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CAP 20

Marina Bittencourt

Algumas semanas depois...

Uma vez ouvi dizer que amigos são a família que escolhemos. Aqueles que decidimos colocar na nossa vida e viver ao lado deles. Aqueles que são ligados a nós por algo maior que o sangue. Conexão, talvez afinidade, ligação de almas ou o que quer que seja.

E eu não duvido disso. Não duvido de que os amigos que fiz tenham sido a melhor escolha.

— Como vocês acham que foram nas provas? — James perguntou me fazendo sair de meus pensamentos.

Agora eu poderia dizer que éramos todos amigos, claro que uns com maiores afinidades que outros, mas todos amigos.

— Com tanto que eu não reprove — Hannah disse dando de ombros

— Também! — Liam, Valentina, Eu e Cecília dissemos juntos e rimos

— Eu acho que a gente precisa de uma festa — Hannah disse travessa — Todo mundo aqui é inteligente, então a gente deveria é comemorar ao invés de ficar pensando como foi na prova — Disse a última parte lançando um olhar para o James

— Isso foi uma indireta querida?! — Retrucou e ela se inclinou para a frente

— Na verdade foi uma direta — Era quase sempre assim entre eles, chegava a ser irritante

— Parem com isso! — Cecília falou — Concordo com a Hannah, deveríamos mesmo ir a uma festa, se destrair. Aproveitar a companhia um do outro — Olhou para mim, não consegui conter o sorriso que surgiu em meus lábios

— Olha só, não era você quem odiava festas? — Valentina perguntou rindo

— As pessoas mudam — Mostrou a língua para a amiga e todos rimos.

Passamos uma tarde agradável, como era na maioria das vezes depois da escola. Depois que todos foram embora eu fui para o meu quarto, pensei em descansar um pouco antes do jantar, mas assim que deitei na cama a porta do meu quarto foi aberta escancaradamente. Eu teria dado um pulo da cama se já não soubesse quem era.

— Finalmente terminei! — Ela disse se jogando na minha cama e me entregando uma folha.

— O que é isso? — Perguntei segurando o riso e me ajeitando na cama.

— O meu desenho, se esqueceu? — Cecília esticou mais o braço para que eu pegasse a folha — Na verdade, o seu desenho. Vê se gosta. — Sorriu ao dizer. Aquele sorriso que sempre me fazia sorrir logo em seguida.

Depois da gravidez, do acidente, da perda, nós ficamos muito próximas. Eu ainda não conseguia conversar sobre o assunto, mas ela estava sempre por perto quando eu precisava ou não. Mas sua companhia não me incomodava, na verdade era o contrário, me agradava.

Não conversamos sobre nós, mas estávamos juntas de certa forma.

Virei a folha que estava do avesso desde que ela me entregou e permaneci encarando o desenho. Era eu. Ou melhor, um desenho de mim. Ela disse que o faria, mas não achei que ela fosse realmente boa naquilo. Eu estava de perfil, meus cabelos ondulados e parte do meu vestido vermelho estava no desenho, o vestido do dia do aniversário da Hannah.

Me encantei com cada traço. Realmente era eu, só que aos olhos dela. Nunca pensei que me veria daquela forma, não era como me encarar no espelho ou ver meu reflexo em qualquer lugar, era como se eu realmente pudesse me ver. O que mais me chamou atenção foi o sorriso. Meu sorriso. Não pensei que sorrisse assim.

— E então? Gostou? — Perguntou curiosa — Está aí olhando a horas — Bufou

— Eu... Amei! — Lhe encarei pela primeira vez desde que vi o desenho. — É lindo! — Sorri

— É você. Não tinha como ser outra coisa — Riu

— Confesso que duvidei das suas capacidades em fazer algo digno — Ela arqueou as sobrancelhas — Mas você é muito boa, sério. Eu diria que estou até mais bonita aqui — Disse colocando a folha ao lado do meu rosto — Vê?

— Para mim são iguais. Porquê é assim que eu vejo você — Sua voz foi suave.

— O sorriso.

— O quê? — Me encarou confusa

— Foi o que eu mais gostei. É assim que eu sorrio? — Perguntei colocando o desenho ao meu lado na cama e a encarei aguardando sua resposta.

— É assim que você sorri para mim — Disse

Não esperava por essa resposta. Eu imaginei um sim ou um não, mas não aquilo. Ficamos ali, em silêncio. Apenas nos encarando, não nos encarando, apenas nos analisando ou pensando em qualquer outra coisa.

— Gosto quando sorri pra mim — Ela se aproximou com cuidado, tocando meu rosto de leve e eu aproveitei o carinho. — sempre gostei, sempre soube quando era pra mim — Se aproximou mais

— Você é bem convencida não é? — Já era possível sentir sua respiração

— Eu sou — Afirmou roçando nossos narizes. Fechei os olhos — Sabe de outra coisa que eu sei?

— O quê? — Falei ofegante e impaciente

— Você quer que eu a beije — Afirmou

— É mesmo? E então por que você não faz logo? — Ela sorriu

— Porque eu quero que você peça — Ela só podia estar de brincadeira 

— Você vai acabar quebrando o clima — Fiz bico

— Não se você pedir logo — Se aproximou roçando nossos lábios — Não é tão difícil — Falou em meu ouvido

— Me beija — Disse não conseguindo mais resistir e ela assim o fez.

Me beijou com urgência. A saudade falava mais alto que tudo. Precisávamos de proximidade. Segurei em sua cintura a puxando para mais perto de mim, ela arfou e segurou firme meus cabelos próximo da nuca e puxou. Um pouco mais forte que as outras vezes, mas não reclamei.

O beijo ficou mais intenso. Passou para leves mordidas no pescoço, alguns arranhões. Logo Cecília já estava no meu colo, não me lembro de como ela foi parar lá, mas em nenhum momento pensei eu tira - lá de lá.

Suas mãos eram tão hábies que logo já estavam por dentro da minha blusa e tocando meus seios. Eu a queria, sabia que sim, meu corpo sabia. Mas não agora.

— Eu... — Disse parando o beijo — Acho que não é a hora. — No mesmo instante suas mãos pararam o que estavam fazendo e ela me encarou.

— É que você é muito irresistível — Sorriu. Suspirei aliviada.

— Pensei que fosse se chatear, pela cara que fez — Tocou meu rosto.

— Claro que não. Como pode pensar uma coisa dessas? — Me deu um selinho rápido — Mas... — Hesitou —

— Mas?

— O que a gente faz agora? — A encarei confusa — Digo, eu sei que não estamos juntas e eu não quero que nenhum espertinho venha e leve você. — Sorri

Sabia exatamente de quem ela estava falando.

— Não se preocupe — Coloquei uma mecha de seu cabelo para atrás da orelha — Eu só quero você! — Ela sorriu

— Acho bom. — Disse me empurrando na cama e me beijando.

*

— Então agora estamos nos conhecendo? — Cecília perguntou novamente enquanto eu alisava seu cabelo.

— Isso.

— Mas já nos conhecemos. — Virou - se para me encarar

— Mas não sabemos tudo uma sobre a outra. Muita coisa na verdade. — Disse e ela murmurou algo. — Você podia começar — Incentivei

— Eu gosto de sorvete, ler, dormir, bolo de chocolate — Se virou, ficando de frente para mim — Dos beijos da minha futura namorada — Me roubou um selinho.

— Sua boba — A empurrei — Tem que ser coisas que eu não saiba.

— Bom... Você sabe que eu não gosto do Maria do meu nome — Assenti — Porquê era da minha avó materna. Ela não era, bem, não era uma avó ruim, mas eu nunca gostei do jeito que ela tratava a minha mãe. Era sempre arrogante e ficava colocando ela pra baixo. Não sei como ela a suportava. Minha mãe diz que é uma homenagem, mas eu nunca entendi o porquê.

— Você não deveria pensar assim. Ela não era uma má avó e se foi uma má mãe parece que a sua mãe a perdoou em algum momento. Então talvez você não devesse sentir... Rancor dela.

— Pode ser — Deu de ombros. — Sua vez!

— Está bem — Me ajeitei na cama — Eu gosto de fotografar.

— Sério? — Parecia surpresa — Nunca vi você com uma câmera.

— Eu não uso muito. Só porque gosto não significa que leve jeito. — Dei de ombros.

— Fala sério! Aposto que você é ótima. Posso ser sua modelo se quiser treinar, o dia que quiser.

— Vou cobrar — Sorri — Agora sua vez!

— Eu... Eu lembrei de uma coisa — Deu um salto da cama, me assustando — Espera aqui. — Disse antes de sair correndo em direção a saída do quarto.

Apenas fiquei ali parada sem entender nada. Acho que não demorou mais de dois minutos até ela voltar, com algo nas mãos.

— Vai me explicar agora ou eu vou ter que adivinhar? — Perguntei assim que ela entrou

— Desculpa! — Respirou ofegante e se sentou na cama — É que eu já queria te contar isso e acabei esquecendo.

— E...

— E que eu encontrei isso — Esticou o braço com o que parecia ser uma foto em sua mão, mas quando fui pegar ela puxou de volta para si — Você não vai acreditar onde encontrei essa foto. Quando vi achei tão estranho — Ela falava gesticulando com as mãos e eu só queria saber o que aquela foto tinha de tão especial — Lembra daquele livro que eu peguei no escritório do meu pai? — Assenti — Pois é, foi lá que eu encontrei. Fiquei pensando, quem será? E ao mesmo tempo intrigada por que eu acho que já a vi em algum lugar.

— Você quer me entregar logo essa foto ou eu vou ter que tomar da sua mão? — Tentei pegar, mas ela recuou

— Eu ainda não terminei. — Revirei os olhos — Depois de tanto pensar, eu acabei descobrindo quem era, pelo menos eu achei que soubesse.

— E quem é? — Perguntei curiosa, afinal ela estava fazendo todo esse alvoroço

— Eu ainda não sei, mas pensei que pudesse ser eu. Não que eu lembre como era meu rosto quando criança, mas felizmente as fotos estão aqui para isso. Então eu comparei com umas fotos minhas e elas tem sim alguma semelhança, mas acredite se quiser, nem sempre o meu cabelo foi preto, até os cinco anos eles eram castanhos. Então por isso sei que não sou eu na foto, apesar da semelhança.

— Então tem uma menina na foto? — Perguntei tentando entender aquele raciocínio, mesmo não sabendo onde ela queria chegar.

— Sim! E no verso da foto tem algo escrito: "Pequena lua". E o mais doido é que alguém me chamava assim quando era criança. Eu consigo ouvir a voz, mas não consigo me lembrar quem era e quando eu me lembro da pessoa são só borrões, não consigo ver nada direito. Quer ver a foto? — Arqueei a sobrancelha

— Pensei que nunca fosse perguntar — Peguei a foto e a olhei. Tinha uma bela menininha com longos cabelos pretos, ela sorria e eu tive a impressão de já ter visto ela antes, em algum lugar, eu só não me lembrava onde. Aqueles olhos, me eram familiares.

Cecília começou a falar sobre algo, mas eu não conseguia prestar atenção. Minha mente tentava se lembrar onde eu já tinha visto ela, quando. Sabia que a conhecia. Eu continuava encarando a foto. Eu tinha que lembrar, sabia que não tinha muito tempo desde a última vez que a vi, só precisava de um pequeno esforço. E então eu lembrei.

— Eu sei... Sei quem é essa menina — Disse quase sem acreditar. Cecília parou de falar e prestou atenção em mim

— Sabe? De onde a conhece? — Perguntou e eu finalmente tirei os olhos da foto e a encarei.

— Sei. — Minha respiração começava a acelerar — Sei porque... É a minha mãe.

Quase não conseguia acreditar no que estava dizendo e a Cecília no que estava ouvindo, mas era ela. Eu tinha quase certeza.

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