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Capítulo Vinte e Quatro

Dois Meses Depois...

Quando minha mãe me contou logo assim que descobri estar grávida que daqui há alguns meses eu não veria mais os meus pés, eu não quis acreditar. Porém agora vejo que ela estava mais do que certa, pois com o passar dos meses, Alice cresceu tão rápido e de uma forma tão gigantesca que eu não enxergava mais os meus pés e coisas básicas como dormir e tomar banho se tornavam difíceis para mim. Além de não poder dormir bem por conta dela se mexer muito ultimamente.

— Elena. — Michael surge na sala em sua cadeira, ainda de pijamas e parecendo preocupado. —Senti seu lado da cama vazio e achei que estivesse passando mau ou sentindo alguma contração.

—Não, é só que ela não para de chutar. — acaricio a minha enorme barriga de oito meses, dando uma respirada profunda e ofegante.

—Quem sabe ela quer anunciar a todo momento que está chegando.—brinca ele, acariciando a minha barriga em seguida.— Filha, pode ficar quietinha? A mamãe quer dormir um pouco.— diz ele, falando com a minha barriga.

Sorrio com o carinho e cuidado de Michael por mim. Esses últimos dois meses foram de grandes mudanças em sua rotina e personalidade, e tudo isso começou na sua entrada no projeto de basquete para cadeirantes. Lá ele havia feito novos amigos e que estavam na mesma condição, e acredito que isso foi um dos fatores que contribuiu nessa mudança. Pelo o que ele me contou sobre lá, o fundador do projeto, Sam, possui a mesma idade que ele e também é cristão. O projeto foi criado no intuito de ajudar deficientes a terem uma melhor auto estima e adaptação a uma vida na cadeira de rodas.

—Quer um copo dágua? — pergunta ele.

—Não,estou bem. Vou tentar voltar a dormir. — digo, me levantando devagar do sofá.

—Se precisar de algo, não hesite em me acordar. — diz ele, dando um bocejo em seguida.—Você está em reta final de gravidez, toda insônia que você sente eu imagino que são sinais dela estar chegando.

—Está tudo bem, Michael. Acho que ela entendeu o seu recado. — sorrio e retorno para o quarto junto com ele.

Pegar no sono de volta era um desafio, Alice deu uma acalmada, talvez a voz de Michael pedindo para ela ficar quieta tenha funcionado. Bem, dizem que os bebês escutam a voz dos pais mesmo dentro do útero, então, quem sabe seja realmente verdade. Como a manhã seguinte era Sábado, eu sabia que estaria um pouco atarefada por conta dos meus pais virem aqui no apartamento amanhã. Eles haviam feito um cruzeiro de dois meses pela Europa, pois segundo meu pai, ele e mamãe precisavam de uma segunda lua de mel. Por certo, meus sogros também viriam, e já fazia um tempinho que eu não os via. Iríamos todos tomar um café da manhã em família e em seguida assistiríamos a um dos treinos de basquete do Michael, o que me deixou bastante animada para ver o meu marido em ação nas quadras.

Logo de manhã cedo eu me levantei, tomei um banho quente e relaxante e praticamente tomei um outro banho de hidratante e óleos anti estrias, pois nessa reta final de gestação eu havia ganhado algumas delas. Enquanto eu terminava de passar óleo em minha barriga, sem querer o frasco escorregou de minhas mãos e voa longe para perto da pia. Sem sucesso, tento me abaixar,porém a barriga enorme não colabora.

— Michael! — eu chamo por ele, na tentativa dele me ajudar a pegar o frasco.

Me senti tão ridícula e incapaz naquele momento, nem mais pegar um frasco eu conseguia. Rapidamente a porta do banheiro se abre e Michael entra por ela, teria dado tudo certo se eu não tivesse me esquecido por um minuto que eu estava só de calcinha e sutiã e que o meu marido praticamente não lembrava de mim e que a situação estava mais que constrangedora agora.

—O que houve? — o rosto dele estava vermelho de vergonha e eu via a inútil tentativa dele em olhar pro lado e ainda se deparar com o meu reflexo no espelho.

—Pode pegar para mim? Deixei cair e não consigo me abaixar.— aponto pro frasco,me segurando para não rir com a timidez visível dele.

—Ah,sem problemas! — ele se inclina de lado na cadeira e consegue alcançar o frasco.—Aqui está.

—Obrigada,Michael. —não consigo segurar e dou um risinho.

—O que foi? — ele pergunta, o rosto mais que vermelho e tentando disfarçar o constrangimento.

—É que eu esqueci que sou praticamente uma estranha para você. Uma estranha que não se costuma ver sem roupa, entende?— explico, já parando de rir.

—Está tudo bem, Elena. — agora é ele que ri. —Você é minha esposa,não é uma estranha.

Ouvir aquilo me deixou totalmente sem palavras, eu engulo em seco e sorrio dizendo.

—Que bom que me vê assim,como sua esposa.

—Sim,você é minha esposa.— ele sorri lindamente, parecendo me admirar. —E saiba que a gravidez não te afetou muito, você está muito bem.

—Ah,obrigada. — eu volto a rir, agora mais aliviada. —Bom,vou me vestir, nossos pais já vão chegar.

—É melhor eu terminar de pôr a mesa do café da manhã.— ele sai dali rapidamente, não sem antes dar uma boa olhada em mim.

Depois de vestida e já pronta para o dia que se iniciaria, leio um pouco da bíblia e oro. Eu adotei esse hábito há algum tempo e tenho visto bastante resultados, começar o dia buscando a presença do Senhor é a melhor forma de começar o dia.

Feito isso, fui até a cozinha e notei a bela arrumação feita por Michael. Em sua nova cadeira de rodas, ele aprendeu a se movimentar melhor e a ter um pouco mais de agilidade, já que na motorizada ele tão pouco se movimentava, deixava apenas a cadeira conduzi-lo.

—Ficou uma bela mesa, nossos pais irão amar. — elogio, observando toda a arrumação feita com ele. —Você cozinhou também?

—Me arrisquei em preparar algumas panquecas. — ele põe uma travessa com elas na mesa. —Estou gostando mais dessa nova cadeira, me sinto mais útil nela.

A campainha toca, vou andando até lá em passos lentos para atender, já que por conta da enorme barriga eu me movimentava cada vez mais devagar.

— Mãe, pai! — sorrio alegre ao vê-los e recebo um abraço duplo deles. —Como senti saudades de vocês!

—Filhinha, também sentimos sua falta. — papai me beija na bochecha e toca em minha barriga. —Reta final não é?

— Nem me fale, pai. Só quero que ela saia daqui de dentro logo.

— Quando ela estiver do lado de fora e não lhe deixar mais dormir, vai se arrepender de ter dito isso.— diz mamãe, acariciando a minha barriga. — Você está ótima, filha. Está linda nesses seus oito meses.

—Obrigada, mãe. — sorrio agradecida, como senti saudades dela. —Entrem, Michael está lá dentro terminando de pôr a mesa do café da manhã.

Ao entrarem, logo são recebidos por Michael, que estava muito feliz em rever os meus pais. Era bom vê-lo mais à vontade e afim de interagir com todos.

— Michael, você está diferente.—diz meu pai, enquanto os dois dão um aperto de mãos.—Parece mais...

— Alegre, eu sei. — completa ele num sorriso. — Estes últimos meses foram bons pra mim, senhor Williams. Estou tentando deixar o azedume de lado e tentar seguir em frente.

— É isso aí! — diz meu pai, contente por ver o genro numa fase mais otimista.

— Enquanto Russell e Ana não chegam, que tal nos contarem sobre a viagem? Quero saber detalhes sobre a europa. — eu peço, um tanto animada e conduzindo eles até o sofá da sala.

—Foi uma viagem ótima e restauradora, filhinha. Seu pai e eu precisávamos dessas férias.—diz minha mãe, abraçando meu pai de lado. — A Europa é perfeita, você e Michael deveriam ir um dia.

—É, quem sabe. — dou de ombros. —E você, pai? Não vai contar nada sobre o que achou da viagem?

—A viagem foi perfeita, foi como uma segunda lua de mel para mim e sua mãe. Mas estávamos loucos de saudades de vocês e ansiosos pro nascimento da nossa netinha, já tem data prevista? — pergunta ele, bastante animado.

— A obstetra disse que lá para Abril ela pode chegar. Michael e eu estamos ansiosos.

A conversa é interrompida pela campainha tocando,quando eu fiz menção de me levantar para atender, Michael me interrompeu e disse que iria ele mesmo atender.

—Pai, mãe! — ouço ele dizer, com muita alegria na voz. — Saudades de vocês.

—Também sentimos sua falta, filho. — ouço Russell falar, e em seguida ele e Ana dão um abraço duplo nele.

Após todos os cumprimentos e reencontros, estávamos todos agora na mesa da cozinha, tomando um café da manhã animado e pondo o papo em dia. Todos estavam muito curiosos sobre a nova fase de Michael, ainda mais agora que ele jogava basquete. E confesso que até eu estava feliz por vê-lo se empenhando em algo.

— E a minha netinha? Dando muito trabalho nessa reta final de gestação? — pergunta Russell, curioso.

— Ah, bastante. Ela tem se mexido muito e isso me dificulta na hora de dormir, mas é só Michael falar perto da barriga que logo se acalma. — respondo sorrindo.

— Então quer dizer que você conversa com a sua filha? — Ana questiona ao Michael, surpresa e feliz ao mesmo tempo. — É bom te ver tão empolgado com a chegada da neném.

— Na verdade ele está todo mudado, melhor do que aquele Michael ranzinza pós acidente.— comenta o pai dele. — Está até sorrindo mais, o que houve? Se lembrou de tudo?

— Não, pai. — ele responde dando uma risadinha tímida. — Apenas estou tentando enxergar as coisas de outra forma. Mas não vou mentir que tem dias que quero mesmo que tudo se exploda.

— É normal, todos temos dias ruins pra variar. — diz meu pai, após terminar o seu café.

— E então, será que agora poderemos o ver em quadras e fazendo belas cestas?—Ana pergunta, animada. —Estou muito curiosa.

— Você nem se interessa por esportes, Ana.— rebate Russell,brincando com ela. —Detesta basquete.

— Não quando o nosso filho é o jogador.

— Certo, já que todos terminaram de comer, então vamos nessa.—sugere Michael.—Vou trocar de roupa e logo saímos todos juntos, mas já aviso logo que diferente do que esperam, não sou um profissional nas quadras.

— Não importa,amor. Apenas queremos te ver jogando e te apoiar.— eu digo, sorrindo e segurando a mão dele, o que lhe passou até mais segurança.

Minutos depois,todos saímos e seguimos viagem até o local do projeto de basquete. Não era tão longe, ficava apenas em outro bairro de Nova York, o East Village. Chegando lá, ajudo Michael a sair do carro e logo meus pais e meus sogros também chegam em seus respectivos veículos. O local lembrava um galpão que fora transformado em um ginásio de esportes,entrando lá,vejo vários cadeirantes na quadra, treinando ou competindo uns com os outros. O que me impressionou mesmo era a habilidade deles e força de vontade para jogar, mesmo estando limitados e sem a força das pernas.

— Nossa, eles parecem ser bem competitivos. — eu digo para mim mesma, enquanto observo eles jogando.

— E são, principalmente as crianças. — Michael aponta para um grupo que havia uns quatro meninos que deviam ter entre idades de 12 a 14 anos e disputavam entre si. — Já joguei uma vez com eles e praticamente tomei uma surra.

— Bem, é difícil de imaginar, talvez seja por causa de nossa visão limitada.

— É, mas quando reconhecemos que podemos ultrapassar nossos próprios limites, o impossível vira possível. — responde ele, bem maduro nas palavras. — Vem, quero te apresentar pro Sam, o fundador e coordenador do projeto.

Sigo Michael até mais ou menos o fundo da quadra, onde um grupo de homens cadeirantes conversavam animadamente. Meus pais e meus sogros também nos seguiram no intuito de conhecer o tal do Sam que tanto o meu marido falava.

— Sam! — Michael se dirige a um rapaz da mesma idade que ele, cabelos loiros e olhos claros. — Essa é a minha esposa, Elena. Elena, esse é o Sam Wilson, fundador do projeto de basquete.

— É um prazer conhecê-lo, Sam. — dou um sorriso gentil e aperto a mão dele. — Michael fala bastante sobre o projeto e sobre você.

— Ah, então você é a famosa Elena. —diz ele, também sorrindo. — Michael fala de você direto, não tem outro assunto que ele não fale a não ser sobre você.

Minhas bochechas queimam ao saber daquilo, olho para Michael e ele desvia o olhar pro chão, como uma criança pega no ato de uma travessura.

" Ele fala de mim o tempo todo". Pensei, toda feliz.

Quebrando o silêncio constrangedor, Michael apresenta os seus pais e os meus pais para Sam, que também os trata bem e com a mesma educação. O treino se iniciaria daqui há alguns minutos, eu, meus pais e meus sogros nos acomodamos nas arquibancadas, e não demorou muito para eu ver o meu marido em ação. O jogo de basquete para cadeirantes era bem diferente do basquete normal, haviam algumas semelhanças e diferenças, a começar pela cadeira, que era diferente e mais apropriada para o jogo e o corpo de cada jogador. Os jogadores tem que impulsionar ao máximo a cadeira de rodas para pegarem velocidade e driblarem os adversários, e nesse quesito Michael estava indo muito bem, pois ele demonstrava ter velocidade e agilidade com a bola. Não demorou muito e ele fez a sua primeira cesta.

— Mandou bem, meu amor! — eu comemoro da arquibancada, parecendo uma tiete. Vi que ele ficou um pouco envergonhado, mas sorriu de leve por ver que eu torcia por ele.

— É assim mesmo que você deve ser, filha. — mamãe diz, numa voz não tão alta. — Deve ser a fã número um do seu amor.

— O quê quer dizer, mãe?

— Por menor que seja o progresso de seu cônjuge, comemore junto com ele. Não há nada mais bonito do que ver uma esposa desejando o sucesso do marido, e continue assim, seja a maior incentivadora dele. — responde ela, sorrindo e me abraçando de lado.

Eu amava toda essa sabedoria da minha mãe, sem a ajuda dela em seus devocionais ou orações, não sei o que seria de mim. Todos os dias agradeço a Deus por ser filha de uma mulher como ela. Seguindo a dica dela, torci por Michael o treino todo, porém os jogadores eram tão esforçados e cheios de ânimo que aquilo acabou por quase virar um jogo de verdade. Meu marido ainda fez mais três cestas, e no final, vejo ele cansado e suado sendo parabenizado também por seus companheiros de equipe por seu progresso no treino.

Enquanto Michael estava no vestiário para tomar um banho e trocar de roupa, Sam conversava comigo, com meus pais e meus sogros. Ele deu um relatório quase que detalhado do quanto o basquete está sendo bom para o meu marido e o quanto seria importante para todos nós apoiá-lo, e lógico que concordei com tudo. Jamais queria ver Michael desanimado ou sentindo-se inútil.

— Falando de mim? — ele surge de surpresa, interrompendo a conversa que estávamos tendo com Sam.

— Eu só estava explicando a sua família e esposa sobre o seu progresso e no quanto isso está sendo bom pra você. — responde Sam, num sorriso acolhedor. —Hoje você progrediu muito, Michael. Continue assim e estará cada vez mais apto no esporte.

— Obrigado, Sam. Pela primeira vez em meses me sinto melhor do que nunca. O projeto mudou e ainda está mudando a minha vida.

— Sam. — vejo Russell se dirigir à ele. — Obrigado por toda a dedicação com o meu filho, fazia tempos que não o víamos tão feliz.

— Não precisa agradecer, apenas cumpro o meu dever de ajudar a quem precisa.—agradece ele, timidamente.

Após aquele dia, Michael e eu nos despedimos de nossos familiares. Me doía estar há uma hora e meia de distância dos meus pais, porém agora eu era casada e tinha responsabilidades, tinha que ir cortando aos poucos o cordão umbilical que me ligava emocionalmente à eles. Depois de estarmos em casa, resolvo tentar dar uma descansada, pois meus pés doíam e resolveram inchar, só que o barulho da campainha tocando cortou o meu sossego.

— Já vai! — eu digo, me levantando do sofá bem lentamente.

— Deixa que eu atendo, Elena. — Michael surge na sala e com bastante rapidez vai atender a porta.

Não vi logo de cara quem era, mas pela expressão facial de desagrado dele logo percebi que não era alguém tão desejável assim.

— Tyler?! — o tom de voz de Michael não escondeu a infelicidade em vê-lo.

— Oi, Michael. A Elena está?

Nessa hora, chego até a porta, me pondo ao lado de Michael.

— Tyler, o que faz aqui? — pergunto.

— Bom, será que poderíamos conversar? Somente eu e você, em particular. — nessa hora ele olha para Michael como se o mandasse sair.

— Elena e eu somos casados, o quê quer que tenha para falar eu vou estar junto.—diz Michael, já irritado com tudo aquilo.

— Desculpe, mas realmente quero falar só com ela. — insiste Tyler.

— Está tudo bem, Michael. — eu o acalmo. — Pode deixar, acredito que será coisa rápida, não é, Tyler? — pergunto dando um revirar de olhos.

— Não vou tomar seu tempo.

— Certo, entra então. — dou espaço para ele passar, e logo ele se acomoda no sofá.—Relaxa, meu amor. Vou fazer de tudo pra pôr ele pra correr daqui. — sussurro no ouvido de Michael, e ele assente, saindo da sala.

Me sento no outro sofá e sem paciência já começo a questioná-lo sobre o motivo daquela visita.

— Vamos lá, Tyler. O quê quer que deseje falar, fale logo. Tive um dia perfeito, não quero que ele seja arruinado. — minha voz sai seca e impaciente.

— Bom, eu quero pedir perdão pela forma como agi há alguns meses atrás, naquele jantar que você e o seu marido foram no apartamento da minha mãe. — ele suspira, parecendo cansado. — Agi como um babaca, e senti que deveria consertar isso com você.

— Certo, está perdoado. Era só isso?

— Mais ou menos. Eu queria que soubesse que desde aquele dia que você me contou estar grávida e eu fugi da minha responsabilidade, jamais deixei de pensar em você e no bebê. Eu fiquei negando, dizendo que o filho não era meu, quando na verdade eu sabia que era sim e conhecia bem a sua índole de que não sairia pulando de cama em cama. Por isso, aproveito a oportunidade para lhe pedir perdão também por meus erros passados.

— Está bem, Tyler. Mas saiba que o passado para mim já morreu, eu quero esquecer tudo aquilo. Agora eu estou feliz, me sinto completa e amada.— respondo com toda convicção.

— Depois que terminamos, minha vida passou por um momento difícil. — o olhar dele adquire um quê de tristeza. — Meu pai abandonou a mim e a minha mãe por uma mulher mais jovem, e isso foi como um baque para a gente. Tivemos que sair de Nova Jersey, minha mãe voltou a atuar como obstetra e eu tive que lidar com todo esse abandono do meu pai e a indiferença que ele vem me tratando ultimamente. Sei que isso não é desculpa para tudo o que eu lhe fiz, mas no momento, é o que eu venho passando.

— Eu não sabia disso, sinto muito, Tyler. O mínimo que posso fazer é orar pela sua família.

— Obrigado, toda ajuda é bem vinda. — vejo que ele lutava para não chorar. —Eu quero mudar, Elena. Estou tentando mudar, estou tentando fazer isso por ela, pela Alice.

— Isso é ótimo, que bom que está mudando.

— Tem horas que eu penso, e se eu tivesse tido essa mudança antes? Talvez as coisas fossem melhores e quem sabe até estaríamos juntos.

Aquela conversa estava tomando um rumo nada bom, era hora de cortar isso.

— Tyler, eu realmente acho...

— Eu sei, desculpa por ter falado isso. Você agora está casada, eu respeito você. Mas confesso que às vezes sinto inveja do Michael, por ter uma mulher tão forte como você ao lado dele.

— Obrigada pelo elogio, Tyler, mas eu amo o meu marido e não me arrependo das minhas escolhas.

— Certo. É melhor eu ir. — ele se levanta do sofá e dá uma respirada funda. — Sabe, admiro você, Elena. Lidou sozinha com uma gravidez, assumiu responsabilidades cedo e ainda lida com um marido cadeirante e que não se lembra de você, realmente, você tem muita força.

Não respondo, prefiro ficar calada. Certas coisas que ele disse não seria bom levar em conta.

— Até mais, Elena. Obrigado por me receber.

— De nada. — dou um meio sorriso e o acompanho até a porta.

Dou um grande suspiro de alívio por Tyler ter ido embora, nunca ouvi tantas verdades ou besteiras na mesma frase.

— Faltou pouco ele ajoelhar e pedir você em casamento. — ouço Michael dizer, aparecendo de repente.

— Você estava ouvindo? — levo um susto com a aparição dele.

— Estava. Desculpe, não resisti em saber o que aquele babaca queria.

— Fique tranquilo, eu cortei rapidinho todo aquele papo dele de "e se".

— Quem bom, tive que me segurar para não aparecer e pôr ele para fora daqui a vassouradas. Sujeito mais inconveniente, já não basta querer se intrometer na gravidez agora quer se intrometer em nosso casamento e ainda cantar a minha esposa. — ele faz uma careta de desagrado, não escondendo o ciúmes que estava sentindo.

Meu Deus, eu estava presenciando uma cena de ciúmes bem ali na minha frente. Me segurei para não dar pulos de alegria, apesar de que ciúmes demais não é bom.

— Está me ouvindo? — ele me acorda dos meus sonhos.

— Estou. — dou um sorriso de lado. — Não sabe o quanto esperei por isso, Michael.

— Do que está falando?

— Você está com ciúmes, de mim.

Rapidamente o rosto dele fica mais vermelho que tomate.

— E-E-Eu?! Ciúmes? — ele começa a tossir, nervoso. — Não estou com ciúmes.

— Vou fingir que acredito. — eu rio do nervosismo dele. — O quê quer fazer agora? Quer sair para algum lugar ou jantar? — eu procuro desviar o assunto, pois ele estava morrendo de vergonha já.

— Podemos fazer pipoca e ver um filme no quarto?

— Claro. Eu faço a pipoca e você decide o filme. — dou um beijo nele, o pegando de surpresa e deixando-o mais vermelho ainda.

— Bem, é melhor eu ir escolher o filme. — ele coça a cabeça e sai dali constrangido.

Fiz a pipoca feliz da vida e rindo muito, nada estava perdido, e eu sentia que faltava pouco para que Michael voltasse a me amar. Eu ainda teria o meu marido de volta, disso eu tinha certeza.

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*Oi gente, tudo bom? É, Michael está mudando aos poucos, mas será que o seu coração já bate pela Elena? Bem, esperamos que sim, apesar das evidências já mostrarem a certeza do fato!

* Viram que entrou um personagem novo? Pois é, Sam terá um papel muito importante no próximo capítulo e até o final. Digam um oi pra ele rsrsrs

*Votem, comentem, a opinião de vocês é sempre bem vinda! Próximos capítulos serão mais emocionantes e cheios de surpresas, estamos chegando no fim, e eu já estou sofrendo por antecedência...

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