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Capítulo 19

4100 palavras

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  Laura deixava a água cair por seu corpo, sua testa estava encostada na parede fria do banheiro, ela sorria lembrando do momento que tivera com a comandante, o jeito que ela ficou quando Bárbara tomou conta da situação, nunca esteve tão rendida nas mãos de alguém e por mais gostoso que fora, Laura temia pelo futuro daquela relação, a loira se perdeu em pensamentos quando a líder abriu a porta, Bárbara estava vestida com uma camiseta branca que chegava aos seus joelhos, a morena sorriu observando a jovem no seu chuveiro, Laura riu, gostando do jeito que aquela mulher a olhava.

— Está aqui a sua toalha e eu vou deixar uma roupa pra você na cama, mas se quiser ficar nua... — Sugeriu a líder, segurando na porta. Laura negou com a cabeça.

— Obrigada pela toalha, Bárbara. — Ela murmurou e ignorando a presença dela, a morena riu, e saiu do banheiro.

  Alguns minutos depois, Laura avistou uma camisa preta em cima da cama, Bárbara não estava no quarto, a loira terminou de secar seu corpo e vestiu a camisa, ficou praticamente um vestido para ela.
  Seu estômago pedia por comida, então ela saiu do quarto descalça, os olhos azuis da garota percorrem a sala e viu de relance Bárbara na cozinha. A líder parecia distraída mexendo no celular, estava sentada no balcão enquanto bebia água, a loira se aproximou. Bárbara notou a presença dela e levantou o olhar na sua direção.

— Você ficou linda com a minha camiseta. — Bárbara pronunciou, descendo o olhar pelo corpo da mais nova.

— Obrigada. — Sussurrou ela, segurando no tecido macio da blusa, Bárbara saiu de cima do balcão. A loira sentiu a líder se aproximando, mas não conseguiu se mover, Bárbara sorriu gentilmente e passou seu braço ao redor da cintura dela.

— Por que está vermelha? — Questionou a líder, admirando o rosto da jovem.

— Você me deixa nervosa. — Laura confessou, em seguida, tampou os olhos com as mãos. Bárbara riu e segurou as mãos dela, as tirando do rosto. Laura encarou Bárbara e a morena entrelaçou seus dedos com os da garota.

— Passa essa noite aqui, a Catrina só volta amanhã. — Sugeriu a líder. Laura disfarçou a expressão surpresa, não imaginou que Bárbara quisesse passar mais tempo com ela, a loira olhou para baixo, tentando se acostumar com essa nova sensação.

— Eu preciso avisar minha mãe. — Falou Laura, a líder assentiu. 

— Claro, mas come primeiro, tem bolo. — Bárbara a soltou, indo na direção da bancada, Laura procurou pela cadeira mais próxima e a puxou, sentando rápido. Seus olhos azuis admiraram a cozinha sofisticada que estava, os armários eram marrom claro e os eletrodomésticos cinza, os utensílios pretos. 

"Até a cozinha dela é gótica." Pensou a loira, com um sorrisinho.

  Bárbara colocou um bolo de morango na frente dela, depois uma xícara de café.

— Eu vi que você gosta desse bolo, então mandei que comprassem, é todo seu — Advertiu a morena, sorrindo. Seu celular vibrou e ela franziu a testa. — Laura, eu vou fazer umas ligações, fica à vontade. — A loira concordou com a cabeça, Bárbara saiu da cozinha, discando no celular, a mais nova notou como o semblante dela mudou, parecia outra pessoa, por um minuto, ela se perguntou o que aquela mulher esconde. E até que ponto Bárbara deixava que ela descobrisse sobre si. 

  Depois que a loira matou sua fome, foi na direção da sala, procurando seu moletom, o encontrou pendurado no porta casacos, Laura enfiou as mãos dos bolsos, encontrando seu celular, desbloqueou a tela e já viu mensagens de sua mãe, a garota riu e a respondeu, dizendo que estava bem e que dormiria na casa de uma amiga, sua mãe mandou juízo e depois te amo. 

  Laura guardou o celular novamente e caminhou até a varanda, a metrópoles começou a escurecer lentamente, a loira apoiou na proteção de vidro, colocou a mão no queixo, admirando a vista, seus pensamentos se misturavam com as memórias das últimas horas com a líder, sem perceber, a garota sorria. 

— Pra quem você está sorrindo? — A voz de Bárbara a fez voltar ao momento atual, Laura olhou para trás, encontrando a morena se aproximando lentamente, os cachos caíam sob seus ombros de maneira bagunçada, era a segunda vez que a via sem maquiagem e não fez tanta diferença, Bárbara continuava a mulher mais linda da cidade. Laura riu e desviou o olhar para frente, evitando encará-la. A líder parou ao lado dela, observando a vista.

— É que eu lembrei de uma coisa. — respondeu Laura. Bárbara sorriu, virando seu rosto pra ela, que percebeu e a encarou de volta.

— Já falou com sua mãe? — Perguntou, curiosa.

— Sim.

— Então eu tenho a noite inteira com você? — Questionou a morena, prendendo a garota no vidro, Laura sorriu e passou os braços ao redor do pescoço dela, aproximando seus rostos.

— E a noite só está começando. — Sussurrou ela, próximo aos lábios da líder, Bárbara mordeu o lábio e puxou Laura pela nuca, fazendo suas bocas se encontrarem, a morena passeou com os lábios pela boca da mais nova delicadamente, sua língua deslizou, adentrando a boca de Laura, Bárbara pressionou a loira contra o vidro, aprofundado o contato, Laura agarrou a cintura dela, e sua mão desceu, apertando o quadril da morena contra si. As duas trocaram alguns selinhos antes de se afastarem, ambas com os lábios vermelhos.

— Vamos terminar isso no sofá — Bárbara disse e puxou a mais nova pela mão, as duas cruzaram a sala rapidamente, mas Laura não sentou no sofá de imediato, empurrou a morena no móvel aveludado e sentou no colo dela, colocando uma perna de cada lado. Bárbara ergueu a sobrancelha, mas nada disse, apenas observava a garota. Laura segurou o queixo da morena com uma mão, admirando a beleza dela, depois sorriu e a roubou um beijo, as duas mãos de Bárbara desceram para a bunda da mais nova, apertando firmemente, fazendo-a subir no colo dela um pouco mais.

— Eu quero retribuir o prazer que você me deu... — A loira falou no ouvido da líder, enquanto suas mãos desciam pelo corpo da morena, alisando as curvas dela.

— Faça o que quiser, eu sou toda sua. — Ela sussurrou, Laura sorriu e começou a deitar a morena no sofá, Bárbara cedeu, nesse primeiro momento, deixaria Laura agir sozinha, a líder continuou sorrindo e esperando as atitudes da mais nova.

  Laura se ajeitou em cima de Bárbara, apoiando seus joelhos no sofá, alguns fios loiros caíram pelo rosto da morena, que riu e os colocou atrás da orelha da mais nova. Laura aproximou sua boca do pescoço dela e distribuiu beijos e lambidas, Bárbara fechou os olhos, aproveitando aquela sensação. As mãos de Laura entraram por dentro da camiseta branca que a líder usava, as pontas de seus dedos percorreram as curvas da morena, alisando cada parte, Laura ergueu um pouco seu corpo e começou a tirar a camiseta de Bárbara, que ergueu os braços para ajudar, depois que a loira jogou a peça para algum canto, seu olhar desceu pelo corpo nu da mais velha, Laura sentiu seu coração disparar e sua respiração ficou alterada, observando cada parte dele, ela sorriu e se encaixou entre as pernas dela, voltando aos lábios da morena, Laura invadiu a boca dela com sua língua, segurando os cabelos de Bárbara e a beijando com mais intensidade, depois seus lábios desceram para o pescoço dela, onde Laura chupou até ficar marcado, Bárbara sorriu, sabia que ela fez de propósito.

  A loira continuou descendo com os beijos, desta vez, parou em cima dos seios da morena, antes de colocar um deles na boca, Laura passou a língua em cima de cada bico, fazendo Bárbara se arrepiar, em seguida, a loira voltou com os chupões, os marcando como se fossem sua propriedade.

  Bárbara mordeu o lábio e fechou os olhos, não queria interromper a mais nova, deixaria ela comandar por enquanto.

  A loira colocou um dos seios da líder na boca, chupando com vontade enquanto que o outro era massageado, Bárbara gemeu pela primeira vez e Laura sorriu, até o gemido dela era excitante.
Após da atenção aos seios, a garota desceu um pouco mais, marcando a barriga da líder com os chupões e depois os esfriando, lambendo com a ponta da língua, Bárbara suspirou, jogou a cabeça para trás.

  Laura alisou as coxas da líder, sentindo a pele macia pelo seus dedos, a loira abaixou um pouco mais, enfiando os dedos dentro de Bárbara, a líder deu um salto e gemeu, Laura sorriu e começou os movimentos de vai e vem com seus dedos dentro da intimidade apertada de Bárbara.

— Eu vou foder você com meus dedos. — Laura murmurou, encontrando o clitóris da morena, um de seus dedos começou a esfregar o ponto, o outro dedo deslizava pelo interior úmido da líder, se afundando dentro dela. Bárbara gemeu e apertou o veludo do sofá, ergueu um pouco a cabeça e a jogou para trás novamente.

— Laura — A morena suspirou, ofegante. O som de sua voz cheia de tesão fez Laura soltar o ar, só aquilo a excitava.

  A loira continuou com o que estava fazendo, movimentando seus dedos com mais intensidade, Bárbara gemeu alto e apertou a coxa da loira, seus olhos se encontraram e ambas sorriram. Laura começou a estimular o clitóris com os dois dedos, não demorou muito para Bárbara gozar sob eles, Laura os tirou de dentro dela com cuidado e os chupou, saboreando prazerosamente, a líder riu da expressão que a garota fez ao provar seu gosto.

  Assim, Laura levantou-se, puxando as pernas de Bárbara para o resto do sofá, deitando-a. A loira fez um coque bagunçado no cabelo e segurou os quadris da morena, seus lábios beijaram em volta da boceta dela, a líder mordeu os lábios, ansiosa. Laura passou a língua na entrada, a morena sentiu seu interior estremecer, e apertou novamente o sofá, Laura notou e lentamente sua língua deslizou para dentro dela, Bárbara gemeu e revirou os olhos, a loira começou a lamber o interior da morena com destreza, sentindo o sabor gostoso que ela tinha.

  A líder continuou gemendo e, vez ou outra, chamava o nome da loira.
Laura sorriu e finalmente parou sua língua sob o clitóris, onde o ponto foi sugado por ela. Bárbara ergueu as pernas, prendendo a menina contra sua intimidade, a garota continuou sugando, sentiu o corpo dela tremer, então Laura abriu mais a boca, tomando o prazer derramado de Bárbara.

— Você é a mulher mais linda do mundo. — Laura sorriu, tocando levemente no rosto da mais velha. Bárbara beijou os lábios dela mais uma vez, segurando na cintura da loira. Nisso, a morena inverteu a posição, ficando por cima da loira.

— Você me deixou toda marcada. — Bárbara riu, olhando para seu próprio corpo, Laura mordeu o lábio, encarando a obra de arte que fez no belo corpo da morena.

— E você gostou. — Confirmou a loira, apertando a cintura dela contra si. Bárbara sorriu e tentou levantar a camiseta preta que a jovem usava, Laura ergueu os braços, ajudando o que a líder tentava fazer. Após se deparar com o corpo nu de Laura, Bárbara sorriu e começou a beijar os lábios da mais nova, a loira segurou pela nuca, enrolando seus dedos nos cachos de Bárbara.

  A morena desceu a mão pelo corpo da garota, fazendo-a suspirar, sem demorar, ela enfiou um dedo na garota, Laura deu um salto e gemeu, Bárbara deslizou seu dedo, querendo deixar a garota molhada, a líder encontrou o clitóris e esfregou aquela região, arrancando gemidos cada vez mais alto da jovem, antes que ela gozasse, Bárbara parou.

— Sua cretina, continua. — Resmungou Laura, a líder negou com a cabeça. — Por favor.

  Bárbara admirou a expressão dela, parecia uma gatinha pidona, a morena riu e abriu as pernas dela, se ajeitou em seu colo, encaixando suas entradas, ambas gemeram com esse primeiro contato, Bárbara se segurou no sofá, e sua outra mão fez pressão no pescoço de Laura, a loira sorriu de lado e observou aquela mulher montada em cima dela. Bárbara encarou o rosto encantador de Laura, e começou a rebolar, esfregando suas intimidades uma na outra, expondo seus pontos sensíveis.

  A morena olhou para o ato, sorriu e voltou a rebolar, deslizando, subindo e descendo contra o clitóris da mais nova, Laura gemeu alto e apertava os quadris de Bárbara, a líder abaixou a cabeça, ofegante. Depois, a jogou para trás, gemendo descontroladamente.
  As duas se mexiam sincronizadas, arrancando gemidos e respirações ofegantes, não demorou muito para que gozassem, derramando o néctar uma na outra, Bárbara puxou o ar, cansada.   Saiu de cima da mais nova e sentou no sofá, passou a mão na testa, limpando o suor.
Laura tentava controlar a respiração, e mordeu os lábios.

  Mais tarde naquela noite, as duas estavam na cama de Bárbara.

  Cada uma deitou de um lado da cama, mas seus rostos estavam próximos, a morena encostou no rosto dela, alisando as linhas que desenham a imagem encantadora de Laura, a loira fechava os olhos, sentindo a apreciação que Bárbara fazia quando a tocava.

  A mais nova abraçou a cintura da líder, encostando a cabeça no pescoço dela, Bárbara passou o braço por Laura, a puxando para si, ajeitando os cabelos loiros dela.

━──────≪✷≫──────━

  A metrópoles parecia diferente naquele dia, eram nove da manhã quando Bárbara acordou, a morena abriu os olhos e encontrou Laura abraçava em sua cintura, ela tentou se mexer, mas Laura estava em cima dela, não teve jeito, Bárbara precisou acordá-la.

— Laura? — Chamou a líder, tirando o cabelo dela do rosto, a loira se virou, saindo de cima dela.

— Bom dia. — Ela murmurou, com a voz rouca.

— Bom dia. — Respondeu Bárbara.

  A morena se levantou, indo na direção do banheiro, Laura fechou os olhos e dormiu novamente.
  Trinta minutos depois, a líder se olhava no espelho do quarto, se maquiando calmamente, olhou para trás e Laura a admirava. A líder riu e terminou a maquiagem.

— Você está indo trabalhar? — Questionou Laura, se levantando da cama.

— Estou. — Bárbara jogou os cachos para trás, arrumando da sua maneira. — Mas só vou ver se as coisas da festa estão prontas, ontem saí da Leviatã no meio dia.

— Que horas eu devo ir para a festa? — Perguntou a loira, coçando os olhos, ainda usava a camiseta preta do dia anterior.

— Vai às dez, leva seu primo, vocês fazem parte da família — Bárbara sorriu, indo na direção da mais nova. Delicadamente, ela passou a mão no braço da garota e a beijou brevemente. — Você pode pegar um vestido meu para ir pra casa, depois eu mando lavarem suas roupas.

— Obrigada, vou pegar um simples, prometo. — Ela riu, Bárbara negou com a cabeça.

— Pega o que quiser, quando você descer, vai encontrar um cara mal encarado na portaria, não se preocupe porque eu mandei ele te levar para casa. — Bárbara explicou, abraçando a loira. — Eu realmente preciso ir, mas queria ficar com você.

— Nós vamos se ver mais tarde. — Laura sussurrou, intensificando aquele abraço.

— Aquele mesmo cara vai buscar você e o Diogo, Ian mudou o lugar da festa, vai ser um pouco mais afastado do centro. — Bárbara a soltou, procurando sua bolsa pelo quarto. — Ah, eu não te avisei, mas esse mesmo cara vai te acompanhar a partir de agora. — Bárbara pronunciou, fazendo Laura levantar o olhar na direção dela.

— Acompanhar? Bárbara, o que você quis dizer com isso? — Laura questionou, cruzando os braços.

— A metrópoles está cada vez mais perigosa, é melhor ter um segurança, ele não vai ficar do seu lado, nem precisa falar com ele se não quiser. — Bárbara contou, virando na direção da porta. — Você está comigo, então precisa entender que esse é meu mundo.

— Tudo bem. — Laura murmurou, conformada. — Se você precisa disso para saber que eu estou segura, não me importo.

— Obrigada, meu bem. — Bárbara sorriu e a beijou novamente, suas mãos apertaram a cintura da loira, colando seus corpos, porém, alguém abriu a porta do quarto, assustando elas.

— Irmã, que horas vai... Aí, meu pai amado, Laura? — Gritou Catrina, com os olhos arregalados.

— Já te falei que é pra você estar na Leviatã às nove pra ir comigo. — Bárbara falou, ignorando a reação de sua irmã. Catrina colocou as mãos na boca, chocada.

— Oi, Cat. — Laura sorriu, sem graça.

— Vocês estão ficando desde quando? — Perguntou a baixinha.

— Ontem. — Bárbara deu uma risadinha, lembrando das últimas horas. Laura riu, imaginando o que ela estava pensando.

— É, eu ia te contar, mas achei que não ia gostar, ou que ia achar estranho eu ficar com a sua irmã. — Laura confessou, envergonhada.

— Faz tempo que eu digo para a Bárbara se envolver com alguém, que bom que é com você. Laura, espero que dê certo. — Catrina sorriu, fazendo a loira sorrir também. Bárbara riu, saindo do quarto.

— Laura, toma café com a Catrina antes de ir, eu vejo vocês duas mais tarde. — Falou morena.

— Bárbara, por que eu não posso ir com eles? — Questionou sua irmã, irritada.

— Porque eu já falei que você vai comigo. Não insiste, Catrina, por favor. — Bárbara cruzou os braços, sua irmã ergueu a sobrancelha, cansada.

— Tá bom, te vejo mais tarde. — A baixinha saiu do quarto, sem olhar na direção da sua irmã, Bárbara respirou fundo.

— Têm dias que é pior. — Murmurou a líder, ajeitando a bolsa no ombro. — Te vejo na festa. — Bárbara sorriu e saiu do quarto, deixando Laura com vontade de ir atrás dela.

━──────≪✷≫──────━

  Às dez horas da manhã, a comandante da Leviatã entrou no escritório, Bárbara estranhou Ian não estar na sua mesa, mas deu de ombros e jogou sua bolsa na cadeira.

  Assim que abriu as janelas, Breno entrou no seu campo de visão.

— Bom dia, chefe. — O negro sorriu, animado. — Hoje é dia de festa, finalmente!

— Bom dia, Breno. — Bárbara pronunciou, abrindo a gaveta. — Está tudo certo? Precisa que eu brigue com alguém?

— Não, tudo está nos conformes. — O capitão manteve o sorriso. — O Adam me notificou que a garota está em casa, e ele vai ficar a acompanhado por aí, como a senhora mandou.

— Está certo. — A líder respirou fundo, pensativa. — O Ian já chegou? — Questionou, mexendo no computador.

— Ainda não, achei que vocês tinham chegado juntos.

— Não, a última vez que o vi foi ontem. — Murmurou ela, tendo a imagem de Ian na sua mente. — Pode ir agora, se precisar de algo para a festa me avise.

— Sim, senhora. — Curvou-se o capitão, deixando o escritório em seguida.
  Bárbara inclinando-se para trás, tirou seu celular do bolso e discou o número do asiático, alguns toques depois, ele atendeu.

"Oi." A voz dele ecoou pelo espaço, parecia que Ian estava caminhando.

— Onde você está? — Perguntou Bárbara, virando a cadeira para a janela, admirando a metrópoles de manhã.

"Estava com minha avó, ela te mandou lembranças."

— Ah, obrigada, por que não me avisou que ia? Queria ter visto a Lena. — Bárbara advertiu, chateada. Ian riu.

"Desculpa. Na próxima, pode ser?"

— Tá bom. — Ela sussurrou. — Você já está voltando?

"Estou, mas você tem que ler os relatórios que eu deixei no computador, tem uma coisa que vai gostar."

— Cliente? — Bárbara perguntou, virando novamente para o computador, apressada.

"Eu encontrei o nome do secretário da saúde que impediu os recursos no distrito Zâmbia, na época que a Marina morreu."

  Bárbara prendeu o ar, com o coração acelerado, ela abriu o arquivo, seus olhos castanhos leram as letras impaciente.

— Então foi esse o filho da puta responsável pela morte dela. — O olhar dela escureceu, Ian podia sentir o ódio apenas pela voz de Bárbara, ele mordeu o lábio, entendendo a dor dela.

"Amanhã a gente pensa no que fazer, hoje é dia de festa. Vamos encher a cara e chorar lembrando do começo." Ele animou sua própria entonação, fazendo a líder sorrir.

— Tudo bem, vem pra cá, preciso de você aqui.

"Não sabe fazer nada sem mim, né?" Questionou ele, rindo. "Tô entrando no carro, daqui a pouco eu chego."

  Bárbara desligou a ligação e voltou ler o arquivo, nele, as informações pessoais de um homem passavam pela tela fria do computador, a líder franziu a testa, apertou a mão e se levantou, as lembranças de seu triste passado invadiram sua mente como um enxame de abelhas, a morena segurou o rosto, tentando evitar o descontrole quando ficava com raiva.
Resolveu sair do escritório, correndo para o elevador.

  Bárbara parou em um andar qualquer, sem dar atenção para o número que apertou anteriormente, a morena saiu do espaço metálico, se deparando com o quarto andar.

  A morena evitou subir para o seu escritório o dia inteiro, não queria pensar na vingança, quando o asiático chegou, Bárbara mandou que ele resolvesse as pendências no escritório enquanto ela perambulava pelo prédio. E Bárbara fez isso o dia inteiro, apenas permaneceu o mais longe possível do cinto andar, assim anoiteceu na metrópoles. 

— Chefe, sua irmã chegou. — Alexa a chamou, Bárbara conversava com Nefertiti, as duas estavam sentadas no sofá da sala de espera, a comandante usava um vestido preto, colado ao seu corpo, e tênis branco para descontrair. A capitã estava com um vestido vinho e belos sapatos de alto.
Bárbara se levantou, indo na direção da porta. Encontrou sua irmã saindo do elevador e com um vestido rodado cor-de-rosa.

— Parece um bolinho confeitado. — Bárbara riu, abraçando sua irmã. Catrina fez uma careta.

— Nojenta. — A baixinha murmurou, a líder a soltou do abraço. — Cadê o Ian?

— Nossa, a sua irmã sou eu, não ele, tá bom? — Ironizou Bárbara.

— Para de frescura, tu nem liga pra essas coisas. — Catrina deu de ombros e olhou para frente, da segunda porta, o asiático saiu. Ian usava uma camiseta branca de botões com os primeiros abertos, revelando suas tatuagens, uma calça social preta e tênis branco, parecidos com de Bárbara. No momento que viu Catrina, o asiático sorriu, iluminando o rosto inteiro.

— Cat. — Ele se aproximou da mais nova, usando o apelido que a chamava quando eram crianças. — Você está linda.

— Oi, Ian. — A baixinha abraçou o asiático, fazendo ele se inclinar para conseguir abraçá-la. — Obrigada, você está lindo também.

— Que bom te ver, venha mais vezes aqui. — O asiático sorriu, separando o abraço. Catrina concordou com a cabeça.

— Você também pode ir lá em casa quando quiser.

  Bárbara assistiu a cena e uma parte dela pareceu voltar para o passado, lembrando da infância que eles viveram juntos.

— É melhor a gente ir. — Ela pronunciou, indo na direção do elevador. Ian e Catrina a seguiram.
Os três foram no mesmo carro, e conversaram o caminho inteiro, no local da festa, Ian saiu do carro primeiro, dando instruções aos subordinados.

  A festa aconteceria em uma mansão comprada pela gangue há alguns meses, os portões de ferro de um modelo antigo, a construção de dois andares era branca e havia uma piscina na frente.
Ian abriu a porta do veículo depois que verificou que tudo estava no seu agrado, as garotas saíram do carro sendo seguidas pelos gângster, conforme Bárbara avançava, a música começou a tocar e as luzes acenderam.

— Senhoras e senhores, bem-vindos aos 12 anos da Leviatã e com vocês nossos superiores, Bárbara, nossa líder e Ian, nosso vice comandante. Palmas. — A voz de Breno ecoou, os integrantes da gangue gritaram e bateram palmas, a comandante acenou, olhando para seus subordinados, Ian apenas assentia.
  Bárbara subiu no palco enquanto Catrina ficou no chão, sorrindo. Ian parou ao lado da líder, esperando ela falar.

  A comandante ganhou um microfone e sorriu, encarando sua gangue.

— Hoje é um dia especial, mas não digo por ser dia de festa. Na verdade, é especial porque estamos aqui. E eu consegui chegar até aqui porque cada um de vocês está fortalecendo essa gangue, então essa festa é pra vocês e eu agradeço por tudo e por todos esses anos juntos, obrigada. — Bárbara curvou-se levemente para a plateia, reverenciando seus gângster, esses, surpreendidos pelas palavras gentis da líder, gritaram e bateram palmas descontroladamente. Bárbara olhou para o lado e estendeu a mão para Ian, ele sorriu e a segurou firmemente, os dois ergueram as mãos, e agradeceram a plateia novamente.

  A festa realmente começou depois daquilo, Ian e Bárbara saíram do palco e avançaram pelos gângster, os cumprimentando e agradecendo.

— Breno, Heitor. — Ian chamou a atenção dos dois capitães, fazendo eles se aproximarem. — Do começo da nossa história, nós somos os únicos que estavam naquele hospital quando Matheus fundou a gangue, então eu quero agradecer por esses doze anos e os quinze anos que temos de amizade.

— Ah, que isso, Yamaguchi? Você não tem que agradecer. — Breno sorriu, segurando o ombro do asiático. — Enquanto eu viver irei fazer parte dessa gangue, somos família.

— É, verdade. A Leviatã é a minha vida. — Afirmou Heitor, desviando o olhar para o chão, se lembrando dos amigos que se foram. — Matheus, Eduardo e Fernando estariam felizes por nos ver assim.

— Nós três carregamos a memória deles e se estamos aqui, prova que apesar de tudo, a Leviatã deu certo. — Completou o negro, com o mesmo sorriso simpático de sempre. Ian assentiu, orgulhoso da família que tem.

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