Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Final.

Antes:

Kajka enfrenta dois dos servos de Faéro e um grupo de Darrakes, mas encontra dificuldades em derrotar a líder deles.

Agora:

*

*

*

Aguentei o ataque um pouco mais e, quando me senti confiante, rodei nos calcanhares. Os raios de Nida desviaram me deixando livre. Daí eu fiz uma coisa muito estranha: eu corri me inclinando até conseguir deslizar de joelhos pelo chão flanqueando Nida. Ela ficou perdida. Mudei a espada de mão e investi a ponta em direção a minha oponente.

Ela ainda conseguiu desviar, mas deixou a guarda aberta para isso, assim fiz um corte relativamente profundo na base de sua cintura. Ela berrou e conjurou suas armas de energia novamente. Tentou atacar com as duas mãos, contudo o corte a impediu fazendo com que ela desabasse. Não perdi tempo. Saltei e lancei minha espada, cravando-a na outra perna de Nida.

Ela nem gritou. Apenas gemeu, baixinho. Caminhei, devagar, até o outro lado dela e pisei em sua cabeça. Ela começou a se debater e eu ri alto. Me abaixei e a ergui pela nuca, o rosto vazio era desconcertante, então bati nele. E de novo e de novo e de novo. Perdi a conta de quantas vezes o esmurrei.

Pare ― diziam os sussurros dela. ― Eu já estou morta, pare!

Meu corpo se arrepiou de empolgação. Passei minha mão da nuca para a garganta e avancei daquele jeito super-rápido até a parede onde estavam os corpos caídos de Galarth e TchaiTchii. O baque a fez gemer um pouco mais alto, mas já não tinha mais forças para gritar ou resistir. Senti um líquido em volta de minhas botas, era o sangue da perna de Nida que foi dilacerada quando a empurrei até onde estávamos.

― Você vai morrer ― falei. ― Quando eu decidir! Mas antes... ― molhei meu dedo no sangue da ferida no quadril e pintei dois olhos no rosto branco e vazio dela. Depois fiz uma grande linha semicircular mais abaixo. ― Isso, sorria para mim!

Contemplei minha obra por alguns segundos e, após gravá-la bem na memória, segurei a cabeça da Rhaego'O entre minhas mãos e comecei a esmagá-la. Seus ossos não ofereceram resistência e, logo, juntei minhas mãos como numa prece.

Os membros de Nida penderam e seu sangue encharcou tudo. A parede, o chão, os corpos dos outros Rhaego'Os e minhas roupas. Me afastei para contemplar minha obra-prima, mas não consegui apreciá-la como queria, porque outra rajada de energia me atingiu. Essa era diferente. Era EXTREMAMENTE maior e mais forte que a outra.

Ela destruiu o chão e me levou junto. Despenquei por diversos andares, arrasando todos os outros tetos e pisos no caminho. A energia do ataque era brutal. Eu não conseguia me mexer nem fazer qualquer coisa além de cair. Quando finalmente parei, estava num lugar estranho. Tentei me mexer, mas tive uma crise de tosse e vomitei meu sangue, que só naquela hora soube que era vermelho.

Um grito ensurdecedor ecoou por tudo e logo vi o responsável por aquilo. A criatura gigantesca e azul caindo sobre mim.

Faéro.

*

Ele aterrissou em pé sobre minhas pernas, incapacitando-as. E, antes que eu pudesse reagir, desceu os dois punhos em minha cara. Depois começou a alternar socos rápidos e fortes. Eu não conseguia pensar. Não conseguia lutar. Ele era muito forte. Mais do que qualquer outro. Mais, talvez até, do que eu. Os golpes continuavam incessantemente. Em algum momento ele pegou uma coisa grande e triangular e começou a bater em mim com a ponta.

― MORRE!!! ― berrava. ― MORRE, MORRE, MORRE!!! ― e batia a cada palavra que dizia. ― POR... QUE... VOCÊ... NÃO... MORRE?

Faéro se livrou da coisa pontuda e disparou seu raio azul através de seus olhos. Senti como se minha carne estivesse se dissolvendo. Era uma dor que ultrapassava a pele e se espalhava por todas as tripas. De repente comecei a sentir um monte de picadas em minha pele como se estivesse sendo atacado por um enxame de abelhas gigantes e mais os socos.

Então ele parou os ataques, agarrou minha cabeça e levantou voo. Eu via o teto se aproximando e fechei os olhos pouco antes de colidirmos. Senti meu sangue colar no metal. Depois ele me jogou lá de cima. Despenquei rápido e quando achei que tinha um tempo para me recuperar, Faéro caiu sobre minha cabeça. O pé dele pressionando meu crânio.

Ele me pegou pelas pernas e pela cabeça, gritando. Disse algo em seu idioma e deu uma joelhada em minha coluna. Tentei gritar, mas engasgava com meu sangue. Ele continuou com as joelhadas tentando me quebrar ao meio. Eu sabia que não daria certo assim e em algum momento Faéro percebeu. O capitão, então, me jogou para longe e se preparou para disparar outra vez.

Ele achava que tinha me incapacitado.

Tão ingênuo.

Desviei de seu disparo me atirando bruscamente contra uma parede do outro lado da sala. No momento de sossego que tive, vomitei litros e litros de sangue. Meu corpo formigava ― não, quer dizer, não era um formigamento, estava mais para um faiscamento... isso existe? ― urrei de raiva. Faéro se preparou para outro tiro, mas eu não deixei.

Se eu ouvi meus ossos estalarem? Ouvi. Se eu perdi a racionalidade? Talvez. Mas o momento em que voei em direção a Faéro foi um dos melhores de minha vida. O metal da nave se retorcia conforme eu avançava. Faéro parecia se mover em câmera lenta e, quando meu soco o acertou, o impacto foi tão grande que me fez voltar para trás enquanto ele era atirado contra a parede, quebrando-a.

Mal o segundo que levei para me recompor acabou e eu já estava voando atrás de Faéro. Ele quebrava parede depois de parede sem conseguir parar. O alcancei sem dificuldade e acertei outro soco e outro e mais outro. Agarrei seu braço com as duas mãos ao mesmo tempo que apoiava os pés em seu peito.

Gritei o mais alto que consegui e voei na direção oposta arrancando o membro de Faéro no processo. Não havia sangue, apenas areia, mas não me preocupei com isso. Joguei o braço fora e voltei a seguir seu antigo dono. Faéro tinha batido numa espécie de escultura em forma de mão e caído.

Pousei sobre ele, devagar. Me ajoelhei sobre seu peitoral, respirei o ar estranhamente elétrico ao meu redor e comecei a sequência de socos. Batia mais forte e com mais raiva do que em todas as outras vezes somadas. Eu quis fazer aquilo desde que o vi pela primeira vez. Eu esperava que tivesse sangue, mas sinceramente ver aquele rosto azul se transformar numa bolha roxa que ninguém poderia dizer ser parte de um ser vivo, era tão bom quanto.

Ele tentou falar algo em seu idioma. Fraeneken. A palavra que invocava paz. Ignorei-o e continuei a bater. Queria dizer que foi por causa disso que tudo aconteceu do jeito que aconteceu, mas meu destino já tinha sido selado.

Então a nave tremeu. Sons de metal se quebrando ecoaram e o chão cedeu. Não parei de bater na cara dele durante a queda, mas o fiz quando vi onde caímos. Era a mesma sala onde tudo começou, o lugar estranho que Nila me pediu para proteger. Ela ainda estava lá, parecia inconsciente. Fui até ela e toquei em seu rosto.

A Abanium arregalou os olhos ao me ver.

― Kajka? ― murmurou. ― O que... o que aconteceu?

― Eu fiz o que você mandou! ― disse. ― Eu protegi a sala. Ninguém entrou aqui. ― olhei em volta e vi a porta exatamente onde eu tinha deixado. ― E o que aconteceu com você?

― Eu... ― ela começou, mas logo levantou, apressada.

Andou rápido, tremendo como se procurasse algo. Tirou sua arma de dentro de um dos bolsos e ia fazer outra coisa quando um treco dourado agarrou sua cabeça. Segui o treco com o olhar e vi Faéro em pé e segurando Nila com o braço restante. A garota se debatia e gritava inutilmente.

Balvez eu ferca fudo, horre! ― disse Faéro, a voz se esgueirando pelas bolhas em seu rosto. ― Bas vou lefar felo penos ela.

E começou a apertar a cabeça de Nila.

Quando vi aquilo, senti mais raiva do que antes. Como ele tinha coragem? Matar alguém mais fraco, assim! Meu sangue ferveu. Minha carne sentiu aquele faiscamento de novo. Eu respirava pesadamente. De repente todas as luzes explodiram e delas saíram faíscas que vieram em minha direção.

Senti a energia fluir por mim. Faéro parecia ter se distraído.

Daí eu gritei. Gritei com tanta força que minha garganta doeu.

Estiquei o braço e apontei para Faéro.

A eletricidade que me cercava foi em direção a ele.

O ataque acertou o Sarultkór e ele soltou Nila. Mantive a energia transpassando pelo corpo de Faéro. Ele urrava de dor. Dessa vez não ri. Não era engraçado. Eu só queria vê-lo queimar. Vê-lo reduzindo a pó.

Fão feixe ― grunhiu ele. ―, fão feixe ela exflofir...

Foram suas últimas palavras, pois a seguir seu corpo se partiu e ele explodiu numa bola de luz deixando apenas uma pilha de poeira para trás. Eu lembro que vi meu reflexo no metal. Meus olhos estavam brancos e brilhantes e ainda haviam faíscas circundando meu corpo. Fiquei em transe olhando aquela imagem por um tempo.

Um barulhinho atrás de mim me trouxe de volta ao mundo.

Nila continuava atirando naquele treco rosa.

Fui até ela.

― Já acabou aí? ― perguntei.

― Ahnn... o quê?

― Perguntei se já acabou para podermos ir.

― Ahnn... quase!

― Afinal o que é essa coisa?

― Nada demais! ― disse ela, rapidamente.

― Por que mentindo pra mim?

― Eu num mintino ― negou.

― Está sim ― falei. ― Eu sei que está. Por quê?

Ela não respondeu. Fui até ela e tomei sua arma.

― Ei! ― reclamou. ― Devorve!

― Só se me dizer o que é essa coisa!

Ela mordeu o lábio com força.

― Essa coisa é o... nu-cléo ― contou ela.

― Núcleo?

― Sim.

― Mas se destruir o núcleo...

Ficamos em silêncio nos encarando.

― Cadê Orcen e Oirét? ― perguntei.

― Kajka...

CADÊ ELES?

― Eles já foro!

O QUÊ? ― agarrei ela pelo pescoço e ergui-a no ar. ― O QUE VOCÊ TÁ DIZENDO?

― A Miran deu o sinal i eles foro! Num dava pra avisá você sem perigo di morrê i tudo mundo aqui já tá mal dimais pra si arriscá.

― ISSO É CULPA SUA ― apertei o pescoço dela e ela começou a chorar.

Tu num intende ― disse entre soluços. ―, tu chegô agora. Eu aqui deisde criança. Tu num sabe pelo qui eu passei. Eu apanhei tudo quanto era dia por um monte de anos. Eu fui estrupada tudo dia deisde que tinha seis anos por um monte de gente de um monte de tamanho. Eles me trancava numa cela pra morrê di fome e tu num tem nem ideia du qui eu fiz pa sobrevivê. Daí eu tenho uma chance de acabá cum esses monte de huzzanga e tu acha qui eu disperdiçá?

― Se fizer isso, você morre também e eu... ― falei.

I o qui qui é a minha morte cumparada cum a desses... você sobrevive no espaço, Kajka. Vai ficá bem!

― Você não vai fazer isso ― disse. ― Eu não vou deixar.

― Eu tenho que fazê!

Eu matei Faéro, não precisa fazer.

― Faéro é um ― rebateu ela. ― Mas têm um montão deles aqui.

― Não ― balancei a cabeça. ― Vamos sair daqui! Não vamos explodir nada e vamos dar um jeito de irmos embora. Quer você queira ou não!

― Kajka ― Nila passou as mãos por detrás de minha cabeça e tocou nossas testas. Depois falou de uma forma que parecia ensaiada: ― Para o meu povo, tocar as testas assim é o maior ato de intimidade que duas pessoas podem exibir em público. O que é dito no espaço entre nossos rostos tem mais valor do que em qualquer outro lugar.

― Eu sei...

― Eu num quiria qui tu sofresse pur causa disso! Realmente num quiria.

Então Nila escapou de minha mão e saltou de banda tirando outra arma de dentro do casaco. Não fui rápido o bastante e ela atirou. Quando a alcancei só ouvi o barulho de fogo crepitando antes de ser empurrado contra Nila pela força da explosão.

― Eu protejo você! ― falei, cobrindo o corpo dela com o meu.

― Não ― disse ela. ― Não protege.

E então aconteceu.

O fogo tomou conta de tudo. Das paredes, do teto, do chão e de Nila que desapareceu entre meus dedos. Daí eu fui carregado pelo poder da explosão do núcleo.

O fogo não me feria. Eu colidi com paredes que logo se renderam e com barras que logo se quebrara. Só via o brilho amarelado das chamas. Não havia nem som. Eu fechei os olhos e esperei que aquilo acabasse. Não demorou para que eu sentisse o clima insosso do espaço.

E agora estou aqui.

Olhando para os destroços da Prismhélio Mill e relembrando minha história. Mas, antes de começar a fazer isso, dei algumas voltas ao redor dos restos da nave. Aposto que Kloéh fez o possível para impedir que a nave deles partisse sem mim, mas não poderiam esperar muito.

Agora eu não sei o que fazer.

Talvez eu escolha um lado e siga por ele para ver no que vai dar, mas primeiro quero garantir que não vou mais ser o cara que não lembra quem é, então vou recontar minha história para mim mesmo mais algumas vezes. Claro que ainda não sei quem eu era e nem porque eu estou aqui, mas por enquanto sou Kajka.

Aquele que veio de fora.

*

*

*

FIM!

*

*

*

*

Olá, eu sou William Toricelli e gostaria que você, que leu até aqui, deixasse um comentário dizendo o que achou, se tem alguma dúvida, se tem alguma crítica, enfim digam-me suas opiniões sobre "Aquele que veio de fora"! 

Desde já, agradeço!


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro