Capítulo 14
Dedicado a Line_Weasley
Quando percebemos o ocorrido, paramos o carro de imediato. Lana desceu do mesmo com as duas mãos sob face, apavorada.
— Meu Deus... isso não está acontecendo! — dizia, seu rosto com uma expressão desesperada.
— Calma, eu vou ligar para a polícia. — falei, a fim de amenizar a situação.
Ela assentiu e sentou no meio fio da estrada, onde permaneceu, chorando compulsivamente. Era difícil vê-la naquele estado, eu sabia o quanto se sentia sozinha, em como apostou todas as suas esperanças em uma nova vida ao lado da tia. Podia imaginar a grande dor que consumia seu coração e prometi a mim mesmo que jamais a deixaria.
Logo após informar o ocorrido à polícia, sentei ao seu lado e a abracei, afagando seus cabelos.
— Vai ficar tudo bem. — falei, acalmando-a — Você está bem, nós conseguimos.
Ela olhou para mim, seus olhos vermelhos de tanto chorar.
— Você salvou a minha vida, Rick. - continuou a chorar — Se arriscou por mim... por que fez isso?
Aquela pergunta me pegou de surpresa. O que responderia? Queria dizer que a amava, que fiz tudo aquilo porque não poderia perdê-la, mas não era o mais conveniente diante aquela situação.
— Eu não podia deixar você sozinha. — falei.
— Mas você poderia ter morrido!
— Mas eu não morri, você não morreu. Não me arrependo do que fiz, Lana. Nós estamos aqui agora e é isso que importa.
_ Obrigada... — respondeu.
— Não precisa me agradecer, eu precisava fazer alguma coisa e não podia te deixar ali sozinha.
— Sabe... uma coisa eu não entendo. — comentou, de repente.
— O que? — perguntei.
— Se aqueles homens queriam me matar, porque eles não fizeram isso de imediato em vez de matar a minha tia? — dizia, aos prantos — Eu não aceito isso!
— Não sei, Lana. Talvez eles não quisessem te matar. Ou talvez, só fizeram aquilo por pura crueldade...
— Mesmo pensando assim, algo ainda não faz sentido, Rick…
— Eu sei... penso da mesma forma. — respondi.
A polícia chegou vinte minutos depois com uma ambulância. Fomos ao hospital verificar se havia quebrado alguma coisa. O médico nos receitou alguns medicamentos e por sorte, estava tudo bem conosco.
***
Suspeitava que Richard tivesse alguma coisa a ver com tudo aquilo. Afinal, ele foi até a minha casa procurar por Lana, disse que a encontraria onde quer que fosse, me ameaçou e eu sabia bem do que era capaz de fazer. Todas as pistas levavam a ele. Pensei até que fosse um dos homens por trás daquelas máscaras, entretanto, não era.
A polícia identificou quem eram os homens e nos informou a identidade dos assassinos, os quais não conhecíamos. Um deles havia falecido, outro, se encontrava em estado grave. Todo esse mistério é o que mais me intriga.
Uma coisa eu não compreendia, por qual motivo dois desconhecidos tentaram algo contra Lana? Se não eram assaltantes e não levaram nada da casa, porque estavam ali justamente por ela? Teriam algum envolvimento com ela ou com sua tia, talvez? Afinal, eles mataram Layla, fariam o mesmo com ela se eu não tivesse feito nada. Ou será que não fariam? Essas dúvidas não paravam de rondar a minha mente, temia que a de Lana também. Porém, ela estava visivelmente abalada e eu não queria angústia-la ainda mais com questionamentos.
O corpo de Layla Galvão foi levado de sua casa para o necrotério, no dia seguinte, seria o enterro. A mulher que há pouco tempo havia sido tão gentil comigo, já não existia mais. Era algo estranho. A morte é algo incompreensível. Apesar de conversar pouco com ela, percebi que era uma boa mulher, não merecia uma morte tão brutal.
Prontamente, me ofereci para ajudar Lana no que precisasse.
Ela se encontrava no sofá daquela grande casa, calada, sem dizer uma única palavra. Olhava ao redor da sala com uma feição angustiante. Parecia recordar de alguma coisa, talvez boas lembranças da tia que à pouco, estava ao seu lado.
— Se importa de ficar aqui comigo até amanhã? — perguntou, quebrando o silêncio de repente. Uma angústia profunda nos olhos, sentia-me triste ao vê-la naquele estado. Era como se sentisse toda a dor que sentia naquele momento, como se tudo relacionado a ela estivesse ligado a mim.
— Claro que não. Eu prometi te ajudar, lembra? — ela assentiu, forçando um sorriso.
— Eu não sei como te agradecer, Ricardo. - respondeu.
— Você não precisa me agradecer... — falei, segurando sua mão — eu vou te ajudar no que precisar e também posso pedir a ajuda da tia da Alice, tenho certeza que ela irá nos ajudar.
— Eu não sei o que fazer, Rick... Eu não quero... Não quero, incomodar ninguém.
— Calma, Lana. Eu sei que é difícil, mas não fica assim... — falei, tentando amenizar a sua tristeza, o que era em vão — Você não incomoda ninguém, somos seus amigos.
— Ela era a minha única família. A única pessoa que me restava desse mundo... estou sozinha, entende? — dizia, as mãos sob a face enquanto lágrimas desciam sem parar de seus olhos — Eu amo a minha tia, isso não pode está acontecendo, meu Deus...
— Você tem que entender que não está sozinha, existem pessoas que se preocupam com você. Não fica assim, por favor.
Lana estava sofrendo muito. Eu sabia o quanto Layla fora importante em sua vida, pois a ajudou quando mais precisou. Não sabia mais o que dizer naquele momento, então permaneci calado, tentando acalmá-la, escutando tudo que dizia com atenção. Senti uma dor pungente em meu coração, só queria que não estivesse passando por tudo aquilo. Não queria que sofresse.
— Isso tudo é minha culpa. — falou, de repente.
— Claro que não Lana, você não tem culpa de nada, não diga isso.
— Apesar de não entender porque não me mataram, eu sei que vieram até aqui com essa intenção, Rick. Eu coloquei a vida da minha tia em risco. — falou, com uma convicção um tanto intrigante.
— Mas você não tinha como saber disso, não teve culpa do que aconteceu. Pelo amor de Deus, não se culpe!
— Eu tenho certeza que tenho toda a culpa. — falou, com uma expressão de tristeza estampada em seu rosto.
— Lana, você conhecia alguns daqueles homens? — perguntei, repleto de curiosidade.
— Não... — suspirou — Mas eu suspeito quem pode ter sido o mandante desse crime. E você também sabe quem ele é.
— Mandante?
— Sim, Rick. — Tomou fôlego — Tenho quase certeza... Foi o Richard quem mandou que me matassem.
_____________
OI GALERA!
E aí, será mesmo que o Richard tem a ver com tudo isso? E se tem, será que ele realmente tinha a intenção de matar a Lana? Deixem suas opiniões, o que acham que o nosso vilão é capaz de fazer?
Espero que tenham gostado do capítulo pessoal, não deixem de colaborar deixando sua opinião para que essa história venha a estar da melhor forma para vocês!
* Confiram a trilha sonora anexada <3
Beijos, Karol :)
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