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Capítulo 1


                 Talvez possa parecer que não, já que quando somos adolescentes queremos provar que somos maduros o suficiente para tomar decisões, mas a maioria de nós,  quando estamos em transição à fase adulta e decidimos fazer algo que gostamos, queremos o apoio da nossa família. E a verdade é que muitas vezes esse apoio não vem, pelos simples fato dos nossos pais ou familiares idealizarem algo sobre nós sem nem ao menos saber o que queremos direito. Meu pai é exatamente esse tipo de pessoa.

"Não é mais que a sua obrigação"!

                Foi o que ele disse quando contei que tinha sido aprovado na primeira chamada da faculdade, no curso de letras. Não que eu me importe tanto assim com o que ele pensa ou não de mim, já que faz muito tempo que nossa relação não é mais a mesma, mas pensei que receberia pelo menos uns parabéns, mas não, nem isso. De certa forma eu sabia que ele nunca me apoiaria em fazer algo que gosto, pois como ele sempre diz: “não é o tipo de coisa que ele faria”. Acontece que não era nenhum pouco parecido com ele e isso parecia o irritar a todo instante.

— Você deveria ser menos frio com seu filho, Richard. — Ouvi quando Lana falava — Ele só quer o seu apoio.
           Lana é minha madrasta, uma ótima pessoa por sinal. Cuidou de mim desde os meus seis anos e sempre esteve ao meu lado quando precisei. Apesar de ser muito jovem quando casou com meu pai, assumiu uma grande responsabilidade e eu a admiro muito por isso.
— Isso é obrigação dele. Já que mora nesta casa, tem que pelo menos estudar e trabalhar para ajudar nas despesas — comentou meu pai, em alto e bom som. — Além do mais, qualquer um passaria nesse tipo de curso que ele escolheu.
— Richard, você é o pai dele. Não deve tratá-lo indiferente desse jeito.
— Por favor... vamos deixar de lorotas. Você e eu sabemos que eu dei tudo para esse garoto ser alguém na vida, sempre paguei a melhor escola, incentivei-o a ser um homem de verdade, um advogado de sucesso. O que me diz disso?
— Digo que você tem um pensamento retrógrado e que está equivocado se pensa que o seu filho tem que ser sua imagem e semelhança. Você não é Jesus.

                 Não estava naquele ambiente, mas daria tudo para ser uma mosquinha e ver a cara do meu pai com o que Lana tinha falado. Eles havia se separado há algum tempo, mas por insistência do meu pai, acabaram voltando, porém, essa volta não parecia estar dando certo. Posso afirmar que se a Lana não gostasse do meu pai de verdade, nunca teria voltado a morar nessa casa. Ninguém aguenta o mal humor dele, bom, pelo menos eu não. Não era tão fácil lidar com meu pai, e por mais que tentasse disfarçar, era visível que ela fazia um esforço enorme para tentar amenizar a situação.
               Que outra mulher trancaria a faculdade para assumir responsabilidades e ajudar um homem que pouco conhece a cuidar de um garoto, sendo tão jovem? Lana sacrificou todo o seu futuro por nós e depois de tudo,  apesar da separação, ela ainda estava ali, lutando para que fossemos uma família de verdade. Não é qualquer pessoa que faria isso por outra. Nem mesmo eu sei se faria isso por alguém como meu pai, mesmo se amasse.
                Estava no quarto lendo um livro, enquanto vez ou outra, olhava para o teto branco para refletir. Era sempre o que costumava fazer aos fins de semana. Quando não estava escrevendo coisas aleatórias, — que na maioria das vezes eram poesias —, costumava ler e analisar obras de outros autores. Não que não gostasse de sair de casa, porém, quando estava ali fazendo coisas que me trazem tanta tranquilidade, conseguia esquecer-me de tudo e refletir comigo mesmo. Ler poesias e poemas sempre foi meu passatempo favorito, principalmente criá-las..
               Algum tempo depois, ouvi duas batidas na porta, era Lana. Ela sempre fazia isso quando queria entrar.
— Pode entrar – respondi.
               Ela entrou discretamente e sentou em uma cadeira ao meu lado. Lana é uma mulher linda. Com seus cabelos castanhos e olhos quase no mesmo tom, me lembrava por muitas vezes a minha mãe, sendo mais jovem.
— Desculpe o seu pai, ele não está de bom humor hoje – comentou.
— Ele não está de bom humor nunca, né? – digo, tirando a minha atenção do livro por um momento.
— Temos que ter paciência, sabe o quanto ele ainda sofre com o que aconteceu.
— Mas não são motivos para agir como ele age. Sinceramente, não sei como ainda está aqui. Ele não merece todo o esforço que você fez, nem muito menos ter voltado a esta casa.
— Amo seu pai e se estou aqui é porque vocês são minha família. Mesmo que ele ainda goste da Raquel, mesmo que ainda não tenha superado tudo o que houve, eu não vou desistir de vocês.
Ele respirou fundo. Não concordava com o pensamento de Lana, não acreditava que tudo ia ficar bem.
— Eu sei, mas ninguém pode se prender a um passado assim. Ele se casou com você, não casou? Se fosse para viver amargurado, nem deveria ter casado.
— Não diga isso. Seu pai sofre com tudo o que aconteceu, tente compreender. – Suspirou, os olhos castanhos marejados e brilhantes – Talvez ainda se culpe por nunca terem encontrado quem matou sua mãe.
— Sabe, eu sofro todos os dias com isso... você não tem noção. Mesmo assim não ajo como ele.
— Cada pessoa tem seu jeito de reagir as situações e sei que esse é o jeito do seu pai. Ele nunca me falou sobre sua mãe, por isso sei o quanto ainda dói.
— Foram várias pessoas investigadas, porém nenhuma delas foi presa, por falta de provas — comentei de repente, tirando o foco da conversa — É uma injustiça.
— Imagino como se sente.
— É um mistério tudo isso. — Continuei. — Tudo que sabemos é que a impressão digital encontrada no local do assalto era de um homem que até hoje não foi encontrado.
— É muito estranho mesmo. Mas precisamos acreditar que isso ainda vai se resolver.
— É o que mais queria, mas já se passaram doze anos. Se durante todo esse tempo nunca acharam o culpado, porque encontrariam agora?
— Tudo sem sua hora certa para acontecer, e se não acontecer, você não pode parar sua vida em função disso.
              Por muitas vezes, Lana era mais que uma madrasta, era uma amiga. Não a considero propriamente uma mãe, pois jamais alguém substituirá o lugar da minha, mas alguém com quem posso contar sempre que preciso.
— Ele nunca me contou nada sobre a minha mãe, nunca se abriu comigo. Tudo que soube foi por parte dos meus avós paternos, antes de eles morrerem.
— Dê um tempo para seu pai, tente se aproximar dele – sugeriu.
— Tempo? Nem sei qual foi a última conversa que tivemos! Eu tento me aproximar, mas não sei, ele parece me evitar a todo instante.
— Apenas tente Ricardo – insistiu, olhando-me nos olhos. Ela queria que tudo mudasse tanto quanto eu, ainda tinha esperanças. E pensando bem, não custava tentar de novo.
— Ainda está escrevendo poesias? — perguntou, mudando o foco do assunto.
— Sim, quer ver a última que escrevi?
— Que milagre você deixar eu ver! Mas é claro que quero.
— Essa você pode, até que ficou legal.

            Lana pegou o caderno e sorriu, ao ler os pequenos últimos versos que eu havia criado.

Não posso mudar o passado
Nem sei o que será do futuro
Mas o presente é o seu sorriso
No final desse dia escuro

— Eu sei, ficou um pouco clichê demais. Mas gostei.
— Está ótimo! — disse ela, lançando um sorrisinho para mim. — Quem foi a inspiração, heim?
— Na verdade, acho que ninguém. Apenas saiu.
— Para algo que apenas saiu do nada, está perfeito! — falou, empolgada. — Parabéns, Rick. Para aquele menininho que criava versos sem sentido, você está excelente.
               Sorri com aquele comentário. Era bom saber que alguém gostava do que eu fazia, mesmo que achasse algo bobo.

***

Lá estava ele, na sala, lendo um jornal qualquer, distraído. Foi então que vi o momento perfeito para tentar conversar.

— Posso sentar aqui, pai?
— Já está aqui – respondeu, ríspido.
Sentei discretamente, ignorando sua rispidez e depois de alguns minutos, quebrei o silêncio.
— Podemos conversar?
— Sobre? – perguntou, sem tirar os olhos do jornal. — Não me diga que finalmente criou juizo e mudou de ideia sobre aquele curso que iria fazer.
— Não, eu não mudei de ideia.
— E o quer falar, então?
— Não sei, qualquer coisa... – Suspirei – A mamãe, por exemplo.
          Nesse momento seu rosto antes distraído mudou completamente. Ele levantou-se bruscamente e olhou para mim, jogando o jornal sobre a mesa de centro.
— Já disse que não quero falar sobre sua mãe, Ricardo! — disse, seu tom de voz se alterava a cada palavra.
— Pai, eu sei que é difícil, mas você tem que entender que sou seu filho e que estou do seu lado, Lana e eu estamos com você e...
— Chega de falar besteiras, você não é mais nem um menino para ficar aqui tentando chamar minha atenção! — interrompeu-me — Procure algo de útil para fazer!
— Está bem, mas olha... não vale a pena sofrer assim, temos que estar juntos, é o que a minha mãe gostaria que acontecesse. Nós somos uma família.
— Não quero que toque mais nesse assunto, já chega!
—Tudo bem, calma... vamos conversar sobre outra coisa, desculpa. — Digo. Por mais que tentasse manter a calma, minha paciência estava por um fio.
— Saí da minha frente agora garoto, AGORA! Vá pra o seu quarto! — ordenou, alterado.
— Está bem... — digo e paro em sua frente, observando-o sério. — Mas não estarei do seu lado quando precisar de mim. E não vou para o meu quarto, não preciso mais obedecer a você.

             Dito isso, ele se levantou e me deu as costas. Mais uma vez.

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Olá querido leitor!  
O que estão achando do livro? Comentem ai para que eu possa saber! E se você gostou, não esqueça da estrelinha!

Este foi o 1˚ capítulo, mas fiquem por ai, ainda tem muito mais!

Beijão e até logo :)

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