Aquele da Shortfic, parte final
Charlotte não se lembrava de ter se sentido tão bem assim na vida dela. Ela se sente leve, as borboletas no estômago dela dançam felizes e ela sorri para tudo. Para fechar sua noite, ela só precisava daquela lata de brigadeiro que Henry tinha comprado para ela dias atrás. Um outro sorriso se abriu no rosto dela só em pensar nele. Ela se sentia boba, mas era uma sensação tão boa de sentir que ela nem se importava.
Era uma pena que também fosse uma sensação frágil...
Que se despedaçou assim que ela puxou a lata da sacola e um papel dobrado veio junto. A princípio, achava que era apenas a nota fiscal, mas o papel era rosa e tinha apenas um número e um nome.
- Rebeca...- Ela murmurou, sentindo a decepção se alojar dentro de si e matar as borboletas que rodavam antes.
Sua campainha tocou antes ela pudesse assemelhar mais alguma coisa e com o olhar vago ela abriu a porta.
Era ele, droga.
- Oi.- Ele sorriu, inconsciente do que o esperava.
- Realmente, precisamos conversar.
E lá se vai o sorriso do rosto dele.
- O que aconteceu?
- O que eu sou pra você?
- O que?
- Henry, eu te disse...- Ela se sentia estúpida. Estúpida por ter se declarado, por ter dispensado Jack e mais estúpida ainda por ter se apaixonado por Henry, que aparentemente só queria "se divertir" com ela.- Eu não sou um objeto descartável, droga! Henry, se você só queria ficar comigo, porque não me disse antes?!
- Charlotte, do que você está falando?!- Henry estava confuso e assustado, sem a mínima ideia do que tinha feito.
- Dessa droga aqui!- Ela o mostrou o papel e ele resmungou.
Ele nem tinha visto a hora que aquela atendente tinha posto aquilo na sacola, mas que raiva!
A cacheada a sua frente mantinha a cabeça baixa, pensando melhor no que havia acabado de descobrir.
- Charlotte, isso não sig-
- Isso não importa.- Ela declara de repente o surpreendendo pela calma de sua voz.
- Não?
- Não. Nós não tínhamos nada. Nós nem temos nada, só nos beijamos. Isso não me dá o direito de ficar brava com você.
- Char, nós...
- Henry, eu quero ficar sozinha.
- Por favor me ouve!
- Henry.- Ela o chama de forma tão séria que ele se cala instantaneamente.- Esqueça o que eu disse a você mais cedo, esqueça que nos beijamos.
- Não! Char, por favor...
- Eu preciso pensar, Henry!- Ela esbraveja, soando ainda mais alto na casa silenciosa.- Estou de cabeça quente e nada do que você falar vai ajudar agora. Por favor, vá embora.
Ele assente desolado.
- Você não pode dizer que não temos nada, Charlotte.- Henry diz, olhando intensamente em sua direção antes de fechar a porta.
Pode até ser que ela não possa dizer isso, mas eles não falaram sobre o que eles eram e aquele pedacinho de papel deixava claro que eles não estavam no mesmo "nível".
O sentimento que antes a fez se sentir bem, agora a fazia se sentir idiota. Obviamente, ela era a única apaixonada enquanto Henry no máximo a achava bonita.
Droga, ela sempre soube disso, sempre soube que ele não era o melhor em relacionamentos sérios, mas mesmo assim se deixou levar, mesmo assim permitiu seu coração de se apaixonar por ele...
O tempo passou rápido naquela noite e o dia seguinte como um borrão, num instante Henry fechara sua porta e no outro ela estava pronta para o baile da escola, para o qual sua mãe iria levá-la.
Ela nem se importava de chegar sozinha, o problema era ter que encontrá-lo.
Henry estava parado em seu carro, pensando se realmente valia a pena se torturar com um baile de escola. Poderia ir em outro lugar em que pudesse usar um smoking preto sem parecer um idiota... Mas então ele pensou nela. Em como ela pareceria linda e em como ele tinha que consertar as coisas para não enlouquecer. E isso foi motivação suficiente para descer de seu veículo e seguir rumo a festa repleta de adolescentes.
O convite em sua mão o permitia levar um acompanhante, mas ele não havia convidado ninguém. E ela era o motivo.
Attention, do Charlie Puth, podia ser escutada desde o lado de fora, onde um segurança contratado pela turma recebia e conferia os convites. Foi quando ele a viu. E como dizia a música, aquele vestido só podia ser carma.
Charlotte estava estonteante, o vestido abraçava todas as suas curvas e o bordado reluzia sobre qualquer luz. Henry soube naquele instante que só teria olhos para ela durante a noite toda.
A garota estava um pouco mais a frente, inconsciente de seu olhar, e concentrada na bolsa, que olhava com o rosto franzido.
Ele se perguntou o que havia de errado enquanto resolveu se aproximar.
- Droga! Não acredito que esqueci o convite, eu simplesmente não acredito!- Ela resmungou, caminhando para a lateral da calçada do prédio.
- Precisa de ajuda?- Uma voz rouca que ela conhecia bem indagou por cima de seu ombro.
Charlotte se perguntou como era possível que ele sempre aparecesse assim e logo depois tentou acalmar todos os sentimentos que tomaram conta dela. O coração acelerado, as mãos trêmulas, as borboletas... Foi tudo automático, ligado assim que a voz dele alcançou seus sentidos.
- A Piper comprou um convite ou...
- Veio de acompanhante, ela já está lá dentro. Por quê?
Claro que o destino o prenderia com ele.
- Eu esqueci meu convite em casa e a mamãe foi pro hospital, então estou sem o carro aqui também.
- Você pode entrar comigo, eu não trouxe ninguém.- Seu tom de voz é suave e ele tem um sorriso aberto estampando seu rosto.
Um sorriso que expressa sua felicidade pelo universo colaborando com ele.
- Não sei não, Henry...
- Qual é, Char. Que mal há nisso?
- Eu...- Ela pensa, mas nada bom vem a sua cabeça.- Não sei.
Ele alarga o sorriso em resposta, entrelaçando o braço dela no seu.
- Ótimo, então vamos.- Ele a puxa, sem dar escolha a ela e nem tempo para protestar, pois quando vê eles já estão recebendo as pulseiras de identificação, projetadas para garantir que se alguém precisasse sair não precisasse se preocupar em como voltar pra dentro.
- Obrigada.- Ela agradece quando entram, o olhando sem perceber seus braços ainda juntos.
Ele se inclina para mais perto dela, numa pergunta silenciosa do que ela havia falado. A música soava ainda mais alto lá dentro.
- Obrigada.- Ela repete, tão próximo a orelha do loiro que ele sente a respiração dela fazer cócegas em sua pele.
- Você podia me agradecer com uma dança...- Ele a olha nos olhos e de repente ela fica consciente do quão perto eles estão um do outro.
- Vou tentar achar a Piper.- Ela solta seu braço e escapa dali o mais rápido que consegue, caminhando entre o mar de jovens que dançam, riem ou tentam conversar.
O auditório estava repleto de luzes e o teto decorado com fitas, lembrando a ornamentação do baile da escola da Hawkins, na segunda temporada de Stranger Things. A diferença era que os tons de azul e roxo foram substituídos por vermelho e creme, criando um ambiente mais "caloroso".
A caçula dos Hart estava perto da pista de dança, rodeada de pessoas risonhas conversando animadamente. Charlotte se esforçou, mas não conseguia identificar ninguém da roda, então ela só cutucou o ombro da loira timidamente.
- Foi a melhor temporada, com certeza!- Ela exclamou antes de se virar para quem a chamara.- Char! Ei, gente! Está é Charlotte, a amiga minha de quem eu falei a vocês. A que é praticamente minha cunhada.
A cacheada deu uma cotovelada na amiga, que apenas riu.
- Oi, acho que não conheço nenhum de vocês...- Ela disse, se esforçando para ser simpática.
- Não, mas nós já te conhecíamos do grêmio estudantil. Você é fera nos debates.- Uma garota de cabelos pretos e olhos puxados comentou admirada.- Sou a Song, prazer. Esta é a Eloise, o moreno é o Kyle, ao lado dele temos o Luca e a de cabelo rosa é a Amy.
- É um prazer conhecer vocês, andam sempre juntos?
- Sim, somos algumas séries abaixo da sua.-Eloise explica.- O Luca é um ano mais velho e estuda com a Piper.
- Verdade?- Charlotte sorriu sugestivamente, lembrando-se de que Piper já havia mencionado esse garoto a ela antes.- Que interessante...
- E então, Char...- A loira começou e seu tom denunciava que ia se vingar pelo seu sorriso na direção dela e Luca.- Vi você entrando com o meu irmão...
- Você está namorando o Henry?- Amy pergunta, seus olhos brilhando de certa forma.
- Hã...- O rosto de Charlotte está quente e ela está confusa.- Não, eu nã-
- Vocês formariam um casal tão fofo!- Song comenta antes que ela pudesse terminar de responder.
Ela iria caçar Piper mais tarde.
- Vocês...
- Conhecem o Henry?- Kyle se pronuncia, a interrompendo.- Sim, essas loucas conhecem praticamente a escola inteira.
- Mas a escola inteira não nos conhece.- Luca completa.- Elas só gostam de observar as pessoas.
- Vocês falam como se fôssemos stalkers esquisitas.- Song cruza os braços, revirando os olhos.- Eu juro que não somos tão psicopatas assim.
- Tão?- Charlotte pergunta rindo.
- Nós só gostamos de ver a vida dos que estão no colegial!- Eloise defende.- Como... Forma de estudo e preparação para o futuro.
- Vocês observam como as pessoas agem pra saber como agir.- Charlotte conclui.
- Exato, vejam como ela é inteligente!- Aponta Amy, sorrindo para as amigas.- Devemos ser como ela.
- Vocês devem ser como vocês são.- Determina a Page, enquanto observa a loira ao seu lado trocar olhares com Luca pela milésima vez. Ela pensa em brincar dizendo algo como "E vocês precisam arranjar um quarto" mas resolve ficar calada e passar menos tempo com Ray, porque deve estar aprendendo muita besteira com ele.- E quem não gostar de vocês, estará sendo idiota.
- Você gostou da gente?- Eloise indaga, seus olhos brilhando como os de Amy instantes atrás.
- Claro.- Ela responde, tentando não rir de Piper sorrindo envergonhada para Luca.
- Vocês podem nos poupar disso e se beijarem logo?- Amy e Song exclamam juntas.
Então Charlotte não contém a gargalhada, e percebendo que ela não é a única, se sente feliz. A noite não havia sido ruim, afinal.
Porém ela estava apenas começando...
Luca e Piper venceram o constrangimento e continuaram ali, como se nada estivesse acontecendo e o grupo aceitou, conversando sobre inúmeros assuntos. Charlotte não queria, mas também não conseguia evitar pensar onde ele estava. E se tivesse achado alguma garota? Ela estremeceu com o pensamento. Ele não faria isso, faria? Ele estava flertando com ela quando ela chegou... Mas por outro lado, ela havia mandado ele esquecer que eles haviam tido algo e deixado ele sozinho logo na entrada do baile... Ela bem que merecia que ele estivesse com outra...
Droga.
Para melhorar sua situação, as músicas lentas começavam a tocar. O grupo de amigos parou de falar imediatamente. Era como se cada um estivesse pensando no que aconteceria, porque todos sabem que quando as batidas lentas começam, coisas importantes acontecem. Coisas boas ou ruins...
A voz de Luca é o que quebra o silêncio.
- Piper...- O coitadinho parecia um tomate maduro.- Você quer dançar?
- Achei que iria ter que pedir.- Ela sorriu e o puxou pela mão.
- É isso, galera.- Eloise observa seus dois amigos se afastando.- Eu vou atrás do meu crush, me desejem sorte.
- Boa sorte.- Kyle, Amy e Song entoam, Charlotte só consegue dizer "Boa" porque não estava prestando total atenção aos novos amigos. Seus olhos varriam o salão fervorosamente, e mesmo que ela não estivesse consciente desse fato, ela buscava por ele na multidão de alunos dançando, cada um em seu próprio mundo.
- E...- Song estende a palavra, observando a amiga falar com o garoto de quem ela estava afim.- Ele aceitou. A Eloise é tão sortuda, não é, Amy?
A adolescente se virou alegre, porém seu rosto se desmanchou numa expressão triste que nem Charlotte foi capaz de ignorar. A mais velha se virou a tempo de ver Kyle e Amy no meio de um beijo tímido, e então entendeu a situação. Song gostava de Kyle.
A Page havia desconfiado porque a menina sempre tentava introduzir o garoto aos assuntos, ria sempre que ele falava alguma coisa ou apenas o olhava com os olhinhos brilhantes.
- Você gosta dele a quanto tempo?
A de cabelos pretos pareceu ter levado um susto, arregalando seus olhos pequenos.
- Eu?- Ela riu, negando com a cabeça, e Charlotte se viu nela anos atrás, quando alguém perguntava se ela e Henry namoravam. Aquela era a mesma expressão que fazia.
- Tá tudo bem, Song. Se você admitir de uma vez tudo se resolve.
- Pra você é fácil falar, o garoto que você gosta passou a noite te olhando.
O queixo de Charlotte caiu.
- O que?!
- Você não viu que o Henry não tirou o olho de você? Meu Deus, eu pensei que você fosse desidratar do tanto que ele te secou.
A cacheada soltou uma risada nervosa, olhando ainda incrédula para a mais nova.
- Ele não fez isso.
(Negação é a melhor resposta.)
- Então olhe para trás e tenha sua resposta.- Ela ergueu as sobrancelhas de maneira presunçosa.
- Podemos voltar a falar sobre como você está triste porque gosta do Kyle?- Sugere, levando cada uma de suas fibras para não olhar para trás.
- Eu não gosto do Kyle!- Ela olha na direção dele e Amy juntos.- Eu pensava que não gostava...
- Eu também achava ridícula a ideia de gostar do Henry, mas eu...-Ela suspira e dá de ombros.- Simplesmente gosto. Não podemos controlar essas coisas, mas podemos controlar o que fazer sobre isso. A questão é, Song... O que você vai fazer sobre isso?
- O que você acha que eu deveria fazer?
- Eu acho que você devia se divertir hoje a noite e esquecer esses sentimentos até decidir o que o melhor a se fazer com eles.
- Eu gostei disso.- Ela sorri e olha por cima do ombro da nova amiga.- E eu acho que você devia mesmo se virar para trás, porque o Henry está vindo aí, Boa sorte!
Num instante a garota está sorrindo e no outro sumindo no mar de alunos. O que ela faria, Charlotte nem teve tempo de se perguntar antes que uma voz soprasse em seu ouvido:
- A senhorita ainda me deve uma dança.
Droga, ela deveria estar brava, mas tudo que conseguiu foi virar geléia com aquele tom de voz.
Charlotte finalmente se virou para trás e encontrou o olhar dele, tão escuro e hipnotizante que fez sua boca ficar seca.
- Não gosto dessa música.- Sinceramente, ela nem sabia que música estava tocando.
- Não tem problema, ela já passou da metade mesmo.- Ele se aproxima mais dela.- Alguma ideia de como passar o tempo?
O coração dela está tão acelerado que ela tem certeza que ele está ouvindo.
- Hum...- Ela força o cérebro a fazê-la dizer alguma coisa, porque não tem jeito dela deixar Henry brincar com ela assim.- Não, infelizmente.
(Negação é sempre a melhor resposta.)
Ela não sabe como, mas consegue dar um passo para trás, então volta a respirar normalmente, buscando uma rota de fuga com os olhos.
- Why.- Henry diz e ela o encara confusa.- A música...
E sim, lá estão os primeiros acordes da canção que ela conhece do início ao fim, lá está também a mão do loiro esticada em sua direção.
- Eu sei que você gosta dessa.- Declara, e ela olha para ele, suspirando antes de deixar que ele a leve para o meio do mar de alunos que dançam lentamente.
Eu conheço uma garota, ela é como uma maldição
Nós queremos um ao outro, mas ninguém quer assumir primeiro
Tantas noites tentando encontrar alguém novo
Elas não significam nada comparados com ela, e eu sei
Ele a puxou para mais perto, deslizando suas mãos pela cintura dela num aperto firme e suave que fez as borboletas do estômago de Charlotte revirarem. Timidamente ela passou os braços pelos ombros dele, movendo os pés ao som da música suave que entrava em seus ouvidos.
Quando as pessoas perguntam sobre nós, agora, nós só tentamos disfarçar
Eu não sei por que agimos como se isso não significasse nada
Eu queria poder te dizer que você é tudo que eu quero, sim
Seu coração acelera quando ele de repente começa a se inclinar em sua direção, e ela não sabe se sente alívio ou frustração por ele ter se aproximado apenas para falar em seu ouvido.
- Você é linda, sabia?
Ela fecha os olhos e deixa as palavras abraçarem seu coração, porém seu cérebro não deixa a oportunidade passar:
- Você disse isso para a tal Rebeca também?- Diz abrindo os olhos.
Ele volta a encará-la e franze levemente o rosto.
- Quem é Rebeca, Char?
- A garota do supermercado.- Ela o olha indignada, soltando suas mãos dele.- Você pega o número e nem se importa de lembrar o nome?
Ela tenta se virar pra sair, mas ela ainda a segura.
- Henry Hart, me solte.- Sua voz é baixa e com certeza perigosa, mas o loiro resolve arriscar mesmo assim.
- Você prometeu uma música e ainda estamos na metade... Charlotte, me deixa explicar o que aconteceu.
Ela revira os olhos.
- Você tem meia música.
Ele a segura mais perto e coloca os braços dela de volta sobre seus ombros.
- Quando eu saí do seu quarto no dia em que você e o pop-star terminaram, eu só pensava em fazer você sorrir de novo... Daí eu fui no supermercado e comprei aquelas coisas que eu levei pra sua casa. A atendente deu em cima de mim, como várias outras garotas já fizeram ou tentaram fazer, mas... Eu nunca liguei pra nenhuma delas, Char. No meu coração só tem você.
Charlotte olhava para a gravata do smoking dele, sem conseguir encarar seus olhos.
- Por que você não me disse nada?
- Como eu poderia? Naquele dia, eu só queria fazer você melhorar e depois eu não vi nenhuma oportunidade pra te contar algo assim, eu nem teria motivo!
- Não teria motivo?
- Não... Eu pensava que você gostava do Swagger.
- Mas eu beijei você!
- E foi tudo em que eu consegui pensar desde então.- Ele assegurou com um sorriso.- Daí no outro dia você me mostra aquele número que eu nem sabia que estava ali e tudo desmorona. Eu só tentei fazer o que você disse, Charlotte. Mas eu não consigo.- O indicador dele levanta o queixo dela.- Você e eu... É tudo que eu sempre quis, desde que eu descobri que sou apaixonado por você. Me diz, como eu poderia gostar de outra garota? Como eu poderia querer alguém que não fosse você? Não tem como. Não tem.
- Você é apaixonado por mim?
- Louca e completamente.
Ele sorri e ela acompanha, ao mesmo tempo que a música acaba e Shawn Mendes finaliza as últimas notas.
Os dois param no meio do salão. Henry põe as mãos no bolso e sorri timidamente para ela, que o olha sem palavras.
- Bom... Você pagou sua dança, milady. O que vai fazer agora?
Ela sorri e morde o lábio inferior, enquanto sua audição é invadida pelos primeiros toques de "Adore you", música do cantor Harry Styles. Sua mão se estende na direção dele, num convite silencioso que ele aceita de imediato. Dessa vez é ela quem o puxa, um sorrindo travesso brincando nos lábios.
Ando em seu paraíso de arco-íris (paraíso)
Num estado de espírito de batom de morango (estado de espírito)
Eu fico tão perdido dentro dos seus olhos
Vários dos convidados estão pulando e dançando animadamente, mas ninguém podia se comparar a animação daqueles dois. Henry não sorria, ele gargalhava enquanto Charlotte segurava suas mãos e balançava os braços dos dois para frente e para trás, depois os soltava apenas para chacoalhar seus ombros se inclinando na direção dele e depois recuando (movimento que ele também foi obrigado a fazer para acompanhá-la.). Mas com certeza, o momento favorito do Hart mais velho foi o refrão da música, em que ele segurava a mão dela e a girava pela pista. Para ele só existia Charlotte ali, como era em todo lugar em que ele estivesse. Havia certas coisas nela que ele sabia que ia amar para sempre, não importava o que o tempo fosse lhe dizer. Uma era o sorriso contagiante dela, que era tão brilhante que deixava o sol com inveja. Ser o motivo daquele sorriso aquecia o coração de Henry. Também tinha seu olhar, seus movimentos, seu cabelo... Tudo. Ela.
Você não precisa dizer que me ama
Você não precisa dizer nada
Você não precisa dizer que é minha
A parte mais lenta da música tinha chegado quando ele segurou o braço dela e a puxou em sua direção, quase colando seus rostos. Seu coração martelava forte dentro do peito e seu sorriso se alastrava pelo seu rosto quando uma de suas mãos pôs um cacho dela atrás da orelha, roçando levemente a pele do rosto dela.
- I'd walk through fire for you
Just let me adore you...- Cantou perto do rosto dela, a fazendo rir levemente.
- Like it's the only thing I'll ever do.- Completou, antes de segurar o smoking dele e o trazer para frente até que seus lábios estivessem nos dele.
Amor
Eu andaria no fogo por você
Apenas me deixe te adorar
Como se fosse a única coisa que eu faria na vida
Parecia que o mundo havia evaporado no instante que Charlotte colou seus lábios nos dele. Seus pensamentos resumiram-se a apenas concentrar-se em beijá-lo, porque essa era a única que ela queria fazer no momento. Henry nem se importa de parecer meio desesperado enquanto a beija, porque sinceramente, ele está fantasiando esse momento desde que pôs os olhos nela no início da festa, o aperto firme na cintura dela, trazendo-a para mais perto, as mãos dela em seu cabelo, o gosto do seu beijo. É tudo inebriante, e teria continuado sendo, se uma voz não exclamasse para eles ao mesmo tempo que o ar se fez ausente:
- ATÉ QUE ENFIM!- Embora seja apenas Piper, o grito dela os trouxe de volta a realidade, em que eles viram que não estavam a sós. Na verdade, havia uma pequena roda de pessoas os observando, dentre elas Amy, Kyle, Eloise e seu crush e Song, que sorria orgulhosamente para Charlotte.
- Não é hora de olhar para trás, Charlotte!- A garota de cabelos pretos exclama, fazendo gestos para que a amiga se virasse para frente novamente.
E Charlotte virou, porque tinha o cara que ela ama a sua frente e a certeza de que dessa vez estava no lugar certo.
Você é a maravilha sob o céu de verão
Pele marrom e limão sobre o gelo
Você acreditaria nisso?
E Henry sorriu calorosamente para ela. Era o tipo de sorriso que a derretia por dentro, e que significava bem mais do que ela poderia pedir, porque aquele sorriso dizia claramente: Você está no lugar certo, você está em casa.
E ela sabia que estava, porque ela também significava "casa" para ele.
◇◇◇
Este é o fim desta pequena história! Eu realmente amei escrevê-la e espero que vocês tenham feito boa leitura.💞
"- Você pega o número e nem se importa de lembrar o nome?"
Eu lembrei muito do Tribbiani nessa hora, scrr😂😂😂
Eu e o Shawn estamos apaixonados, eu por ele e ele pela Camilla ;-;
Não esqueçam de conferir as fanfics das maravilhosas:
AutoraMediana, AdharaGoldstein e Jessiieb
Eu as amo muito!💞
See you😘
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