Laura teve vontade de acabar com aquela desgraçada, abaixou a cabeça, deixando as lágrimas escorreram pelo seu rosto.

— Laura — Chamou a líder, nervosa. Não pensou que essa fosse ser a reação dela. — Me desculpa, por favor, me desculpa!

— Fica quieta! — Esbravejou Laura, colocando as mãos no rosto. A vontade de bater nela era grande, mas de abraçá-la foi maior, então a loira segurou no pescoço de Bárbara, a puxando para si.
— Sua idiota, tem noção do que eu passei?! — Gritou a mais nova, abraçada com a morena.

— Eu sinto muito. — Bárbara sussurrou, segurando Laura em seus braços, sentindo falta daquele corpo contra si.

— Eu queria te bater, mas não consigo, tô aliviada que você está viva. — Confessou Laura, soltando a morena. Por breves instantes, as duas trocaram olhares. Bárbara concentrou-se nos olhos azuis da mais nova, sempre amou aqueles olhos, tanto que sonhava com o dia que poderia olhar para eles novamente, ela sorriu, virando o rosto para o lado, impedindo a garota de vê-la chorar.

— Você está linda. — Bárbara falou, tirando aquele boné que Ian a obrigava a usar para não ser reconhecida.
Laura corou com o elogio, desviando o olhar para o outro lado.

— Você também. — Murmurou, evitando encará-la.

— Posso entrar? — Questionou Bárbara, Laura riu, puxando-a para dentro de casa.

  As duas sentaram no sofá, Bárbara sorriu, vendo que sua garota parecia tão madura agora.

— O que foi? — Perguntou Laura, desconfiada.

— Você está tão adulta, nossa, nem te reconheci. — Bárbara admitiu, fixando seus olhos na loira.

— Já faz anos desde a última vez você me viu — Laura murmurou, tanto que sonhou com o dia que Bárbara voltasse. — Você está bem? E o Ian?

— Estou. — Afirmou. — Ele está na cidade, acabou de perder sua avó.

— Que triste. — Laura desviou o olhar, então era por esse motivo que Bárbara voltou, no fundo, sabia que não era por ela. — Quando encontrar ele, diga que eu mandei lembranças e um abraço.

— Digo. — Bárbara sorriu fraco. — Sua família está bem?

— Está. — Laura disse. — Diogo saiu da metrópoles há alguns anos, foi melhor assim, não era fácil continuar aqui.

— Eu entendo. — A morena suspirou.

  As duas ficaram em silêncio, é claro que Bárbara entendia, foi embora da cidade pelo mesmo motivo.

— Quer tomar café? — Perguntou Laura, tentando mudar o rumo da conversa.

— Quero.

  A morena estava na cozinha, calada enquanto a loira arrumava a mesa, parecia que vinha mais pessoas para o café pelo tanto de comida que Laura colocou na mesa. Bárbara riu baixo, lembrando do apetite da mais nova, pelo visto as coisas não mudaram.

  A líder colocou seu café na xícara, dando um gole, cansada. Bárbara não era a mesma, isso parecia óbvio, principalmente para alguém que a conheceu no auge, Laura a observou por um tempo, do outro lado da mesa. Mesmo que o rosto não tenha mudado, ou o jeito de falar e se movimentar, aquela mulher era outra pessoa.

"Será que essa versão da Bárbara ainda gosta de mim?" Pensou a mais nova, desejando que os anos não a tenha feito matar os sentimentos bonitos que elas nutriram no passado.

— Obrigada pelo café. — Bárbara falou, quebrando o silêncio. Laura a olhou.

— Não quer mais nada? Por favor, coma. — Ela apontou para a mesa. Bárbara riu, concordou com a cabeça. Pegou a primeira comida que viu, eram biscoitos de baunilha com chocolate.

  Mais silêncio.

  Laura soltou uma respiração alta, sem saber o que fazer ou falar. Bárbara levantou a cabeça na direção dela.

— Eu estraguei tudo, não é? Nós... eu estraguei isso também. — A morena colocou a mão sob a testa, abatida.

— Não, Bárbara — Laura murmurou, tímida. — Eu demorei muito pra entender, mas você tinha acabado de perder sua irmã, estava triste, com um buraco no peito que ninguém poderia preencher, bom, nem eu.

  Ela fez uma pausa, suspirando.

— E eu sinto muito por você, por tudo o que você passou, tudo que sofreu, mas eu espero de coração que nosso tempo juntas tenha feito sua dor amenizar, um pouco, quem sabe. — Confessou, sorrindo. Bárbara sentiu uma lágrima solitária escorrer pelo rosto, porém, a limpou rápido.

— Todos os dias que eu passei com você foram perfeitos, eles foram alegres, intensos, calmos, tristes. Foram perfeitos. Obrigada. — Bárbara sorriu, fazendo Laura rir um pouco, desviando o olhar.

  O silêncio caiu novamente sob elas, mas desta vez, elas estavam sorrindo, agradecendo pelas memórias juntas.

— Eu já vou — A líder se levantou, olhando o relógio da parede, já passava das onze horas da noite. — Obrigada pela conversa e pelo café.

— Tão cedo? — Laura também se levantou, mas notou como parecia desesperada e tossiu. — Eu gostei de te ver, foi bom.

  Bárbara riu, olhando para o chão, caminhando para a porta. Laura a seguiu, não queria que ela fosse, na verdade, queria abraçá-la, dizer que ainda a amava, mas não fez isso, apenas seguiu até a porta.

— Se você voltar pra metrópoles, venha me ver de novo, eu vou gostar. — Laura segurou a mão dela, Bárbara já estava abrindo a porta para sair, a morena olhou para a loira. Laura parecia mais bonita, nisso, Bárbara segurou no rosto dela, beijando seus lábios com calma, para sua surpresa, Laura aceitou, pois abriu a boca, e fechou os olhos. Bárbara sorriu, encostando seu corpo no dela, aprofundando o beijo enquanto apertava o rosto de Laura contra o seu. As duas sorriram antes de se distanciarem.

— É melhor eu ir — Bárbara sussurrou. Abrindo a porta. — Adeus, Laura.
Sem esperar qualquer reação, a líder saiu, fechando a porta atrás de si.

━──────≪✷≫──────━

  Não muito distante dali, os agentes contratados para vigiar a loira, contavam que uma mulher com as características de Bárbara acabou de sair do apartamento de Laura.

— Então nós pegamos ela? — Questionou um deles, observando o apartamento.

"Sim, não vou deixar essa oportunidade passar, pode ser a única chance de tirar o poder das mãos de Bárbara." A voz do outro lado da linha parecia decidida, o homem assentiu.

— Mais tarde ligarei novamente. — Ele desligou, pensativo. Olhou para o lado, seu parceiro cochilava no banco do carro. Sabia que se invadisse o apartamento agora, as câmaras de segurança veriam seus rostos, os dois não conseguiram levar a mulher sem achar atenção, o jeito era esperar o amanhecer.

  Assim, quando Laura saiu do apartamento para ir trabalhar, os dois saíram do carro, seguindo-a de uma certa distância, a loira nem percebeu, a visita da noite anterior mexeu com sua cabeça, só conseguiu sair de casa porque amava seu trabalho mais do que tudo na vida.
Ela atravessou a rua e virou uma esquina, já avistando o metrô, porém, sentiu uma mão no seu ombro.

— Laura? — Uma voz desconhecida a chamou, ela virou-se, então deparou-se com seus sequestradores. A loira tentou correr ou gritar, mas o homem a segurou pelo pescoço, fazendo ela perder a respiração por alguns segundos até desmaiar. Ele a carregou para um canto do beco, jogando um saco de lixo preto sob seu corpo e ergueu-a do chão, indo para o carro. Sem demora, a loira foi colocada no porta-malas.

Oi, leitores!
Obrigada por todos os votos e comentários, eu estou tão feliz por ter todos vocês acompanhando a história, muito obrigada mesmo ♡

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