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Capítulo 03

ARGYLE

     Oportunidade. A palavra pairou no ar silencioso da biblioteca, carregada de um peso silencioso e de uma promessa velada. Uma oportunidade. Oferecida por mim, Argyle Dollan, a Sierra Cavazza. A ironia não me escapava, claro. Mas a ironia, como a crueldade, era só mais uma ferramenta no meu arsenal.

     Observei a reação dela, atento a cada microexpressão, a cada tremor muscular, a cada ligeira mudança na sua postura controlada. Expectativa. Confusão. Uma pitada tênue de… curiosidade? Difícil de decifrar. E, de novo, ligeiramente desinteressante. Mas a resposta dela, essa sim, podia ser reveladora.

    O silêncio se prolongou, denso e carregado de tensão. Sierra, a rainha do controle adolescente, se confrontando com a imprevisibilidade da minha oferta. Uma oferta que, pra ser preciso, ainda não tinha sido definida em termos concretos. Mas a indefinição, a ambiguidade, também eram ferramentas úteis. Ferramentas de manipulação. Ferramentas de controle. Ferramentas de… crueldade.

     Finalmente, a voz dela. Ligeiramente mais cautelosa agora, ligeiramente menos desafiadora. A incerteza, sutilmente, começando a minar a fachada de determinação inabalável dela. Previsível. Mas, ainda assim, ligeiramente… satisfatório.

    — Oportunidade pra quê, Dollan? — a pergunta, direta, como sempre. Sierra Cavazza, mesmo hesitante, incapaz de se desviar da sua natureza frontal e calculista. Uma qualidade, devo admitir, quase… admirável. Quase.

     Sustive o olhar dela, mantendo o microsorriso frio a pairar nos meus lábios. Deixei que a tensão se intensificasse, que a curiosidade fervilhasse sob a superfície controlada. Saboreei o momento, o instante preciso em que a balança do poder se inclinava ligeiramente a meu favor. O jogo, se tornando cada vez mais interessante. E Sierra, se revelando uma jogadora ligeiramente mais competente do que eu inicialmente tinha previsto. Ligeiramente, apenas. Mas o suficiente pra manter o meu desinteresse… interessado.

     — Uma oportunidade… — comecei, a voz baixa, monótona, quase confidencial. Inclinei-me ligeiramente pra frente, invadindo o espaço pessoal dela, quebrando a barreira invisível que ela tão cuidadosamente cultivava. — …pra você provar a si própria, Cavazza — me aproximei um pouco mais, meu rosto agora a poucos centímetros do dela, meus olhos fixos nos seus, analisando cada reação, cada tremor, cada microexpressão. — Pra você provar… se é realmente capaz de lidar com tarefas mais… complicadas.

     Meu hálito frio roçou o rosto dela. Consegui sentir a respiração superficial dela, o ligeiro tremor na pálpebra, a quase imperceptível dilatação das pupilas. Medo? Excitação? Ou só… calculismo adolescente em overdrive? Difícil de dizer. E, de novo, ligeiramente desinteressante. Mas a resposta dela, essa sim, podia ser reveladora. E o jogo, esse jogo cruel que a gente tinha iniciado, estava só começando a sério.

     A oportunidade estava lançada. A isca, cuidadosamente preparada e arremessada para as águas turvas da psique adolescente de Sierra Cavazza. Agora, era só esperar. Observar. Analisar a sua reação. Ver se ela mordia a isca, se engolia a linha, se se deixava fisgar pela minha crueldade calculista.

     No rosto dela, um turbilhão silencioso de emoções contidas. Confusão ainda presente, sim, mas agora misturada com algo mais… Intrigado? Desconfiança? Ou talvez, apenas talvez, um brilho tênue de… fascínio? Difícil de decidir. E, como sempre, ligeiramente desinteressante. Mas a dança das suas emoções, a luta interna por trás da máscara de controle, essa sim, começava a ter um certo apelo.

     O silêncio pairou entre nós, carregado de uma tensão quase palpável. Os segundos se arrastando lentamente, cada um deles um peso adicional na balança do poder. Eu, Argyle Dollan, no centro do jogo, controlando o ritmo, ditando as regras, definindo os limites da crueldade. E Sierra Cavazza, do outro lado, a jogadora iniciante, tentando decifrar minhas intenções, tentando antecipar os meus movimentos, tentando, inutilmente, recuperar o controle da situação.

     Finalmente, a resposta dela. Lenta, medida, calculada. Como tudo em Sierra Cavazza. A voz, ligeiramente mais baixa agora, quase sussurrando, mas carregada de uma intensidade fria que rivalizava com a minha própria. Quase.

     — Tarefas complicadas? — repetiu as minhas palavras, saboreando-as na língua, analisando-as em cada sílaba. A mente adolescente dela, trabalhando a todo vapor, tentando decifrar o enigma da minha “oportunidade”. Patético. Mas, ao mesmo tempo, ligeiramente… admirável. A teimosia juvenil, a recusa em ceder, a necessidade obsessiva de manter o controle… Quase… respeitável.

     Sustive o olhar dela, sem piscar, sem desviar. Deixei que os meus olhos gelados a avaliassem, a dissecassem, a penetrassem por baixo da máscara de controle adolescente. Deixei que sentisse o peso da minha indiferença cruel, a frieza calculista que me definia, que me separava do rebanho patético e previsível dos adolescentes normais.

     — Sim, Cavazza, — confirmei, a voz quase um sopro na penumbra silenciosa da biblioteca. Inclinei-me um pouco mais, diminuindo ainda mais a distância entre nós, invadindo o seu espaço pessoal de forma quase intimidante. — Tarefas que exigem… certas… qualidades. — pausa. Deixei que a palavra “qualidades” pairasse no ar, carregada de ambiguidade e de uma promessa velada de crueldade. — Qualidades que talvez você não possua.

     O micro-sorriso frio alargou-se ligeiramente, revelando uma faísca de puro divertimento cruel. O jogo, a ficar cada vez mais interessante. E Sierra Cavazza, a subir a fasquia, a aceitar o desafio, a entrar no meu mundo sombrio e calculista com uma audácia adolescente quase surpreendente.

     — Qualidades como…? — a pergunta dela, direta, incisiva, sem rodeios. Sierra Cavazza, incapaz de resistir à isca, incapaz de recuar do desafio, incapaz de abandonar a sua obsessão pelo controle. Previsível. Completamente previsível. Mas, ainda assim, ligeiramente satisfatório.

     Aguardei mais um instante, saboreando a sua expectativa tensa. Deixei que a curiosidade, a ambição, o desejo de provar o seu valor, a consumissem por dentro. E então, finalmente, revelei o próximo passo no meu jogo cruel. O próximo movimento na dança calculista que tínhamos acabado de iniciar. O próximo nível de crueldade.

     — Qualidades como… — comecei, a voz ainda baixa, monótona, confidencial, mas agora carregada com uma nova camada de veneno silencioso. — … a capacidade de ser… implacável.

     Implacável. A palavra ecoou na penumbra silenciosa da biblioteca, pairando entre nós como uma lâmina fria e afiada. Implacável. Uma qualidade que, aos olhos do rebanho adolescente patético e previsível, seria vista como um defeito, uma falha de caráter, uma monstruosidade. Mas, para mim, Argyle Dollan, implacabilidade era sinónimo de poder. Sinônimo de controle. Sinônimo de liberdade.

     Observei a reação de Sierra, atento à forma como a palavra a atingia. Implacável. Conseguia ver o conceito a processar-se na mente dela, a lógica fria a avaliar as implicações, a ambição adolescente a pesar os prós e os contras. Implacabilidade. Seria Sierra Cavazza capaz de ser implacável? Seria ela capaz de abandonar as amarras da moralidade adolescente patética e previsível, de mergulhar nas profundezas geladas da crueldade calculista? A resposta, essa sim, poderia ser interessante.

     No rosto dela, uma máscara de concentração intensa. Os olhos fixos nos meus, analisando, avaliando, tentando decifrar o enigma da minha oferta. Implacabilidade. Seria essa a chave da “oportunidade”? Seria essa a “tarefa complicada” que eu tinha em mente para Sierra Cavazza? A mente adolescente dela, a fervilhar de perguntas silenciosas, a tentar antecipar os meus movimentos, a tentar, inutilmente, recuperar o controle do jogo.

     Finalmente, a voz dela, lenta, cautelosa, calculada. Como sempre. Mas agora, com uma nova nuance. Um toque quase imperceptível de… curiosidade genuína. Quase.

     — Implacável… em que sentido, Dollan? — a pergunta, direta, incisiva, como um bisturi afiado a cortar o silêncio denso da biblioteca. Sierra Cavazza, finalmente disposta a jogar o jogo a sério. A jogar o meu jogo cruel.

     Sustive o olhar dela, mantendo o micro-sorriso frio a pairar nos meus lábios. Deixei que a curiosidade dela fervilhasse, que a ambição adolescente se acendesse, que a necessidade de provar o seu valor a consumisse por dentro. Saboreei o momento, o instante preciso em que Sierra Cavazza, a rainha do controlo adolescente, se entregava, voluntariamente, ao meu jogo cruel.

     — Implacável… — repeti a palavra, saboreando-a novamente na língua, deixando que o veneno da sua crueldade se espalhasse pela penumbra silenciosa da biblioteca. Inclinei-me ainda mais para perto, o meu rosto agora a centímetros do dela, o meu hálito frio a roçar-lhe a pele pálida. — …no sentido de não ter escrúpulos, Cavazza — sussurrei, a voz quase inaudível, mas carregada de uma promessa velada e cruel. — No sentido de… fazer o que for preciso... — pausa. Deixei que a implicação pairasse no ar, que ela preenchesse os espaços vazios com a sua própria imaginação adolescente e distorcida. — Para… atingir os seus objetivos — o micro-sorriso alargou-se ligeiramente mais, revelando uma fagulha de puro divertimento cruel. — Mesmo que isso signifique ser definitivamente cruel.

     Aguardei a reação dela, ansioso para ver se Sierra Cavazza, a adolescente controladora e calculista, iria morder a isca cruel que eu tinha preparado para ela. O jogo, definitivamente, a entrar numa nova fase. Numa fase mais… interessante. Numa fase mais… cruel. Numa fase definitivamente Argyle Dollan.

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