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CAP 7

Maria C.M. Ferri

Definitivamente aquele era o livro mais apaixonante que eu já li em toda a minha vida, era assustador o quanto que eu estava viciada nele. Não se passaram nem 24 horas e eu já estava na metade do livro. Aposto que vou me arrepender de ler ele tão rápido. Fui bruscamente despertada do mundo em que estava quando escuto batidas fortes na porta.

— O que foi? — Disse irritada ao ter que tirar meus olhos do livro, estava em um momento interessante -

— O que você está fazendo? Estou batendo na porta a horas. — Meu pai dizia exagerado. -

— Estava lendo um livro. — Disse ainda deitada na cama e fechado o livro. -

— Certo. Você está pronta? — Perguntou -

— Pronta? — Perguntei confusa -

— Para o jantar. — Ele disse calmamente -

— Ah, claro que sim. — Disse me levantando apressada — Só estava dando um tempo, já vou descer. — Disse pegando um vestido azul no guarda roupa. O primeiro que eu vi. -

— Está certo, estamos te esperando. — Disse e eu ouvi seus passos se afastando e corri para o banheiro.

Depois de um banho super rápido eu me vesti e prendi meus médios cabelos em um rabo de cavalo, passei perfume e respirei fundo antes de sair do quarto, imaginando o que estava a me esperar depois daquela porta.

Desci as escadas e chegando no local em que iríamos jantar fui até o meu pai e o cumprimentei com um beijo no rosto e a Lívia estava lá também, mas nem dei atenção para ela. Me sentei a mesa e servi para mim um pouco do suco que estava sobre a mesa.

— E então, quando vamos jantar? — Perguntei impaciente -

— Estamos esperando pela Marina. — Meu pai disse e eu revirei os olhos. Agora é definitivo eu a odeio, atrasar a minha comida de fazer o trabalho dela era só mais uma coisa a acrescentar na lista contra essa garota -

— Ah, eu já tinha me esquecido da.... Dela. — Disse ao reparar que a Lívia me encarava, na certa esperando pelo que eu diria sobre a filha e bebi um pouco do suco. -

— Ela está demorando não é? — Meu pai disse para Lívia. E eu pensando que não tinha como odiar mais ela. -

— Verdade. — Lívia concordou — Vou ligar para ela. — Disse se levantando, jogando parte de seus longos cabelos para trás em seguida pegando seu celular. Eu poderia odiar ela, mas não podia negar o quanto ela era linda... realmente que mulher.

— Não precisa. Já estou aqui! — Uma voz soou atrás de mim e eu me virei para olhar quem era. Era ela, a tal da Marina, não poderia ser outra pessoa. Ela era do meu tamanho ou um pouco menor, seus cabelos eram pretos e longos como os de sua mãe o que os diferenciava era que os da Lívia eram lisos e os dela ondulados. Ela vestia uma calça jeans e um cropped preto sem manga. A encarei analisando - a de cima a baixo e ela fez o mesmo comigo e então eu a reconheci, era a cretina da cafeteria. Mas só pode ser brincadeira.

— Onde você estava Marina? — Lívia disse alterada, fazendo com que o nosso contato visual fosse quebrado. -

— Eu estava com o Nicolas, mãe. Eu te avisei que estaria com ele. — Ela disse indo até a mãe e dando um beijo no rosto da mesma. Quem será esse tal de Nicolas? Ah, não importa, eu quero é comer e que essa louca fique bem longe de mim, vai que ela derruba a comida toda em mim e diz que foi minha culpa? — Oi Ricardo, tudo bom? — Ela disse indo até o meu pai e abraçando ele, não sei o que deu em mim para não ter voado em cima dela. — Boa noite. — Ela disse e olhou para mim. É sério? Ela vai fingir mesmo que nunca me viu? -

Então já que era para fingir, tudo bem. Apenas revirei os olhos e disse:

— Já podemos comer ou vocês chamaram mais alguém? — Perguntei irritada e a tal da Marina se sentou ao meu lado. — Não vai querer revidar o que eu fiz, vai? — Disse diretamente para ela -

— Não sei do que você está falando. — Disse tentando desviar do assunto -

— Não se faça de desentendida. Eu sei que você quer retribuir o banho que eu te dei hoje mais cedo — Disse e sorri sarcasticamente -

— Do que vocês estão falando? — Lívia perguntou confusa e meu pai me encarou confuso também -

— Nada. — Marina disse desviando o olhar para mim e eu abri um sorriso -

— Nós já nos conhecemos antes. Hoje na verdade — Disse me virando para os adultos a frente — Foi bem agradável por sinal, não foi, Marina? — Perguntei encarando a mesma nos olhos e ela me fuzilou com o olhar -

— E o que você quis dizer com banho? — Lívia perguntou irritada olhando para a filha -

— Foi totalmente sem querer. — Disse encarando a Marina e eu pude ver que ela estava com muita raiva de mim — Derramei café nela por acidente — Disse e a reação da Lívia pareceu mais tranquila, o que será que ela estava pensando? -

— Esqueçam isso, vocês são crianças. Logo serão melhores amigas. — Meu pai disse e todas voltamos atenção para ele -

— Não mesmo. — Marina e eu dissemos juntas e ali foi a primeira vez em que eu concordei com algo que ela disse. Definitivamente nunca seríamos melhores amigas. Nunca.

O jantar ocorreu sem nenhuma briga ou talheres voando e acertando alguém, confesso que me controlei bastante para isso não chegar a acontecer, meu pai as vezes me encarava e eu dizia baixinho: mais do que isso não dá e ele apenas sorria fraco. O jantar acabou e a sobremesa também e como não tínhamos empregados, pelo menos não para esse serviço. Adivinha para quem sobrou lavar toda a louça? Exatamente para a tal da Marina eu fiquei responsável apenas por guardar, odeio lavar pratos.

Ficamos em um silêncio total, era perceptível que nenhuma de nós queria estar ali na companhia da outra. Então eu resolvi quebrar o silêncio com um assunto que não envolvesse nosso "primeiro encontro"

— O que a sua mãe pretende com esse noivado? — Perguntei de uma vez, pegando o último prato da sua mão e secando o mesmo. E nesse momento eu me perguntei por que raios nessa casa não tem secadora? -

— Você deveria perguntar para o seu pai, já que foi ele quem propôs o noivado. — Ela respondeu me encarando. -

— Eu não quero nem você e nem a sua mãe na minha casa. — Disse dando alguns passos a frente, ficando próxima a ela -

— Isso é uma pena — Disse me olhando de baixo a cima — Porquê não vamos sair daqui. — Disse se aproximando mais de mim, fazendo com que ficassemos a centímetros de distância uma da outra, sendo inevitável não sentir seu delicioso perfume. Que droga! -

— Isso é o que você está dizendo agora. Porque vai acontecer. — Disse me recompondo -

— Não, não vai. — Disse erguendo a sombrancelha e sorrindo de lado . -

— Você vai torcer para que aconteça. — Me aproximei mais dela sussurrando em seu ouvido e sorri ironicamente para ela ao encara - lá, saindo da cozinha, sem olhar para trás.

*

Uma nova semana logo começou e eu já estava ansiosa para o começo das aulas, faltava apenas mais uma semana para isso acontecer e eu não via a hora. Seria bom passar um tempo fora de casa, longe das visitas indesejadas. Que eu tentava ao máximo não pensar e muito menos encontrar, o que acabava sendo difícil por vivermos na mesma casa.

— Pai! — Disse ao vê - lo prestes a sair de casa. -

— Oi, meu amor. Está cedo, por que já está acordada? —  Perguntou ajeitando a pasta na mão. -

— Preciso falar com você. — Disse e ele me encarou -

— O que aconteceu? — Perguntou preocupado -

— Você não disse nada sobre a escola. — Disse e ele sorriu de lado -

— Pensei que fosse algo mais sério. — Disse negando com a cabeça — Já conversei com a Lívia e ela vai cuidar disso para vocês. -

Como assim? Duas palavras que não fazem sentido nenhum nessa conversa. Lívia e vocês.

— Como assim Lívia e vocês? — Perguntei confusa -


— Juntei o útil ao agradável, aproveitei que a Marina vai estudar com você e pedi para a Lívia fazer esse favor. Agora eu preciso ir, não posso me atrasar. — Disse me dando um beijo no rosto e saindo -

— Mas pai, você...que droga. — Disse irritada e bati a porta com força. -

Era só o que me faltava, achei que fosse me livrar delas e meu pai me vem com uma dessa, só espero que não sejamos do mesmo ano, seria muito azar para uma pessoa só.

Estava mais aliviada por estudar em um colégio que eu já conheço, mesmo que já faça anos que eu não entre lá. Agora que eu sei que a Marina vai estudar lá também eu me sinto irritada, nem adiantria tentar sair e ir para outro. Aposto que meu pai não aceitaria e se aceitasse iria levar a Marina junto, essa mania dele de tentar unir nós duas está começando a me encher.

Fui para cozinha tomar café e me assustei ao ver uma senhora na mesma, ao julgar pelo uniforme que ela vestia pude ver que ela era uma funcionária. O que era estranho porquê não temos empregados em casa.

— Com licença. — Disse calmamente para não assusta - lá pois a mesma estava de costas para mim — A senhora é?... — Disse e ela se virou -

— Bom dia senhorita, eu me chamo Lucinda, sou a cozinheira. — Disse e eu sorri gentilmente -

— Sem o "senhorita" por favor — Disse fazendo careta e ela riu - apenas Cecília. — Disse estendendo a mão — Prazer. -

— É um prazer Cecília. — Disse sorrindo e apertando minha mão — Quer que eu prepare algo? — Perguntou e soltamos as mãos -

— Ah, não. Obrigada. — Disse indo até a geladeira e tirando de lá uma jarra de suco — Eu mesma faço, não se preocupe. — Disse sorrindo e a mesma me olhou confusa — O que foi? —  Perguntei -

— Nada, senho... Cecília. — Disse sorrindo sem graça. -

— Pode confiar em mim, não sou igual a Lívia. — Disse me sentando — Foi ela quem te contratou não foi? — Perguntei me servindo um copo de suco -

— Sim. — Respondeu simplesmente. E ela já está começando, primeiro se mudou para cá, agora contratou uma cozinheira, quantas coisas mais ela vai fazer? Não sei o que é, mas eu não confio nela. Minha intuição me diz que ela não é confiável e eu acredito nisso. — É só que... você é muito diferente da sua mãe. — Lucinda disse me fazendo sair de meus pensamentos e eu arregalei os olhos, ela acha que eu sou filha da Lívia? Que azar. -

— Eu não sou filha dessa...dela. — Disse encarando Lucinda - sou... enteada — Disse sem ânimo e ela concordou segurando o riso -

— Desculpe. — Pediu -

—Não se desculpe, tudo bem. Só não confie nela, algo me diz que ela não é confiável. — Disse e ela concordou disfarçadamente -

— Se me permite dizer? — Disse e eu concordei — Eu também senti isso. — Ótimo, agora eu tenho certeza de que não é coisa da minha cabeça. Eu só preciso de provas, vai ser o único jeito para ela sair da minha casa e da minha vida de uma vez por todas.

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