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Capítulo 23

Adicionando a mídia aqui no capítulo, pois não consegui adicionar lá em cima. :) Espero que gostem da música, tem tudo a ver com o Rick! <3

***

— Oi, Rick. — disse ela, assim que abri a porta do quarto lentamente.

Seus cabelos estavam soltos com alguns fios bagunçados, dando um leve tom de naturalidade ao seu rosto. Um aroma floral exalava de sua pele e inundava completamente os meus sentidos.
— Posso entrar? — Perguntou. Percebi que estava mais séria que o normal, tinha quase certeza de que algo havia acontecido.
— Claro. Precisava mesmo conversar com você. — Falei.
Dei espaço para ela, que logo entrou, sentando-se ao meu lado no sofá.
— É, você tem razão... — iniciou — Acho que você ainda tem curiosidades em relação ao acidente. Mas estou aqui porque tenho que te contar algo muito importante, antes de ir embora. — falou, direta.
Mas como assim ela iria embora? Esperava que ela quisesse ficar sozinha por um tempo depois de tudo o que houve, mas não que quisesse ir embora de fato.
— Você vai embora? Vai sair da cidade?
— Bom, quero que escute o que tenho para te falar primeiro. — insistiu, séria — É sobre a sua mãe.

Engoli minhas próximas palavras. Mas o que ela poderia falar de tão importante sobre a minha mãe?
— Preciso que seja forte para ouvir o que tenho a dizer, sei de tudo que já passou mas eu não posso mais esconder isso... — fechou os olhos e respirou fundo, abrindo-os lentamente em seguida. — Não posso ir embora sem que saiba do que sei.
— Por favor, não me assuste! Do que está falando?

Seus olhos castanhos que sempre me passavam tanta serenidade, dessa vez, estavam amedrontados.
— O Richard... — Ela iniciou, então respirou fundo novamente e encarou  meus olhos — Ele me contou a verdade sobre a morte da sua mãe... bem, quase toda a verdade.
— Espera aí, ele teve algo a ver com isso, não é? — Conclui, sentindo meu corpo inteiro sendo invadido por uma corrente de desespero e raiva instantaneamente.
— Apenas escute, por favor. — pediu.

Engoli em seco e assenti, nervoso.
— O seu pai teve a ver sim. — Confessou. — Mas ele quase jurou que não a matou, Rick. Ele forjou um assalto para tentar matar o homem que, segundo seu pai, era amante da sua mãe. Mas sua mãe acabou se jogando na frente dele e o salvou.
— Eu não posso acreditar nisso, a minha mãe não faria isso. Ela não faria. — falei, sucinto.
— Eu sinto muito...
— Como pode ter certeza disso? — a interrompi — Como pode afirmar que ela o traiu?
— Tenho uma testemunha de onde consegui muitas informações. Eu só quero te ajudar e não acho que sua mãe era a única errada nessa história Rick, eu não a culpo pelo que fez. Sei que nada justifica o que Richard fez, mas agora também sei que ele precisava mesmo de ajuda, entende?
— Não há provas de que isso seja verdade, nem de que esse homem seja amante da minha mãe, não é? — perguntei, meu corpo tremendo diante aquelas revelações - Me diz... quem é essa tal testemunha?
— Richard não seria burro ao ponto de matar acidentalmente sua mãe e deixar o homem que estava com ela vivo. Ele não contou nada à respeito dele, mas o homem que sobreviveu aquele acidente, o que estava em coma no hospital, lembra...? Ele estava lá no dia que sua mãe faleceu, foi contratado para ser detetive do seu pai e me contou coisas que esclarecem tudo. Exatamente tudo. — Explicou, com plena convicção.
— Ele acordou? Porque você não me contou nada? Eu precisava saber disso, Lana!
— Desculpe-me, mas eu tinha que tentar convencê-lo primeiro e queria ter certeza do que dizia. Durante essas semanas, eu estive investigando tudo junto à Polícia. Precisava ter certeza de tudo, antes de te contar. — Explicou.
— E o que ele disse?

Ela respirou fundo, antes de continuar:
— Ele matou o amante da sua mãe. Confirmou toda a história... foi ele quem investigou o envolvimento dela com esse homem e ganhou um bom dinheiro por isso.

Eu não podia acreditar nisso. Mas no que raios minha vida havia se transformado? Minha mãe era havia traído o meu pai e ele era um louco, inseguro e assassino. Entretanto, embora eu soubesse tudo o que ele fez, sua imagem não era a mesma depois de saber toda a verdade. Richard não era o monstro que pensava que fosse, era um doente. Meu pai estava doente, e embora soubesse de todos os seus erros, eu não podia deixar de tentar compreendê-lo, me colocar em seu lugar. E naquele momento, depois de tudo que descobri, toda a raiva que tinha dele havia se transformado em pena. Eu tinha pena da pessoa que o meu pai, o qual tanto admirava antes de tudo acontecer, havia se tornado.

Lembro-me como tudo era antes da minha mãe morrer. Aquele homem que tentou me matar, não era o mesmo gentil e carinhoso de antes. Ele a amava, mas o amor que ele sentia não foi capaz de mantê-la ao seu lado. Richard não foi suficiente para ela e isso, com o passar do tempo, foi o matando por dentro.

Estava confuso. Embora tentasse encontrar algum motivo para que minha mãe tivesse o traído, não conseguia encontrar. Saber que o que ela fez foi a causa para tudo que aconteceu, era demais para mim. Entretanto, eu não conseguia culpá-la, e nem poderia. Não sabia o que se passava na minha mente ao certo, mas poderia denominar como uma confusão de sentimentos incapazes de se decifrar.

— Eu... sinto muito. Você precisava saber disso. — falou, segurando minha mão — Escute Rick, não a julgue. Ela pode ter tido os motivos dela e... eu não sei mais o que te falar.
— Tudo bem. — falei, forçando-me a não chorar — Eu apenas estou confuso com tudo isso, entende? Não sei como minha vida pode ter ficado desse jeito, eu simplesmente... não entendo.

Ela me encarou, seus olhos castanhos com uma lágrima prestes a escorrer por seu rosto.
— Você precisa ser forte... Precisa seguir em frente, você está aqui. — falou.

Permanecemos em silêncio, minutos que pareceram uma eternidade.
— Para onde você vai? — Perguntei, de repente — Você não pode ir embora, Lana. Por favor, só promete que não vai embora.
— Vou sair da Cidade. — Falou, limpando as lágrimas que já rolavam por suas bochechas — Soube de uma proposta de emprego para minha área em São Paulo. Quero recomeçar minha vida e acho que você deveria fazer o mesmo. Eu sei que é difícil, mas você precisa. Nós precisamos.
— Por favor, não vai embora. — Repeti. Meu coração não suportaria perdê-la. Eu poderia passar a vida inteira sem tocá-la, mas não suportaria ficar longe dela outra vez.

Ela me olhou com tristeza, mas continuou:
— Eu sei que se sente sozinho, mas você tem que seguir em frente, tem que viver a sua vida.
— Você prometeu que nunca iria embora, Lana. Eu preciso de você e eu... Eu te amo.

As palavras saíram da minha boca quase que involuntariamente, porém, ela pareceu não compreender o que realmente queriam dizer.
— Também te considero muito Rick, mas acho que...
— Não, eu acho que você não entendeu. — a interrompi, na vã tentativa de que ela entendesse meus sentimentos — Eu amo você Lana. E não é capricho de adolescente, gratidão ao qualquer outra coisa. Eu amo você, preciso ter você ao meu lado, entende?

Ela levantou de súbito. Seu rosto com uma expressão esquisita e indecifrável.
— Eu já estava de saída, preciso ir embora.
— Você escutou o que disse? — perguntei, frustado. — Eu amo você. Meu coração foi seu desde o dia em que te conheci e esse sentimento cresceu junto comigo, a cada dia que convivemos juntos.
— Por favor, você está confundindo as coisas... isso é loucura! — falou.
— Por que loucura? Tentei fazer você entender o que eu sentia sem usar palavras durante todo esse tempo, mas você não percebeu. — Respirei, contendo meu nervosismo — Mas agora estou aqui para te dizer isso. Não posso mais esconder meus sentimentos, preciso que saiba o que sinto por você e que é verdadeiro. Você não acredita em mim, é isso?
— Eu preciso ir embora. — Repetiu — Por favor Rick, não fale mais besteiras.
— Então você acha que tudo o que sinto, tudo o que fiz por você não passa de uma besteira?
— Você apenas está confundindo os seus sentimentos. — Suspirou  — Acha que só porque me salvou aquele dia e porque diz me amar, vou te corresponder da mesma forma? Sabe que gosto muito de você, mas não é como você pensa, Rick. Eu amei muito o seu pai e me dediquei a vocês dois durante muito tempo em nome desse amor. Não posso simplesmente esquecer tudo e aceitar a loucura que está me dizendo.

Aquelas palavras foram o suficiente para me destruir por dentro, mas eu não podia esconder mais o que sentia. E, embora soubesse que poderia me machucar, eu precisava correr o risco.
— Eu não te obriguei a aceitar nada, Lana. — falei, aproximando-me dela — Só quero que acredite em mim, que entenda o que sinto.
— Eu preciso ir... se cuida. — falou, seus olhos com uma expressão triste.
— Lana, espere... — falei, segurando sua mão, suplicando para que não fosse embora.

Porém, ela se foi. E embora eu quisesse, sabia que não adiantaria mais ir atrás dela. Só não sabia que dessa vez, ela iria definitivamente. Naquele mesmo dia, ela foi embora da Cidade e eu não a vi mais.

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Eu sei gente, o capitulo foi tenso...
mas não me matem, plys!
Espero vocês no próximo...
ainda tem muita coisa por vir em?
Aguardem!

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