‹⟨ Episódio 3 ⟩›
—o que você fez lá, foi de grande irresponsabilidade, Orm!—dou o sermão em meu filho que não demonstra nenhum sentimento de arrependimento.
—foi um ato de guerra!—diz firmemente—devemos nos defender! Atacar primeiro, antes que eles atacarem novamente, e dessa vez, com mais potência de poder de fogo!
—não faremos nada! Será a destruição não só da superfície, mas também de Atlântida!—um silêncio se paira pela sala do trono, e somente Murk está presente no local, o fiel soldado a Orm—eu vou encontrar os líderes da superfície, e formar uma paz entre nós.
—vai fazer como? Com o seu filho mestiço?!
—Arthur é sim a ponte entre nós, ele pode formar a paz entre nossos reinos. A união de dois mundos. Vou entrar em contato com os outros reinos para pedir apoio e encontrarmos a superfície—o observo rosnar com os dentes abaixo de mim.
—você traiu meu pai, com um humano! Um ser que destrói nossos mares! E disso você teve um filho... Um filho bastardo mais velho!—ele nada até mim, ficando a centímetros de meu rosto, ainda rosnando.
Mantenho meu olhar sério e não me deixo levar pelas sua palavras. Afino meus olhos sobre ele com um olhar cortante.
—você fala da minha traição, não fui eu que derramei sangue de nosso povo hoje!—ele arregala seus olhos apavorado com a revelação que digo—achou mesmo que poderia esconder isso de mim? Eu tenho olhos em todos os lugares, Orm. Agora se me dá licença, eu preciso organizar um encontro com Xebel, para selarmos a paz entre nosso mundo e o da superfície. Depois eu vou cuidar de você, Orm, e terá que arcar com as consequências de seus atos.
Passo pelo meu filho que abre espaço sem muita escolha. Quando nado para passar por Murk, sua segura meu braço impedindo minha passagem, rapidamente viro meu rosto para ele, indignada com sua ousadia.
—infelizmente não posso deixar que saia daqui com essas revelação, minha rainha.
—como você ousa?!—puxo meu braço de suas mãos e giro meu corpo o chutando na barriga, seu corpo é arremessado contra o chão que se racha—EU SOU SUA RAINHA E EXIJO RESPEITO! Não vão me impedir de sair por aquela porta!—aponto meu tridente em ameaça para Murk—e mais uma vez: guerra, não está, em meus planos! A-ah...!
Sinto algo atravessando minha barriga... Algo afiado... Surge em minha visão, sangue que observo se misturar com a água o levando. Meus olhos se arregalam com a dor e surpresa. Fico sem reação e paralisada..
—mas está nos meus planos, mamãe—ouço a voz de Orm ao pé de meu ouvido—sinto muito, nosso povo, vem em primeiro lugar. Eu luto pó nossa nação, e somente nossa.
Ele retira sua adaga, esnto minha vida se esvaindo com minhas mãos perdendo os movimentos e a firmeza, largando meu tridente. Meu corpo começa a flutuar sendo levado para auto com a água. Me afundo na escuridão com minha visão se embasando se escurecendo em siguida, com tudo se apagando.
POV Arthur
Desço mais um copo de cerveja garganta à baixo.
—aaahhh, isso que é bom. Ei!—chamo o barman—enche mais uma—ele abre mais uma garrafa e enche meu copo até o topo.
—você quer uma mamadeira pra tomar sua cervejinha? Hahahahh!
—hahaah! Mesmo respirando dentro da água, você consegue beber mais que eu.
—bom, esse é o meu super poder—ele faz uma flexão com o braço mostrando seu músculo.
—hahahahh! Tá certo.
Meu olhar vai para a pequena TV no auto que transmite alguma coisa.
TV ON
"O submarino americano desaparecido semana passada foi encontrado hoje pela manhã. O veículo foi encontrado destruído sem sobreviventes, a autoridades acreditam que foi a colisão contra possíveis grandes pedras no oceano. Os mísseis potentes que estavam no submarino, desapareceram sem deixar rastros. Outro submarino foi roubado por piratas saqueadores, ainda não se tem notícia do veículo. Outras notícias: histórias de um herói local estão surgindo ultimamente, os moradores e a mídia local o estão chamando de "Aquaman" graças a suas habilidades com a água. As histórias se intensificaram graças ao relato de autoridades costeiras que dizem que ele salvou baleias de pescadores ilegais. Meta humanos surgem cada vez mais durante esses tempos. Agora, vamos para a previsão do tempo..."
TV OFF
—não fui eu—falo erguendo meu grande copo e bebendo um gole.
Atei meu cabelo longo em um coque não muito ajeitado e visto uma regata preta coberta por uma jaqueta de couro, igualmente sem maga e da mesma cor que a regata.
—foi sim, senhor, tá famoso, garotão! Sabia que não ia conseguir se aguentar por muito tempo—reviro meus olhos—sua mãe sempre disse que você era a ponte entre nossos mundos, alguém que poderia salvar e trazer a paz aos dois lados.
—ela nos deixou—volto meu olhar sério para ele—foi e nunca mais voltou.
—você sabe que não é tão simples.
—claro que sei. Ela não pode voltar por que se relacionou com um humano e teve um mestiço, um defeito da natureza e foi obrigada a viver num relacionamento abusivo por anos.
—filho, uma hora vai ter que aceitar, que isso não é culpa sua—volto meu olhar para frente sem me concentrar em nada.
Dou mais um gole em minha cerveja mas quase me afogo quando recebo um tapa no ombro. Quando me olho, vejo um grupo de grandões e barbudos sérios com roupas de motoqueiros atrás de nós.
—você é o homem peixe?—o que aparentemente é líder da gangue, pergunta com uma voz grave e forte.
—ihh rapaz, o bicho pegou—meu pai se volta para o balcão se concentrando em sua cerveja.
Levanto a sombrancelha olhando meu velho, logo me levanto ficando de frente para o homem, que definitivamente é maior e mais alto que eu. Não abaixo o queixo e nem me intimido por eles.
—é homem peixe. O que que tu quer?—sua mão vai para dentro da sua jaqueta, parecendo que vai retirar uma arma, mas em vez disso, ele retira um celular com capa rosa e estrelas coloridas.
—tira uma foto com a gente?—um sorriso de como se tivesse pedindo tal coisa para seu astro, surge em seus lábios.
—o que?—fico sem entender muito bem e meu olhar vai para meu pai que se segura para não rir. Achei que eles queriam encrenca...
—é, cara. Tipo, tu é um herói local da galera aqui!
—tá... Tá—me junto no meios deles com as sombrancelhas arqueadas e meu pai continua tentando segurar o riso. Mas que saco. Quando ele ergue o celular pra tirar foto, sua mão vai para meu ombro—não encosta em mim.
—ah, tá, tá, claro—ele não dá ouvidos e mesmo assim põe sua mão sob meu ombro.
Os outros parças dele se juntam atrás de nós para a foto. Não sei bem que cara fazer nessas fotos. Meu Deus, onde eu fui me meter. Que saco.
5 minutos depois...
—vai! Vai! Vai! Vai!
Desço um copo de cerveja inteiro garganta abaixo.
—ahhhh, essa é minha! Hahhah!—falo orgulho por vencer o cara que queria tirar foto comigo, que descobri que possue o nome de Jimme.
—aarrhg!—agora faço queda de braço com o mais grandão e forte deles. Venço batendo seu punho contra a mesa que se quebra—éééhhhh!!—levanto as mãos pro auto orgulhoso que venci.
—IIIIRRRAAAA!!!—tocamos guitarra e logo em seguida começamos a bater contra o chão—ÉÉHHHH!!—faço sinal do capeta com a mão e mostrando a língua—UHHHULLL!!—me jogo em cima deles que levantam meu corpo segurando em minhas pernas e braços, eles começam a tirar fotos enquanto nos divertimos. ISSO. É. MUITO. MANEIRO!!!—IIIHHHHUUUULLLL!!!!
POV Orm
EM ALGUM LUGAR NO OCEANO ATLÂNTICO.
Comigo está presente um grupo de soldados reais montados em seus tubarões brancos de armaduras reluzentes. Vulko fica ao meu lado um pouco mais alto que os outros. Ele está ainda abalado e absorvendo a morte de Atlanna... Marquei o encontro no antigo salão da antiga Atlântida, quando ela era somente uma. Logo, avisto um grupo de soldados montados em cavalos marinhos com armaduras douradas brilhantes, no comando do grupo, vejo Rei Nereus. Retiro meu elmo o deixando sob meu Tilossauro.
—ele sabe do que se trata esse encontro. Ele vai ouvi-lo—nem direciono meu olhar para Vulko e logo nado até Nereus, saindo de minha montaria.
Rei Nereus vem de encontro a mim logo depois de retirar seu elmo. Isso é um encontro entres dois reinos poderosos, para concluir meu propósito, preciso de Xebel ao meu lado.
—Rei Nereus.
—Rei Orm. Não acha que estamos perto demais da superfície?—firmamos um cumprimento de mãos.
—não se lembra do concelho dos reis?—nado mais alto com ele me seguindo, ficamos bem perto das grandes estátuas de nossos antigos reis com seus tridentes erguidos em união.
—na era de Atlan, quando os sete reinos eram somente um, nossos ancestrais se reuniam aqui. Atlântida ficava na cabeceira da mesa—indico a grande estátua na ponta da direita—Xebel como sempre ao seu lado, Salmoura, Pescadores, os desertores e o Fosso ainda não haviam caído, a nação perdida ainda não havia se perdido—digo passando por todas as estátuas com o olhar de Nereus me seguindo—juntos, eram o maior império que o mundo jamais tinha visto. Agora, eu sento no trono de Atlan, aprisionado a leis e políticas arcaicas, enquanto a violência acima de nós cresce sem controle—ergo o queixo apontando para o alto.
—a violência sempre assolou a superfície, eles vão se destruir.
—não sem nós levarmos juntos. Atlântida sempre se escondeu e se manteve por trás de lendas, está da hora de nos erguermos e mostrarmos nosso poder. Mostrar a eles o que fazem ao planeta—me aproximo de Nereus, ficando cara a cara.
—honramos o Sr. Rei Nereus, convidando Xebel a ser o primeiro reino a se unir à aliança do Rei Orm—Vulko montado em seu tubarão martelo se aproxima, colocando mais argumentos na mesa.
—como se tivessem escolha, Vulko. Por lei precisam que quatro dos sete reinos para que se juntam a vocês para subir e atacar. A Nação Perdida e os Desertores já se foram, o Fosso não passa de animais, a Salmoura e os Pescadores não vão se unir. Sem mim e meu exército para convencê-los, pode dar adeus aos seus planos. Mas eu sei o que você quer de verdade—arqueio a sombrancelha—com a aliança dos quatro reinos, você vai ser nomeado... Mestre dos Oceanos.
—isso é apenas um título—dou de ombros.
—eu não sou bobo, Rei Orm. Como Mestre dos Oceanos terá total comando sobre a maior potencia do planeta.
—eu sou a tendência natural a comandar—falo tranquilamente—e você se esqueceu que os habitantes da superfície mataram a Rainha Atlanna? Isso foi mais do que uma declaração de guerra. Se já nos atacaram, podem atacar novamente e dessa vez, não só Atlântida mas também Xebel—falo com mais especialismo nas palavras, invadindo os pensamentos de Rei Nereus, indo cada vez mais profundo com minhas palavras em sua mente. Seu olhar muda agora com mais atenção em minhas palavras—devemos atacar primeiro antes que eles o façam—o vejo suspirar e estreitar os olhos antes de se pronunciar. Tudo isso, eu sei que é só teatro que ele faz, no fundo, ele quer a guerra tanto quando eu.
—me convenceu, Rei Orm. Protegemos nosso reino e nossos oceanos. Vamos a guerra!—sorrio perante suas palavras.
—vamos mandar uma mensagem para superfície, uma mensagem na qual vão receber a ira do oceano.
[...]
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