Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAP 17

Maria C.M. Ferri

Dor de cabeça, muita dor de cabeça.

Era a única coisa que eu sentia desde que abri os olhos. Ainda deitada na cama e com a mão sobre a cabeça, eu tentava raciocinar sobre tudo o que tinha acontecido ontem. Não me lembro de nada. Bom, não nada, mas boa parte das coisas que aconteceram desde o jogo de verdade ou consequência são como flashes sem sentido na minha cabeça. Ah...o jogo, o desafio, o beijo. Só de lembrar uma estranha sensação passa pelo meu corpo, principalmente por entre as minhas pernas, me causando um arrepio. 

— Cecília — Reconheço a voz do meu pai por trás da porta. Merda!

— Oi — Digo me sentando na cama, mas ele não abre a porta.

— Você vai descer para almoçar? — Perguntou ainda do lado de fora

— Já? — Perguntei coçando a cabeça

— Já são 13h da tarde — Disse acompanhado de uma risada — Parece que a festa foi boa — Disse abrindo a porta, pondo apenas a cabeça para dentro do quarto, me fazendo tomar um leve susto

— Acho que sim. Não foi ruim — Sorri fraco — Eu vou...eu já desço — Ele apenas assentiu e saiu, fechando a porta e eu me joguei com força na cama

Levantei relutante, parecia que minha cabeça pesava mais que o meu próprio corpo. Ao passar pelo espelho do banheiro paro para olhar o desastre que eu estou. Bufo e reviro os olhos. Eu estou horrível. Meus cabelos espalhados, meus olhos quase não abrem e minha pele está toda marcada de sono e de...

— Que marcas são essas? — Questiono - me ao observar os arranhões no meu braço que estão bem visíveis, assim como algumas marcas roxas nos meus ombros — Só pode ser brincadeira — Disse me virando para tentar olhar o resto do meu corpo. Felizmente mais nada de marcas — Mas...como? — Me questionei tentando me lembrar como ganhei essas marcas, porém mais flashes viveram na minha cabeça, dessa vez bem mais coerentes:

" - Você sabe que isso é loucura não é? - digo ofegante parando o beijo e encarando - a nos olhos - "

" - E desde quando um pouco de loucura é ruim? - Marina diz e volta a atacar meus lábios ferozmente - "

*


Depois de um longo banho e sem conseguir parar de pensar nas marcas do meu corpo e tentando lembrar tudo que deve ter acontecido e que eu não me lembro, saí do meu quarto decidida a não ficar em casa. Eu não podia encarar a Marina. Não hoje, o que eu diria para ela? E se ela quisesse falar sobre? Eu nem me lembro de nada, ou não de nada que eu devesse lembrar, acho. Então a minha decisão foi evitar ela até que eu me lembre de tudo.

Desci as escadas e por sorte não vi ninguém, passei na cozinha e tomei um analgésico. Ainda estava com muita dor de cabeça. Saí de lá tão rápido quanto entrei e segui para saída da casa.

— Aonde vai? — Me assustei ao ouvir a voz do meu pai, tirei a mão da maçaneta e me virei para encara - ló.

— Oi pai — Sorri sem graça — Nem te vi aí — Disse pondo os braços para trás do corpo

— Isso não responde a minha pergunta, mocinha — cruzou os braços

— Eu estava...nem eu mesma sei. Eu estava indo na casa do Liam — Disse a primeira coisa que veio na minha cabeça

— E por acaso não ia me avisar? — Perguntou ainda com os braços cruzados

— Eu ia. Mas ele me ligou urgente e eu acabei esquecendo — Menti

— Certo — Disse descruzando os braços — Apenas não demore — Alertou e uma segunda voz foi ouvida por mim, uma da qual a dona eu estava desesperadamente fugindo

— Não vou — Disse me aproximando dele e dando um beijo em seu rosto antes de sair praticamente correndo

Mentir era uma das coisas que eu mais detestava fazer, mas foi necessário e para não ser totalmente mentira eu resolvi ir mesmo na casa do Liam, acho que talvez ele possa me ajudar a me lembrar da noite passada e a como agir depois, caso a situação seja muito complicada.

*


30 minutos depois

— Estou a horas ligando pra você. — Liam disse irritado assim que me viu

— Droga Liam — Reclamei — Você me lembrou da última coisa em que eu pensei hoje. Meu celular — Disse me jogando na cama dele

— E daí? — Disse ainda irritado me encarando de pé

— Isso me lembra de que a minha mãe já deve ter me ligado muitas vezes e eu não atendi — Me ajeitei na cama — Eu nem vi o meu celular hoje — Disse e ele se deitou na cama ao lado oposto do meu

— Onde está sua cabeça hoje? — Perguntou e automaticamente veio imagens da Marina na minha cabeça — E por que você está com essa roupa comprida? Nem está tão frio hoje. — Disse se apoiando nos cotovelos

— Você nem vai acreditar quando eu contar —

— E o que você está esperando pra começar a falar? Quer que eu morra de curiosidade? — Se aproximou de mim e falou de forma dramática e eu revirei os olhos rindo

— Está bem. Mas eu vou precisar de um conselho que preste — Disse e ele revirou os olhos impaciente. É o seguinte.....

— Liam, querido, eu vou precisar.... Cecília? — A mãe do Liam, Sarah Jones, disse entrando no quarto. Sarah Jones era a típica mulher rica que age como rica, respira como rica, fala como rica e é irritantemente intrometida. Com seus cabelos médios castanhos e sedosos brilhantes, altura mediana e sua mania de nunca deixa de usar um salto desde que me lembro e sempre muito bem arrumada. E como eu imaginei ela continua a mesma intrometida de sempre, nem bateu na porta. — Como você cresceu... — Disse vindo até mim

— É...cresci — Sorri sem jeito me levantando da cama

— E está tão linda — Falou me puxando para perto dela e passando as mãos pelos meus cabelos — Uma nora perfeita — A encarei surpresa e depois o Liam que estava se segurando para não rir

— Nora? — Ela concordou com a cabeça — Achei que já tivesse esquecido isso senhora Jones — Disse e ela negou com a cabeça

— Claro que não! Não deixei de planejar o casamento um dia se quer — Falou alegre e foi inevitável não abrir a boca de tão chocada que eu estava

— Casamento?... Hum, bem, eu acho que isso não vai ser possível — A mesma me encarou incrédula

— O que isso quer dizer? — Perguntou com as mãos na cintura

— Quer dizer exata....

— O que a Cecília quer dizer mãe — Liam interveio se levantando e ficando ao meu lado — É que agora não é o momento, nós ainda somos jovens — Sorriu em súplica pra mim para que eu concordasse

— É exatamente isso — Disse o fuzilando com o olhar e a senhora Jones suspirou aliviada

— Claro, entendo — Sorriu — Agora eu preciso ir, tenho um compromisso — Caminhou em direção da saída - E Cecília... — Chamou minha atenção — Dê os parabéns a sua mãe por mim, soube que está em Paris.

— Claro, não se preocupe. Darei seu recado — Disse e ela concordou antes de sair. Quando o som de seu salto alto não podia ser mais ouvindo, eu me sentei na cama ao lado do Liam e o encarei

— Eu já sei o que você vai dizer — Falou antes que eu dissesse algo.

— Sabe? Você sabe mesmo Liam? — Esbravejei irritada — Por quanto tempo você vai mentir sobre isso? — Perguntei mais calma

— Só o tempo suficiente. — Disse sem me encarar

— Que seria...?

— Você sabe que eu não posso — Disse com os olhos marejados

— Você precisa Liam. — Disse segurando suas mãos — É a sua vida...eles não podem te impedir de vive - lá. — Ele revirou os olhos — Não faz isso. Você sabe que eu estou certa.

— Eu não posso tá legal? — Disse se levantando da cama e fechando a porta do quarto — Como você quer que eu encare os meus pais e diga: "Eu sou gay" — Disse parando na minha frente

— Desse jeito está ótimo, indo direto ao ponto — Me encarou emburrado — Eu sei que não vai ser fácil — Disse me levantando — Não com os pais que você tem, eu sei que não. Mas você tem a mim, você sabe disso não sabe? — Concordou com a cabeça baixa — Eu amo você Liam, você é o irmão que eu não tive e eu sempre... — Disse o fazendo me encarar — Sempre vou proteger você, não importa o que eu tenha que fazer ou o que eu tenha que enfrentar. Por você eu sempre vou fazer tudo, o possível e o impossível. Se eu tiver que fingir ser sua noiva. — Disse revirando os olhos e ele riu — Eu faço — Sorri para ele — Se eu tiver que enfrentar os seus pais junto com você... — Segurei suas mãos — Eu faço. Você já sabe a minha opinião. Mas não importa. O que você decidir, seja o que for, eu vou estar do seu lado. Sempre. — Disse com lágrimas nos olhos e o puxando para um abraço forte 

— Eu sou tão sortudo por ter você — Disse no abraço

— E é mesmo! — Disse rindo, apertando mais o abraço.

*

Um tempo depois, depois de choros e confissões e conversas intensas e com os nervos no lugar. Resolvemos conversar sobre outra questão. A minha. Contei para ele sobre as poucas coisas que eu me lembrava.

— Selvagem! — Foi o que ele disse quando lhe mostrei as marcas nos meus braços e ombros

— Para Liam! — Falei ao me vestir novamente

— Mas é verdade, olha toda essa agressividade sexual comprovada — Eu não podia estar escutando aquilo

— Não acredito que disse isso — cobri meu rosto com as mãos

— Não estou dizendo que fizeram sexo, duvido muito que você se esqueceria — Eu não estava com febre, mas sentia meu corpo quente como se estivesse a mais alta temperatura — Não fique com vergonha — Disse rindo — Uma hora vai acontecer e eu duvido que demore pelo visto — Gargalhou e eu lhe dei um tapa que acabou saindo mais forte do que eu tinha em mente. — Duvido que a Marina não tenha marcas também, do jeito que você é agressiva — Disse esfregando o braço que começava a ficar vermelho

— Liam, você não está me ajudando em nada. O que eu faço? — Perguntei realmente necessitada

— Olha, vai ficar roxo. Quando você ficou tão forte assim? — revirei os olhos impaciente

— LIAM! — Esbravejei

— O que você sente? Por ela? — completou quando o encarei em dúvida.

O que eu sinto? Tudo? Muitas coisas? Eu nem sei explicar e nem como colocar em palavras esse sentimento. Sinto que...que meu dia se torna mais feliz por saber que ela existe, sinto que meu coração vai sair pela boca só de imaginar estar no mesmo lugar que ela, sinto meu corpo reagir a presença dela, sorriu quando a vejo ou simplesmente sinto seu cheiro, sinto que mais nada vai ser o mesmo depois que ela toca ou passa. Eu sinto...sinto que não posso viver sem ela, que quero descobrir coisas ao lado dela...que me apaixonei.

Era isso? Eu estava apaixonada? Estava apaixonada pela Marina?

*

Passei todo o final de semana na casa do Liam. Reconhecer que estava apaixonada era uma coisa, agora adimitir para a pessoa pela qual essa paixão é destinada é outra coisa totalmente diferente. Não consegui nem dizer para o Liam que cheguei a essa conclusão. E ainda não conseguia me lembrar do que tinha acontecido entre nós duas, então preferi não conversar com ela. Não ainda. Só espero que ela não ache que estou evitando ela, o que de certa forma eu estou, mas é por um bom motivo.

Quando o sinal tocou eu já estava na aula de geografia e pelo visto todos os meus amigos estavam atrasados.

— O que está acontecendo? — James perguntou entrando na sala junto com os outros e se sentando na cadeira ao meu lado. Me fazendo levar um leve susto por não te - los visto chegar

— O quê? — Perguntei confusa

— Primeira a chegar na escola? — disse rindo e os outros o acompanharam

— Muito engraçados vocês —
Disse revirando os olhos

— O que aconteceu que você sumiu o final de semana todo? — Valentina perguntou enquanto se acomodava na cadeira

— Tem a ver com o motivo de eu ter sido a primeira a chegar — Encarei meus três amigos que me olhavam curiosos, exceto o Liam que já sabia do que se tratava

— Ainda não se lembra? — Perguntou e eu negei com a cabeça

— Do que vocês estão falando? — Valentina perguntou

— Hum, existe preferência de amizade agora é? — James disse me encarando. Mas é um ciumento mesmo

— O quê? Não, isso não te nada a ver — Esclareci

— Então por que ele sabe e nós não sabemos de nada? — Perguntou bravo

— Sabia que você fica lindo com ciúmes? — Ri

— Não adianta mudar o foco da conversa. — Disse cruzando os braços e eu respirei fundo

— Esse é o motivo. — Afastei um pouco minha blusa para que eles pudessem ver uma das marcas do meu ombro

— O quê? — Valentina disse confusa

— Quem? — James disse quase gritando e eu o reprovei com o olhar — Desculpa. Espera, vocês... — Disse olhando para mim e para o Liam

— O quê? Não! — Dissemos juntos, assustados

— Então quem? — James disse baixinho

— Vocês lembram né? Que na festa da Hannah eu e a Marina...a gente...

— Vocês se beijaram. — Valentina disse naturalmente

— Isso.

— Tá e o que isso tem a ver.... NÃO? — James disse cobrindo a boca

— Sim?

— Não! — Agora Valentina disse

— Sim! — Eu disse novamente

— NÃO! — Os dois disseram juntos dessa vez

— É! bom pelo menos pelo que eu me lembro. — Disse coçando a nuca

— Você não se lembra dessa pegação round 2? — James falou chocado

— Bem... Eu me lembro de entramos em casa.... Flashes começaram a vir na minha cabeça pela primeira vez enquanto eu buscava na mente

- Há! Eu te beijei? - perguntei - me dá essas chaves. - puxei da mão dela e abri a porta - toma - coloquei na sua mão e entrei -

- Por que você tenta negar o óbvio? - disse batendo a porta.

- Você quer acordar todo mundo? - perguntei baixinho - Isso, continua e eu não estou tentando negar nada. - disse indo até às escadas -

— E o quê mais? — Valentina perguntou com uma curiosidade imensa

— Falamos sobre o beijo da festa...

- Foi bom? - perguntei interrompendo -

- Melhor do que eu imaginei. - disse sorrindo -

- Dissemos que não significou nada. - disse e seu sorriso sumiu -

- Você disse! - rebateu -

— E.... — Liam disse, sugerindo que eu continuasse 

— A gente se beijou... — Disse lembrando

Sem dizer nada segurei firme sua cintura, puxando - a para perto de mim e colei nossos lábios e ela sorriu, o beijo estava mais quente que o primeiro, nossas mãos não paravam de passar por toda parte do corpo uma da outra. Em algum momento senti suas unhas cravarem nos meus braços e arder.

Depois, subimos até a porta do meu quarto... — Meus amigos me lançaram olhares maliciosos — Mas não entramos...

- Você sabe que isso é loucura não é? - digo ofegante parando o beijo e encarando - a nos olhos -

- E desde quando um pouco de loucura é ruim? - Marina diz e volta a atacar meus lábios ferozmente -

O beijo de quente passou para muito, muito quente, estava.... ardente. Era como se precisassemos disso para respirar, e a possibilidade de sermos pegas não passava de um estímulo para que a adrenalina fosse maior.

Marina levou seus lábios até meu pescoço, fechei os olhos automaticamente sentindo um arrepio correr pelo meu corpo inteiro, uma mordida foi deixada ali, tão forte que eu tive que morder seu ombro mais próximo de mim para que um grito não saísse da minha boca. Aproveitando que já estava com a boca ali, resolvi deixar uma marca que ela se lembrasse também. Mordo seu ombro e pescoço. A encosto na parece ao lado da porta e começo a fazer o mesmo no colo de seus seios enquanto aperto um deles, ela geme em meu ouvido e isso só me estimula mais.

Ficamos nos mordendo e chupando e beijando tempo suficiente para que o sol desse sinal da sua chegada. Nos despedimos com um beijo de tirar o fôlego sem dizer uma palavra se quer com os lábios, mas apenas com o olhar. Antes de darmos as costas e seguimos caminhos opostos. Cada uma para seu quarto.

— Eu lembrei. — Disse surpresa ao terminar de contar, quase em um sussurro

— Uau! — Valentina disse surpresa

— Quente — James disse

— Você fez isso? — Liam perguntou chocado

— Eu lembrei! — Falei mais confiante agora de que era verdade

— Gente, só eu que estou me perguntando cadê a Cecília que conhecemos e quem é essa? — James disse e eu negei com a cabeça

— Eu não consigo acreditar! — disse Liam — Surpreendente

— Sério quem é essa aqui? — James voltou a perguntar. Eu não conseguia raciocinar, estava completamente confusa — o que eu faria agora?

A aula é aqui na frente, turminha da conversa. — O Professor disse chamando nossa atenção, eu estava tão perturbada que nem me dei conta de quando ele entrou

— O que você vai fazer? — Valentina perguntou baixo quando o professor voltou a atenção para o quadro, e isso era exatamente o que se passava pela minha cabeça

— O que eu vou fazer?! — Disse encarando meus amigos — Puta merda! — Disse baixo, levando as mãos a cabeça. Eu não sabia o que fazer agora e nem se eu deveria fazer algo.

*


— Então você vai se declarar? — Valentina perguntou depois que eu contei para os três o que decidi fazer, precisava fazer isso. Afinal a pior coisa que poderia acontecer seria eu receber um não e segundo os meus amigos isso seria difícil. A não ser que eles estivessem enganados e eles entendiam de paixões, segundo os mesmos — Já não era sem tempo. Eu achei que você não faria isso nunca.

— Se eu receber um belo de um não, vocês vão ser responsáveis por uma pessoa triste e chorona. Além de que eu vou ficar com raiva de vocês ao ponto de não me aguentarem mais. — Disse ainda pensando se isso era uma boa ideia.

— Aposto que a boca dela vai estar tão ocupada te beijando que ela não vai nem ter como dizer um não ou qualquer outra coisa — James disse me lançando um olhar malicioso

— Você ainda vai agradecer a gente pelo incentivo — Liam disse

— Espero que sim. Afinal o que pode dar errado não é? — Ambos concordaram com a cabeça e eu me senti confiante.

É isso, vou expor os meus sentimentos para ela e seja o que tiver que ser.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro