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24. Brother



Duas semanas haviam se passado. Samuel levara um bom tempo para digerir aquilo tudo, voltar a confiar e ficar confortável com seu irmão. O que havia acontecido era muito sério, mas ele passou a entender que Daniel de fato não tinha culpa; estava bêbado no meio de companhias erradas. Apesar da tentativa de assassinato, a verdadeira assassina era Ariel, a mulher que ele mais amava.

Seu único medo era que ela ferisse o irmão, fizesse com ele o que havia feito com os outros. Mas fora isso, apesar de tudo, não conseguia odiá-la ou sentir repúdio. O que vivera com ela não fora uma mentira, o sentimentos foram reais. E ela nunca mentira, sempre dissera que tivera um passado negro e que era um monstro. Era inimaginável que ela fosse capaz de cometer aquelas atrocidades, apesar de saber que era verdade. Não sentia medo de Ariel, mas não sabia se teria coragem de continuar com uma pessoa capaz de matar tão cruelmente, e sem razão. Ariel era doente, era tudo o que pensava. Chorava todas as noites sem medo de estar sendo sensível demais; era deveras doloroso ter que quebrar seus sonhos de construir uma vida com ela longe dali. Por enquanto, tudo o que queria era que seu irmão ficasse a salvo. Daria tudo para conversar com ela e implorar que deixasse Daniel em paz, que o deixasse em paz.

Mas a ideia de nunca mais a ver era terrível...

O médico o examinou mais uma vez e anunciou que teria alta naquela mesma semana. Estava ávido para sair daquele ambiente, ao mesmo tempo em que tinha medo de encarar o mundo lá fora agora que mudara completamente os planos.

Daniel naquela tarde sentara-se ao seu lado e segurou sua mão, apertando firme.

— Independente do que acontecer comigo, saiba que eu sempre amei você, brother.

— Nada vai acontecer com você, cara. Ela não teria coragem...

— Não quero falar dela. Quero falar de nós dois. Quero que saiba, e nunca se esqueça de que tenho muito orgulho de você.

— Que é isso, Daniel, não chora.

— Não estou chorando — sorriu limpando as lágrimas que lhe haviam escapado. — Malditos ciscos. Essa clínica tem que ser mais limpa.

Samuel queria falar muitas coisas ao irmão, mostrar a ele tudo o que ele significava, tudo o que nunca havia dito, mas sentia vergonha. Acreditava que um dia iria se sentir à vontade para dizer a Daniel que o amava e que ele era seu ídolo, seu herói.

Mas não naquela tarde.

Daniel saiu para voltar ao trabalho — escapara para visitar o irmão. — e dirigiu-se ao estacionamento subterrâneo. Entrou no carro, fechou a porta, mas antes de girar a chave na ignição, foi surpreendido por trás, com uma mão tapando sua boca e nariz com um lenço úmido. Daniel tentou lutar, mas o cheiro absurdamente tóxico o fez desfalecer.

Ariel empurrou o corpo dele para o lado, para o banco de passageiro, e deslizou para o banco da direção.

Deu partida.


***************************


Daniel era levado pela polícia, algemado, diante de dezenas de pessoas, a grande maioria vomitando ofensas; se não fosse pela escolta policial, com certeza seria linchado. Do meio da multidão, Samuel o observava com desprezo, um olhar tão pesaroso e hostil que era difícil acreditar que era de seu próprio irmão.

— Sam! Brother!

Samuel se aproximou, o que deu a Daniel uma esperança de ao menos pedir perdão. Mas o que recebeu foi uma cusparada no meio dos olhos. Samuel deu as costas, sumiu entre as pessoas furiosas.

Daniel despertou com um grito. Mas apesar de estar com os olhos abertos, ainda estava na mais completa escuridão e com um calor abafado terrível. Bastou mover-se um pouco para perceber que estava enclausurado por paredes próximas demais, por um teto próximo demais.

Estava em um caixão!

Daniel bateu no teto, gritou, o pânico possuindo seu ser, bateu nas paredes que mal o deixavam mover os cotovelos. Gritou. Alto. A falta de ar já o fazia arfar implorando por oxigênio. Não! Não podia ter um fim como aquele, não podia morrer enterrado vivo!

O pânico o estava enlouquecendo, o horror o dominava enquanto se debatia violentamente na tentativa vã de escapar daquela morte medonha.

E infelizmente aquilo não era um sonho...

Seus esforços duraram poucos minutos. Daniel sentiu os sentidos se esvaírem; a garganta doía de tanto gritar.

Parou finalmente de se mover, já sem força ou ar nos pulmões. Sua mente já não funcionava direito quando enfim desfaleceu.

Ariel fez respiração boca a boca enquanto pressionava o peito de Daniel. Ele despertou tossindo, em pé.

E amarrado a uma coluna...

— Bem-vindo ao inferno — ela disse com um sorriso malévolo.

Era uma estação de trem abandonada, em ruínas, pichada e suja, com parte do teto destruída. Ariel focou a lanterna nos olhos dele, ofuscando sua visão. Não estava morto? Tivera um pesadelo? Não, não. Sabia que havia sido real. Mas por que ela o tiraria de lá?

Como se lesse seus pensamentos, ela respondeu:

— Não achou que ia ser tão fácil, não é? Logo você, o primeiro a socar meu estômago...

— Que lugar é esse? — a voz saiu rouca.

— Procurei bastante um local afastado. A cidade é cheia de pontos abandonados como este...

— Sua desgraçada! Você me enterrou vivo!

— Não imagina o trabalho que deu. Comprei o caixão, cavei, pus você dentro e enterrei, depois desenterrei, tudo sozinha! Minhas costas estão me matando!

— Fique longe do meu irmão! É comigo que tem que acertar suas contas!

Ela o fitou taciturna. Aproximou-se dele, ficando próxima a seu rosto.

— Eu jamais machucaria o Sam.

— Então por que se aproximou dele? Pra me ferir?

—Acredite, o que tenho em mente para ferir você é muito mais criativo...

Daniel gritou, sentindo a garganta inflamada, provavelmente de tanto gritar no caixão.

— É bem cliché de filme de terror, mas ninguém vai ouvir você, muito menos ajuda-lo.

— Você... Você estava morta! Nós vimos você morta!

— Vocês estavam bêbados demais para julgar se alguém estava morto ou não. E foram burros o suficiente para me deixaram escapar...

— Você mesma disse, estávamos bêbados, e...

— Você matou meu bebê. Vocês mataram meu sonho. Meus sonhos. Minha vida. Despertaram uma besta faminta por vingança.

— Seu bebê? Ah, meu Deus, eu não podia imaginar...

— Vocês tentaram me matar. Na verdade conseguiram. Não me restava mais nenhuma vontade de viver; perdi meu bebê e os médicos disseram que não poderia mais engravidar. O que me movia era a vontade de fazer cada um de vocês pagar... Por isso procurei Medusa, fiz com que me levasse a Adão. Arquitetei todo o plano para fazer com que cada um de vocês tivesse exatamente o que merecia. E agora só falta você. O último para enfim deixar-me descansar...

— Você matou a todos? — o desespero chegava a ser insuportável.

— Cada um. Levava dias para matar apenas um. Saboreando a dor que proporcionava a eles. Os gritos eram o paliativo que eu precisava para sentir-me calma, muito mais eficazes que as drogas que passei a usar. Torturava para que entregassem o próximo, torturava por diversão. Todas as formas de tortura que imaginar; cheguei a pesquisar na internet as formas mais medonhas e cruéis de tortura... E guardei o melhor para você...

— Por que se aproximou do Samuel? Qual o seu intuito com meu irmão?

— Eu amo seu irmão.

— Besteira! Fala a verdade, sua desgraçada! Se você tocar um dedo nele...

— Se eu quisesse machuca-lo, o faria enquanto você estivesse vivo, para que sofresse vendo-o sofrer. Mas não o faço por dois simples motivos: não mato inocentes, e já disse, amo Samuel.

— Você é um monstro! Como pode amar alguém? Você é doente!

— Não. Você é a doença, eu sou a cura. E não importa o que faça, nada que diga me fará poupar sua vida!

— Você não entende... — ele fez uma pausa, ficando mais calmo, o semblante tornando-se suplicante. — Não vou pedir para poupar minha vida. Quero que poupe meu irmão.

— Não vou tocar em seu irmão.

— Eu acredito. De alguma forma acredito que não o vá machucar. Mas não é a isso que me refiro. Eu tenho total ciência de que você vai me matar, e de forma cruel e impiedosa. Não ligo pra isso. Mas Samuel vai acabar sabendo, vai sofrer... Eu sou um herói para ele.

— Não quando mostrar a ele o que você fez a mim.

— Você não pode fazer isso.

— Não?

— Não pode.

— Por que não faria?

— Por que você tem apenas três opções.

Ariel o encarou alerta. Ele era um advogado, sabia bem ludibriar, principalmente no que tocava a Samuel.

— Que opções?

— Você poderia me deixar ir, me entregar para a polícia, Samuel teria pena de você, mas não a odiaria. Ele odiaria a mim, seria a maior decepção de sua vida me ver como um monstro, ele jamais confiaria em ninguém, mas ainda teria a mim vivo e a você como vítima. Segunda opção: você me mata e tenta mostrar a ele que sou um monstro. Ele me odiará e odiará você por ter me matado; será traumatizado, provavelmente cairá em depressão...

— Aposto que propõe a primeira opção — disse com ojeriza na voz.

— Não. Imploro para que escolha a terceira se realmente o ama.

Ela nada disse, à espera que ele falasse.

— Você me mata, mas Samuel nunca descobre o que fiz com você, continua com a mesma imagem que tem de mim...

— Ficou louco? — ela riu incrédula. — Acha mesmo que vai sair impune?

— Não quero sair impune, só quero poupar meu irmão. Muito do que ele é fui eu que o ensinei; todos os valores, ele sempre se espelhou em mim. O que fiz de errado, o que fiz com você ele não conhece, nunca viu, é um outro eu — Daniel começava a chorar.— E se ele descobrir que sou um monstro, tudo o que ele acredita vai desmoronar! Ele vai perder! Ele vai sofrer!

— É inevitável que ele sofra... — Ariel tentava manter-se firme, mas estava começando a se abalar.

— Sim, mas você entrou na vida dele sem a intenção de ficar. Depois de descobrir que matou tantas pessoas com requintes de crueldade, acha mesmo que vai conseguir ter uma relação sadia com você? Um conto de fadas em que a vítima mata o irmão monstruoso do amado e casa com ele? Não, garota. Ele já enxerga você como uma doente. De qualquer maneira você trará sofrimento a ele, mas pior do que a dor de me perder será a dor da decepção. Isso muda tudo, muda o Samuel que você conheceu. Isso acontecer ele apenas vai sofrer; se eu morrer e ele ver você como o monstro da história, o sentimento que terá será de revolta, ódio de você. E isso o fará sofrer menos, muito menos. O que manteve você viva? O que seria de você se não tivesse essa motivação?

— Quer que seu irmão viva odiando a mim? Buscando vingança? — ela tentava segurar as lágrimas, mas não conseguia.

— Não. Agora que vai me matar, você não tem mais motivação para viver. Se você estiver morta, não restará a ele outra solução senão seguir em frente com a vida, fazendo de tudo para continuar sendo como eu, em minha memória. —alterou a voz. — Você pode dizer o que quiser de mim, menos que não o amo! Eu sempre dei a esse garoto todo o amor que ele precisaria dos pais. Eu sempre cuidei dele e sempre fui capaz de qualquer coisa para fazê-lo feliz! Isso você não pode negar!

Ariel virou as costas, chorando, as costas das mãos no nariz. O pior de tudo era saber que Daniel estava certo. Seu choro era sincero, mas não era ele que a comovia, era imaginar o estrago que sua decisão faria a Samuel. Eu intuito inicial era matar a Daniel e depois se matar. Entrou na vida de Samuel e se entregou, fez com que a amasse e se deixou amar, esquecer o ódio sempre que estava com ele. Samuel dera a ela mais do que esperança, dera a ela vontade de viver, de recomeçar. Samuel merecia ser feliz.

Olhou para ele. Sentiu raiva de si mesma, por que não sentia a mesma ânsia de fazê-lo sofrer como havia tido com todos os outros. Não tinha vontade de tortura-lo, sentia horror ao que já havia feito aos outros; era como se estivesse curada. O amor de Samuel, a vontade de recomeçar...

— Eu sei que é tarde pra isso, mas quero que saiba que sinto muito pelo que fiz, e que estou disposto a aceitar qualquer que seja a punição que dê a mim —intensificou o choro. — Me perdoa, por favor! Eu tenho pesadelos com aquela noite! Eu não sou aquilo!

— Se você não morresse, ele não descobrisse e eu sumisse, ele seria muito mais feliz... — ela sussurrou.

Daniel parou de chorar. O vento frio balançava as árvores próximas à estação, ameaçando chover.

— Não sinto mais vontade de causar dor a você, graças ao amor que seu irmão despertou em mim...

Daniel foi-se inundando de esperança.

— Mas matar você não tem nada a ver com Samuel. Tem a ver com a criança que você assassinou — tirou um punhal da cintura, devolvendo o pânico a Daniel. — Não vou torturar você. Mas vou te matar, com certeza!

Ariel avançou e espetou a lâmina até o cabo no peito de Daniel. Não sentiu prazer, satisfação alguma. Apenas alívio.

Repetiu o ato dezenas de vezes, seu coração se enchendo de paz, o dele se enchendo de buracos.



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Como acha que Samuel reagirá a isso? Comente! 

Ah, e ouça os vídeos, vale a pena, dá um clima pra história. ;)

https://youtu.be/6Cp6mKbRTQY

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