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CAP 29

Maria C.M.Ferri


Deixar a Marina depois tê - la, foi a coisa mais difícil que já fiz. Fiquei admirando - a enquanto dormia. Não queria ter que deixa - lá, mas era preciso e não seria mais do que apenas três dias.

Ela dormia de bruços, seus longos cabelos espalhados pela minha cama, me faziam pensar no futuro.

Será que ainda estaríamos juntas ou acabaríamos tomando caminhos diferentes?

Me aproximei da cama, me agachando ao seu lado. Afastando os fios negros que cobriam seu rosto, pude ter completa visão de seu rosto, tranquilo.

Sorri.

— Te amo. — Disse em um sussurro, temendo acorda - lá.

Deixei um beijo em seu rosto e ela se mexeu, se acomodando mais ao travesseiro.

Peguei um pedaço de papel e caneta sobre a cômoda e lhe escrevi um bilhete. Queria me despedir de uma maneira melhor, mas não havia outro jeito.

"Te amo.
Queria dizer outra vez vendo o brilho em seus olhos, mas não faltarão oportunidades.
Queria me despedir de uma maneira melhor, mas não quero acorda - lá.
Nos vemos em três dias.
Até mais, carinho."



Agora eu já estava no avião a caminho de Paris. E todas as memórias de minutos atrás estavam vívidas em minha mente.

Fechei os olhos quando o avião começou a decolar. O sol ainda não havia nascido e eu ainda não havia dormido nada. Estive bastante ocupada. Então aproveitei as horas de vôo para colocar o sono em dia.

*

Horas mais tarde quando o avião pousou em Paris já não era dia e sim quase noite. Nunca vou conseguir me acostumar com a diferença de horário.

Estava esperando pela minha mãe, já que ela viria me buscar. Parei em uma loja para comprar algo para comer, estava ficando azul de fome e só então percebi que meu francês era ainda pior do que eu imaginava.

Mas ao mínimo eu não passava fome.

Dei uma mordida no meu croissant. Fazia tempos que não comia um.

Sou surpreendida quando braços me rodeiam quase me sufocando. Sem nem precisar me virar, sabia que era ela. O cheiro ainda era o mesmo que eu me lembrava.

— Eu estava com tanta saudades da minha pequena — Me virando de frente para ela, ela intensificou o abraço.

— Mãe, eu também senti saudades, mas assim você vai acabar me matando — Disse sufocada

— Pare de ser tão dramática, Cecília! — Ela reclamou me dando espaço

— Senti falta disso — A abracei

— Você está tão crescida — Ela me afastou um tempo depois, me analisando

— Para mãe. Só se passaram alguns meses, não tem como eu ter crescido.

— Claro que cresceu! Agora vamos, quero que veja onde trabalho, na verdade eu ainda tenho algumas coisas pra fazer lá. Você está cansada? — Neguei com a cabeça

— Mas estou com fome — Disse dando uma mordida no croissant esquecido. Ela riu, apoiando a mão em minhas costas fomos em direção a saída do aeroporto.

*


Meia hora depois chegamos ao prédio em que minha mãe trabalha. Mas especificamente paramos no último andar.

Como produtora de moda ela tinha muito o que fazer, mas ainda sim me apresentou as pessoas que trabalhavam com ela, que apesar de atarefados, foram bem simpáticos.

— Agora onde está a Rose? — Ela indagou vasculhando o lugar com o olhar

— E quem é essa? — Quis saber

— É uma amiga, ela trabalha aqui — Olhou para a tela acesa do celular — Preciso atender. Você fica bem aqui? — Apertou levemente meu ombro

— Claro — Ela sorriu e foi para um lugar mais calmo atender a ligação, imagino eu.

Me sentei em uma cadeira giratória que estava vazia, junto a uma mesa. Deixei a mochila sobre ela e peguei meu celular.

Estava prestes a mandar uma mensagem pra Marina, avisando que cheguei, mas fui interrompida, por uma ruiva falante.

Alors vous y êtes! Je te cherchais depuis des heures, jeune fille! — Então aí está você! Eu estive procurando por você por horas, garota! — Ela disse ficando ao meu lado, tão rápido que meu francês barato se perdeu pelo caminho

— Ah... desculpe, não entendi bem o que disse, mas sei que não sou essa Fille. — Ela me analisou, mordendo um macarron azul — Você me entendeu? Espero que fale inglês por quê meus francês não é bom — Ri

— Você me parece familiar — Ela disse no meu idioma, se sentando ao meu lado e jogando uma pilha de papéis sobre a mesa

— Me lembraria se já tivesse a visto — Observei seus cabelos vermelhos

— São naturais — Ela disse, jogando - os pra trás. Apesar do seu sotaque francês carregado, eu conseguia entender bem o que ela dizia. — Seja como for, vou me lembrar de você em algum momento — Ela se levantou — Agora eu estou azul de fome, preciso me reabastecer, você vem? — Me encarou

— O quê, com você? — Questionei

— E com quem mais seria? Não vou engordar você e te por no forno — Revirou os olhos — Apesar dos cabelos vermelhos, não sou bruxa

— Não foi o que eu quis dizer, eu só....

— Aí está você! Por onde andou, criatura? — Minha mãe disse vindo em nossa direção

— Eu...

— Tive que ir ao arquivo. Odeio aquele lugar — A ruiva cruzou os braços com irritação. E só aí percebi que minha mãe estava falando com ela e não comigo. — Você já viu essa belezinha? — Apontou pra mim — Está perdida.

— Não estou perdida — Protestei

— Ah não? — Ela me analisou

— Não! — Conformei

— É minha filha — Minha mãe ria da cena. — Estava te procurando para apresenta - lá.

— A sua Cecília?! —  a ruiva Rose, quase gritou — Ela é ainda mais linda pessoalmente. Venha dar um abraço na sua tia — Me puxou para os braços dela.

Que mania de me apertarem!

— Tia? — Sussurrei para minha mãe que só fazia rir. Ela deu de ombros

— Eu pensei em mil coisas para fazermos — Rose disse animada me soltando — Pena você ficar aqui por tão pouco tempo — Fez uma cara tristonha — Mas não vamos desanimar, vai que você acaba escolhendo ficar aqui?

— Ah... — Como ela podia falar tanto?

— Agora eu preciso trabalhar meninas — Deu um leve tapinha no ombro da Rose — Rose vai cuidar de você está bem? Eu não vou demorar muito — Me deu um abraço — Seja boa com ela. Minha amiga é meio doidinha — Sussurou em meu ouvido.

— Vou leva - lá ao melhor restaurante desse lugar — Rose disse animada — Você gosta de comer não é Cecília? É bom que sim — Disse me puxando pela mão — Não se preocupa Helena, vou cuidar bem dela! — Gritou

— Espero que ela cuide de você! — Minha mãe gritou de volta.


*


— Você é sempre assim? — Perguntei a Rose quando sentamos em uma mesa do lado de fora do restaurante.

O sol quase não era mais visível, a não ser por uma mísera claridade. Era uma visão linda de se ver. Queria tanto que a Marina estivesse aqui comigo.

Passei a mão pelo bolso da minha calça á procura do celular, mas não o encontrei. Acho que o deixei na mochila.

— Alegre? Sim! — Ela disse entusiasmada — O que está procurando? — Me observou

— Não era nada — Disse desanimada

— Você é exatamente como a sua mãe fala — Ela disse me observando

— Ela fala muito sobre mim? — Desvio a atenção pro garçom quando o mesmo trás nossos pedidos. Agradecemos e ele vai embora.

— Respondendo a sua pergunta: sempre. — Sorri — Ela te ama muito

— E eu a ela. — Digo — Gosto que ela tenha alguém como você por perto. Cuidando dela, enquanto eu não posso.

— E eu faço com muito gosto. Gosto muito da Helena.

— E eu percebi que ela de você. Fico feliz por isso.

— Essa ruiva pode ser doida, mas tem um ótimo coração — Ela fala me arrancando um sorriso.



*


Depois de almoçar/jantar com a Rose e esperar minha mãe, sair do trabalho, viemos para casa.

Ela estava no banho, então aproveitei para falar com a Marina.

Depois do terceiro toque ela atendeu.

— Já estava começando a pensar que você estava ocupada demais pra atender sua namorada — Disse me jogando na cama

— E mesmo que estivesse eu daria um jeito —

— É bom saber. É cedo demais pra dizer que já sinto sua falta? —

— Não. Você sente?

— Muita. — Ouvi risadas do outro lado — Onde você está? — Perguntei me sentando na cama

— Na casa da Hannah. O pessoal está aqui e eu resolvi vir. Estava muito solitário em casa sem você e também a minha mãe estava no meu pé por ter sumido da festa ontem sem nem avisar —

Ainda bem que eu não estou aí, se não aposto que ela colocaria toda culpa em mim — Ela riu — E como estão todos?

— Todos bem, menos a Hannah. Acho que ela está chateada e acredito que tem a ver com os pais dela — Ela disse e eu suspirei

— E por que não está com ela? Ela deve estar precisando de uma amiga agora.

— Ah, não se preocupe, ela está em ótimas mãos. — Eu podia facilmente imaginar sua cara sapeca

— De quem está falando? — Minha curiosidade foi aguçada.

— De quem você acha?

— James? — Arrisquei

— Óbvio — Ela riu — Não sei quem eles ainda querem enganar, está tão na cara que estão apaixonados um pelo outro.

— Nunca pensei que chegaria a ver o James assim. — Neguei com a cabeça

— Cecília! Minha mãe gritou

— Eu também não — Marina riu do outro lado da linha

Já estou indo!  — respondi

— Tenho que ir agora.

— Já? — Sua voz era manhosa

— Logo, logo eu estou de volta —

— Não vejo a hora — Ela respondeu

— A gente se fala amanhã? — Me levantei da cama

— Amanhã? Mas o dia acabou de começar, e o que você vai fazer o dia inteiro que não vai poder falar comigo? — Ela parecia brava

— Acabou de começar aí, mas por aqui ele já foi, faz tempo e o amanhã chega daqui a algumas poucas horas.

— Maldito fuso horário — Ela resmungou e eu ri

— Eu te amo — Disse sinceramente

— Eu amo você — Declarou — Volta logo tá? — Eu assenti

— Vai passar tão rápido que você não vai nem perceber — Ri — Até amanhã

— Até amanhã — Ela disse e encerramos a ligação


*


No dia seguinte acordei primeiro e resolvi preparar um belo café da manhã e levar na cama.

Eu não tinha idéia do que minha mãe queria fazer hoje, compras, passeio, não fazia idéia. Mas acho que ela vai gostar de acordar com o café na cama. Afinal, quem não gostaria?

Preparei uma bandeja com fatias de pão, geleia, croissant, baguette e café.

Fui até o quarto onde estavam minhas coisas para pegar o presente que eu havia comprado pra ela e observei a cama arrumada. Por insistência dela dormimos juntas, com ela praticamente me amassando — Ri ao lembrar — mas não reclamei, era bom ter ela por perto depois de tanto tempo.

Segurando o presente entre os dedos e a bandeja firme em meus ante - braços. Caminhei em silêncio até o quarto dela.

Olhei frustrada pra cama vazia.

— Mãe, você estragou toda a surpresa! — Reclamei quando a vi sair do banheiro do quarto.

— Oh, você ia me trazer café na cama? — Ela disse desacreditada

— Uhum — Murmurei fazendo bico. Ela riu, voltando pra cama. Após deitar ela fingiu despertar novamente

— Café na cama? — Disse "surpresa" — Melhor aniversário de todos — Ri

— Melhor mãe de todas — Disse subindo na cama ajeitando a bandeja — Feliz aniversário — Lhe dei um beijo no rosto — Seu presente — Lhe entreguei a sacola

— Gosto de presentes — Ela disse colocando a sacola de lado — Mas ter você aqui comigo, esse é o melhor presente que eu poderia receber — Sorriu me abraçando de lado — Agora vamos comer antes que esfrie.



*

Esse com certeza foi o aniversário mais tranquilo que ela já teve. Depois de desligarmos os celulares — Para evitar interrupções — passamos o dia inteiro vendo filmes e comendo besteiras.

A questionei sobre sairmos, mas ela disse que queria aproveitar o tempo comigo já que logo vou embora, então não protestei.


*


Meu pescoço doía, provavelmente pelo mal jeito que dormi. Sentia cada parte do meu corpo doer mais enquanto a sonolência se esvaia do meu corpo.

— Dormirmos no sofá? — Perguntei pra minha mãe que acabava de acordar, assim como eu.

Seu corpo estava metade em um sofá e metade em outro, com certeza suas costas estavam piores que as minhas

— Sempre que puder evite dormir no sofá — Ela se sentou com dificuldade — Dormir é a parte fácil, acordar nele é que é o problema

— Anotado — Disse rindo

— Preciso de um banho — Ela se levantou indo até o banheiro.

Estava quente, provavelmente o sol já havia dado o "ar da graça" a um bom tempo.

Peguei meu celular para olhar as horas, mas ele não ligava. Talvez estivesse descarre.... Desligado. — lembrei 

Pressionei a tecla de liga/desliga e esperarei.

Eram 10AM.

Mandei uma mensagem pra Marina desejando bom dia e avisando o motivo do meu "sumiço" mas provavelmente lá nem amanheceu ainda.

Fui para meu quarto e fiquei em baixo do chuveiro aproveitando a água fria em contato com o calor do meu corpo.

*

— Aonde vai? — Perguntei com a boca cheia de macarron quando minha mãe passou pela sala, arrumada e perfumada.

— Surgiu um problema no trabalho e eu preciso ir resolver — Ela revirou os olhos — Quer vir junto? — Pensei sobre. Mas ela provavelmente ficaria bem ocupada e eu não queria ser mais uma preocupação.

— Não, prefiro ficar — Respondi

— Tudo bem. Prometo tentar não demorar — Me deu um beijo na testa — Qualquer coisa liga pra mim, vou ficar com o celular por perto, está bem? — Assenti

— Bom trabalho — Disse antes que ela fechasse a porta.

Duas horas depois eu estava entediada demais para ficar ali. Já havia comido todos os doces possíveis e assistir não era uma opção, não depois do dia de ontem.

Parei perto da janela e observei a rua movimentada lá fora. Por que não?

Corri até o quarto, troquei minha calça moletom por uma saia  jeans que ia até acima do meu joelho e um cropped roxo de manga.

Fui até o quarto da minha mãe e peguei a câmera fotográfica dela, troquei a lente antiga por uma nova.

Com a alça da câmera envolta do meu pescoço, peguei uma bolsa pequena para levar o celular e a chave.

Nunca fui muito de fotografias, mas queria tirar algumas pra Marina. Sei que ela gosta.

E por falar nela, com esses dias agitados acabei me esquecendo de falar dela pra minha mãe, coisa que eu realmente não estou evitando por temer a reação dela, mas talvez o destino queira me dizer algo com essas "interrupções"


*

Me aventurando pelas ruas movimentadas de Paris tirei diversas fotos, de simples flores á crianças se lambuzando com sorvete.

Avistei um banco e resolvi me sentar. Parecia que eu havia andado por horas sem parada.

Parando pra observar o local parecia bem diferente de onde eu estava quando saí do apartamento.

— Merda — Observei o lugar atentamente. Nada me era familiar, nada.

Eu não queria dizer em voz alta, mas eu estava perdida.

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