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CAP 32

Maria C.M Ferri


— Merda! Merda! Merda — Levei a mão a testa —

Peguei meu celular para ligar pra minha mãe, ela com certeza ia me matar, mas ao menos ela estaria perto o suficiente para isso. Era ao menos um alívio.

Para o meu azar o celular não ligava, pressionei a tecla de liga/desliga e nada.

— Descarregado — Murmurei — Descarregado? Mas só pode ser brincadeira.

Eu não podia simplesmente pedir ajuda, não sabia como. Nunca mais vou pra um lugar que não sei a língua, nunca mais. Me sentei no banco e tapei o rosto com as mãos.

— Porcaria de celular, porcaria de francês, porcaria....

— Reclamar não vai adiantar nada — Uma voz masculina disse próximo a mim.

Tiro a mão do rosto e olho para o lado. Ele estava sentado ao meu lado.

— E o que você sabe? — Cruzei os braços. Não queria parecer intimidada

— Sei que você parece perdida — Arqueou a sobrancelha. Ele não parecia tão mais velho do que eu e nem ameaçador, mas não podia confiar. Apesar de seu semblante tranquilo e uma sensação estranha de confiança que vinha dele.

— Por acaso estava me observando? — Olhei para frente, fazendo um trajeto caso precisasse correr.

— Não a muito tempo. Onde quer ir? Posso levar você — Ele diz colocando uma mochila de aparência pesada, próximo aos pés.

— E porquê eu deveria confiar em você? — Questiono

— Não precisa. Afinal, você pode pedir informações não é? Bem simples. — Diz passando o dedo midinho na sobrancelha direita.

Maldito garoto.

— O que você quer? — O encarei

— Como? — Soou sínico

— Ninguém faz nada de graça. O que quer para me levar onde quero. —

— Não vai lhe custar muito. Prometo. — Sorriu

*

Eu deveria estar louca? Sim, com toda certeza. Mas o que mais eu poderia fazer? Ficar perdida sendo que eu tinha a opção que me salvava dessa situação?

Mil e uma coisas passavam pela minha cabeça enquanto caminhava lado a lado com aquele estranho que prometeu me levar em segurança até minha mãe.

Mas era essa minha opção. Sem ele eu não chegaria a lugar algum, mas com ele vou chegar a algum lugar. Só rezo para que seja o meu lugar de destino.

— Você costuma andar com estranhos? — Ele perguntou. Eu continuava a olhar para frente, tentando reconhecer o caminho, mas sem sucesso.

— Não — Respondi apenas

— Você ainda não me disse seu nome — Ele continuou

— Você é bem curioso não é? — Parei ficando de frente para ele — Mas eu também sou, então porquê você não para de perguntar sobre mim e começa a falar sobre você? — Sugeri voltando a caminhar

— E por que eu deveria confiar em você? — Ele perguntou voltando a caminhar do meu lado.

— Estou confiando em você mesmo contra vontade, então porquê não fazer o mesmo? — Disse sem encara - lo

— Está bem — Se deu por vencido — O que quer saber? — O olhei desconfiada.

— O que faz aqui? Obviamente você não é daqui — Disse o encarando de cima a baixo, quando ele inclinou a cabeça para a faixa de pedestres

— Você não se preocupou em perguntar nem o meu nome? — Riu

— Na verdade não me importa — Atravessamos a rua

Ele ficou um pouco pra trás, surpreso.

—  Tá esperando o sinal fechar? — Gritei do outro lado

— Mesmo que não te importe — Ele enfatizou já próximo a mim — Eu me chamo Guilherme Cruz, prazer — Estendeu a mão

— Eu só estou vendo você me enrolar. Acho bom que esteja me levando pelo caminho certo — Disse caminhando, sem nem saber o certo pra onde

— É que é meio vergonhoso — Ele surgiu logo atrás de mim — O motivo, de eu estar aqui — O encarei

— Estou ouvindo — Disse e ele apontou o caminho da direita, quando a rua se duvidou em dois caminhos.

— Eu vim atrás de alguém — O encarei esperando que ele continuasse — Alguém que eu conheci pela internet e levei um bolo — Não me contive e ri

— Você é louco! — O olhei surpresa — Como saiu de casa pra encontrar um estranho, em outro país? — Neguei com a cabeça — Você poderia estar morto ou ser escravizado. Deveria agradecer que levou um bolo

— Não ria de mim — Ele disse

— Isso se essa sua história não for... — Parei de falar quando vi o prédio em que minha mãe trabalha.

O encerei, ele realmente me trouxe até aqui.

— Obrigada — Sorri de lado e entramos no prédio.


*

Primeiro ela pensou em me matar, depois me abraçou, discutiu comigo e disse que eu era louca por confiar em um estranho e me abraçou de novo.

Ela avaliou o Guilherme pelo que  pareceram horas, depois disse que parecia amigável. Agora ele estava conversando com a Rose, aparentemente os dois tem algo em comum, algo que eu não estava muito interessada em prestar atenção. Eu só queria um carregador... Só isso.

— Você tem mesmo que ir amanhã? — Minha mãe acariciava meu rosto

— Você sabe que sim, mãe. Você pode me visitar — Ela afastou a mão

— Mas não é a mesma coisa — Suspirou — Não sei o que vou fazer quando você realmente crescer e ter vida de adulta

— Ainda temos tempo — Sorri e a abracei


*

Eu estava no aeroporto, meu vôo sairia em 10 minutos. Por um lado eu estava feliz por voltar pra casa, ver o meu pai e principalmente a Marina. Mas outro lado de mim, não queria ir, queria ficar agarradinho com a minha mãe.

Conversamos durante todo o tempo desde que chegamos, tentávamos nos distrair.

— Trouxe macarrons pra viagem — Rose disse voltando depois de sumir por, que pareceram minutos.

— Obrigada por me lembrar — Minha mãe disse. Peguei os macarrons e agradeci

— Você está em um aeroporto, difícil não ver que ela vai viajar — Rose zombou

— Não sei como aguento você — Minha mãe disse e eu ri

— Você ama essa sua amiga maravilhosa que eu sei — Rose disse se gabando, jogando seus longos cabelos ruivos para trás

Foi anunciado a última chamada para o vôo, olhei para minha mãe e ela já estava chorando.

— Mãe, não faz assim — Passei a mão pelo braço dela

— Eu trouxe uma corda no porta malas do carro, a gente ainda pode usar — Rose disse piscando pra ela

— Você está brincando não é? — Perguntei e ela negou com a cabeça, rindo.

— Venha dar um abraço na sua tia — Ela esticou os braços — Não demore pra vir nos visitar — Ela disse me apertando — Ou eu irei buscar você

— Vou tentar — Consegui dizer estando naquele abraço apertado

— Se cuida, está bem? — Minha mãe disse pra mim quando me afastei da Rose —

— Você também — Ela assentiu e me abraçou forte. Retribuí igualmente o abraço. — Eu amo você — Desfiz o abraço

— Eu amo você — Ela sorriu — Agora vai, vai antes que eu agarre você e não solte mais — Diz e nos despedimos.

Eu odeio despedidas. Parece sempre que um pedaço seu fica com a pessoa que você deixa, parece que é sempre um "adeus" e nunca um "até logo"

*

Estou com os olhos fechados e a cabeça contra o encosto do assento do avião, apenas esperando que o mesmo decole.

Antes de desligar o celular, mandei uma foto para Marina, avisando que já estava indo. Provavelmente ela ainda estaria dormindo, mas veria a mensagem em algum momento.

Abro os olhos quando sinto barulhos no assento ao lado do meu. Reviro os olhos.

— Com tanto lugar e tanto vôo, você tinha que escolher justo o meu? — Cruzo os braços e ele sorri

— Estou com saudades da família — Guilherme diz dando de ombros — E estranhamente gosto da sua companhia — Bate de leve em meu ombro.

— Uhum, acredito. Só me faz um favor? —  Ele volta a atenção pra mim  — Só me acorda quando o avião pousar — Digo fechando os olhos.

Estava realmente cansada.

*

Horas depois, quando o avião finalmente pousou, peguei um táxi para ir pra casa.

Guilherme disse que iria para casa da tia que mora não muito longe daqui, me despedi dele e senti um arrepio quando ele disse "Sinto que essa não será a última vez em que nos veremos" demonstrei não me importar e agora estou no táxi, a caminho de casa pensando nisso.

E em como estou com fome e com saudades da minha namorada. Deixo um sorriso escapar ao lembrar dela.

Queria lhe fazer uma surpresa, mas é bem provável que ela já esteja em casa quando eu chegar.

Alguns minutos depois, pago a corrida quando o carro para em frente a minha casa. Desço do táxi e vou para a entrada de casa.

Por pura mania apenas giro a maçaneta ao invés de bater na porta.

De todas as coisas que pensei que veria quando voltasse pra casa, com toda certeza, essa, não era uma delas.

Ver aquele intrometido do Nicolas tão perto da minha namorada, com as mãos nela fez meu sangue ferver. Minha vontade era de partir pra cima dele e arrancar aquele sorrisinho afrontoso que ele me direcionava da cara dele.

— O que você faz na minha casa? — Explodo, tirando a mochila das costas e colocando no chão.

Marina se afasta dele, mas não olho em seus olhos. Estou furiosa.

— Boa tarde pra você também — A voz dele soa tranquila.

Ela realmente sabia como me provocar.

Na verdade não era preciso muito, se tratando dele. Bastava ele estar lá e eu perdia o controle, ainda mais ele estando sozinho com a minha namorada.

Ele sempre fazia questão de estar perto dela, tentando tocar nela. Eu sabia, podia sentir que ele a queria e ele nem se dava ao trabalho de esconder.

— Boa tarde é o caralho — Me dirigi a ele — Quem te chamou aqui?! — Arqueei as sobrancelhas

— Não precisa dessa grosseria — Se fez de ofendido — Não posso visitar a Marina?

— Não na minha casa — O olhei de cima a baixo — Na verdade, não quero você perto dela em lugar nenhum — Declarei

— Tudo isso é ciúmes? — Gargalhei

— De você? Me poupe!

Eu tinha sim, e o odiava pelo fato de ser ex dela. E um grudento também.

— Parece até que ela é sua namorada — Ele riu

— Você não contou a ele? — Perguntei incrédula a encarando, ela mal sabia para quem direcionar o olhar — Parece até que você gosta dele no seu encalço o tempo inteiro — Disse brava.

Como ela pode não contar de nós, pra ele.

— É isso que você pensa? — Cruzou os braços

— O que quer que eu pense? Eu passo uns dias fora e quando volto encontro você de grude com seu ex, o que quer que eu pense, Marina?! — Esbravejo

— Você a acusa de forma tão descarada e pelas costas dela faz coisa pior — Nicolas se faz desnecessariamente, presente

— Do que está falando? — Marina pergunta, pois é a única que dá atenção ao que ele diz.

Ele pega o celular e se aproxima dela, mostrando algo.

— O que você ainda faz aqui?! — Digo voltando minha atenção pra ele. A expressão da Marina muda, ela agora parece magoada, com raiva e decepcionada — O que tem aí? — Pergunto em vão, pois nenhum deles me responde. Puxo o celular.

Nele há uma foto minha dormindo no avião. Muito, muito próxima do Guilherme. Minha cabeça pousa sobre o peito dele, de forma que qualquer um que veja aquela imagem, pense que somos namorados.

Por que raios aquele imbecil bateu essa foto? E quando eu dormi tão perto dele? E como o Nicolas tem essa foto?

— Eu... Eu posso explicar isso — Foi a única coisa que eu consegui dizer.

Não sei como, mas eu me explicaria.

Tentei me aproximar, mas ela se afastou.

Era tudo culpa daquele idiota.

— Pode devolver meu celular? — Joguei o aparelho sem nem olhar pra trás ao ouvir sua voz.

— Saía da minha casa. É a última vez que digo — Falei ainda olhando pra Marina, que não me encarava.


Ela parecia pensar no que fazer em seguida.

— Estou aqui a qualquer momento que precisar — Ele disse se aproximando da Marina, mas ela nem ao menos olhou para ele.

— Já disse pra sair daqui! — Me olhando uma última vez, ele se foi. Mas não sem antes deixar aquele sorriso de vitória, que ele sempre carregava no rosto quando eu estava por perto.

— Não quero conversar com você agora — Ela me deu as costas, subindo as escadas.

— Você vai conversar comigo agora sim — Fui atrás dela — Eu fiquei dias fora e agora que eu volto vamos brigar? — A segui enquanto ela ia em direção ao quarto.

Ela tentou fechar a porta, mas eu fiquei no meio, a impedindo.

— Meu amor, por favor, vamos conversar — Pedi

— Não tenho nada pra falar com você, agora sai da frente da porta — Ela diz empurrando a porta com certa força, sua voz estava embargada

— Você só precisa me ouvir, por favor — Ela parou de empurrar a porta, mas não saiu da frente pra que eu passesse — Eu vou entrar, está bem? — Disse empurrando a porta devagar.

Agora ela estava próxima a cama. Fechei a porta e tentei me aproximar dela, mas ela colocou a mão na frente, para que eu parasse.

— Eu estou ouvindo — Disse sem me encarar

— Eu o conheci no dia em que me perdi em Paris — Comecei —  Não somos amigos, ele me ajudou e eu o ajudei, apenas — Ela me encarou, me fuzilando com o olhar — Não sei quando ele tirou aquela foto, mas eu nunca — Dei dois passos pra frente — Nunca, cogitei e muito menos, fiz nada com ele. Eu tenho um relacionamento com você e eu amo você — Mais um passo — Eu respeito você e o que nós temos. — Hesitante, segurei em suas mãos.

Ela olhou nos meus olhos, sem dizer uma só palavra. Eu já estava ficando nervosa, quando ela finalmente resolveu dizer algo.

— Me desculpe — Umideceu os lábios — Eu... Eu fiquei com tanta raiva e tanto ciúmes que...

— Shh — Com o dedo indicador na sua boca, a calei — Eu também te devo desculpas. — Acariciei seu rosto — Me desculpe por surtar na frente do Nicolas, mas é que aquele ser me tira do sério — Revirei os olhos — Ele gosta de me provocar, eu vejo que ele ainda quer você e isso me irrita e me assusta, muito. — Confessei

— Eu estou com você — Se aproximou quebrando a pouca distância que ainda havia entre nós — Não importa o que o Nicolas quer. Eu quero você e você me quer, apenas isso importa — Sorri

— Senti tanto a sua falta — Confessei, juntando nossas testas. Fechei os olhos, para aproveitar a sensação de ter ela tão próxima a mim. Com as mãos na sua cintura a puxei para mais perto do que era possível.

— Eu também senti muito a sua falta — Beijou minha testa — Demais — A ponta do meu nariz.

Sorri.

— Não consigo pensar na minha vida sem você — Declarou, colocando os braços envolta do meu pescoço.

Quando dei por mim, já estava com o rosto cheio de lágrimas.

— E eu não consigo viver sem você — Consegui dizer.

Ela beijou meu rosto, secando as lágrimas e selou seus lábios nos meus, carinhosamente.

Eu estava com saudades disso.

— Salgado — Dissemos juntas e rimos no meio do beijo.

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