Capítulo Quinze
A manhã de natal na Califórnia amanheceu chuvosa. Mesmo ali sendo um local que praticamente fazia verão o ano todo, no final de ano também tinha seus dias frios. Acordei cedo, me vesti rapidamente e saí do hotel em direção ao hospital, para mais um dia com Michael. Ainda bem que esse internamento dele estava perto de acabar.
Chego no hospital e cumprimento alguns funcionários já conhecidos com alguns acenos de cabeça, enquanto eu caminhava pelo corredor que ia até o quarto do meu marido, sou abordada por uma enfermeira.
— Você é Elena Carter? — pergunta ela.
— Sim, em que posso ajudar?
—A senhora Dawson se foi ontem à noite, enquanto dormia. Sinto muito, sei que tinha grande estima por ela.
Meu coração se parte na mesma hora. Passei a última noite de sua vida ao seu lado e nem sequer pensei que aquela era a última noite em que a veria. Atordoada com o choque daquela notícia, vou até o quarto de Michael. Para a minha surpresa, ele já estava acordado e se movimentando na cadeira.
— Bom dia. — sorrio e seco uma lágrima que ainda escapou. — É bom te ver bem disposto.
— Estava chorando? — questiona ao ver meu estado.
— A senhora Dawson morreu. Ontem foi a última noite dela. — respondo sentindo um imenso pesar.
—Sinto muito por isso. —diz ele procurando me confortar. —Mesmo a conhecendo pouco, achei ela uma mulher forte e incrível.
—Sim, ela era. —suspiro e seco algumas lágrimas que ainda insistiam em vencer. —E então? O que o fez se sentir mais animado hoje?
—Eu pensei muito ontem à noite e decidi que vou parar de reclamar sobre a minha nova condição. Vou me adaptar e procurar levar um estilo de vida mais adaptável para mim.
—Isso é ótimo,Michael. —sorrio feliz com a mudança de atitude dele. —Vai dar tudo certo, meu amor. Você vai ver como as coisas voltarão ao normal, e eu vou te ajudar.
—Elena, é melhor que fique mais que ciente de uma coisa.—ele me encara bem sério. —Eu não voltei atrás com a ideia do divórcio.
Sinto meus ombros e esperanças murcharem rapidamente. Meu Deus, parecia estar dando tudo tão certo!
—Michael, por favor...
—Quando a Alice nascer, nos divorciaremos. —diz num tom seco e duro. —Não fica preocupada quanto a situação financeira, eu vou pagar uma pensão para vocês duas.
—Eu não quero me divorciar de você, eu te amo! —imploro já com lágrimas nos olhos.
—Elena, não torne as coisas mais complicadas...
—Que droga, Michael! Quantas vezes vou ter que te dizer o quanto te amo?! —me explodo, já sem paciência.
— Não consigo sentir nada por você. — ele chora, com a cabeça baixa. —Eu tentei, tentei gostar de você, mas não consigo. Não encontro razão para acreditar o porquê de ser casado com você.
—Por favor, ainda temos uma segunda chance! Vamos tentar, por favor...
—Acredite, não quis tomar essa decisão, porém é o melhor a ser feito. Eu não me lembro de você, não sei quem eu sou, e aliás... acho que nunca irei amar você! — diz de uma maneira fria e dura, que me deixou em pedaços.
Eu já não conseguia rebater mais as palavras dele, apenas chorava sem parar, sentindo meu peito arder em angústia e meu coração bater descompassado. Michael continua falando.
—Eu vou me adaptar melhor a minha condição, vou aprender a me virar sozinho igual quando eu tinha minhas duas pernas saudáveis. Vou voltar a trabalhar e a ter uma vida. Porém quando a Alice nascer, já sabe. — ele dá um suspiro pesado e se move com a cadeira até a janela do quarto.
Eu não sabia mais o que falar. Sem ação, apenas saí daquele quarto para bem longe dali. Saí em disparada daquele hospital e corri até o jardim, mesmo chovendo pouquinho, resolvi me sentar no mesmo banco de madeira que eu ia sempre e ali lavei a minha alma de tanta chorar.
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A semana passou rapidamente e finalmente o dia de Michael ganhar alta do hospital finalmente chegou. Antes desse momento chegar, ele teve uma melhora bastante significativa para a sua nova condição. Já sabia sair da cama para a cadeira sozinho, sabia ir ao banheiro sem precisar de ajuda e até no banho ele conseguiu adaptar-se melhor. Além disso tudo, ele conversou mais com o seu médico e com os fisioterapeutas, a fim de procurar meios melhores para se viver na cadeira de rodas. Suas memórias ainda não haviam retornado, porém ele não parou com os exercícios que melhoravam a sua concentração e capacidade cognitiva.
Meu sogro e meu pai trabalharam juntos na adaptação do apartamento para a nossa chegada. Alguns cômodos foram adaptados para a situação de Michael, e uma cadeira de rodas motorizada foi comprada para que ele tivesse mais facilidade na locomoção.
Era gratificante ver o empenho de Michael em aceitar a sua nova condição, porém no fundo eu sabia que todo aquele esforço dele em se aceitar era pelo fato de que muito em breve pretendia se divorciar de mim, então, logo teria que aprender a se virar sozinho.
Por ele estar se esforçando sozinho, eu fiquei ausente do hospital por algum tempo antes dele receber alta. Eu estava desanimada e triste, não sentia ânimo de continuar me esforçando sabendo que muito em breve eu seria descartada e com uma bebê recém nascida. Meus últimos dias eu passava no quarto de Hotel com meus pais. Hoje era o dia da partida para Nova York, viajaríamos a noite.
— Filha, não vai no hospital ver o Michael? Vi que ficou ausente dele nos últimos três dias.— pergunta minha mãe, se aproximando de mim.
— Vou vê-lo no aeroporto. — respondo dando um suspiro.
— Elena, você não está bem. Anda triste e apática pelos cantos, eu te conheço, aconteceu algo?
— Não, mãe. Só me sinto cansada e nervosa para a convivência nova que terei com o Michael. — resolvo omitir sobre o divórcio, não queria preocupar os meus pais e causar mais um conflito.
— Tem certeza? Você sabe que pode contar comigo, sou sua mãe.
— Fica tranquila, vou ficar bem. — forço um sorriso.
— Tem a ver com o Michael? Vocês brigaram de novo? Quer que eu fale com a Ana?
— Não, mãe. Michael e eu estamos bem, acredite.
— Elena, Elena...
— É sério! — insisto. — Isso tudo que estou sentindo é apenas cansaço e nervosismo.
— Tudo bem. — ela suspira, desistindo de perguntar. —Mas apenas saiba de algo, Deus lhe ama e Ele lhe concederá todos os desejos do seu coração.
— Eu sei, mãe. Obrigada. — sorrio tentando não chorar e desabar ali nos braços dela.
Pela tarde, fiz minhas malas e fui com os meus pais direto para o aeroporto. Não quis passar no hospital e nem muito menos ver Michael, quanto mais eu evitasse contato e confrontos, melhor seria. Já na sala de embarque, eu aguardava dar a hora do voo. Meus pais comiam um lanche e conversavam alegremente, olhando eles daquele jeito e tão sincronizados só me fez ter tristeza por saber que meu casamento acabaria. Sem esperar, vejo Michael chegando junto com os pais, ele já estava usando a cadeira motorizada e parecia se divertir com o novo acessório. Além disso, não pude deixar de notar o quanto ele estava bonito e mais alegre.
— Parece que alguém já está curtindo o novo meio de transporte.—brinca meu pai, o cumprimentando.
— É um pouco complicada no início, mas já estou pegando o jeito.—sorri ele. — Oi, Elena.— ele murcha o sorriso assim que me cumprimenta.
— Oi. — respondo sem muita emoção.
Vejo ele praticamente se socializar com meus pais e os pais dele, me excluindo da conversa. Eu sentia que todos perceberam o clima pesado e tenso, mas ninguém ousava se pronunciar. Cansada de ser deixada para escanteio, me levanto dali como um furacão, indo em direção aos banheiros.
Entrando lá, eu desabo em lágrimas, me apoiando na pia do banheiro. Todas as outras mulheres que estavam por lá ficaram sem entender nada, porém me deixaram chorar. Eu pus para fora tudo o que estava engasgado desde a minha última discussão com Michael. Senti a mão de alguém sobre meus ombros, me viro e vejo uma senhora de sorriso gentil.
— Tome, querida. — ela me oferece um lenço de papel.
— Obrigada. — seco as minhas lágrimas e fungo no lenço.
— Está sentindo alguma coisa? Está sentindo enjoos? Vejo que está grávida.
—Eu estou bem. Minhas dores são na alma.
— Eu não te conheço, não sei o que você está passando e nem muito menos as lutas que está enfrentando, mas sinto que devo lhe falar algo. — ela dá uma rápida pausa. — Não deixe de lutar pelo o que quer apenas porque tudo parece perdido.
Respiro fundo e procuro manter a calma.
— Muitas vezes enfrentamos enormes problemas, mas nem tudo parece perdido no final.
— Obrigada. — sorrio agradecida. — Preciso ir, não posso perder meu voo.
— Tenha um bom voo, vai com Deus. — diz ela gentilmente e sorrindo.
Saio daquele banheiro com apenas uma certeza, eu teria uma enorme batalha para enfrentar naquele casamento. Não, eu não entregaria de mão beijada o meu marido. O divórcio não vai acontecer, eu não vou permitir isso. Vou lutar até o último segundo para que ele volte a se lembrar de mim.
Volto para a sala de embarque com um sorriso no rosto.
— Filha, você está bem? — pergunta meu pai ao me ver chegando.
— Estou, pai. Foi só um mau estar da gravidez. — resolvo não contar sobre o que houve no banheiro.
— Está sentindo algo agora? — pergunta Michael, me surpreendendo.
— Estou bem, obrigada. — respondo um pouco desconcertada.
Ele dá um meio sorriso e fico até confortada, no fundo, Michael sentia algo por mim, era questão de tempo para que se lembrasse.
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A chegada a Nova York foi repleta de frio e lufadas de neve em meu rosto. A Times Square estava decorada e sendo preparada para o ano novo, que seria amanhã. Eu estava animada para recomeçar, estava preparada para a batalha.
Michael subiu sem dificuldades até o nosso apartamento. Por sorte, nosso prédio tinha muitas adaptações para quem era deficiente físico. Ao entramos em meu lar, sou surpreendida pela aparição de Melissa, que estava lá nos esperando junto a uma mesa farta com comida.
— Mel!
— Elena!
Damos um gritinho de animação e nos abraçamos. Mesmo estando afastadas, quando nos víamos era sempre uma festa.
— Você está viva, e bem! — ela me abraça forte. — E como anda a gravidez?
— Indo perfeitamente bem. Alice está saudável e se desenvolvendo.—envolvo a minha barriga com carinho.
— Louvado seja Deus! Quando soube do acidente eu fiquei louca de preocupação, amiga! Mas seus pais me asseguraram que vocês estavam bem.
— Sim, Deus nos guardou em todos os momentos!
Ela se afasta de mim e vai cumprimentar Michael.
— Michael, que bom que está tudo bem com você! — ela se inclina na altura da cadeira e o abraça. — Fiquei aliviada quando soube que vocês dois e a neném estavam bem.
— Melissa... —sussurro. — Ele não se lembra de você.
Vejo-a ficar espantada, Michael também parecia confuso com a aparição dela.
—Desculpe, seus pais me avisaram, mas eu havia me esquecido. — ela sorri, meio sem graça. —Bem, Michael. Sou Melissa Montgomery, melhor amiga da sua esposa, prazer em conhecê-lo.
—Igualmente. — os dois dão um aperto de mãos.
Melissa me puxa para um canto da sala, eu já sabia que viria um milhão de perguntas dela.
— Vocês dois estão bem? — pergunta preocupada.
—Não, Mel. Tem tanta coisa que preciso te contar. — já sinto minha voz embargar e as lágrimas chegando aos olhos.
— Ei, não desmorona agora. — diz ela baixinho. — Depois do jantar, você me conta tudo se der, certo?
— Certo. — concordo com um aceno de cabeça.
Minutos depois estávamos todos jantando e felizes por estarmos de volta ao nosso lar. Foi bom ter tido uma recepção daquelas, pois assim eu estaria mais preparada para o grande desafio que me surgiria.
Depois da sobremesa, Melissa me ajudou com a louça. Eu ainda não estava familiarizada com a minha cozinha, então me atrapalhei um pouco na hora de achar o local certo para as coisas.
— Filha, nós já vamos. — anuncia meu pai, junto a minha mãe. — Tem algo que podemos ajudar?
— Não, pai. Estou bem. Podem ir embora, devem estar exaustos.—os abraço forte, me segurando para não chorar e implorar para ir com eles também.
— Nos ligue se precisar de algo, está bem? — diz minha mãe, me beijando na bochecha em seguida.
— Pode deixar, eu avisarei. — sorrio. — Até mais!
— Até mais, filhinha!
Depois dos meus pais terem ido, foi a vez de meus sogros. Russell disse que passaria aqui amanhã com uma surpresa para Michael, fiquei até curiosa e animada para saber o que era. Após eles terem ido, ficou no apartamento eu, meu marido, e Melissa, que guardava os pratos.
— Bom, vou tomar um banho e ir dormir. — Michael quebra o silêncio.
— Quer alguma ajuda? — pergunto ainda incerta.
— Não precisa, já sei me virar bem. Boa noite, Elena. — ele dá as costas e sai em sua cadeira.
Ouço Melissa me chamando.
— Fiz chá! — ela ergue duas xícaras no ar, me convidando.
Na sacada do meu apartamento e sentindo o vento gelado de Nova York, eu e minha melhor amiga tomávamos chá verde e conversávamos. Eu desabafei com ela, contei sobre a lua de mel e o momento maravilhoso que eu e Michael tivemos juntos, contei sobre Tyler e suas investidas, e também contei sobre o dia horrível do acidente.
— Amiga, você passou por tantas coisas ruins. Eu estou imensamente grata a Deus por você estar bem, mas agora eu terei que lhe dar um sermão. Porque raios não contou ao Michael sobre o Tyler?!
— Não sei. Fiquei com medo de estragar tudo, mas vejo que se talvez eu tivesse contado, as coisas estariam bem e meu marido estaria saudável,andando e com memória.
— Olha, a condição do Michael não foi sua culpa! — ela me encara, uma das mãos em meus ombros. —Foi um acidente. Não tinha como saber.
— Ele vai se divorciar de mim quando a Alice nascer. — eu conto, com certa dor no coração.
— Ah, amiga! Eu sinto muito! — ela me abraça, eu desmorono em seus braços, sentindo as lágrimas quentes e grossas molharem meu rosto. —O que pretende fazer quanto a isto?
— Quero lutar pelo Michael e pelo o meu amor que sinto por ele, mas não sei como. — digo ainda chorando.
— Espera, eu ouvi bem? — ela arqueia uma das sobrancelhas, em choque. — Você o ama?
Acabo por rir com a cara de surpresa dela.
— Sim, o amo. Eu aprendi a amá-lo. — sorrio um pouco envergonhada.
— Eu sabia! Sabia que não ia resistir e ia se entregar para aquele gato! — ela ri, me dando um soquinho no braço. —Mas brincadeiras à parte, como isso aconteceu?
— Acredito que eu já o amava, porém estava demorando a admitir isso para mim mesma.
— Claro, você é teimosa por natureza!
— Mas agora estou triste. — suspiro. — Ele quer se divorciar de mim e eu não sei o que posso fazer para impedir. Não sei o que posso fazer para fazê-lo se lembrar.
— Lute por ele, simples. Mostre que mais do que nunca quer lutar por esse casamento e por seu amor.
— Ele mau está falando comigo, Mel...
— Você não pode desistir. Michael está apenas confuso, mostre a ele que fará de tudo para não perdê-lo.
— O pior de tudo é que o Tyler quer se aproximar da neném.
— Falando nisso, tem algo que precisa saber. — diz ela, parecendo tensa. — Tyler está estudando na Universidade da Columbia.
— O quê?! — fico em choque. — Pensei que ele iria para Stanford.
— Ele não foi aceito por lá.
— Você o viu? Falou com ele?
— Sim. Eu tento evitá-lo sempre, porém sempre que nos esbarramos pelo campus, ele sempre me pergunta por você.
— Ai meu Deus! Isso só pode ser um pesadelo! — dou um suspiro desesperado. — Mel, ele não pode saber onde moro. Você mantenha isso em sigilo, certo?
— Certo. Eu não contaria e nem seria louca de contar.
— Michael está sem memória, saber sobre o Tyler só tornaria as coisas piores. Quero nem imaginar a catástrofe que seria!
— Fica calma, vou fazer o máximo possível para evitá-lo. Agora se concentra apenas na sua filha e no seu casamento. Elena, vale a pena lutar pelo Michael, não deixe o amor dele por você morrer.
MICHAEL
Deitado na cama após o banho, eu não conseguia pregar os olhos por nenhum minuto. Minha mente estava à mil. Eu pensava no meu retorno para casa, pensava na Elena, na Alice... Droga, eu queria me lembrar dela. Queria entender tudo isto, porém minha mente não colaborava. Eu me sentia como um papel em branco, começando de novo.
Ouço a porta do quarto se abrir, vejo Elena entrar por ela.
— Está confortável? Quer mais um travesseiro? — pergunta ao se aproximar de mim.
— Estou bem, obrigado. Sua amiga já foi embora?
— Já. Amanhã à noite ela passa aqui, para virar o ano conosco. Seu pais e meus pais também virão.
— Estou ansioso para saber o que meu pai vai me trazer de surpresa.
— Também estou. — ela sorri, animada. Porém percebo seu olhar triste e distante.
— Você está bem? — pergunto com certa preocupação.
Vejo que ela não esperava por aquela pergunta, também pudera, nos últimos dias eu fui mais frio que um iceberg.
— Sim. Estou bem. Vou tomar um banho e dormir. — ela se afasta de mim, indo em direção a suíte de nosso quarto.
—Elena? — a chamo e ela volta de seu caminho.
—O que foi?
—Será que poderia ir dormir em outro local da casa?
Uma expressão de tristeza se formar em seu rosto, pensei que uma briga surgiria a partir dali, porém com a voz embargada, ouço ela apenas dizer.
—Tudo bem.
Não queria tê-la expulsado no quarto, porém seria melhor assim. Iríamos nos divorciar em breve, era bom ela tomar ciência de que quanto mais ficássemos afastados, melhor. Porém no fundo me doeu em ter a tratado daquele jeito.
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*Oi leitores, tudo bom? Chegamos ao capítulo quinze de "Aprendendo a Amar", e estou muito feliz pois eu jamais imaginava que eu chegaria tão longe contando a história de Elena e Michael. Ainda virão muitas surpresas e emoções pela frente.
*Votem na estrelinha e digam o que acharam! É importante para mim saber a opinião de vocês.
*Depois desse capítulo só tenho algo a dizer: Força Elena! Porque ela irá precisar, e muito...
*Um abração e até a próxima!
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