prólogo .
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JungKook chegava de seu trabalho extremamente animado aquele dia, afinal tinha conseguido o telefone de Bogum, seu companheiro de escritório. Seus terno social cinza moldava sua silhueta de uma forma estonteante para quem a visse; sua calça apertada modelava seu traseiro, dando confiança para quem sabia ser dono das mais belas curvas; nos pés seus sapatos social preto, que combinava com a armação de seu óculos. Seus brincos de ouro combinavam com sua pulseira e seu relógio, o havia ganhado quando era mais novo, de seu pai.
O relógio se abria e nele havia o espaço para uma pequena foto. O senhor Jeon se recusou a deixar o menino colocar uma foto dele ali, disse que seu desejo era que o relógio fosse ocupado por quem o garoto se apaixonasse e realmente entregasse seu coração, no intuito de formar, um dia, uma família. JungKook jamais se apaixonou tão intensamente, portanto, andava com o relógio vazio em seu pulso, apenas para manter a lembrança de seu falecido pai.
A porta da frente rangeu quando ele a empurrou e, no mesmo instante, seus olhos se esbugalharam, sua boca secou e seu coração se estilhaçou.
O sangue inundava a cozinha, enquanto JungKook não sabia como reagir. Desesperado, agiu como qualquer pessoa agiria: Correu até o corpo desacordado do seu irmão no chão. Seu olhos já estavam embaçados devido às lagrimas e então ele levou seu dedo até a artéria do pulso do rapaz, apenas para confirmar: Sem pulsação. Decidiu tentar no do pescoço, somente para constatar: Seu irmão estava morto.
Seu irmão caçula, de apenas dezoito anos, estava estirado no meio de sua cozinha, morto.
Morto.
Morto.
JungKook, entre soluços intensos, abraçou o corpo e chorou alto, sem se importar de que o sangue o sujaria. Seu irmão se foi, o que importava uma porcaria de terno sujo?
Após alguns instantes, com as mãos tremendo, alcançou sua bolsa, que estava jogada ao seu lado, e retirou seu aparelho celular, discando o número da emergência.
Um soluço chamou sua atenção assim que desligou, fazendo-a se virar para a pia, sua boca se amargou e seucoração se acelerou.
— O que... O que você fez? — JungKook gritou, vendo a faca encharcada de sangue na mão de sua mãe, que agora se entrega de vez ao choro.
— Ele me chamou de louca... Eu não sou... Eu não quis... ohcéus! — A mulher tremulava. JungKook, tomado pelo ódio, se levantou e o ruído de seu sapato pelo assoalho se destacava no ambiente silencioso.
— Você o matou? — JungKook perguntou, vendo os olhos sem vida de Soobin se encontrarem com os seus.
— Eu não quis. — A mulher disse, completamente fora de si.
— Oh, céus! Não, não, não... — JungKook repetiu para si, sabendo que sua mãe não estava sob efeito de seus remédios. — Me dê isso. — JungKook disse, tentando pegar afaca da mão de sua mãe, porém a mulher esquivou-se do filho.
— Eu vou ser presa, não vou? — Perguntou desesperada.
— Você precisa ser internada. Você o matou! — JungKook gritou, mesmo sabendo que aquele não era o jeito certo de se agir naquela situação, mas ele não podia se conter: A dor estava lhe corrompendo. — Me dê isso. — ele pediu, avançando em sua mãe e puxando a faça de sua mão.
— Me devolva, eu vou fazer o mesmo comigo. — A mulher gritou, sendo segurada por JungKook, quem enfiou, a força, as mãos da mulher embaixo da água para lavá-la. Seu corpo foi empurrado, mas JungKook foi mais rápido e segurou a faca,impedindo sua mãe de cometer suicídio.
— Não, mamãe! — Gritou. Sua mãe sofria de um distúrbio mental, porém passou os últimos anos de sua vida tomando remédio que uma amiga de Jeewon lhe dava sem receitas, pois jamais aceitou ir para um manicômio. Como tomava os remédios corretamente, a família passou a não se importar em ir atrás de nada, porém como JungKook provaria que sua mãe sofria disso tão rapidamente? Tinha certeza que o diagnóstico demoraria e que demorariam longos meses em um tribunal.
Sua mãe seria presa ou internada, caso conseguissem provar seu distúrbio, o que era obvio que conseguiriam,afinal ele existia.
— JungKook, pare! — A mulher gritou desesperada. — Pare! Pare! Pare!
— Mãos para o alto e solte essa faca! —
JungKook ouviu de supetão, fazendo-o dar um passo atrás e erguer suas mãos na cabeça.
— Não é o que parece. Não posso soltar essa faca, pois minha mãe pode se matar. Alguém poderia vir pegá-la, por favor? — JungKook pediu enquanto tremia pela adrenalina.
— Ele tentou me matar também. Ele nos odeia! Nos odeia! — Jeewon gritou. — Graças a Deus vocês chegaram.
— Senhor, você está preso por flagrante de homicídio e tentativa de homicídio duplo. Tudo o que disser agora será usado contra você no tribunal. — JungKook fechou os olhos e suspirou, tendo um único pensamento dominando sua mente:
Puta merda. Fodeu!
— Todas as testemunhas do bairro afirmam que o senhor Jeon JungKook vivia em constantes desentendimentos com seu irmão Jeon Soobin. — A mulher dizia no tribunal. — Nenhuma prova foi obtida de um possível distúrbio na senhora Park Jeewon, por isso não submeteremos a mesma a um exame clínico. — JungKook tremia, como assim nenhuma prova? Onde estava sua irmã, afinal? Jieun sabia de tudo, ela conhecia a pessoa que costumava dar remédios ilegalmente a sua mãe, porém a Jeon mais nova sumiu do mapa nos últimos tempos. — Após analisar todos os fatos e todas as provas aqui apresentadas, eu declaro o senhor Jeon JungKook culpado por homicídio culposo e tentativa de homicídio da senhora Jeon Jeewon, tendo como pena vinte e dois anos de prisão, sem direito à fiança ou à redução de pena por bom comportamento.
O quê? JungKook sentiu seu estômago se revolver e uma enorme vontade de vomitar. Sua pressão baixou e ele precisou sentar-se novamente para não cair. As vozes se tornaram um som distante e sua vista ficou completamente embaçada. Que porra estava acontecendo com sua vida? Aquilo só poderia ser um pesadelo. Um dos piores.
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oii espero que tenham gostado desse primeiro capítulo! caso queriam ver a aparência da mãe e do irmão do nosso Jungkook, vou deixar uma fotinha dos personagens ali em baixo 🥰
jeon jeewon
jeon soobin
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