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CAP 45 - Final

15 anos depois


Era a segunda vez naquele mês que Cecília voltava pra casa. Dessa vez por outro motivo além do que sempre a trazia de volta.

Estava 16 graus e ainda assim Cecília estava congelada até os ossos mesmo coberta da cabeça aos pés.

Ela ainda se perguntava o porquê de ter aceitado se prestar a tal situação, podia muito bem estar no clima tropical do Brasil e não congelando enquanto tentava levar as malas pra casa.

— Filha, por que não ligou? Eu teria ido te buscar no aeroporto — Ricardo falou caminhando até sua filha quando a mesma tentava entrar junto com as malas.

— Acho que eu deveria mesmo deixar minhas coisas aqui — Disse ela entrando — Fico mais aqui do que em casa.

— Essa é sua casa — Ele corrigiu erguendo os braços para abraça - lá.

— Já estava com saudades é? — Cecília disse rindo ainda no abraço.

— Fico sempre quando você sai por essa porta — A encarou com um olhar acolhedor quando saiu do abraço — E como está a sua mãe?

— Ótima! — Cecília começou a tirar o casaco e as luvas — Estive com ela a alguns dias. Chamei ela pro casamento, mas ela não me deu certeza — Ricardo balançou a cabeça em positivo — Pai, se importa se eu der uma saída?

— Ficaria até surpreso se você ficasse meia hora por aqui — Balançou a cabeça, estendendo o casaco que ela acabou de tirar.

— Desculpa pai, mas eu preciso ver o Liam antes do casamento. Prometi pra ele — Deixou um beijo no rosto de Ricardo — Mas se você não quiser ficar sozinho eu fico aqui....

— Não. Não se preocupe — Disse — Logo a Lívia deve chegar, vamos jogar cartas — Ele se afastou indo até o sofá e voltando pra TV.

Fazia alguns anos desde que a Lívia voltou. Ela se sentia sozinha depois que a Marina começou a faculdade e mal tinha tempo pra parar em casa.

Cecília ficou por alguns segundos que pareceram minutos até absorver a informação.

Desde que recebeu o convite para ser madrinha do casamento ela tem pensando na grande possibilidade de encontrar acabar encontrando com sua não tão antiga paixão. A simples menção em pensamento ainda fazia seu coração disparar e seu corpo congelar por completo.

Sempre que vinha para ver o pai e se deparava com a Lívia. Cecília se esforçava ao máximo para nem sequer pensar na filha da sua prima, mas era totalmente impossível. E por algum motivo desde a última vez, hoje possivelmente seria a primeira vez que se veriam depois de 15 anos.

Depois de sair do transe, Cecília se lembrou que ainda precisava ir até a casa de seu mais íntimo amigo antes que tivesse que se aprontar para o casamento.



*



Com a mão na buzina do carro incessantemente, Marina esperava pacientemente que alguém aparecesse para abrir o maldito portão.

— Quer nos deixar surdos, tia?! — A jovem Lexie veio até o portão enrolada em um edredom.

Depois de entrar e estacionar o carro, a jovem correu até a tia.

— Onde está sua mãe? Aquela vaca! — Disse depois de se separar do abraço da jovem.

— Ela está lá dentro, nervosa porque o frio não passa — Respondeu ajudando a tia com malas.

— Quem mandou ela inventar de casar justo em fevereiro? Já ficou tantos anos com o seu pai, podia muito bem esperar mais um pouco — Fechou a porta do carro com um empurrão do pé, já que as mãos estavam ocupadas.

— Ainda não consigo acreditar que eles estão juntos desde o colégio — Lexie falou abandonando as malas no sofá.

— Nem eu — Riu ao observar que a garota se parecia muito com a mãe.

— Achei que você não viesse! — Hannah se jogou nos braços da amiga derrubando as duas no sofá

— Deixa de ser louca — Marina riu no meio do abraço.

— Só se ela nascesse de novo tia — Lexie comentou antes de voltar para o celular

— Não chama sua mãe de louca — Hannah jogou uma almofada em direção a filha, mas antes a mesma correu em direção a cozinha. — Faz tempo que a gente não se vê — Marina sorriu fraco — Vem, quero falar sobre umas coisas com você — Hannah puxou a amiga até o quarto.

— Ainda não acredito que você vai casar com o James — Marina se jogou na cama assim que entraram no cômodo, colocando uma mala ao seu lado.

— Por que não? — Hannah pegou a mala a abrindo. — Não acredito!

— Não mexe....

— Eu disse que queria você como minha madrinha, não como fotógrafa sua vadia! — Bateu no braço da amiga

— Aí! — Reclamou — Eu sei e vou ser sua madrinha sim, mas também quero registar o momento. E ninguém melhor do que alguém que está presente desde o começo do relacionamento de vocês — Segurou a mão da Hannah — Por favor! — Juntou as mãos

— Está bem — Aceitou, convencida. — Só vou aceitar porquê você é ótima no que faz.

— Eu sou ótima em tudo que faço — Se gabou rindo. — O que foi? — Perguntou após ficarem algum tempo em silêncio.

— Bem, você sabe... Que vai ser madrinha junto com a Valentina e...

— A Valentina — Levantou da cama animada — Ela vai me matar! Da última vez que vim não esperei por ela, será que ela me dá uma folga do sermão por ser seu casamento?

Marina sabia bem que Hannah estava prestes a falar daquela que ela nunca iria conseguir esquecer e a todo custo desde que botou os pés no aeroporto há quinze anos atrás ela se esforçava para apagar da memória, mesmo tendo reconstruído sua vida ao lado de outra pessoa. Nada, nunca apagaria o que ela viveu ao lado do que a princípio era para ser apenas um amor de adolescência.

— Já notei que você não quer falar sobre — Marina nem ao menos respondeu — Mas vai ter que falar sobre isso aqui — Puxou a mão da amiga e segurou o dedo anelar.

— O que quer que eu diga? — Se sentou na cama ao lado da amiga.

— Falei pra não se casar com ele, me surpreende que durou tanto tempo.

— Quatro anos. E foi o suficiente — Se jogou na cama.

— Ei! Quero você animada — Deitou ao lado da amiga — É meu casamento — Sorriu

— Tem razão — Sorriu de volta.

Logo a porta foi aberta sem nem se ouvir uma batida antes.

— Mãe! Não nasci pra ficar recebendo ninguém não. — Lexie disse cruzando os braços — Quanta gente ainda vai chegar? — A menina bateu os pés e Marina segurou o riso. — Sua cabeleireira está aí.

— Você vai continuar recebendo até que sua esteja pronta pra casar — Hannah segurou por uns segundos o nariz da filha — Pede pra ela entrar — A menina deu as costas indo até onde havia deixado a cabeleireira — E atende a porta — Hannah gritou.

— Essa pirralha nem parece que tem dez anos — Marina se sentou na cama.

— Me tira do sério igual ao pai dela. — Revirou os olhos.


*



— Já conseguiu acalmar ele? — Cecília perguntou quando chegou a casa do Liam.

— Oi, pra você também — Ele foi até ela, a abraçando.

— Nós nos vimos um dia desses.

— Já faz um mês sua desnaturada — Ele reclamou

— Isso tudo? — Fingiu inocência e o mesmo revirou os olhos.

Ambos caminharam lado a lado até a sala onde Guilherme tentava a todo custo acalmar James. Assim que o mesmo viu a amiga abriu um sorriso.

— Venha aqui logo! Não vê que mal consigo ficar de pé de tão nervoso — Forçou um riso.

— Se for assim nem vai conseguir chegar ao altar — A mesma andou a passos lentos até o amigo.

— Não seja má Cecília — James reclamou.

— É assim que a Hannah vai chegar, se você desmaiar te deixo no chão e ajudo ela a fugir com outro — James arregalou os olhos surpreso

— Não põe pilha na cabeça dele Cecília! — Liam bateu de leve no braço dela

— Do jeito que ele está capaz de ter um treco aqui mesmo — Guilherme comentou ficando ao lado do Liam.

A pouco tempo Liam e o primo do Nicolas resolveram se aproximar. Depois de se conhecerem na festa do Liam e apresentados pela Cecília quando a mesma voltou de viagem após a primeira ida a Paris visitar a mãe, os dois ficaram bem próximos, mas só a pouco resolveram se relacionar.

— Claro que ela não fugiria com outro seu bobo, por mais que eu insistisse — Cecília foi até James o abraçando — Nunca pensei que veria o James galanteador da escola assim, todo nervoso porquê vai casar — Cecília sorriu ao se afastar, se sentando ao lado dele.

— Ela é o amor da minha vida, Cecília — Ele disse — E se ela perceber que eu sou pouca coisa?

— Ei! Nunca mais diga algo assim — O repreendeu — Você vale muito, James. E também se ela não percebeu isso nesses quinze anos por que se daria conta agora? — Riu — Estou brincando — Bateu de leve na mão dele quando o mesmo a fuzilou com o olhar — Vai ser um casamento incrível — Sorriu.



*



Depois de seis horas finalmente tudo estava a favor dos noivos. James deixou a insegurança de lado, Hannah estava pronta e até o frio deu uma trégua quando começou a tocar a marcha nupcial.

James agora só tinha olhos para sua futura oficial esposa, ao vê - lá o sorriso mais brilhante se abriu e sua visão ficou por um momento embasada devido a emoção. Hannah não estava muito diferente e por medo de estragar a maquiagem ela logo tratou de afastar as lágrimas.

A princípio era pra ser um vestido simples, mas esse nunca foi um ponto forte para Hannah. 

O amor no olhar deles estava expresso a todos os presentes e estaria pra sempre nas fotografias tiradas pela Marina.

Preocupada a maior parte do tempo com que o amigo tivesse um desmaio antes de conseguir chegar no altar, Cecília quase não percebeu que a pessoa que ainda ocupava seu coração estava tão perto. Mas quando os olhares sem encontraram pela primeira vez depois de tantos anos, foi como se tivessem implorando para que elas largassem tudo e fossem até uma a outra. Mas assim não fizeram. Não enquanto a cerimônia acontecia.



*



Enquanto todos dançavam e esperavam pacientemente a hora da noiva jogar o buquê, Marina estava sentada em uma mesa olhando as fotos que havia feito do casamento. Quando um perfume que ela conhecia bem começou a invadir seu olfato.

— Posso? — Agora com uma voz mais rouca Cecília perguntou apontando para cadeira vazia, antes ocupada por Lívia. — Você...

— Você...

Ambas falaram juntas e riram.

— Você primeiro — Cecília cedeu a vez

— Você está ótima — Marina disse deixando a câmera de lado

— Você também — A voz de Cecília quase não saiu. O efeito que a outra ainda causava nela era o mesmo — É bom ver você — Sorriu

— Pensei que não fosse querer olhar na minha cara — Marina engoliu em seco ao dizer

— Eu deveria mesmo, mas somos adultas agora e estamos no casamento dos nossos amigos — Sorriu ao observar Hannah e James dançando com a filha.

— Tem razão. E você, casou? — Assim que a pergunta foi feita o arrependimento pela resposta veio.

A verdade é que ela não queria mesmo saber, pois havia a possibilidade de ser um sim, pois ela também tinha se casado. Mesmo que agora estivesse separada e a outra não soubesse. E também que diferença faria se provavelmente Cecília nem a amava mais. Era o que Marina pensava.

— Não. Não casei, mas estive prestes. — Abaixou o olhar

— O que aconteceu? — Inocentemente quis saber

— Eu realmente tentei, sabe? Tentei superar você — Cecília confessou — Mas quanto mais eu tentava pior as coisas ficavam. No início eu sempre buscava por mulheres que me fizessem lembrar você, nem que fosse no mínimo detalhe, mas não funcionou, obviamente — Riu sem humor — Depois eu tentei fazer o contrário e foi ainda pior. Tudo isso porque eu ainda não tinha superado você — Encarou a outra.

— E superou? — Marina perguntou temendo a resposta.

— Ainda não descobri — Respondeu sem pensar — Quer dizer — Suspirou antes de responder — Não, você não quer saber — Fez menção de levantar.

— Conta — Marina segurou a mão de Cecília sobre a mesa, a impedindo de sair — Eu quero saber

— Está bem, então — Hesitante respondeu —  Quando... quando eu tinha realmente desistido de tentar superar você eu encontrei alguém, na verdade acho que ela me encontrou — Sorriu — Ela tinha um brilho nos olhos quando me olhava, parecido com o seu — Elas trocaram olhares — Então a gente se aproximou, nos tornamos amigas e ela se apaixonou por mim. Ela sabia que você ainda ocupava grande parte do meu coração, mas não se importou de tentar.

— E ela conseguiu?

— Conseguiu — Disse com um olhar triste — E eu ainda sinto muito por não ter dito pra ela, mas acho que ela sabia. Ou eu só me digo isso pra me confortar.

— O que aconteceu? Ela...ela foi embora?

— Depois de longos meses ela me pediu em namoro — Continuou sem responder a pergunta — Éramos muito amigas, sabe! Mas foi no ano passado, quando eu estava voltando pra casa depois de ter vindo ver o meu pai, eu recebi um telefonema assim que cheguei no aeroporto, era sobre ela. Tinha sofrido um acidente de carro — Seus olhos encheram de lágrimas ao lembrar — Tínhamos nos falado a poucas horas, ela me disse que tinha uma surpresa — Prensou os lábios na tentativa de segurar o choro.

Marina apertou a mão de Cecília que ainda estava embaixo da sua, em sinal de apoio. Ela não sabia se seria certo abraça - lá.

— Ela estava com uma caixinha com duas alianças. Ia me pedir em casamento — Tentou secar as lágrimas com a mão livre — Eu pensei em dizer pra ela, que ela tinha sim conseguido um lugar no meu coração, mas achei que não seria legal fazer isso por telefone. Mas se eu soubesse que seria a última vez...

Dessa vez Marina não pensou duas vezes antes de puxa - lá para um abraço. Doía demais ver alguém que ela ainda amava mais do que pensava daquele jeito.

— Ainda dói sabe? — Cecília se afastou, sem desgrudar as mãos que ainda permaneciam unidas — Mas eu vou superar, em algum momento — Secou as lágrimas restantes com a mão livre — E você? — Apontou para a marca de aliança no dedo anelar de Marina.

— Isso? — A outra balançou a cabeça em sinal positivo — Não significa nada — Deu de ombros. Cecília a encarou esperando por uma resposta melhor — Eu me casei e me divorciei.

— Só isso?

— É — Deu de ombros novamente — Não deu certo.

— Quem foi o felizardo?

Marina ponderou em responder, sabia que mesmo elas não tendo nenhum compromisso quando aconteceu, não mudaria o fato de que talvez Cecília se sentisse traída.

Marina respirou fundo antes de dizer. E quando disse, sentiu o vento frio contra sua mão, agora abandonada.

— Com o Nicolas? — Cecília disse incrédula — Com tantas pessoas no universo você foi se casar logo com ele? Com aquele....

— Eu sei — Tocou a mão da outra novamente.

— Só me diz uma coisa — Marina ficou atenta — Você o amou? Ou... ainda ama? — Ao perguntar o coração de Cecília parecia ter parado enquanto impaciente esperava pela resposta.

Marina hesitou ao responder, mas quando respondeu , foi de forma sincera.

— Não. Eu não o amei e muito menos amo. — Ao ouvir um longo suspiro foi solto por Cecília — Eu jamais poderia, porquê eu sempre amei você, Cecília. Sempre. Mesmo afastadas meu coração sempre pertenceu a você e a mais ninguém.

Nesse momento Cecília uniu suas mãos, com um sorriso que ia de orelha a orelha. Ambas haviam tentando e haviam vivido mesmo sem a outra, mas o coração de ambas já estava conectado e nada poderia desfazer isso.

— Eu amo você, Marina Bittencourt Ferri — Disse Cecília se sentando no colo da amada — E ouvir você dizer essas coisas enchem meu coração de alegria — Sorriu — Uma mudança. E te conhecer no princípio foi a pior coisa que eu jurava que tinha me acontecido. — Riu — Um sentimento. E tudo que eu pensei ser fantasia se tornou real com você. De todas as pessoas, você é aquela que eu nunca imaginei. Que eu nunca imaginei conhecer, odiar e perdidamente...amar — Cecília então se aproximou, deixando seus lábios a centímetros de distância.

Deixou um beijo rápido no lábio da outra, depois roçou seus narizes e perdida na imensidão do brilho dos olhos que ela tanto amava se deixou levar pelo desejo que a anos não era saciado e a beijou.

Um beijo simples, carregado de saudade, que logo virou um beijo carregado de desejo e prestes a promessas.

— Quero te pedir uma coisa — Cecília disse ao parar o beijo, ainda de olhos fechados.

— O que você quiser — Marina disse acariciando o rosto macio da amada. Observando suas feições tranquilas.

— Não me deixa nunca. Nunca mais, me promete? — Cecília abriu os olhos se deparando com as orbes que ela mais amava.

— Nunca mais — Beijou a mão ainda unida a sua.


Fim

E esse foi o final hahahh!

Amei demais escrever essa história, foi cada perrengue pra sair capítulo, mas consegui concluir KKKKKK o importante é isso.

Dessa vez quero agradecer demasiado (fico lendo livro de época da isso na linguagem hahah) a LaylanneSmith  por me apoiar nas loucuras que eu invento de escrever💖KKKKKK

E é isso. Breve tô voltando com a revisão de "Vida Trocada" prontinha. Minha primeira publicação aqui✨

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