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Capítulo Trinta e Um

Mesmo estando numa viagem de Lua de Mel, meu coração estava inquieto e desassossegado em saber que eu retornaria ao local em que sofremos o terrível acidente. Porém o Senhor me acalmava, dizendo-me que Ele estava no controle de tudo.

Graças a Deus a viagem foi tranquila. A companhia aérea esteve a todo momento preocupada com o bem estar de Michael e o tratou muito bem durante o vôo, no desembarque, também foi tranquilo, pegamos nossas malas e nos encaminhamos ao carro alugado e adaptado que veio para nós.

— Isso tudo me dá uma sensação de nostalgia. — eu digo, sorrindo. — Me fez lembrar de quando chegamos aqui na nossa primeira lua de mel. Eu estava grávida de cinco meses.

— Pode crer que essa lua de mel será bem melhor que a primeira. — ele dá uma piscadinha, e logo dá partida no carro.

Já estava de noite na Califórnia, o vento frio combinado com a brisa do mar era uma ótima junção. Eu fiquei com a cabeça um pouco para fora do carro, sentindo um frio na barriga, como se eu estivesse fazendo tudo aquilo de novo pela primeira vez.

De fato, aquilo tudo era um recomeço. A diferença é que naquela época eu ainda estava descobrindo os meus sentimentos por Michael, mas agora, eu estava extremamente convicta e certa de que o amava e nada mais nos atrapalharia.

— Pensativa? — indaga Michael, me olhando de soslaio.

— Um pouco. Só estava me lembrando da nossa lua de mel. Amanhã de manhã podemos ir à praia, se você quiser. Podemos ficar no píer, observando o mar.— sugiro, aguardando a resposta dele.

— Ótimo. Vai ser legal.

— Não consigo deixar de pensar na Alice. — comento, pondo a mão em meu coração, sentindo a falta dela.

— Ela está bem. Tem os melhores avós do mundo.

Procuro ficar tranquila e mantenho o foco na viagem, procurando entreter a minha mente com a paisagem noturna. Não demorou muito e já estávamos na casa, e desta vez seria uma casa nova, diferente daquela que ficamos antes. Esta era maior e mais adaptada para a condição nova de Michael, com rampas e fácil acesso.

— Chegamos! — anuncia ele, alegre.

Descemos do carro e eu ajudo Michael a sair e a levar as malas pra dentro da casa, logo quando entro fico maravilhada com a decoração. Era bem linda e bastante requintada. Algumas portas eram de vidro, e o piso era de uma madeira brilhante. A casa possuía apenas um andar, o quarto de casal ficava no final do corredor.

— Uau, aqui é lindo. — observo a decoração, impressionada. — E então, quer jantar ou ir dormir?

— Estou com fome. Vou ver o que tem na geladeira. — vejo ele se encaminhar para a mesma.

— Bom, vou tomar um banho e depois quem sabe tomar um chá antes de dormir. — eu respondo, me sentindo estranhamente tímida.

O que estava havendo comigo? Ele era o meu marido, não tinha o porque de eu estar fugindo do fatídico momento em que eu teria intimidade com ele. O que me desconcertava era que as coisas estavam diferentes agora.

Desde que nos reconciliamos e que Alice nasceu, eu não tive qualquer contato físico com Michael. Eu sabia que o fato dele ser deficiente agora não impediria nada, os próprios médicos e fisioterapeutas dele afirmaram que ele poderia levar uma vida normal e ainda ter a chance de gerar filhos. Eu só realmente não sabia como agir ou me aproximar do meu próprio marido agora.

Após o banho, coloquei uma camisola e o meu roupão de dormir por cima. Respondi rapidamente as mensagens de minha mãe que avisava que Alice havia tomado mamadeira e agora dormia profundamente. Suspirei de alívio e saí do quarto até a cozinha. Michael não estava mais por lá, procuro por ele e o vejo na varanda da casa, curtindo a brisa que vinha do mar e deixando o vento balançar seus cabelos.

— Oi. — me aproximo, vejo ele sorrir e me convidar para perto dele, mais especificamente para o seu colo.—Desistiu de comer? — pergunto após estar aninhada no colo dele.

— Apenas comi um sanduíche. Resolvi mesmo ficar aqui, meditando sobre o dia de hoje e agradecendo a Deus por eu finalmente estar bem comigo mesmo.

— E como se sente agora?

— Em paz. — ele sorri lindamente. — Eu agora não me sinto mais confuso sobre quem sou eu. Minha deficiência não me incomoda mais e nem a perda de memória me inquieta como antes.

— Isso é maravilhoso, meu amor! — eu acaricio seus cabelos, sorrindo. — Você conseguiu vencer as suas próprias barreiras e dificuldades.

— Eu sei, porém a cada dia quero melhorar mais. Quero ser um marido melhor todos os dias e um bom pai para a Alice todos os dias.

— E você já é!

— Eu te amo tanto, Elena! Não acredito que demorei tanto a lhe dizer isso. — diz ele, com o rosto próximo ao meu. — Me sinto péssimo por tudo que lhe fiz no passado.

— O passado não importa. Hoje reescrevemos nossa história.

— Quero te amar, para sempre. Não importa as dificuldades, procurarei agora enfrentá-las de cabeça erguida.

— É assim que se fala. — eu o beijo calorosamente, entrelaçando minhas mãos em seus cabelos. — E então, que tal irmos dormir?

Porém ele abre um sorriso maroto e me beija nos lábios, dizendo em seguida.

— Que tal se agora em vez de dormir tivéssemos a nossa segunda lua de mel?— sugere ele, um pouco tímido.

Senti um terrível frio na barriga, porém ignorando todo aquele meu medo bobo, deixei a insegurança de lado e disse.

— Claro.

— Desculpe ter sido tão direto.— ele dá uma risadinha, demonstrando estar envergonhado. — É que, eu... Bem, estou esperando o momento certo desde que a Alice nasceu. E eu fiquei com receio sabe, por conta de agora eu estar numa cadeira de rodas.— ele balança a cabeça, rindo. — Estou sendo ridículo, pode falar.

— Não está não. — eu acabo por rir com o nervosismo dele, desfazendo a tensão do ar. — Sabe, eu esperava que isso fosse acontecer e já me sentia assim como você, nervosa. Me senti igual a quando estivemos na nossa primeira lua de mel.

— Me fala, naquela época, eu tomei a iniciativa ou foi você?

— Eu tomei. — digo e vejo ele arregalar os olhos surpreso com a minha revelação. — Mas não fica assim. Na época estava ainda descobrindo que o amava, e naquela noite eu apenas soube que queria ser sua, só isso.

— É um pouco vergonhoso sabe. — ele gargalha. — Mas hoje quero mudar isso. Quero ter uma vida conjugal plena com você, Elena. Quero satisfazê-la em todas as áreas.

— Michael, vou dizer a mesma coisa que você me disse meses atrás quando estávamos aqui e numa noite como essa. Temos todo o tempo do mundo para aprendermos e irmos com calma, certo? 

— Certo. — ele respira fundo, se acalmando. — Eu quero, Elena. Quero ser seu essa noite.

O verde do olhar dele estava com um brilho sutil naquela noite, e era praticamente impossível dizer não a um pedido daqueles. Eu amava Michael, queria mais do que nunca recuperar o tempo perdido e tê-lo de volta em meus braços. Então, sem pensar duas vezes, o beijei forte e ardentemente confirmando também o meu desejo para aquela noite. Então, sentada em seu colo, ele me conduziu até o nosso quarto, onde sem pressa e com calma nos entregamos novamente um ao outro, confirmando para sempre o nosso amor.

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Acordei no dia seguinte sentindo-me mais leve e relaxada. A noite com Michael havia sido maravilhosa e prazerosa, e como a manhã estava de sol, me animei para dar uma passada na praia.

Me viro e não o vejo ao meu lado, ele já devia ter se acordado antes. Bocejando e vestindo o meu roupão, saio em busca dele, que estava na cozinha colocando uma bela mesa de café da manhã. Ele sorri lindamente ao me ver, fazendo meu coração bater forte.

— Bom dia, amor. — ele se aproxima agilmente em sua cadeira e me abraça pela cintura, beijando minha mão em seguida. — Dormiu bem?

— Mais do que bem. — respondo sorrindo e o beijo nos lábios. — O que andou aprontando hein?

— Um café da manhã para nós dois. Quer me acompanhar, bela dama? — e sem esperar ele me faz cair em seu colo, me levando junto com ele até a mesa posta.

Tudo estava absolutamente delicioso, Michael havia preparado panquecas, waffles, bolinhos. Tudo uma delícia.

— Amor. — ele me chama, enquanto eu me servia de mais suco de laranja.—Queria te perguntar algo.

— Pode perguntar. — respondo, dando um gole em seguida no meu suco.

— Err, como eu fui ontem à noite?—pergunta ele, cheio de vergonha.

Quase me engasgo com o suco e me segurei para não rir da timidez dele. Porém logo me recomponho, engulo o suco e digo com calma.

— Você foi ótimo. E deu tudo certo ontem, você mesmo viu.

Ele já estava tão vermelho de vergonha que acredito que se tivesse um buraco onde ele enfiar a cara, ele enfiaria.

— Desculpa por perguntar, é que me senti tão inseguro, com medo de dar errado.

— Não se preocupe. — seguro a mão dele por cima da mesa, lhe passando segurança. — Você foi ótimo.

Ele sorri mais relaxado e volta a tomar seu café. Eu entendi o que Michael sentia, e pude me colocar um pouco no lugar dele. Numa nova condição física, a insegurança de fazer algo errado era maior, porém prevejo que pouco a pouco ele perderia esse medo e ficaria mais confiante de si.

Depois do café, nos arrumamos e resolvemos ir até o píer para tomarmos um pouco de sol. O dia estava lindo, muitas pessoas haviam saído para passear e curtir aquele clima alegre, e o comércio de New Port estava a todo vapor funcionando. Já no píer e observando o mar, Michael e eu estávamos em silêncio, apreciando aquela paisagem da natureza. O vento estava forte e bagunçava nossos cabelos.

— É lindo, sabe. Estar perto da criação de Deus e poder sentir a presença Dele nos mínimos detalhes. — diz Michael, tendo em seu rosto os raios de sol refletindo e dando-lhe um brilho especial.

— Melhor ainda é estarmos apreciando tudo isso e com alguém que amamos.—eu digo, sorrindo. — Sabe, eu sinto que agora finalmente fui recompensada e aprendi a minha missão.

— Que recompensa seria essa?

— Ter você de volta, Michael. Mesmo que jamais o seu velho eu de antes volte, eu estou feliz com o que tenho.

— Eu posso não conseguir ser como eu era, porém procurarei melhorar ainda mais. — assegura ele, sorrindo. — Não ligo mais se minha memória não quiser voltar. Já tenho tudo o que eu queria, e a melhor coisa que pôde me acontecer, já aconteceu.

— E o que foi?

— Me apaixonar por você, Elena. Foi a melhor coisa que me aconteceu.

Meus olhos embaçam sentindo lágrimas de emoção quererem vir à tona. Pisco rapidamente e digo.

— E valeu a pena, lutar por você. A recompensa foi ótima.

— Mesmo que eu tenha sido só um pouquinho ruim com você não é?—brinca ele, rindo.

— Um pouquinho? — eu rio, lhe a dando um soquinho no braço.—Michael, eu queria te jogar da varanda do nosso prédio com a cadeira de rodas e tudo na noite de ano novo. Mas graças a Deus não fiz isso.

— Confesso, eu fui um pouco difícil.—ele ri, descontraindo.— Mas aos poucos fui melhorando e procurando ver as qualidades boas que você possuía.

— E eu tive que ser paciente. Imagine só, alguém teimosa e impulsiva sendo paciente, só Deus mesmo para mudar.

— Só me promete uma coisa?—pergunta ele, me olhando nos olhos.

— O que quiser.

— Promete que não importa o que aconteça o nosso amor sempre vai prevalecer e que jamais iremos nos separar? —pede ele, com os olhos marejados.

— Eu prometo. — confirmo, segurando a mão esquerda dele e a beijando. — Até que a morte nos separe.

— Até que a morte nos separe. — repete ele, como se confirmasse aquilo mais para si mesmo.

Ali naquela tarde de sol e tendo a natureza como o pano de fundo, eu pude perceber o quanto mudei, cresci e amadureci. Não era mais a Elena teimosa e rebelde, agora eu era paciente, perseverante e cheia de fé. Fé num Deus que me ensinou a amar e restaurou o meu casamento. E a partir de agora em diante, Michael e eu andaríamos lado a lado com Ele, como no cordão de três dobras, até o fim de nossos dias.


* E chegamos ao fim...

* Desde já deixo o meu muito obrigada a todos que leram e acompanharam o meu livro até aqui, que Deus abençoe cada um! Estou muito realizada e feliz pelo término do livro, porém triste porque despedidas sempre são tristes rsrsrs. Nos vemos no epílogo!

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