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CAP 25

Marina Bittencourt

Tentei não me precipitar e pensar coisas antes que ouvisse ela própria dizer, mas o que eu poderia pensar? Se ela não disse um sim, então a resposta seria um não?

— Eu me precipitei não é? — Disse enquanto ela me observava — Sou uma idiota — Ri sem humor passando a mão pelos meus cabelos — Eu deveria...

— Sim! — Fui interrompida pela sua voz — É tudo que eu mais quero. Ser sua namorada — Veio até mim me abraçando, fazendo com que a distância que estava entre nós não existisse mais.

— Mas você... — Ainda estava surpresa pela mudança drástica — Sim. Sua resposta é sim! — Sorri a abraçando apertado.

— Claro que seria sim. O que você estava pensando? — Riu se afastando apenas o suficiente para me olhar, repousando seus braços em volta do meu pescoço.

— O que queria que eu pensasse com um "eu... Mais pausa para o suspense". — Disse envolvendo sua cintura com meus braços.

— Bom, eu só queria ter feito o pedido — Arqueei as sobrancelhas surpresa — Mas fico feliz que tenha feito — Sorriu — Agora posso... Beijar minha namorada? — Indagou com um sorrisinho de canto.

Aproximei nossos rostos, o suficiente para sentir sua respiração quente. Passei meus lábios pelos lábios macios dela, mas sem beija - lá, minhas mãos que estavam em sua cintura subiram pelas costas, nos aproximando mais, indo em direção a nuca. Afastei seus cabelos e com a outra mão segurei firme sua nuca e a beijei.

Era um beijo calmo, conhecido por nós duas, mas agora tinha algo de diferente. Não éramos mais amantes secretas, éramos namoradas.

— Resta alguma dúvida disso? — Perguntei sorriso quando nos separamos o suficiente para um olhar.

— Ainda bem que não — Ela sorriu e voltou a me beijar.


2 semanas depois


— Já se passaram duas semanas — Hannah disse enquanto remechia o closet dela pela quinta vez — É muito mais tempo do que eu já durei com alguém. — Concordei mesmo que ela não pudesse ver

— Você não é do tipo que se apega — Disse sentada em sua cama.

— Talvez esse seja o problema — Disse distraidamente — Vermelho ou azul? — Perguntou saindo do closet com os vestidos em mão.

— Ainda não sei onde você vai, mas o preto é melhor — Disse apontando para o mesmo que estava jogado em um puff próximo a ela. Pouco decote, justo ao corpo dela, de alcinha, um pouco acima dos joelhos.

— Tem razão — Disse jogando os vestidos em mão no puff e pegando o que eu sugeri.

— E então? — Ela me encarou enquanto vestia o vestido — Não vai me contar pra onde vai? — Continuei

— Não é nada demais — Deu de ombros indo até o closet de novo.

— Comecei a reparar que você sempre me diz isso quando está se intessando por alguém — Falei alto para que ela pudesse ouvir

— Acha que eu deveria escovar o cabelo? — Perguntou ignorando o que eu disse.

— Não. Seria uma perda de tempo — Me levantei da cama indo até a penteadeira — Afinal você vai bagunçar ele mesmo — Dei de ombros e ela me deu um tapa

— Não me compare com você — Piscou — E não vou sair com ninguém. Por acaso não posso me arrumar? — Disse voltando com o secador

— Claro que pode. Só achei que não havia mentiras entre nós — Falei como quem não quer nada.

— E não há — Ficou ao meu lado. Olhei para ela — Mas todos temos segredos. — Sorriu de lado.

*


— O que você acha de segredos? — Perguntei para Cecília enquanto ela fazia carícias em meu cabelo. Eu estava quase dormindo com aquilo.

— Segredos, hum? Você tem alguns de mim? — Perguntou e eu olhei pra cima, para encara - lá.

— Isso não responde a minha pergunta — Ela riu

— Então respondendo a sua pergunta, eu acho que não tem problema, contanto que não vire uma mentira, entende? —

— Um pouco. — Abaixei o olhar

— Tem algo te incomodando? — Parou de mexer em meus cabelos

— É que... — Sentei na cama ficando de frente para ela — Eu nunca fui de guardar nada dela sabe? Da minha mãe. — Esclareci — Sempre que ela me olha é como se soubesse... e estivesse apenas esperando eu contar, mas eu não conto. — Dei de ombros.

— Você quer contar pra ela? — Perguntou pegando minha mão —

— Não sei, não sei como ela vai reagir.

— Não acho que ela vá fazer algo de tão ruim. Por mais que ela fique surpresa ou histérica no início, ela vai acabar entendendo. Ela ama você. — Me abraçou beijando o topo da minha cabeça.

— É, vamos torcer pra reação dela não ser tão ruim. — Disse ainda no abraço.

— Mudando de assunto — Me afastou um pouco, o suficiente para me encarar — Tenho que te contar uma coisa. Duas, na verdade — Acrescentou quando me afastei

— E o que é? — Perguntei

— Bom, por alguma brincadeira do destino. Ou puro sarcasmo — Acrescentou distraidamente — Você e a minha mãe fazem aniversário praticamente perto uma da outra — Franzi as sobrancelhas sem entender onde ela queria chegar — O que eu quero dizer é que... Eu vou para Paris depois da sua festa de aniversário — Disse soltando o ar

— Ah....

Eu não sabia o que dizer ou pensar. Afinal ela não vai para morar lá, não é?

— Você vai, pelo aniversário da sua mãe, não é? —

— Sim, por que mais seria? — Não respondi — Está chateada? — Se aproximou pegando minha mão.

— Não — Balancei a cabeça — Eu só não queria que... Vai parecer idiota, mas eu já estou sentindo saudades antes de você ir. Quanto tempo você vai ficar?

— Eu vou na sexta. E ficar o final de semana também — Acrescentou — Você vai ver como vai passar rápido — Beijou meu rosto

— E a outra coisa? O que é? — Perguntei na esperança de que não fosse uma notícia na vibe da primeira.

— Contei ao meu pai. — Disse simplesmente.

— Contou o que ao Ricardo? — Perguntei confusa e ela riu — Você contou sobre nós? — Falei surpresa

— Sim — Disse calmamente.

— Você... Você... Como ele reagiu?

— No fundo eu acho que já sabia a reação dele — Sorriu

Pov. Cecília

"Era a terceira vez que eu ensaiava a batida na porta. Ele estava no escritório á algumas horas, estava trabalhando de casa hoje. Sabia que era o momento perfeito para contar, estávamos sozinhos e não corria o risco de alguém chegar e levar minha coragem embora.

Resolvi esquecer a batida na porta e simplesmente entrei. Ele não se mexeu, pareceu saber que eu já estava ali.

— Estava pensando "quando ela vai parar de andar de um lado para o outro e entrar?" — Ele disse com os olhos no computador. Fechei a porta e me sentei na cadeira a sua frente.

— Como... Sabia que eu estava aqui? — Perguntei e ele apenas aseentiu.

— Pude ver sua sombra por debaixo da porta — Disse —  Sobre o que quer conversar? —

E foi aí que eu comecei a me perguntar o quão transparente meu rosto era ou ele simplesmente me conhecia bem.

— Ou veio apenas matar saudade do seu velho pai? — Perguntou voltando a atenção pra mim, com um sorriso

— Você não é velho — Ri

— Ainda não — Concordou rindo e ficamos em silêncio. — E então, tudo bem? — Perguntou quebrando o silêncio.

— Tudo ótimo. E com você? — Perguntei dando de ombros.

— Bem também. Vou me casar sabia? — Disse arqueando as sobrancelhas e eu ri.

— É mesmo? Interessante — Sabia que devia falar logo, ele já havia me dado a deixa. — Encontrei alguém — Disse de uma vez

— Está namorando? — Perguntou unindo as mãos por cima da mesa.

— Estou? Teoricamente se eu disser "não" será mentira, então eu acho que sim. Estou. — Levei o dedo indicador até a boca e foi inevitável não roer a unha. Ele apenas me encarava pensativo. Desviei o olhar.

— Legal. — Seu tom de voz não parecia animado, mas não era ruim — Você está feliz? — Voltei meu olhar para ele.

Não esperava por essa pergunta. Dentre todas as que imaginei que era ele faria, essa não era uma delas.

— Sim — Sorri — sim, eu estou.

— Então está bem. — Olhou rapidamente para o computador — Quando vou poder conhecer? — Voltou a me encarar.

Digo que já se conhecem?

— Acho que não vai ser preciso. — Respondi vendo que não tinha mais unha naquele dedo.

— Como não? Não entendi.

— Pai... Eu... Bom, eu tenho que te contar uma coisa. Mais uma — Ri de nervosismo — Pode ser uma surpresa ou até um choque no início, é normal. E eu vou super entender se você precisar de um tempo pra digerir, sabe? — Me levantei da cadeira e comecei a andar de um lado para o outro na sala — Eu só quero que saiba por mim. Tenho certeza que se sentiria muito traído se fosse de outro modo e por isso...

— Cecília? — Me interrompeu

— Hum — Parei de andar e voltei minha atenção para ele.

— É só falar. Não vou brigar com você — Assegurou

— Sei que não — Me sentei novamente — Mas eu preciso fazer a introdução não é? Então lá vai. Eu encontrei a pessoa que me faz sentir eu mesma e é alguém que eu quero estar e eu vou estar não importa o que aconteça. Eu encontrei uma amiga, uma confidente, alguém que eu acho que é o amor da minha vida. Pai eu... Eu me apaixonei pela Marina. Eu estou com ela. — Ele continuou me encarando, completamente neutro. Não sabia o que ele estava pensando, nem podia imaginar.

Ele se levantou e andou até mim. Pediu que eu me levantasse e assim eu fiz. Me olhou nos olhos e me deu um abraço. Fui pega de surpresa, então demorei um pouco para retribuir.

— Você está feliz? — Perguntou novamente ao me soltar.

— Estou — Respondi sorrindo.

— Eu sempre soube que vocês iam se dar bem. Tenho sentido pra essas coisas. Então você gosta de mulheres? — Perguntou franzido o senho.

— É... Parece que sim.

— Ok — Deu de ombros — A sua mãe vai surtar — Riu

— Ela vai não é? — Ele assentiu ainda rindo.

— Você deixa eu contar pra ela?

— O quê? — Disse rindo

— Por favor — Disse juntando as mãos.

— Não, nem pensar. Você vai mata - lá — Disse negando com a cabeça enquanto ele ria. — Então... Está tudo bem? — Era só pra ter certeza.

— Claro que sim. Você é minha filha e eu te amo. Nada nunca vai mudar isso"


— Confesso que não esperava por essa. — Ri de lado — Acho que temos mães difíceis — Disse e Cecília concordou — Vai contar pra ela na viagem? — Ela me olhou com dúvida.

— Quando você vai contar pra Lívia? —

— A questão é: como. — Respondi — Mas que tal a gente esquecer isso por enquanto? — Ela assentiu — Posso dormir com você hoje?

— Não precisa nem perguntar duas vezes — Disse me puxando para o lado dela na cama. Apoiei minha cabeça em seu peito e adormeci ao som das batidas do seu coração.

*


Dois dias se passaram desde a minha conversa com a Cecília e agora eu tinha coragem o suficiente para contar a minha mãe que estamos juntas.

Cecília até se ofereceu para vir comigo, mas eu achei melhor não. Por mais que eu conheça minha mãe, nunca sei qual será a  próxima ação dela.

— Mãe, temos que conversar. — Disse ao entrar na sala de estar e encontrar ela por lá. Deixando a mochila numa cadeira me aproximei dela.

— Que bom que chegou — Falou animada — Tenho algumas idéias para sua festa e quero saber se você gosta — Disse me mostrando uma revista e ignorando o que eu disse — Senta — Bateu ao seu lado no sofá

— Mãe, eu quero conversar com você. É sério — Disse me sentando sem pegar a revista

— Vamos conversar, mas depois que me falar o que acha — Disse empurrando a revista para mim

— Não sei pra quê me pergunta. Eu disse que não estava animada pra festas e você fez, não quero ter nada a ver com isso. — Peguei a revista e coloquei na mesa ao meu lado, longe dela — Essa festa é sua. Não minha — Ela me olhou desacreditada.

— Eu... Posso desfazer tudo — Disse desviando o olhar de mim

— O quê? Não. Não foi isso que eu quis dizer — É impossível conversar com ela, sempre tão dramática — Mãe, olha pra mim — Voltou o olhar pra mim, devagar e marejado — Eu quero a festa, está bem? É só que... Os convidados deveriam ser pessoas que eu conheço e não completos estranhos que eu nunca ouvi falar — Sorri para tranquiliza - lá.

— Está bem. Desculpe por isso — Disse devolvendo o sorriso e segurando minha mão — Vou deixar essa parte com você.

— Está bem.

— O que você queria falar? — Disse calma e por algum motivo isso não me encorajava em nada.

— Eu? Ah...não era nada. Bobagem — Comecei a me levantar, mas ela me puxou de volta.

— Eu não te conheço de hoje, caso você tenha se esquecido — Disse me fazendo engolir seco — Pode me falar o que quiser. Ou você não confia em mim?

— Claro que confio — Disse apressada — É só que... Não sei como você vai reagir quando eu contar — Apertei meus dedos com a outra mão nervosamente, abaixando a cabeça

— Contar o quê? — Segurou meu queixo me fazendo encara - lá.

— Eu... — Engoli seco — Eu... Ãh

— Fale de uma vez Marina. Está me deixando nervosa — Ela raramente me chamava pelo nome. Então cheguei a conclusão de que minha única opção era contar de uma vez.

— Eu estou namorando. Estou apaixonada e não há nada o que você possa fazer quanto a isso. Dessa vez não vou deixar que me diga como fazer com meu relacionamento, não vou ouvir suas lamentações. Eu só quero que... Que aceite e se não aceitar que me apoie, ao menos — Fui firme

— Quem? — Perguntou ríspida

— Cecília — Disse ainda mantendo o olhar, observando cada reação.

— Ce... — Ela me olhou desacreditada e se levantou, ficando de costas para mim.

— Mãe? — A chamei quando a mesma começou a caminhar até a saída — O que está fazendo? — Se virou para mim

— Tenho uma festa para planejar — Disse ao mais natural possível.

— Mas e...

— Você só está confusa — Caminhou até mim — Meu amor — Segurou meu rosto entre suas mãos — Você é jovem, toda essa confusão de sentimentos vai passar — Sorriu — E vai acabar — Me encarou séria. Caminhando até a saída novamente — Tudo isso é bobagem — Ouvi dizer antes de sair.

Fiquei parada no mesmo lugar, sem me mexer um centímetro. Ainda estava atônita. Ela claramente não me levou a sério ou simplesmente preferiu fingir que não era real.

Seja como for, estou aliviada por ter contado. Por mais estanho que ela tenha reagido, não vai poder me acusar de esconder nada dela.

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